DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 08-8-2014

NA FOLHA DE SÃO PAULO
As razões do engasgo do consumo
Por Luiz Carlos Mendonça de Barros
Folha de São Paulo - 08/08/2014 02h00

Volto hoje à questão da queda do consumo, que tem afetado de forma importante a economia brasileira neste ano de 2014.
O motivo para tal é o clima de quase pânico que tomou conta do setor automobilístico nas últimas semanas. Uma das áreas mais dinâmicas da indústria brasileira, ele representa o maior símbolo do crescimento do consumo que marcou o período Lula. Hoje ele é a prova mais contundente de que vivemos -desde 2011- o início de uma grande ressaca.
Embora vários analistas tenham advertido sobre o fim do ciclo do consumo, o governo manteve inalterada sua política econômica. Quando os sinais de queda ficaram mais claros, no início do mandato da presidenta Dilma, a resposta do Palácio do Planalto foi forçar a expansão do crédito dos bancos públicos e reduzir o superavit primário operacional do Tesouro via gastos adicionais.
Como a economia reage sempre com um intervalo de tempo, entre o início de um ciclo econômico e seu ocaso, somente agora é que essa dura realidade se mostra aos olhos de grande parte da sociedade.
E a queda nas venda de automóveis dos últimos meses - seguida da redução sob várias formas do emprego - é uma realidade que ninguém pode mais esconder. Como a indústria não se preparou para este momento da verdade, mantendo a produção próxima da capacidade máxima, o ajuste será doloroso.
Mas é preciso separar o ajuste cíclico que vamos viver nos próximos meses da dinâmica de longo prazo do setor automobilístico. As vendas de automóveis cresceram entre 2005 e 2013 de uma forma impressionante, passando de 1,66 milhão de unidades anuais para mais de 3,6 milhões, com uma expansão média anual de 10,6% em oito anos.
Entre julho de 2007 e fins de 2013, por vários meses as vendas ficaram no intervalo entre 3,5 milhões e 4 milhões de unidades por ano. O quarto maior mercado consumidor do mundo. Se considerarmos três anos, entre outubro de 2005 e outubro de 2008, as vendas cresceram 50%, ou seja, a uma taxa anual de 15% anuais. IMPRESSIONANTE.
As principais forças por trás desse crescimento de vendas tiveram duas naturezas distintas: entre 2005 e fins de 2008, as forças tinham natureza estrutural, de longo prazo, em razão principalmente do aumento simultâneo da renda, do emprego e do crédito ao consumo.
A partir do início de 2010, com o enfraquecimento das forças expansionistas citadas acima, inicia-se, de forma natural, um período de ajuste nas taxas de crescimento das vendas de automóveis. Dessa forma, chegamos ao início de 2012 com um crescimento zero nas vendas e, nos meses seguintes, a uma taxa de expansão negativa.
O governo reagiu a essa situação elevando a oferta de crédito dos bancos públicos para sustentar a venda de veículos. A resposta do consumidor foi positiva, mas de curta duração, como todo movimento associado a estímulos fora de hora e sem respeito à dinâmica do mercado.
A taxa de crescimento das vendas voltou a atingir 10% ao ano, entre junho de 2012 e junho de 2013, para rapidamente voltar a zero nos três meses seguintes e entrar definitivamente no terreno negativo a partir daí.
Chama-se a esse fenômeno, no jargão do mercado financeiro, de suspiro do morto, ou seja, o fracasso de tentativas artificiais do governo para tentar alterar movimentos estruturais de ajuste do mercado. No caso específico das vendas de automóveis, tentar reconstruir uma dinâmica de consumo que havia se esgotado por razões estruturais.
De agora em diante vamos viver duas fases distintas no mercado de automóveis no Brasil.
Na primeira, teremos um ajuste nos estoques acumulados pela indústria em razão da queda expressiva das vendas nos últimos meses.
Na segunda, as empresas vão ter que fazer um ajuste estrutural na sua capacidade produtiva, para se adaptar a um mercado que deve passar a crescer a taxas não superiores ao aumento da renda dos brasileiros.
Quanto mais demorarem os ajustes de estoque, maiores serão os prejuízos na fase de ajuste nos níveis de produção da indústria.
A pergunta que fica no ar é: como uma indústria tão sofisticada não percebeu a impossibilidade de manter as taxas de crescimento do passado e não se preparou melhor para a fase que vamos viver nesse mercado daqui para a frente?

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA

Anotem: o preço da carne de frango vai subir.
Causa: a decisão da Rússia de retaliar os EUA e a União Europeia, que lhe impuseram sanções econômicas por causa da anexação da Criméia e da ameaça de invasão da Ucrânia.
Os russos, que compram hoje do Brasil 60 mil toneladas de frango, passarão a comprar até 210 mil toneladas.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO




O fracasso subiu à cabeça dos comandantes do Congresso. Apesar do resultado pífio do “esforço concentrado” desta semana, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB) anunciou ontem que vai “tentar convencer” os líderes partidários a não desistirem do esforço concentrado de setembro, último mês antes das eleições deste ano. Mas, a rigor, disse que só acredita em trabalho “pra valer” em outubro.


Outro caso que os políticos empurram com a barriga é o decreto legislativo derrubando ato de Dilma que cria os conselhos populares.


Apesar da vadiagem generalizada dos parlamentares, iniciada antes da Copa do Mundo, eles receberão seus altos salários integralmente.


Beneficiado com financiamentos bilionários do BNDES, que até virou sócio da empresa, e sempre tratado com generosidade pelo governo Lula, o Grupo JBS Friboi transformou-se agora em um doador “mão aberta”, na disputa presidencial. Entregou R$ 5 milhões à campanha de Dilma Rousseff (PT) e outros R$ 5 milhões ao comitê eleitoral de Aécio Neves (PSDB). Para Eduardo Campos (PSB), um “troco”: R$1 milhão.


Em 2010, Dilma já pré-candidata, a BNDESPar comprou 99,9% dos R$ 3,4 bilhões das debêntures colocadas à venda pelo JBS Friboi.


Só o Grupo JBS Friboi embolsou R$ 7,5 bilhões do BNDES até 2007. Seu presidente, Joesley Batista, virou “lulista” de carteirinha, claro.


Além de Dilma, o PT prestou contas de R$ 6,3 milhões recebidos de empresas, na campanha atual. Todas desinteressadas, naturalmente.


O Santander demitiu 4 assessores, que, com desassombro, advertiram os clientes vips que a reeleição de Dilma ameaçaria a economia. Daqui para frente, vai ficar difícil dar credibilidade aos informes desse banco.


Diante da crescente rejeição ao PT em São Paulo, o candidato do PMDB ao governo, Paulo Skaf, prefere fingir que não é aliado de Dilma. Para muitos paulistas, a companhia do satanás é mais aceitável.


O ministro e ex-deputado Paulo Bernardo (Comunicações), de atuação pífia, em política continua afiado. Disse a verdade: “combinar perguntas em CPIs sempre ocorreu”. A diferença é que eles agora foram pegos.


A Presidência da República não quis se pronunciar sobre o calote de R$ 380 milhões, que o Brasil aplica na Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2013, revelado ontem nesta coluna.


O portal Transparência Brasil parece ter entrado no ritmo do Congresso: desde junho os dados de gastos do governo não são atualizados. Pararam de fazer conta de somar em maio.


…o único jeito de o governo explicar a sessão mentirinha da CPI Petrobras é alegar que as respostas foram sopradas por Chico Xavier.


NO BLOG DO NOBLAT

Guilherme Amado, O Globo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A abertura da investigação foi pedida pela Procuradoria-Geral da República, no último dia 30. O inquérito já foi enviado à Polícia Federal, que ficará encarregada das investigações.
O inquérito foi instaurado após a ex-mulher de Bethlem, a ex-deputada federal Vanessa Felippe, ter entregue à revista “Época” gravações em vídeo em que o deputado admitiria ter recebido uma espécie de mesada da ONG Casa Espírita Tesloo.

 

Deputado federal Rodrigo Bethlem. Foto: O Globo

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
A presidente-candidata Dilma Rousseff esteve num evento em São Paulo em que cinco centrais sindicais lhe empenharam apoio: CUT, UGT, CTB, NCST e CSB. Você não tem culpa nenhuma se jamais ouviu falar de algumas siglas. A maioria dos trabalhadores também não. São meros aparelhos, alimentados pela mamata do imposto sindical obrigatório. Não são centrais, mas cartórios de burocratas, que tomam, de maneira vergonhosa, um dia do trabalho de cada brasileiro que tem emprego formal. Antes de falar aos presentes, Dilma se reuniu privadamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele anda descontente com os rumos da campanha. Segundo consta, quer, vamos dizer, um embate um pouco mais sangrento.
Parece que o encontro de ontem surtiu efeito. Dilma subiu no palanque e resolveu retomar aquela velha patacoada petista da luta do Bem contra o Mal, do “nós” contra “eles”. E, quando é assim, vocês sabem, a verdade é sempre a primeira vítima.
A presidente mandou ver, referindo-se aos tucanos: “Eles quebraram o Brasil três vezes; por três vezes, eles levaram o Brasil ao Fundo Monetário Internacional. No nosso período de governo Lula, fomos lá e pagamos. Eles levaram a inflação à estratosfera antes de entregar para nós o governo”. Dizer o quê? Há um único fato verdadeiro a ancorar uma porção de inverdades.
Na gestão tucana, é apenas um fato, o Brasil não quebrou nem três, nem duas, nem uma única vez. Trata-se de uma mentira escandalosa. O país recorreu ao FMI justamente para “não quebrar”, se é o caso de usar tal termo. “Quebrar” é deixar de honrar compromissos. Em oito anos, o país enfrentou ao menos cinco crises internacionais enquanto, atenção!, cuidava de debelar a inflação entranhada na economia. Como esquecer, e isto também é um fato, que o PT, o partido de Lula e Dilma, tentaram inviabilizar o Plano Real, recorrendo, inclusive, ao STF?
E Dilma seguiu adiante: “Sabe qual é a medida impopular que ele vai tomar? É acabar com a valorização do salário. É essa medida impopular que nós durante todo esse tempo mantivemos e que reparou a injustiça do passado e deu justiça no presente aos trabalhadores”.
Um candidato tem o direito de contestar a proposta de um adversário, mas não é moral e eticamente lícito lhe atribuir uma intenção que não tem. Mais uma vez, quero falar de fatos, de dados, de números. Dilma, que é candidata, mas é também presidente da República, tem de ter um compromisso com a verdade. Nos oito anos de governo FHC, o salário mínimo teve valorização real (descontada a inflação, pelo IPCA), de 85,04%; nos oito anos de Lula, foi um pouco maior: 98,32%; nos quatro anos da atual presidente, deverá ser de apenas 15,44%. Assim, sem que falte clamorosamente com a verdade, a petista não pode afirmar que os tucanos não promoveram a valorização real do salário mínimo. Promoveram, sim, e em condições bem mais adversas do que as enfrentadas por Lula.
Mas quê… O presidente da CUT, Vagner Freitas, mandou bala: “Se eleger Aécio ou Eduardo, eles vão jogar fora a política de valorização do salário mínimo. É por isso que eu sou Dilma. Não é por conta dela, é por conta de um projeto. Eles são os candidatos do patrão”.
Na manhã desta quinta, Aécio também se encontrou com trabalhadores. Participou de um minicomício na porta da Voith, fábrica de máquinas e equipamentos para indústria, no bairro do Jaraguá, zona norte de São Paulo. O evento foi organizado pela Força Sindical. O tucano fez um convite a Dilma: “Eu estimulo muito que ela vá às ruas, e não apenas nos eventos organizados e programados, que ela vá olhar nos olhos das pessoas e possa perceber que o sentimento do brasileiro hoje é de desânimo”.
Fim da chantagem
A política brasileira não pode mais ser feita na base do terrorismo e da chantagem. Até outro dia, o PT se colocava como único garantidor do Bolsa Família — e espalhava aos quatro ventos que seus adversários pretendiam extingui-lo. A oposição pôs fim a essa cascata propondo que o programa não dependa mais da boa-vontade de governos.
Agora, creio que é preciso desmontar a outra falácia: a da suposta desvalorização do salário mínimo caso se eleja um candidato de oposição. Pelas regras atuais, o ano de 2015 será o último no qual será adotada a atual fórmula de correção: variação da inflação do ano anterior e do PIB de dois anos antes. Isso foi definido pelo Congresso Nacional no início de 2011.
Que os oposicionistas se organizem já e enviem ao Congresso uma proposta prorrogando a atual fórmula até 2019. E fim de papo! Vamos debater os reais problemas do Brasil e tirar os bodes e os fantasmas da sala. O PT vai ter de aprender a fazer campanha sem usar o Bolsa Família e o salário mínimo para fazer terrorismo e chantagem.
A propósito: o partido não tem nenhuma proposta a fazer sobre o futuro? Passará toda a campanha mentindo sobre o passado alheio e o próprio passado?

Para lembrar uma imagem empregada certa feita por Diogo Mainardi –que tem sofrido tentativas descaradas e infrutíferas de clonagem na crônica tupinambá–, parte da imprensa está se comportando, no caso da fraude da CPI da Petrobras, como a Fada Sininho do PT, batendo as asinhas para ver se a bomba dos piratas estoura longe do Palácio do Planalto. É uma missão suicida, mas vale sacrificar a honra em nome de mais quatro anos na Terra do Nunca! Há um esforço danado para provar que os petistas, os assessores palacianos e o comando da estatal não fizeram nada demais ao transformar uma CPI numa pantomima ridícula.
Não que se esperasse, dadas as personagens, grande coisa dessa comissão. Mas, vá lá, admita-se que a folgada maioria que detêm os governistas em sua composição é regimental: deriva do desequilíbrio de forças no Senado, que traduz, no entanto, a vontade do eleitor. Nada a fazer a respeito. É legítimo, sim, lastimar certos aspectos da democracia. Só não é permitido solapá-la.
(…)
Os que me acompanham nesta Folha, no blog que mantenho na Veja.com ou na rádio Jovem Pan sabem que atribuo à roubalheira o peso que a coisa tem: comprovadas as culpas, cana para os larápios! Mas eu me ocupo mais dos ladrões de instituições do que dos ladrões de dinheiro público.
(…)
Um ladrão de dinheiro público é um caso de polícia; um ladrão de instituições é um caso de política. Um ladrão de dinheiro público faz um rombo no caixa; um ladrão de instituições faz um rombo numa cultura; um ladrão de dinheiro público morrerá um dia; um ladrão de instituições procria. Um ladrão de dinheiro público inviabiliza um projeto; um ladrão de instituições inviabiliza um país. Apelando agora a Padre Vieira: um ladrão de dinheiro público pode até ser enforcado; um ladrão de instituições manda enforcar.
(…)
Leia a íntegra aqui

NO BLOG DO CORONEL

Lembram destes post acima? Cliquem aqui para ler. Abaixo, matéria de O Globo que mostra que agora a central de calúnias do Palácio do Planalto voltou as suas baterias contra jornalistas econômicos. É o desespero com a crise e com as pesquisas eleitorais.
A rede de internet do Palácio do Planalto foi usada para fazer alterações nos perfis dos jornalistas Míriam Leitão, colunista do GLOBO, e Carlos Alberto Sardenberg, da CBN e Rede Globo, na Wikipédia, com o objetivo de criticá-los. O IP 200.181.15.10, da Presidência da República, foi usado na enciclopédia colaborativa virtual para fazer alterações em maio do ano passado. O IP é uma espécie de identidade digital que permite saber de onde partiram as modificações. No entanto, apenas os administradores da rede do Planalto têm como saber exatamente qual equipamento do local foi usado. 
As mudanças ocorreram em uma sexta e uma segunda-feira, dias 10 e 13 de maio. A primeira alteração no perfil de Míriam Leitão, feita dia 10, às 16h43m, foi para qualificar análises suas como “desastrosas”. Três dias depois, às 18h32m, a rede da Presidência voltou a ser usada para incluir trechos contra a jornalista, desta vez associando-a ao banqueiro Daniel Dantas: “Míriam Leitão fez a mais corajosa e apaixonada defesa de Daniel Dantas, ex-banqueiro condenado por corrupção entre outros crimes contra o patrimônio público. A forma como Míriam Leitão se envolveu na defesa de Dantas chamou a atenção de Carlos Alberto Sardenberg, seu companheiro na CBN, para quem a jornalista estava diferente naqueles dias. Para Míriam Leitão, apesar do vídeo que flagrava o suborno a um delegado da Polícia Federal, a prisão de Dantas não se justificava, posto que se tratava de coisas do passado”
Por fim, às 18h50m, o mesmo IP fez uma última alteração no perfil da jornalista: “Um dos maiores erros de previsão ocorreu durante a Crise Financeira Internacional. Em 29/06/2009, Míriam Leitão escreveu o seguinte sobre a previsão de crescimento do Ministro Guido Mantega de 4,5% do PIB de 2010: ‘Ele fez uma afirmação de que em 2010 o Brasil está preparado para crescer 4,5%. É temerário dizer isso’. Contrariando o pessimismo de Míriam Leitão, o Brasil cresceu 7,5% naquele ano”.
Procurada pela reportagem, Míriam mostrou-se surpresa com o uso da estrutura do Palácio e desmentiu as acusações: — É mentira que eu tenha defendido Daniel Dantas. Acho que é espantoso que um órgão público, ainda mais o Palácio do Planalto, use recursos e funcionários públicos para fazer esse tipo de ataque a jornalistas, quando deveria estar dedicado às questões de Estado.
‘É IMORAL, É ANTIÉTICO’ 
Com Carlos Alberto Sardenberg, a disposição foi semelhante. No dia 10, às 12h51m, quatro horas antes das alterações no perfil de Míriam, o IP do Planalto começou a fazer mudanças no perfil do jornalista. O texto anteriormente publicado já dizia que o âncora da CBN e da Rede Globo era um forte crítico das políticas econômicas de Lula e Dilma, então o equipamento no Planalto adicionou: “... principalmente em relação aos cortes de juros promovidos nesses governos. É irmão de Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban, instituição que tem grande interesse na manutenção de juros altos no Brasil, uma medida geralmente defendida também por Carlos Alberto Sardenberg em suas colunas. Já cometeu erros notáveis em suas previsões, como afirmar que ‘(...)a economia mundial segue em marcha de sólido crescimento. Sólido porque não é nenhuma bolha financeira (...)’ um ano antes de estourar a crise mundial de 2008”.
Três dias depois, às 14h31m, o IP do Planalto foi então usado para criticá-lo explicitamente: “A relação familiar denota um conflito de interesse em sua posição como colunista econômico”.
Procurado, Sardenberg reagiu: — Minhas opiniões são sempre muito claras. A política do Banco Central tem sido muito errática e sem uma lógica, tanto é que fizeram uma redução de juros forte e, depois, tiveram que subir, então, é óbvio que está errado. É evidente que minha posição é claramente crítica a esse governo. Esse é um debate de ideias, agora dizer que, porque meu irmão trabalha na Febraban, sou lacaio dos bancos é uma canalhice, uma baixaria. É imoral, é antiético, porque você coloca no perfil uma ilação. Usando um equipamento do governo, se faz uma ilação que não pode ser feita — afirmou.
Ao longo dos três anos e meio do governo Dilma, o IP da Presidência foi usado para realizar cerca de 170 alterações na Wikipédia. Muitas modificaram verbetes relativos a órgãos ligados à Presidência e de ministros e ex-ministros como Moreira Franco, Antonio Palocci, Thomas Traumann, Ideli Salvatti e Alexandre Padilha, além do assessor especial da presidente, Marco Aurélio Garcia, e do vice-presidente, Michel Temer.
O Palácio do Planalto afirmou que “o número do protocolo de internet (IP) citado pela reportagem é o endereço geral do servidor da rede sem fio do Palácio do Planalto. Isso significa que qualquer pessoa que utilizou essa rede via internet móvel terá como endereço de saída este número geral de IP. Por isso, não é possível apontar com segurança a identidade de quem alterou os textos citados pela reportagem a partir deste número de IP em maio de 2013”.

Vai pra casa, Padilha.
Cadê o Padilha, companheiros?

Ontem, no ato do PT com as centrais sindicais, os companheiros não deixaram Alexandre Padilha subir ao palanque, para faturar a presença de Lula e Dilma. Ficou lá embaixo, na fila do gargarejo, implorando por um aceno. A verdade é que ela, com 50% de rejeição em São Paulo, e ele, com 4% das intenções de voto para o governo do estado, são um caso perdido.Lula se queixou que a Globo não dá cobertura para o Padilha, mas ele mesmo, junto com Dilma, cortaram o podre diabo da programação petista.

Como Joaquim Barbosa no STF, José Jorge não está suportando a pressão no TCU. É o aparelhamento completo das instituições

Pressão. Chantagem. Ameaças. É assim que se dá a relação do governo petista com as instituições da República. Primeiro foi o STF. A cada indicação feita pelo PT, mais distante Joaquim Barbosa ficava da Suprema Corte. Agora é o TCU, contra o qual o governo usa de todos os estratagemas para proteger potenciais corruptos de penas simples, como a indisponibilidade de bens. José Jorge, presidente do TCU se aposenta em novembro. O PT faz de tudo para que ele não julgue contra os diretores da Petrobras. Sai José Jorge e, no seu lugar, com toda a certeza, boa coisa não virá. A matéria abaixo é do Estadão.
O governo conta com a aposentadoria do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge, em novembro, para adiar a decisão sobre o bloqueio de bens da presidente da Petrobrás, Graça Foster, pelo menos até a eleição. Na avaliação do Palácio do Planalto, um veredicto desfavorável à presidente da estatal atingiria não só a imagem da companhia, num momento de crise econômica, como causaria danos políticos à campanha da presidente Dilma Rousseff.
"Vou me aposentar, mas não vou deixar de herança esse processo", disse José Jorge, que é relator do caso no TCU. O ministro completará 70 anos daqui a três meses e vai se aposentar por idade, mas promete apresentar o parecer sobre o assunto antes de sua última sessão no TCU, em 11 de novembro.
Na prática, o governo tenta ajudar Graça Foster a conseguir se livrar do processo rapidamente, mas, se a estratégia não funcionar, a alternativa é pressionar novamente o TCU para outro adiamento da decisão. A presidente da Petrobrás entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para que seus bens não sejam bloqueados.
O TCU avalia a responsabilidade de Graça Foster pelos prejuízos decorrentes da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. No mês passado, José Jorge isentou Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás na época da polêmica transação, em 2006. No diagnóstico do governo, a inclusão de Graça Foster na lista dos diretores com bens bloqueados ressuscitaria a vinculação do negócio mal feito com Dilma, que pretende "vender" na campanha a imagem de boa gestora.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse ontem não ter feito pressão para evitar o bloqueio de bens da presidente da Petrobrás no TCU, mas apenas uma "sustentação administrativa". Na quarta-feira, Adams ocupou a tribuna da corte para fazer a defesa oral de Graça e de outros diretores da Petrobrás indicados no processo, sob a alegação de que o bloqueio do patrimônio deles causaria repercussão negativa.
José Jorge chegara a se manifestar pela indisponibilidade dos bens de Graça ao colocar em pauta recurso do Ministério Público, que pedia uma correção da decisão do plenário, do dia 23, apontando uma lista de 11 diretores e ex-dirigentes da Petrobrás como responsáveis por prejuízo de US$ 792,3 milhões à empresa. Diante dos argumentos de Adams, porém, pediu vista no processo para avaliar os argumentos da AGU.
"Quem sou eu para pressionar José Jorge?", questionou Adams, ontem, em conversa com jornalistas. "Vocês acham que sou tão poderoso assim?" O ministro disse que não poderia representar Graça Foster, nem os diretores da Petrobrás no Judiciário. "Mas no tribunal administrativo atuo ao lado da Petrobrás. E os atuais gestores da empresa foram indicados pela União."
Dilma: empate técnico entre rejeição e intenção de voto. Tchau, PT!

Apesar de liderar a corrida presidencial, com 38%, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), possui a maior taxa de rejeição entre os concorrentes, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (7). Ao todo, 36% declararam que não votariam em Dilma de jeito nenhum; 15% não votariam em qualquer hipótese em Aécio Neves (PSDB); 11% em Pastor Everaldo (PSC); 10% em Zé Maria (PSTU) e 9% em Eduardo Campos (PSB). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Há um empate técnico entre as intenções de voto e a rejeição à candidata. Por isso, não sai do lugar. Empacou!




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