ESCÂNDALO DA PETROBRAS: MAIS UMA AMEAÇA AOS PETRALHAS

Petralhas temem que Fábio Barbosa, ex-Santander e hoje na Abril, deponha sobre Petrobras na Lava Jato

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 02-8-2014
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O ex-presidente do Santander no Brasil, atualmente dirigente do grupo Abril, Fábio Coletti Barbosa, corre o risco de sofrer ameaças e pressões espúrias da petralhada para que nunca revele – e nem deixe as revistas Veja ou Exame publicar - os segredos que guarda sobre os erros gerenciais e irregularidades da gestão PT-PMDB na Petrobras. Tal ameaça contra Fábio Barbosa voltou a circular esta semana nos bastidores econômicos, em meio a rede de intrigas do mercado no rescaldo da guerra do governo Dilma contra o banco Santander.
Fábio Barbosa pode até ser convocado pelos promotores que investigam a Operação Lava Jato. O Juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, já foi informado que Fábio Colleti Barbosa teria a memória de todos os problemas na Petrobras. O motivo é simples e técnico: ele foi Conselheiro de Administração da Petrobras, entre 2003 e 2012, repetidamente eleito como suposto “representante dos acionistas minoritários”, graças às manobras de votação entre o acionista controlador (o governo da União), BNDES, BNDESpar e os fundos de pensão Previ, Petros, Funcef.
Nos longos anos em que foi conselheiro da Petrobras nas administrações federais de Lula da Silva e Dilma Rousseff, acumulando a presidência do Santander, o prodigioso gestor Fábio Barbosa também acumulou outros cargos de conselho dentro do conglomerado da estatal petrolífera de economia mista. Barbosa foi conselheiro da PFICO (Petrobras Internacional Finance Company) e também da BR Distribuidora – empresa que teve o capital fechado pelo time de Lula em 6 de janeiro de 2003, em um dos primeiros atos do presidente petista. Barbosa também foi o perito financeiro da Petrobras responsável pela empresa perante a Bolsa de Nova York. Também coordenou as atividades dos auditores internos e dos auditores independentes externos, bem como a área de controladoria. Barbosa também aprovou a capitalização da Petrobras.
Fábio Barbosa se transforma em um estratégico depoente para a Operação Lava Jato uma vez que, cumprindo rigorosamente sua função de conselheiro, perito e auditor, deveria ter acompanhado de perto a atuação de outro colega no conselho de empresas do sistema Petrobras: o engenheiro Paulo Roberto Costa, atualmente preso por causa do escândalo que apura operações bilionárias de lavagem de dinheiro. Além de diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Costa foi conselheiro da BR Distribuidora, da Brasken (joint venture petroquímica com o grupo Odebrecht) e cuidou, pessoalmente, das obras da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – empreendimentos em que o Ministério Público Federal e a Justiça investigam fortes indícios de superfaturamentos em contratos.
Fábio Barbosa foi forçado a sair dos conselhos que ocupava na Petrobras por causa da pressão de investidores minoritários, que denunciaram as repetidas eleições dele Comissão de Valores Mobiliários. Enquanto foi dirigente do Santander, Barbosa interessou aos petistas. Agora, que é dirigente da Abril (empresa que faz oposição editorial aos governos petistas), Barbosa é tido como “inimigo” e “inconfiável”. A petralhada o enxerga como uma “ameaça-viva”. Basta que revela tudo que sabe para a Justiça ou para publicar, como notícia-bomba, nas revistas da empresa em que preside o Conselho de Administração.
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