DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 03-8-2014
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Atualizado às 21h de 02-8-2014
A edição de VEJA distribuída neste fim de semana revela com exclusividade a trama concebida para fraudar a CPI da Petrobras. “Uma gravação mostra que os investigados receberam perguntas dos senadores com antecedência e foram treinados para responder a elas”, informa a capa da revista. “A farsa é tão escandalosa que pode exigir uma inédita CPI da CPI para ser desvendada”. O vídeo que documenta a conspiração criminosa é exibido pelo site de VEJA, no post que resume o caso de polícia nos dois parágrafos abaixo transcritos:
O que se vê e ouve na gravação é uma conjuração do tipo que, nunca se sabe, pode ter existido em outros momentos de nossa castigada história republicana. Mas é a primeira vez que uma delas vem a público com tudo o que representa de desprezo pela opinião pública, menosprezo dos representantes do povo no Parlamento e frontal atentado à verdade. Com vinte minutos de duração, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
A decupagem do vídeo mostra que, espantosamente, o encontro foi registrado por alguém que participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria. VEJA descobriu que a gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. A existência da reunião e seus participantes foram confirmados pelos repórteres da revista por outros meios — mas a intenção da pessoa que fez a gravação e a razão pela qual tornou público seu conteúdo permanecem um mistério.
Quem assiste ao vídeo do começo ao fim — ele acaba abruptamente, como se a bateria do aparelho tivesse se esgotado — percebe claramente o que está sendo tramado naquela sala. E o que está sendo tramado é, simplesmente, uma fraude caracterizada pela ousadia de obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, de posse delas, treiná-los para responder a elas. Barrocas revela no vídeo que até um “gabarito” foi distribuído para impedir que houvesse contradições nos depoimentos. Um escárnio. Um teatro.
Neste sábado (02), o Brasil decente foi afrontado por outro monumento à canalhice. Os tumores que infestam a Petrobras confirmam o avanço acelerado da necrose — incurável e letal — que vem devastando a seita lulopetista. Antes dirigida por executivos e técnicos, a estatal aparelhada por Lula e Dilma Rousseff hoje é controlada por um bando de delinquentes dispostos a tudo para prorrogar a permanência dos chefões no coração do poder.
O que já foi uma empresa respeitável se tornou tão desprezível quanto a Papuda sem grades que no século passado abrigou o Congresso Nacional. É natural que ajam em parceria. O vídeo comprova que os vigaristas fantasiados de senadores e os patifes disfarçados de petroleiros nasceram uns para os outros. Eles se merecem. O país que presta é que não merece continuar sob o domínio da tribo dos fora da lei.
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Candidato à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) está preocupado com pedido de impugnação da candidatura do tucano Cássio Cunha Lima ao governo da Paraíba, que será julgado nesta segunda (04) pelo Tribunal Regional Eleitoral com base na Lei do Ficha Limpa. A equipe de campanha de Aécio avalia que o presidenciável perderá uma importante base no Nordeste caso Cássio Cunha Lima saia derrotado.
O Sindicato dos Bancários acusa a Caixa Econômica Federal de realizar “manobra” para obrigar gerentes a trabalharem cerca de 12 horas por dia, sem receber hora extra. O banco enviou comunicado aos empregados com a lista do registro no Sistema de Ponto Eletrônico, onde vários gerentes tiveram os nomes excluídos sem qualquer explicação. O registro do ponto estava na pauta dos empregados da Caixa há mais de 10 anos.
Em acordo firmado com o sindicato, a Caixa prometeu cobrar o ponto eletrônico de todos os gerentes a partir do dia 1º de agosto.
Pelo artigo 62 da CLT, apenas os ocupantes de cargos máximos nas unidades ficam de fora do registro de entrada e saída do trabalho.
O PT quer que Dilma cumpra agenda com os candidatos ao governo, Robinson Farias (PSD-RN), e Senado, Fátima Bezerra (PT). O Planalto foge para não desagradar presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB).
Para o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a presidenta Dilma ofende o povo brasileiro ao tirar ministros do trabalho para “bater palmas em sua campanha”. Sete participaram de sua sabatina na quarta (30) na CNI.
O governo petista de Dilma e Lula foi responsável por nomear 54 dos 71 ministros que compõem constitucionalmente os quadros do STF, STJ e TST. Da gestão tucana de FHC, restam apenas 15 ministros.
Há, ainda, Celso de Mello, nomeado por José Sarney, e Marco Aurélio, da gestão de Collor, ambos ministros do STF. Já o STJ e TST estão polarizados: só há ministros nomeados pela dupla Lula/Dilma e por FHC.
Com a rejeição ao PT em SP, políticos comparam eleitores de Dilma com os de Maluf: eles até votam, mas não tem coragem de falar em quem.
NO BLOG DO NOBLAT
Elio Gaspari, O Globo
O senador Pedro Simon ensinou: “não esperem nada do Congresso”. É pior, esperem de tudo. Está na pauta do Senado para terça-feira a votação do projeto PLS 559. Pelo nome, altera a Lei de Licitações para uso de dinheiro público. Pelo texto, simplesmente revoga a lei 8.666, colocando no seu lugar um novo sistema de contratações de serviços e empreitadas.
A 8.666 não é nenhuma Brastemp, mas o que vem por aí é um mecanismo que alivia as exigências feitas às empreiteiras, expande o poder dos comissários e generaliza as facilidades criadas pelo regime especial das obras da Copa. Sua tramitação teve a rapidez do raio.
Começou em dezembro, não seguiu o ritual das comissões técnicas e arrisca ser votado naquilo que os senadores chamam de “esforço concentrado” (nome dado ao esforço que concentra seus interesses).
Isso tudo ao apagar das luzes de uma legislatura e no meio da colheita das campanhas eleitorais. Mesmo sabendo-se que existe uma indústria de projetos, é discutível que se façam “contratações integradas” pela vontade dos empreiteiros e burocratas apressados.
O edital da licitação do sistema BRT de Belo Horizonte saiu num dia 5 de maio, os concorrentes tinham até dia 31 para apresentar os projetos, e a contratação ocorreu a 27 de junho. Monstrengos como o aeroporto de Guarulhos saíram das planilhas das construtoras.
Joias como o projeto de 1937 do aeroporto do Centro do Rio, de concursos públicos. Há poucas semanas, apareceu uma emenda que permite ao vencedor de uma licitação destinada a construir um aeroporto, ou seja lá o que for, a exploração comercial da obra. Assim, a empreiteira faz a obra e leva o shopping. Tudo isso com uma só licitação.
Esse voluntarismo rondou o Trem-Bala. Não havia projeto nem estudo de viabilidade, mas o faraó queria fazer a obra. Felizmente, num caso raro, os empreiteiros não se interessaram pela pirâmide.
Rodrigo Burgarelli, Estadão
Um apartamento de R$ 8 milhões no Leblon a poucos metros da praia, quadros de Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Iberê Camargo, R$ 67 milhões na conta do banco e até um time de futebol na primeira divisão estadual. Esses são alguns dos bens que compõem a polpuda lista de patrimônio dos suplentes de senador, os candidatos mais ricos desta eleição.
Na média, os primeiros-suplentes declararam ter fortuna de R$ 7,3 milhões - mais de 15 vezes o patrimônio médio de todos os 25 mil candidatos registrados para concorrer neste ano. Os suplentes compõem a chapa do candidato a senador e exercem o mandato caso o titular seja afastado.
María Martín, El País
A indústria de São Paulo, apesar de não representar nem 15% do consumo, é um dos setores que vê com cada vez mais preocupação a falta de água no Estado. Enquanto as ligações dos empresários à Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se multiplicam, pedindo informações ou confirmações do que a imprensa publica, as pequenas empresas que trabalhavam durante o período noturno pararam pela falta de pressão nas torneiras, chegando a exigir a demissão de dezenas de funcionários, segundo a própria Federação.
Seja como for, conforme passam os dias a inquietude cresce no setor privado. Uma pesquisa feita em maio sobre uma possível interrupção do fornecimento, e apresentada há duas semanas pela Fiesp, já ficou velha. Nela, 67,7% das 413 indústrias ouvidas se diziam preocupadas com um possível racionamento de água e 65% considerava que uma interrupção teria um impacto sobre seu faturamento.
Leia ainda em Racionamento de água seria irresponsável, diz Alckmin
Represa de Jaguari, do Sistema Cantareira. Foto: Bloomberg
Janaína Figueiredo e Nice de Paula, O Globo
Apesar de negar que seu país deu calote, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, enfrenta a crise econômica e financeira mais difícil da era kirchnerista. O cenário mistura recessão, inflação alta, perda de empregos, restrições no mercado cambial e, agora, a crise da dívida.
Economistas locais afirmam que a situação não pode ser comparada ao cenário de 2001-2002, quando o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) despencou 11%, mas destacam o perigoso processo de deterioração da economia.
A pichação que diz: “fora abutres”, numa rua argentina reflete o clima entre o país e seus credores. Foto: Reuters
NO BLOG DO CORONEL
Dilma não terminou o PAC 1, não terminou o PAC 2 e agora lança o PAC 3 para enganar o povo brasileiro. Vai incluir o Porto de Mariel e o aeroporto de Havana em Cuba?
Às vésperas de anunciar a terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o governo federal ainda tenta concluir uma de cada quatro obras mais relevantes do PAC 1, lançado em 2007.mLevantamento feito pela Folha com base no balanço oficial dos primeiros quatros meses de execução do programa, mostra que dos 101 projetos destacados pelo Planalto como mais importantes, 27 não foram concluídos e 4 foram abandonados.
O programa inicial, lançado pelo ex-presidente Lula, previa um total de 1.646 projetos, orçados em R$ 503,9 bilhões. Já o PAC 2, lançado por Dilma em 2011, incorporou empreendimentos não realizados no PAC 1 e estimou investir R$ 955 bilhões. Atrasos constantes e mudanças no planejamento inicial acabaram alterando orçamentos nesses sete anos.
Segundo o documento do governo, todas as obras do PAC 1 consideradas relevantes deveriam estar prontas ou em operação em 2014. Nessa lista, estão grandes projetos, como a usina hidrelétrica de Belo Monte, a transposição do Rio São Francisco e a refinaria Abreu e Lima (em Pernambuco), todos ainda em andamento.
Das 70 obras concluídas, mais da metade estourou o prazo. Entre os casos extremos está a reforma do aeroporto de Vitória (ES), que só deve ser concluída dez anos depois. Alguns projetos da lista do PAC 1 que o governo considera como concluídos, como duplicações de sete rodovias federais, ainda estão em andamento. Como a administração dessas estradas foi transferida à iniciativa privada em 2008, o Ministério do Planejamento considera essas obras prontas. As duplicações deveriam ter sido terminadas em 2013, mas as empresas que administram essas estradas dizem que as obras seguem até 2018.
No grupo de 61 intervenções atrasadas, a expectativa média é que os projetos fossem concluídos 30 meses após o prazo previsto em 2007. Aeroportos e portos atrasarão, em média, quatro anos. Os projetos mais relevantes do PAC 1 custariam aos cofres públicos R$ 156 bilhões, de acordo com as estimativas iniciais. Atualmente, esse valor já está em R$ 272 bilhões.
Além dos atrasos, em alguns casos os custos subiram porque o projeto inicial foi completamente revisto. A reforma do aeroporto de Brasília, por exemplo, previa pequenas intervenções e um novo anexo. Privatizado em 2012, a empresa vencedora acabou refazendo o projeto, elevando a estimativa de custo em quase 20 vezes.
A polêmica refinaria Abreu e Lima (PE), investigada pela Polícia Federal por suspeita de superfaturamento, só deve ficar pronta em 2015 e custará à Petrobras R$ 26,8 bilhões. A previsão inicial era de R$ 5,6 bilhões.
Técnicos ouvidos pela Folha afirmam que as projeções iniciais do PAC refletiam uma falta de experiência do governo para executar grandes obras, já que as décadas de 80 e 90 foram marcadas por seguidas crises econômicas.
As áreas técnicas do governo estudam o PAC 3 desde o início do ano, mas não houve ainda anúncio oficial sobre o formato do programa. Empresários de várias áreas do setor de infraestrutura estão apresentando demandas sobre as intervenções mais prioritárias e as propostas estão em análise pelo governo. (Folha de São Paulo)
NO BLOG DO JOSIAS
Isso sim é que é governo eficiente. Ele mesmo planeja as obras, ele mesmo atrasa o cronograma, ele mesmo se desculpa, ele mesmo refaz o calendário, ele mesmo finge que não é com ele. Vendida por Lula em 2010 como “mãe do PAC”, Dilma Rousseff chega a 2014 com cara de madrasta. Criou uma torturante metodologia de trabalho.
Funciona assim: anuncia-se em 2007 o PAC 1, ambicioso programa de obras orçado em R$ 503 bilhões. Em 2011, lança-se o PAC 2, enfia-se dentro dele todos os empreendimentos atrasados do PAC anterior e eleva-se o orçamento para R$ 955 bilhões.
Em 2014, descobre-se que, dos 101 projetos que deveriam ser inaugurados neste ano, 27 não ficaram prontos e 4 foram abandonados. Mas isso não tem a menor importância porque vem aí o PAC 3, com cronogramas e planilhas de preços novinhos em folha.
De todos os vexames, o mais eloquente é a transposição do Rio São Francisco. Lula prometera cortar a fita em 2010. Em dezembro daquele ano, a 17 dias de passar a faixa presidencial para Dilma, ele vistoriou a encrenca. “Estou percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012, a não ser que aconteça um dilúvio…”
Em dezembro de 2012, o então ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) foi chamado a se explicar no Senado. Verteu um dilúvio de desculpas: houve falhas no projeto básico, abandono de canteiros por algumas empresas, fragmentação dos contratos e dificuldades para desapropriar terras. “Não faltou planejamento nem gestão”, disse ele. “É porque é complicado, mesmo com projetistas do mais alto quilate técnico.”
Há dois meses e meio, a próprioa Dilma voltou ao canteiro do São Francisco. Resumiu assim o fiasco do cronograma: “A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Ela é bastante sofisticada, leva um tempo de maturação. Houve atraso porque se superestimou a velocidade que ela poderia ter, minimizando a complexidade.''
Ministra, Dilma avalizara um orçamento de R$ 4,8 bilhões. Presidente, viu o custo saltar para R$ 8,4 bilhões. Hoje, concorre à reeleição prometendo a inauguração para 2015. Na hipótese de não ser reconduzida ao cargo, já pode abrir uma banca de quiromancia: Casa da Mãe Dilma.
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Por Nilson Borges Filho (*)
O presidente no paralelo Luiz Inácio Lula da Silva, depois de um mutismo ensurdecedor, resolveu falar. Lula adora ouvir a própria voz e quando se expressa não poupa nem mesmo o idioma pátrio. Além de maltratar a gramática, eliminar os plurais e se utilizar de termos chulos – como no caso da analista de investimentos do banco Santander – o palanqueiro de araque decidiu dar lições de moral aos seus adversários.
No primeiro momento do seu palavrório Lula destratou o presidente mundial do Santander, enquadrando-o como incompetente. Afinal, o CEO de um dos maiores conglomerados financeiros da Europa não soube sequer recrutar uma analista de mercado. E teve mais: Lula se colocou à disposição do presidente mundial do Santander oferecendo seus préstimos como analista de conjuntura e se prontificando a receber o bônus destinado a funcionários da instituição financeira.
Debochado e perdendo a compostura – o que é do seu feitio – Lula poderia ser grato à direção do Santander, que lhe pagou 200 mil dólares para proferir uma palestra na sede do grupo na Espanha. Não me façam perguntas que não sei responder: não faço a menor ideia sobre o que Lula tem a ensinar a banqueiros europeus.
Esquecendo-se das diversas viagens internacionais em que transportou a segunda-dama, Rosemary Noronha, a bordo da aeronave presidencial, às custas do contribuinte, o mandachuva petista se arvorou a dar lição de moral ao candidato Aécio Neves, com referência ao aeroporto na cidade de Claudio. Lula teorizou: “o Estado não pode ser tratado como propriedade para benefício de família”.
Pura hipocrisia, senão veja-se: como é notório, o avião presidencial é propriedade do Estado, assim como as sedes das embaixadas brasileiras, no entanto Rosemary Noronha, que dividia os lençóis com o ex-presidente, se esbaldou em viagens para o exterior flanando no Airbus presidencial e se aboletando nos aposentos das embaixadas brasileiras mundo afora. É sabido que o sistema de telefonia é concessão estatal, mas o filho Lulinha recebeu 10 milhões de reais da Telemar, como aporte numa empresa mequetrefe de jogos para celular, isso como se fosse a coisa mais normal do mundo essa relação incestuosa entre o público e o privado. De monitor de zoológico, em poucos anos, Lulinha se transformou num empresário bem sucedido, de fazer inveja a um Ronaldinho.
Mas ainda não é tudo: logo que assumiu a presidência da República Lula fez do SESI um entreposto petista, instalando em cargos importantes sindicalistas de baixa qualificação intelectual, mas com salários obscenos para a realidade brasileira. Perdendo totalmente a vergonha, o ex-presidente fez de sua nora, Marlene Araújo da Silva, casada com Sandro Luiz da Silva, alta funcionaria do SESI com um salário de 13.500,00 com direito a não comparecer ao trabalho.
Marlene se concede formação acadêmica em ‘eventos”, sabe-se lá o que vem a ser isso, e que sua principal atividade é na área de “relações institucionais”, esquecendo-se de dizer com quais instituições se relaciona. Em reportagem da revista Época ficou constatado que Marlene Araújo, a quarta nora, faz parte da folha de pagamento do SESI, mas sem necessidade de retribuir com trabalho os 13.500 que embolsa mensalmente.
Nesse mesmo SESI, a mulher do mensaleiro João Paulo Cunha recebe um salario de 23 mil reais, como gerente de marketing. Faz sentido. É essa gente que se arvora em dar lição de moral ao senador Aécio Neves.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog. Foi professor da UFSC e da UFMG e Juiz do TRE de Santa Catarina.
NO BLOG ALERTA TOTAL
Uma petralhice contra o Bispo Macedo?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O site Alerta Total recebeu às 12h 13min de sábado, no correio eletrônico público do editor-chefe, um ameaçador e covarde e-mail supostamente atribuído ao UNIcom. A sigla é do Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Igreja Universal do Reino de Deus. Tudo indica que a mensagem seja falsa. Foi enviada pelo e-mail unicom@universal.org.br, com o título: “Notícia falsa sobre o Bispo Edir Macedo”.
A mensagem não tem assinatura. Portanto, é criminosa, em função do anonimato, que é inconstitucional. A IURD usa o registro ponto org – e não o ponto-org-ponto-br. Se fosse verdadeiro, o texto deveria vir assinado por Renato Parente (ou qualquer assessor dele) que é o titular do UNIcom da IURD. Outro chefão da cúpula de Macedo, Douglas Tavolaro, vice-presidente de Jornalismo da Rede Record, jamais daria aval para alguém enviar uma bobagem destas.
O recado intimidador parece coisa de petralha criminoso, que ficou PT da vida com o post da edição de sexta-feira, 1º de agosto deste ano sem graça de 2014: Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, coordena doação de R$ 10 milhões à reeleição de Dilma, O recado ameaçador é digno de figurar como uma piada jornalístico-jurídica:
Senhor editor,
Circula na Internet a informação mentirosa de que o bispo Edir Macedo teria doado R$ 10 milhões à campanha de reeleição da presidenta Dilma Roussef, atribuída a origem a este blog.
Não bastasse a mentira, o texto ainda carrega no odioso preconceito e na chacota gratuita com a fé de milhões de adeptos da fé cristã. Tenta diminuir o momento extraordinário e histórico que vivemos na inauguração oficial do Templo de Salomão, prestigiada pelos mandatários dos mais elevados cargos públicos de nosso país, por líderes empresariais e representantes sociedade civil.
Exigimos a imediata remoção do texto e a publicação de retificação, sem embargo das medidas judiciais que poderão ser adotadas.
Atenciosamente,
UNIcom - Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal.
Tal texto parece escrito por um covarde e amedrontado membro da seita petista – e não pelos neopetencostais redatores da Universal. Os fanáticos petralhas operam com a mania de perseguição. Adoram posar como falsas vítimas. Na verdade, costumam ameaçar e perseguir quem lhes incomoda. Tal postura é essencialmente totalitária. Famoso por sua sabedoria, grande capacidade de gestão e senso de justiça, o Rei Salomão (que viveu de 1009 a 922 a. C) condenaria essa burra ameaça – que é uma petralhice contra o Bispo Macedo.
A mínima inteligência não consegue crer que alguém do staf do Bispo Edir Macedo Bezerra tenha cometido tamanha imbecilidade. Que Deus abençoe, abundantemente, os membros da IURD para que não cometam tal desatino criminoso. Meu doberman vira-lata, o Capitão Nascimento, morreu de medinho e risadas da bravata: “Exigimos a imediata remoção do texto e a publicação de retificação, sem embargo das medidas judiciais que poderão ser adotadas”.
O lendário Napoleão Santos Brasil, contínuo de Carlos Lacerda e de Hélio Fernandes, diria, chulamente: “Ide fuder-vos”. A regra é claríssima na jurisprudência brasileira. A liberdade de imprensa é uma projeção da liberdade de manifestação do pensamento e de comunicação, e assim tem conteúdo abrangente, compreendendo, dentre outras prerrogativas: o direito de informar, o direito de buscar a informação, o direito de opinar e o direito de criticar. O interesse social, que legitima o direito de criticar, está acima de “eventuais suscetibilidades” das figuras públicas.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (decano ministro Celso de Mello) é cristalina: “Não caracterizará hipótese de responsabilidade civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgar observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicular opiniões em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública, investida, ou não, de autoridade governamental, pois, em tal contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de ofender”.
O Alerta Total adverte: Os petistas e petralhas, junto com a Igreja Universal do Reino de Deus, têm todo o direito de negar a versão aqui publicada no Alerta Total e que ganhou repercussão no mundo profano da internet. Ao site, de maneira civilizada e dentro da lei, da ordem e da democracia, não foi feito qualquer desmentido. Até porque não há crime algum em se doar, centavos, milhões ou bilhões para uma campanha eleitoral. Até um bebezinho de colo sabe que, no Brasil, campanhas recebem dinheiro contabilizado na Justiça Eleitoral, junto com muita grana que passa longe dos contadores e da fiscalização legal. Se Macedo coordenou ou não uma doação milionária, é com ele mesmo, o Rei Salomão e a Rainha de Sabá...
A informação publicada pelo Alerta Total era pública, em Brasília, no dia da inauguração da monumental réplica do Templo do Rei Salomão, em São Paulo. Rolava no cafezinho do Congresso Nacional o papo sobre os R$ 10 milhões doados aos esquemas petistas. Foi o tema corrente de conversas trocadas entre os principais escritórios de lobby. Verdade ou mentira? O que é verdade e mentira no regime capimunista da República Sindicalista do Brazil?
Vale repetir, cabalisticamente, por 13 x 13: não há crime algum em uma instituição, que tem militância religiosa e política, passar a sacolinha entre seus membros abastados ou dirigentes bem remunerados para doar dinheiro à campanha do partido aliado. Se os petistas e a IURD negarem, oficialmente, publicamos aqui a versão deles, como sempre o fizemos, em respeito à ética, à liberdade de expressão e, sobretudo, o respeito aos leitores.
Em 32 anos de jornalismo diário, sempre tratei com respeito questões de opção religiosa, ideológica, sexual ou futebolística (embora seja obrigado a confessar que minha torcida pelo Flamengo é um dogma profanamente sagrado). Apesar de assumidamente católico, apostólico e romano, sempre tive muitos amigos, leitores e ouvintes de denominações cristãs. Jamais teria como cultivar odioso preconceito ou fazer chacota gratuita (ou remunerada) contra a fé de quem quer que seja: católicos, evangélicos, judeus, muçulmanos, pentecostais, espíritas, Kardecistas, macumbeiros, hindus, budistas, etc - ou nem mesmo os 5% de ingleses que afirmam acreditar na “religião” Jedi (de Star Wars: “Que a força esteja com você”).
A análise diária da conjuntura política e econômica não dá espaço para medinhos, omissões de informação ou brigas com a realidade. A verdade, às vezes nua e crua, incomoda os que se julgam poderosos, geralmente políticos, magistrados e “religiosos” dominados pelos sete pecados capitais, sobretudo a vaidade – o mais apreciado pelo Diabo. A petralhada precisa tomar vergonha na cara, ou a coisa ficará preta para eles na proximidade do juízo final – cada vez mais próximo, assim que perderem o ilusório poder.
No Brasil, temos algumas figuras com ambições desmedidas. Todos têm patrimônios pessoais e familiares bilionários. Luiz Inácio Lula da Silva é um destes figurões. Outro é Henrique Meirelles (homem que entende de bancos, boiadas e boladas em investimentos na Petrobras, Eletrobras e por aí vai). Neste mesmo time também joga o empresário e líder religioso Edir Macedo Bezerra. Amado, odiado ou ignorado, ele tem o direito legítimo e democrático de ter seu projeto de poder, desde que siga a lei, a ordem, a ética e a verdade.
O Bispo Edir Macedo Bezerra e alguns de seus seguidores alimentam três sonhos. Dois são delírios completos. Um terceiro até pode acontecer. O primeiro é criar uma “religião” que suplante a hegemonia católica – daí se chamar “Igreja Universal” – uma intenção complicada de se tornar real. A segunda esquizofrenice é conquistar a Presidência da República do Brasil – plano também pouco provável, embora o partido político criado pela Universal, o PRB, seja sócio do grande condomínio petista-petralha. O terceiro devaneio é acabar com a hegemonia das Organizações Globo, principalmente da Rede Globo, o que exigirá muito mais competência da Rede Record, mas até pode se tornar possível por incompetência político-gerencial da família Marinho.
Macedo é um empreendedor. Demonstra fé inabalável em seus projetos. Mostrou todo seu poderio na inauguração do Templo do Rei Salomão, no qual a Universal investiu R$ 680 milhões, mas faturar, muito mais, com a exploração turística do monumento arquitetônico. O Bispo levou ao seu culto, de mais de três horas, além da Presidenta e do vice-Presidente da República, mais de cinco mil convidados ultra-VIPs: governadores, senadores, deputados, ministros, desembargadores, juízes, empresários, artistas... Foi sentida a ausência de Luiz Inácio Lula da Silva. O Presidentro anda mesmo sem prestígio...
#repitoatécansar: Bispo Macedo, não aceite ser vítima de uma petralhice. A aliança nada santa com os petralhas vai custar cara: R$ 10 milhões, bilhões ou trilhões, não importa. Todo dinheiro do mundo parecerá uma merreca na hora do Juízo Final.
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