OPOSIÇÃO EXIGE QUE TCU OUÇA DILMA

Oposição fará pressão para que TCU ouça Dilma por participação e responsabilidade no Pasadenagate
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 04-7-14
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Pode não render o “passadilma”, desejado pela “oposição”, mas Dilma Rousseff tem o dever moral de explicar sua incontestável participação e responsabilidade direta na decisão tomada pelo Conselho de Administração da Petrobras a favor do péssimo negócio de comprar a refinaria Pasadena, no Texas, EUA. Dilma corre o risco de ser submetida ao vexame (inédito para uma Presidenta da República) de ser ouvida em uma audiência no Tribunal de Contas da União – que nem é “tribunal” no sentido jurídico, mas, tecnicamente, um órgão auxiliar de fiscalização do poder Legislativo. Fora o TCU, pareceres de auditores da Secretaria de Controle Externo das Estatais também atormentam a Presidenta-candidata que foge do assunto Pasadena.
Além de Dilma, que foi a “presidente” do Conselho de Administração da Petrobras que referendou o negócio, o caso pode atingir três das principais “engrenagens” que comandam o capimunismo tupiniquim: Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente do Conselhão da Petrobras; Luciano Coutinho, também membro do conselho da petrolífera e poderoso diretor do BNDES (“sócio” dos maiores empreendimentos públicos e privados do País); e o hoje sumido Antônio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda, da Casa Civil e integrante do Conselho da Petrobras quando Pasadena foi negociada. Também seriam ouvidos os ex-conselheiros Cláudio Luiz Haddad, Fabio Colletti Barbosa e Gleuber Vieira.
O caso fica mais explosivo ainda se for juntada, também, a participação direta do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli – que hoje petistas fingem colocar em desgraça, embora todos saibam que sempre foi homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidentro eterno. A bomba fica pronta para estourar se o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso pela Operação Lava Jato, e que negociou Pasadena, também for formalmente envolvido em um inquérito. Mas tudo explode mesmo se investidores da Petrobras cumprirem a ameaça de pedir que o diretor Financeiro da empresa, Almir Guilherme Barbassa, seja arrolado como o responsável pelos pagamentos.
Pasadena será tema certo de desgaste de Dilma na campanha reeleitoral que tem tudo para fracassar. O líder do PSDB na Câmara, o baiano Antonio Imbassahy, vai cobrar que Dilma dê uma explicação oficial, inicialmente ao TCU, e, depois, à Justiça, já que o caso Pasadena tende a virar um processo judicial movido por investidores que se sentem lesados: “Os pareceres do TCU confirmam que a Petrobras e os brasileiros tiveram um prejuízo bilionário porque a presidente Dilma autorizou um negócio grande e temerário com base em um simples resumo. E, percebendo que havia feito um mau negócio, nada fez para evitar ou reduzir o prejuízo. Sobre isso, no entanto, a presidente não diz uma palavra. O mínimo que deveria fazer é dar explicações à sociedade”.
Enquanto se vangloria do sucesso popular da “copa das copas”, Dilma sabe que seu time tem tudo para perder de goleada, se os escândalos na Petrobras forem adiante. A lista é gigante: Pasadena, Abreu e Lima, Comperj, aluguel de plataformas, PFICO (Petrobras Finance Internacional Company), Gemini e vários outros problemas denunciados, oficialmente, por investidores, em atas de assembleias da companhia, podem se transformar em escândalos ainda maiores se realmente a Operação Lava Jato não terminar em pizza.
Diante da Lava Jato, o famoso Mensalão, que transformou Joaquim Barbosa em herói e alguns membros da cúpula petista em vilões, vai parecer um pequeno delito cometido por amadores. O grave problema brasileiro é o alto e costumeiro risco de impunidade quando um escândalo envolve tanta gente graúda...
Se a Seleção Brasileira não ganhar “a copa das copas”, e Dilma não vencer a reeleição das reeleições, o bicho pode e deve pegar para a petralhada, em curto e médio prazos.
Queda feia
Quando fazem a pesquisa melhorar para Dilma, a realidade cruel da desgovernança a derruba...
Desaba um viaduto em construção em Belo Horizonte, para atrapalhar o deslocamento das seleções que lá jogam a Copa das Copas...
Obra que deveria ter ficado pronta antes do torneio, mas não ficou, sob responsabilidade da construtora Cowan – contratada pelo governo federal...
Maquiagem perfeita
Passadilma 
O processo do caso Pasadena que corre no TCU pode ter dois caminhos, até o final do ano.
Pode ser convertido em uma tomada de contas especial, para futuro ressarcimento aos cofres públicos dos danos e prejuízos causados.
E pode render uma audiência – ouvindo-se os responsáveis citados, para apurar eventual irregularidade ou má gestão.
Os dois casos complicam Dilma, antes, durante e depois da eleição.
Alvos da petralhada
A petralhada deseja comer o fígado de três auditores federais que atuam no caso Pasadena no TCU: Alberto Henriques, Michel Afonso Assad e Jefferson Lima de Souza.
Eles defendem que Dilma deve apresentar explicações sobre o fato de ter autorizado, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras na ocasião, a compra da primeira metade da refinaria, com base no Acordo de Acionistas
Alberto Henriques sustenta que a presidente e os conselheiros que participaram da compra da primeira metade em 2006 deveriam ser ouvidos em audiência para explicar suposto "exercício inadequado do dever de diligência" por não terem solicitados mais documentos para subsidiar a decisão.
Convocáveis
O ministro José Jorge, do TCU, é quem decidirá pela convocação de Dilma e dos Conselheiros e ex-membros do conselhão da Petrobras.
Vários diretores e ex-diretores também devem ser citados pelo TCU para explicar os prejuízos causados no caso Pasadena:
O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, os outros integrantes da Diretoria Executiva na ocasião da compra, Almir Guilherme Barbassa, Renato de Souza Duque, Guilherme de Oliveira Estrella e Ildo Luis Sauer, e dois ex-funcionários, Luís Carlos Moreira da Silva, ex-gerente executivo da Área Internacional Desenvolvimento de Negócios, e Gustavo Tardin Barbosa, ex-chefe do escritório financeiro da Petrobras America.
Batendo na gerentona
O tucano Imbassahy descreve a destruição causada pelo petismo na Petrobras:
“O modelo petista de gestão da Petrobras vem carregado de péssimos indicadores, como a perda monstruosa de valor de mercado da estatal nos últimos três anos, o título de empresa não financeira mais endividada do mundo, e com corrupção diagnosticada e comprovada pela Polícia Federal. A presidente Dilma permitiu que fosse instalado na Petrobras, símbolo do empreendedorismo brasileiro, um verdadeiro condomínio da corrupção”.
O tucano lembra que, entre 1997 e 2002, a produção de petróleo pela Petrobras avançou 122%, mas na gestão Dilma, de 2011 a 2014, a média de crescimento anual é caiu 0,9%.
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