DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 25-5-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 24-5-14
Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO
Alguma coisa acontece na cabeça da presidente Dilma Rousseff quando se cruzam ali dentro a avenida por onde passam os pensamentos que ela quer transmitir ao público e a avenida de onde eles saem para o mundo, depois de transformados em palavras. Ou, ao contrário, alguma coisa que deveria acontecer nessa hora não acontece. Seja por um motivo ou por outro, o fato é que a presidente, de uns tempos para cá, não está fazendo muito sentido, ou mesmo nenhum sentido, quando fala de improviso. Dilma, nessas ocasiões, imagina que está usando a linguagem do “grande público”. Mas a coisa não vai. Ela dá na chave, dá de novo, insiste, mas o motor não pega. O resultado final é que só vem conseguindo tornar-se cada vez mais incompreensível. Não é exagero. Tente, por exemplo, entender o seguinte: “Quando você chega num banco, ele te pergunta qual a garantia que você me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar emprestar um dinheiro para você me pagar”. Isso aí foi dito por Dilma em Feira de Santana, no fim de abril, numa viagem de sua campanha eleitoral em que presenteou prefeituras do interior da Bahia com tratores, escavadeiras e outras máquinas. Não é uma distorção do que disse, nem um boato — é o que consta nos registros oficiais do Palácio do Planalto. Não é tampouco uma “frase fora do contexto”; é fora da compreensão humana.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 25-5-14
O Comitê Olímpico Internacional (COI) não tem a paciência da Fifa em relação aos atrasos nas obras estruturais brasileiras para receber eventos. Deu o ultimato para gestores do Comitê Olímpico Brasileiro (COB): ou o comitê entrega tudo dentro do prazo, sem trapalhadas, ou o Rio de Janeiro pode dar adeus aos Jogos Olímpicos de 2016. Vão de mala e cuia para Chicago (EUA). Cidade preterida pelo COI, em 2009.
O clima entre os comitês não é amigável. O vice-presidente do COI, John Coates, disse: preparativos da Rio2016 são os “piores” que já viu.
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha cada vez se enrola mais com as versões do acordo com o laboratório fajuto Labogen, do doleiro Alberto Youssef. O acordo foi assinado em 11 de dezembro de 2013, cinco dias após a Labogen publicar no Diário Oficial de São Paulo o “extravio” dos livros-caixa. Sem tais documentos, o então ministro não poderia ter acertado a “parceria” que diz não ter se concretizado.
A Secretaria de Direitos Humanos pagou R$ 19,8 mil por 27 poltronas giratórias, que num rápido giro pela internet se acha por R$ 400, cada.
Quem diria, Cuba ainda tem luta de classes: os únicos cubanos que assistirão à Copa no Brasil são os médicos que ganharam ingressos.
O governo supera hoje os R$ 666 bilhões em impostos coletados. Cristãos dizem que o número é marca da besta. Besta do contribuinte?
De acordo com as investigações da Polícia Federal, os acusados na Operação Ararath, no Mato Grosso, movimentaram mais de R$ 500 milhões. Tudo, em princípio, retirado dos cofres públicos.
O passado às vezes condena: ex-assaltante de bancos e ex-viciado, o deputado Luiz Moura (PT-SP) foi flagrado pela polícia paulista numa reunião com bandidos do PCC. Talvez quisesse regenerá-los…
Já chegaram à China os alertas para que torcedores tenham cuidado com a venda não oficial de ingressos para a Copa do Mundo. Em nota, a Fifa diz que cada vez mais pessoas são enganadas por cambistas.
Ladrões invadiram o gabinete do prefeito de Parnaíba (PI), Florentino Neto. Além de uma festa, fizeram discurso contra a falta de segurança: disseram que só entraram lá porque não há polícia para impedi-los.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), desistiu da sua pré-candidatura a vice de Aécio Neves. Agora apoia o ex-senador cearense Tasso Jereissati para a vaga de uma possível “chapa pura” tucana.
Ciro Gomes (PSD) telefonou ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) com um aviso: se o PT e Lula não apoiarem o candidato de seu irmão Cid no Ceará, os dois vão apoiar o tucano Aécio Neves (MG).

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 25-5-14

NO BLOG DO CORONEL DE 25-5-14
A máscara de Dilma Rousseff caiu por terra junto com o seu tombo nas pesquisas. O que o país tem assistido nos últimos dias é a Dilma real. Agressiva, destemperada e com frequentes rompantes autoritários, exterioriza o que já era conhecido. Relatos sobre este perfil agressivo da presidente proliferam nos bastidores da política e só não são denunciados pelos jornalistas de plantão porque o acesso ao Palácio do Planalto só é franqueado a quem cala e consente. É preciso ter crachá em Brasília para cobrir o Poder.
A verdade é que Dilma tem se mostrado uma pessoa sem equilíbrio para enfrentar a crise de popularidade e o aumento da rejeição dos eleitores, que já beira os 50%. Sendo um produto de marketing desde que surgiu na política pela mão de um construtor de postes, jamais poderia imaginar que os seus truques publicitários fossem descobertos pelos brasileiros. Até pelos mais humildes, a quem sempre manteve sob a ameaça constante do fim dos programas sociais.
Em permanente campanha eleitoral, a crise de popularidade preocupa Dilma mais do que a crise econômica que se reflete nos protestos crescentes às vésperas da Copa do Mundo. Chega a ser ridículo a forma como o governo tenta esconder que o projeto Copa é um fracasso sob todos os aspectos. A maioria das obras não saiu do papel. Todos os estádios e as raras obras de mobilidade urbana têm superfaturamento. Não há legado. Os ganhos projetados minguam. E, principalmente, a maioria do povo brasileiro é contra a Copa. É esta maioria que elege presidentes.
Neste contexto, a declaração de Ronaldo Fenômeno de que sentia vergonha de ser brasileiro, pela desorganização da Copa, caiu como uma bomba dentro do Palácio do Planalto. Foi o que bastou para que uma destrambelhada Dilma Rousseff tentasse cassar o direito de um brasileiro, vocalizando o sentimento de milhões de compatriotas, de sentir vergonha.
Para responder a declaração de Ronaldo - "É uma pena. Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora" – Dilma atacou: “Não temos por que nos envergonhar. E não temos o complexo de vira-latas, tão bem caracterizado por Nelson Rodrigues, se referindo aos eternos pessimistas de sempre".
Na sequência, Dilma Rousseff retomou o discurso do medo, que hoje é o discurso do PT. Evocou, inclusive, os tais “espectros fantasmagóricos” que querem voltar, sugerindo que fora do seu partido corrupto e mensaleiro, da sua gestão incompetente e desastrosa, da sua falta de preparo e de decoro para o exercício da Presidência, nada de bom pode existir.
Ao que tudo indica estes tristes tempos estão findando. A cada quatro brasileiros, três querem mudança. Três em cada quatro brasileiros querem ter de volta o seu direito a ter vergonha da Copa, da corrupção, da mentira oficial. Três em cada quatro brasileiros estão com medo do presente e não do futuro. É este sentimento que torna Dilma Rousseff mais beligerante, mais terrorista, mais do menos que ela sempre foi.
De dentro de uma prefeitura do PT são administradas páginas caluniosas contra Aécio na internet. Até onde vai a sofisticada organização criminosa?
Dados repassados à Justiça de São Paulo mostram que equipamentos e funcionários da Prefeitura de Guarulhos, comandada há 14 anos pelo PT, foram usados para criar páginas com ofensas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em redes sociais. Nome dos tucanos para o Planalto, Aécio é hoje o principal rival da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa.
As informações chegaram ao Judiciário depois que o senador abriu um processo contra 27 empresas que prestam serviços relacionados à internet e conseguiu uma decisão que as obrigou a quebrar o sigilo contratual de clientes.
A intenção do tucano era descobrir quem estava por trás de páginas com o nome "Aécio Boladasso". Criados em novembro passado no Twitter e no Facebook, os perfis falsos a princípio se mostravam favoráveis ao senador --uma versão tucana da "Dilma Bolada", que faz publicidade da presidente nas redes.
Logo, no entanto, passaram a criticar Aécio e relacioná-lo a hábitos como o consumo de álcool. Ainda em novembro, o tucano acionou o principal escritório de direito digital do país -- 27 advogados estão cadastrados para seguir sua cruzada judicial.
Primeiro, Aécio processou o Facebook e o Twitter. O juiz Nilson Wilfred Ivanhoe Pinheiro obrigou as duas empresas a repassar dados cadastrais e IPs (número que identifica o computador usado para o acesso) dos criadores dos perfis falsos.
A equipe de advogados, então, fez uma pesquisa particular e identificou e-mails e telefones celulares que tinham sido usados para fazer postagens e criar as páginas. Com essas informações, pediram que mais 25 companhias fossem incluídas na ação e entregassem dados de pessoas ligadas ao caso. Com nova decisão favorável do juiz, empresas como UOL, do Grupo Folha, Microsoft, TIM e Telefônica entregaram CPF, CNPJ, nome e endereço dos clientes listados.
A Folha acessou o processo na Justiça e fez cruzamentos com os dados fornecidos, chegando à localização dos imóveis e às profissões de alguns dos citados no caso. Só a partir da sede da Secretaria de Comunicação Social de Guarulhos as páginas contra Aécio foram manipuladas 81 vezes em 20 dias. Há ainda entre os criadores do perfil uma funcionária da prefeitura, Nataly Diniz, que usou o celular para administrar as páginas.
A pasta confirmou que Nataly é servidora, mas não informou em que setor ela atua. A assessoria de imprensa disse que a funcionária não falaria sobre o caso, mas que sua conduta seria apurada (leia mais ao lado). Na Secretaria de Comunicação, os acessos aos perfis de Aécio ocorreram a partir de um IP vinculado a uma agência de propaganda, a PG Comunicação.
As páginas contra Aécio também foram administradas por pessoas de outros dois Estados. A Folha conseguiu contato com duas delas. Lucas Nunes Pereira, de Juiz de Fora (MG), diz não saber por que aparece na ação. "O que postei era a favor de Aécio."
A segunda, de Petrópolis (RJ), não quis se manifestar. Procurada, a advogada Juliana Abrusio, sócia do escritório que representa Aécio, disse que o tucano é vítima de uma "ação orquestrada em vários Estados".

Com receio de que greves na área de segurança criem problemas internos durante a Copa e arranhem a imagem do Brasil no exterior, o governo decidiu atacar os movimentos com ações na Justiça Federal e medidas que atingem o bolso dos grevistas.
São duas as principais frentes que serão adotadas na Copa: o governo vai entrar com ações judiciais contra as paralisações, medida que hoje cabe aos Estados, e quer cobrar de líderes de greve que arquem com os custos de eventual emprego da Força Nacional para garantir a ordem pública.
Recentemente, uma onda de greves de policiais militares afetou Estados como a Bahia e Pernambuco, e a violência explodiu no período com cenas de saques e depredações. Há indicativos de que novas paralisações de policiais militares, civis e até da Polícia Federal ocorram no período da Copa.
Na sexta-feira (23), jornalistas estrangeiros demonstraram preocupação com as greves na área de segurança pública em entrevista de ministros do governo envolvidos com a questão. Sem dar detalhes aos jornalistas, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) havia admitido apenas que o governo tem planos alternativos.
À Folha o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, revelou o conjunto de medidas contra greves dessas categorias durante o Mundial. "Quem é responsável pela segurança, policial militar ou policial civil, não pode fazer greve, é ilegal." A União decidiu que irá intervir e não vai deixar só com os municípios e Estados a competência para acionar a Justiça em caso de ameaça de paralisação.
"Podemos entrar como assistente do município ou do Estado. Mas, no caso de segurança --e os eventos recentes mostraram isso --, a União adquire legitimidade para tomar iniciativa de buscar coibir práticas ilegais, seja com a Força Nacional, seja por meio da Justiça, proibindo e impedindo a greve. Isso é uma novidade", disse Adams.
A segurança é a única área na qual a União pode ser obrigada a indenizar a Fifa por danos causados por eventuais distúrbios. A norma, que não cita valores, é prevista na Lei Geral da Copa, acordo internacional aprovado pelo Brasil para a realização do Mundial. "Como a União tem que indenizar a Fifa em caso prejuízo por distúrbios, logo tem o interesse de avocar para si o poder de atuar contra a greve nos Estados."
A entrada da AGU contra a greve de policiais não federais na Copa dará mais agilidade às decisões de magistrados, de acordo com Adams, pelo fato de os processos serem tocados pela Justiça Federal. "Nada impede que os Estados tomem suas iniciativas próprias. O problema do movimento é que ele procura os momentos de maior fragilidade do Estado a fim de ter mais ganhos, agir com oportunismo", afirmou.
MEXER NO BOLSO
Adams também quer que líderes grevistas e as próprias associações que organizarem eventuais greves devolvam aos cofres públicos todo o dinheiro gasto pelo governo federal caso uma paralisação leve ao emprego da Força Nacional de Segurança para compensar a ausência de policiamento nos Estados.
Despesas como deslocamento, alimentação, diárias, equipamento utiliza- do deverão ser ressarci- das por parte dos responsáveis pelo movimento. "Não vamos tolerar a baderna. Por isso decidimos mexer no bolso do movimento grevista", disse o ministro.
BLITZ
A AGU realizará, ainda, uma espécie de blitz para municiar juízes responsáveis por julgar assuntos da Copa, como a suspensão de jogos. As defesas contra liminares contrárias aos eventos serão entregues preventivamente ao magistrado antes de seu despacho para evitar decisões de interrompam jogos e outras atividades.
Em outra linha de atuação, o ministério promete monitorar e processar um suposto conluio de pessoas interessadas em acionar, de forma velada, a Justiça. No caso da concessão dos aeroportos, por exemplo, modelos de petição circulavam na internet e embasavam ações em diversos lugares. (Fonte: Folha de São Paulo)

NO BLOG DO JOSIAS DE 25-5-14
Ao informar na televisão que trava uma batalha contra “fantasmas”, o PT ficou desobrigado de apresentar argumentos para que Dilma Rousseff fique mais quatro anos no Planalto. Neste sábado, a própria presidente sacudiu os lençois dos “espectros fantasmagóricos” que querem roubar “as conquistas dos brasileiros”. Ela não deu nome às assombrações. Não é necessário. Fantasmas são como bruxas. Para identificá-los, basta esticar o dedo indicador e acusar: são fantasmas!
Numa democracia, a alternância no poder funciona como corretivo para a falibilidade humana. Mas quando a pessoa que preside o país não está sujeita à condição humana, o mecanismo se transforma num estorvo para o governo eterno. Se as alternativas à felicidade são almas do outro mundo, aí mesmo é que qualquer discussão se torna inócua. O PT é o partido mais extraordinário que o PT já viu no poder. Deu certo. Por que só 12 anos? Ou melhor: Por que impor limites à perfeição?
Num encontro com a juventude socialista do PCdoB, Dilma enfatizou que é preciso ficar “atento”. Recomendou que plateia grude “um olho no futuro” e “outro olho no passado”. É para “evitar que espectros fantasmagóricos tentem voltar com as ameaças às conquistas dos brasileiros”, ela esclareceu.
Dilma notou já tem alma penada na praça falando em “medidas impopulares”. Que significam “arrocho salarial, desemprego e recessão”. Que resultam “na redução de direitos que o povo e a Nação conquistaram com muito esforço.” Por sorte, o país dispõe de Dilma.
“Eu não fui eleita para desempregar o trabalhador, a trabalhadora”, ela declarou, em timbre raivoso. “Não fui eleita para colocar o país de novo de joelhos. Não fui eleita para acabar com a política industrial do país. Não fui eleita para privatizar empresas públicas. Não fui eleita para varrer a corrupção para baixo do tapete ou engavetar, como era a prática anterior.”
A política industrial do país, que se resume a dar dinheiro barato do BNDES a empresas “campeãs” não deu muito certo. Mas Dilma não tem nada a ver com isso. A Petrobras encontra-se rendida aos interesses privados de políticos patrimonialistas. Mas Dilma, naturalmente, não tem nada a ver com isso também. A Operação Lava Jato transforma petróleo em lama. Mas o que Dilma tem a ver com isso?
Dilma é o futuro. “Fizemos muito”, ela declarou, sob ovação dos jovens socialistas. “E agora, tenho certeza que vamos fazer muito mais, porque o único rumo possível para o Brasil é avançar sempre em direção ao futuro de mais igualdade, de mais oportunidade e, sobretudo, de um país desenvolvido e rico. É o que todos nós queremos, porque nós sabemos que, para trás, nós não vamos nem para ganhar impulso.”
Nesse contexto, fica muito claro: a condição para o futuro radioso é a recondução de Dilma. Seria uma tolice sacrificar o interesse nacional com uma futilidade democrática como a alternância no poder. Os fantasmas podem alegar que há risco de despotismo. Bobagem. Como chamar de autocrático um governo que começou com Lula, migrou para Dilma, pode voltar para Lula e ainda retornar à boa gerência de Dilma?
As pesquisas indicam que 70% do eleitorado quer mudanças. Sinal de que o brasileiro ainda não está preparado para o sucesso. Nada que o tempo não possa corrigir. Se o eleitor mantiver Dilma até 2018, ela provará que não é dessas que querem o poder pelo poder. Se o povo eleger e reeleger Lula até 2026, ele oferecerá definitivas demonstrações de altruísmo. Se, depois, o povo assegurar mais oito anos a Dilma, até 2034, aí mesmo é que o Brasil verá o que é desprendimento!

NO BLOG ALERTA TOTAL DE 25-5-14
Quem já perdeu a eleição de 2014?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Brasil é o grande perdedor antecipado da eleição presidencial de 2014. Se a situação vencer, tudo pode ficar ainda pior. Se a “oposição” ganhar, as chances de mudança do quadro atual parecem remotas. A conjuntura política e econômica é surreal. A classe política brasileira, parceira da governança do crime organizado, não demonstra interesse em mudar nosso modelo de Estado – arcaico, ineficiente, inchado e corrompido. Assim, torna-se antecipada e previsível a derrota do ignorante eleitorado brasileiro, obrigado a votar no modernoso cassino eleitoreiro das urnas sem chance de auditoria por voto impresso.
As pesquisas eleitorais divulgadas são absolutamente inconfiáveis. Ainda dá para acreditar, um pouco mais, naquelas que não acabam divulgadas aos eleitores profanos. Caríssimas e feitas para consumo dos marketeiros, na elaboração de políticas e estratégicas de campanha, os estudos sigilosos revelam um dado que coincide com as enquetes divulgáveis para a massa. Um percentual de 65% a 70% exigem uma mudança (imediata) do governo. Ou seja, a insatisfação com a gestão petista é concreta e objetiva. Portanto, o PT e aliados só ganham a eleição na base da falcatrua eletrônica.
“#Fora, petralhada!” é uma possibilidade concreta. Mais pelo voto do que por qualquer outro golpe institucional menos votado. Quem decide a eleição no Brasil é o poderio econômico que controla o País de fora para dentro. A Oligarquia Financeira Transnacional já manifestou, explicitamente, o desejo de trocar o PT. O lamentável é que a substituição tende a ser na base do “seis pela meia dúzia”. Os cavalos favoritos na disputa presidencial têm o patrocínio do mesmo “dono”. Assim, não faz diferença tirar a mula sem cabeça, substituindo-a pelos nobres “puros-sangues” social democrata ou socialista. O Brasil já sairá derrotado previamente do páreo.
Não existe previsão de mudança, após a eleição, do falido, improdutivo e corrupto modelo político e econômico brasileiro. É mais fácil até o Brasil ganhar a guerra da Copa da Fifa com o time meio envelhecido e sem experiência de grandes combates armado pelo Felipão. O Brasil tende a continuar o mesmo – o que significa a desgraça das tragédias. O sistema Capimunista – que varia entre o intervencionismo estatal, o oportunismo empresarial e a hegemonia especulativa financeira – não sofrerá alterações profundas.
Não há dúvidas de que o País, as zelites e seu povinho continuarão subjugados pelos verdadeiros poderosos de plantão: os “banqueiros” que lucram de maneira cada vez mais recorde na parceria que gera a mais absurda dívida pública do planeta dos macaquitos. No Brasil, os bancos não funcionam como bancos de verdade. Faturam alto emprestando, a juros estratosféricos, o dinheiro que não é deles. No dia em que tivermos bancos investindo o próprio dinheiro de seus acionistas – e não a grana pública -, seremos outra Nação. Do jeito que a coisa vai, talvez isto aconteça no Dia de São Nunca (30 de fevereiro).
Grupos empresariais que se reúnem para analisar a conjuntura nunca produziram tanta confusão como agora. As conclusões de recentes encontros – a cujo conteúdo o Alerta Total teve acesso – são desanimadoras e indicam que os atuais paradigmas não conseguem entender – e muito menos explicar – o fenômeno brasileiro. Todos concordam que o Brasil cresce menos do que deveria, com inflação alta no presente e no curto e no médio prazo, e com a máquina estatal desperdiçando mais recursos que o normal. Mas não se chega a um consenso sobre a solução para alterar o rumo do Titanic na direção do iceberg. Situação e Oposição nunca foram tão parecidas, confusas e sem direção e sentido.
O “medinho” parece ser a tendência mais perigosa do momento. Alguns empresários (em uma incômoda e aparente “zona de conforto”) já fazem o discurso de que, “mesmo estando ruim, parece melhor deixar como está”. Tal pensamento resulta e reflete a contaminação do vírus petralha da marketagem em favor do continuísmo. Para piorar a situação, falta clareza na mensagem alternativa da tal “oposição”. Quem apresenta um projeto claro e objetivo realmente diferente do PT? Até agora, ninguém. Quem fizer isto, mesmo que na base da promessa ilusionista, vence a eleição.
Governar, depois, será tarefa para o Tom Cruise na próxima edição do “Missão Impossível”. O próximo governo terá grandes dificuldades com o aparelhamento que o PT e comparsas fizeram da máquina federal. Como de costume, o fiel da balança será o PMDB (governista para sempre, onde o governo estiver, tal como a rêmora que aproveita os restos deixados pelo tubarão). A cúpula peemedebista é tão esperta e pragmática que já se dividiu. Uma parte maior finge que continua aliada do PT. Outra banda promove uma “traiçãozinha” na união instável com Aécio Neves. Também podem pular no barquinho do Eduardo Campos (caso ele cresça nas intenções de voto).
A eleição presidencial de outubro, com grandes chances de decisão no segundo turno de novembro, é a mais embolada desde 1989. A pouca diferença de propósitos entre os candidatos é assustadora. Dilma Rousseff será fatalmente acuada pelas denúncias de corrupção – que devem crescer em número, gênero e grau quando a campanha esquentar. A esperança petista é que uma eventual vitória brasileira na Copa do Mundo da Fifa ajude a iludir a torcida eleitoral, neutralizando as broncas. O temor petista é que os protestos saiam de controle, e transformem a competição em uma temporada de desgastes. Por isso, é altíssima a aposta no triunfo da Seleção da CBF. O fato de Lula e Dilma negarem, sempre que podem, que o resultado da Copa “pouco importa” é a prova do “medinho” deles.
Sem Vergonha do Brasil?
O PT prossegue com sua marketagem baseada na “estratégia do medo” – que pode ser uma tática suicida. Em campanha reeleitoral escancarada, a Presidenta Dilma aproveitou muito bem ontem o 17º Congresso da União da Juventude Socialista, entidade dominada pelo PC do B, para repetir seu discurso de uma nota só. De imediato, chutou a canela do ex-jogador Ronaldo (certamente induzido por seu patrocinador Nike para pedir desculpas pela desorganização brasileira para a Copa). Dilma repetiu o discurso ufanista de sempre, atirando: “O nosso país fará a Copa das Copas. Não temos do que nos envergonhar. Não temos complexo de vira-lata”.
O “não” da Dilma, psicologicamente, revela exatamente o contrário. Por isso, ele insistiu na reedição do discurso reeleitoral que insufla o medo. Sem citar os nomes de seus adversários Aécio, Eduardo ou Marina (tem petista na Rede insuflando-a tirar o time de Campos e entrar na disputa), Dilma do Chefe mandou vários recados, aproveitando a favorável plateia comunista: “Não deixaremos passar o atraso por porta nenhuma”. Ou: “Os que querem voltar vão tomar medidas impopulares, como o arrocho salarial, desemprego e recessão. Estamos aqui para dizer que não voltarão!”.
Dilma é uma Presidenta sem cabeça. Não tem vontade própria. Age por ordem dos marketeiros. Obedece ao guru Lula – o Presidentro. Dilma é a suprema representante da vanguarda do atraso. Seu principal adversário, Aécio Neves, tem a missão quase impossível de mostrar que pode ser diferente de Dilma, para vencê-la, sem a ajuda de outros subterfúgios menos votados.
O jogo está escancarado. Dilma, com a máquina, tem chances remotas, apesar do desgaste. O PT nunca entrou em uma disputa com tanto “medinho”. O PT continua tentando vender a “teoria do fato consumado” – segundo a qual já ganhou a eleição. Tal teoria é mais falsa que a nota de 1000 dólares com a efígie do Lula.
O triste é que a disputa eleitoral no Brasil é uma corrida de resultado previsível rumo a um modelo que não deve mudar. Sorte dos controladores globalitários. Azar nosso – que não formulamos, claramente, um projeto para o Brasil!
Golaço contra do "Fenômeno"?

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