DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-5-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 23-5-14
Reforma do Estádio do Maracanã durante preparativos para a Copa
BRANCA NUNES
Os R$ 1,7 bilhão que transformaram a Arena Mané Garrincha, em Brasília, num dos estádios mais caros do mundo, ou a bolada de R$ 1,7 milhão consumida no puxadinho construído para fingir por 90 dias que o aeroporto de Fortaleza ficou maior, vão parecer “dinheiro de pinga” – expressão cada vez mais comum entre os figurões federais – perto dos prejuízos decorrentes dos feriados impostos pela conjugação da inépcia do governo com as correrias da Copa prestes a começar. O país deixará de produzir pelo menos R$ 60 bilhões nos dias em que terá de parar porque é incapaz de mover-se normalmente quando a Seleção Brasileira entra em campo.
A conta é tão simples que até Guido Mantega pode entender. Graças aos oito feriados de verdade que caíram ou cairão no meio da semana, 2014 terá um calendário de 244 dias úteis. Baseado no PIB de 2013 (R$ 4,8 trilhões), André Perfeito, economista chefe da corretora Gradual Investimentos, calcula que a perda por dia parado seja de R$ 19,7 bilhões.
Só na primeira fase da Copa, a seleção de Luiz Felipe Scolari vai paralisar o país três vezes. Embora o governo federal tenha feito de conta que não haverá feriados nacionais, feriados informais já foram programados por escolas, fábricas, empresas e órgãos públicos. Todos avisaram que, se não estiverem fechados o dia inteiro, depois do meio-dia até creches e pré-escolas onde os alunos mal aprenderam a falar gol, deixarão de funcionar.
Os argumentos para justificar as interrupções das atividades vão desde questões logísticas com transporte até preocupações com segurança por causa de possíveis manifestações. Mas todas essas hipóteses convergem para mascarar a verdade solar: a inépcia do poder público não permitiu que o Brasil cumprisse o que prometeu. E a decretação desses “feriados” é a prova contundente de que as obras de mobilidade urbana não foram feitas. O país precisa parar pela simples razão de que não tem condições de andar.
As contas feitas por André Perfeito indicam que nem mesmo as horas extras programadas por algumas empresas ou os possíveis lucros do comércio varejista com a venda de aparelhos de televisão ou geladeiras, conseguirão compensar o tempo perdido. O aumento de 30% nas vendas do comércio popular, esperado pelos comerciantes da Rua 25 de Março, em São Paulo, também serão infinitamente menores do que os ganhos que o país poderia ter com o Mundial.
“Não é exatamente a Copa que faz crescer um país”, explica Perfeito, baseando-se num estudo feito com os países que sediaram os jogos nos últimos 30 anos. “O campeonato permite principalmente melhorar gargalos de infraestrutura, forçar o poder público a investir em determinadas áreas e gerar um potencial de crescimento para os anos seguintes. Este definitivamente não foi o caso do Brasil”.
Se depender dos esforços do governo, nem o turismo será alavancado da maneira como poderia. Além de ser um fato que os turistas brasileiros continuarão a gastar mais nas viagens ao exterior, os estrangeiros têm cada vez menos motivos para desembarcar por aqui. Numa de suas últimas entrevistas, Aldo Rebelo, ministro do Esporte, usou um argumento no mínimo esdrúxulo para tentar atrair para o país os visitantes preocupados com a violência: “Não creio que o Brasil vá trazer mais riscos para os ingleses do que o risco que eles enfrentaram nas províncias iraquianas, nas guerras que praticaram recentemente”.
Se o Brasil tem muito o que lamentar, Joseph Blatter e outros dirigentes da Fifa estão rindo à toa. Uma reportagem publicada no Estadão desta quinta-feira mostrou que a renda da entidade com a Copa no Brasil ultrapassará a marca de US$ 4 bilhões, mais de US$ 800 milhões do que faturou na África do Sul em 2010.
Também nesta quinta (23), números publicados na Folha de S. Paulo mostram que os gastos e os empréstimos dos governos federal, estaduais e municipais com os jogos somam R$ 25,8 bilhões. O valor equivale, por exemplo, a um mês de gastos públicos com educação e ao triplo do que se planeja gastar na transposição do Rio São Francisco. Só com estádios foram R$ 8,5 bilhões, 36% a mais dos que os iniciais R$ 5,9 bilhões.
Em julho de 2010, o ex-presidente Lula disse, durante a Copa da África do Sul, que era “descabido alguém se preocupar com alguma coisa sobre a Copa de 2014″. “O Brasil vai investir em infraestrutura até 2014 o que não investiu em 30 anos”, delirou o palanque ambulante. “Se com tudo isso o Brasil não tiver condições de realizar uma Copa, volto ao país a nado”. Pouco depois, Lula voltou ao país. De avião.
A menos de 20 dias do início dos jogos, não há dúvida: vai ter Copa. Também está fora de dúvida que o que foi planejado para ser o grande acontecimento esportivo-eleitoreiro para 2014 não passará de um fiasco político-econômico.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 24-5-14
A decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de determinar sigilo da Operação Ararath, da Polícia Federal, foi para não prejudicar as investigações. Segundo fontes da PF, este é um dos mais importantes casos de corrupção dos últimos tempos, que tem como alvos várias autoridades dos três poderes. Foram presos o deputado José Riva (PSD) e o secretário da Fazenda do Mato Grosso, Éder Moraes, e o governador Silval Barbosa (PMDB) teve a casa revistada.
Há anos José Riva se reveza na presidência da Assembleia Legislativa, autêntica central da corrupção, em parceria com Silval Barbosa.
Outro figurão citado nas investigações é o senador Blairo Maggi (PR-MT), bilionário que já foi considerado maior produtor de soja do mundo.
O esquema de corrupção no MT seria ligado ao “comendador Arcanjo”, bandido hoje na prisão de segurança máxima de Porto Velho (RO).
Ararath é sequência da Operação Arca de Noé, de 2002, contra o crime organizado, com 13 presos, que resultou na condenação de Arcanjo.
O dinheiro está fácil para o governo: a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) “errou para cima” o salário de 248 funcionários em novembro e dezembro de 2013. Alguns trabalhadores chegaram a receber quase R$ 20 mil a mais em dois meses. Segundo a própria EBC, o total do valor repassado de forma errada aos funcionários ultrapassou os R$ 137 mil. O pagamento extra, segundo a EBC, é um erro comum.
O sortudo funcionário da EBC que recebeu R$ 20 mil a mais aproveitou para pedir “parcelamento” na hora de devolver a grana e foi autorizado.
Junior Friboi esperou por quase 2 anos ganhar do PMDB a candidatura ao governo de Goiás. Curiosamente, sem gastar dinheiro. Pretendia que os políticos do partido não o vissem como um bilionário, mas sim como “redentor”, verdadeiro “líder de massas”. Virou motivo de piada.
O ministro César Borges (Transportes) já se conformou com a lentidão do governo. Disse ter “esperança” de lançar 1º leilão de ferrovias antes que o Programa de Investimento em Logística complete dois anos.
No ranking de assuntos mais falados do Twitter/Brasil de ontem estava a hashtag #DilmaCadeODinheiroDoPovo? Internautas não perdoaram, citaram do porto cubano à cueca de Lula como o paradeiro da grana.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 24-5-14

NO BLOG DO NOBLAT DE 24-5-14
O Globo
Membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, o ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo disse se sentir envergonhado com os atrasos e dificuldades do país nos preparativos para o torneio, mas defendeu que o Mundial não seja alvo de protestos e culpou os governos pelos problemas.
Ronaldo acredita que as críticas feitas pela Fifa ao Brasil por não ter cumprido prazos são justas, já que o país concordou com todas as exigências da entidade quando aceitou ser sede da competição, em 2007.

FRASE DO DIA
"Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora." (Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo)

É emblemático (e surpreendente) que justamente o futebol – “a pátria em chuteiras”, segundo Nélson Rodrigues – tenha se transformado no símbolo da rejeição popular aos desmandos do status quo governamental.
Ninguém – nunca, jamais – poderia supor que uma sociedade tão desigual, com interesses tão diversificados, se uniria num coro comum e indignado contra uma Copa do Mundo em solo nacional – que, desde sempre, tinha efeito exatamente oposto.
A Copa do Mundo era o único momento em que o país se sentia uma nação, com um elo unificador, que levava seus cidadãos a vestir-se com as cores nacionais e a ostentar a bandeira do país. Divergências clubísticas, regionalistas, desapareciam.
O Brasil tornava-se um só. Nenhum outro evento o unia de tal forma. Podia-se dizer que, se não éramos ainda uma pátria, éramos ao menos um time. Não se trata de elogio ou crítica, mas de uma constatação. Só a Copa nos unia.

Foi embalado por essa realidade que o governo Lula se empenhou em trazer esse evento para o Brasil. Muniu-se de algumas celebridades nacionais – Pelé, Ronaldo Fenômeno e Paulo Coelho – e deu início a um lobby que resultou triunfal. Disputou com países influentes, como Espanha e Inglaterra – e venceu.
 
Tudo foi calculado dentro de uma lógica cartesiana: ano de eleição, país do futebol, dividendos políticos para o governo, promotor do evento. Saiu pela culatra. Descartes, no Brasil, não iria muito longe. E política, aqui e em toda parte, não é exatamente um jogo lógico, racional. Ao contrário, nutre-se do imponderável.
A exigência do padrão Fifa, que tornou nossos estádios – inclusive o Maracanã, “o maior do mundo” – anacrônicos como o Coliseu, expôs aos olhos do público velhas práticas de nossa vida pública: superfaturamento das obras, licitações de araque (depois, inclusive, dispensadas por lei, em nome da aceleração das obras) e quadruplicação dos orçamentos inicialmente previstos.
Leia a íntegra em Um gol contra

Estadão
O deputado estadual em São Paulo Luiz Moura (PT), ligado ao secretário Municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, negou, nesta quinta-feira, 22, ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Boletim de ocorrência de 17 de março deste ano mostra que policiais da 6.ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro fizeram diligência na sede da empresa Transcooper para apurar a participação de integrantes do PCC nos ataques a ônibus na cidade.
Eles surpreenderam uma reunião com cerca de 40 pessoas, entre elas, Moura e diretores da cooperativa. Segundo a polícia, a reunião tinha por finalidade "ajustar condutas teoricamente infracionais".

El País
Os grandes patrimônios mexicanos multiplicaram seus investimentos na Espanha nos últimos anos. A longa crise na Europa, muito mais severa nos países periféricos, pôs ao seu alcance um amplo leque de ativos. Compram barato e ainda conseguem diversificar suas carteiras.
Para muitas dessas fortunas, também representa o regresso à terra dos antepassados. A chegada, nesta semana, de dois empresários mexicanos ao Liberbank – Enesto Tinajero e Gustavo Tomé terão 9% das ações – é o investimento mais recente protagonizado pelo capital daquele país, e não será o último, asseguram os especialistas.

El País
A líder do movimento dissidente Damas de Branco, Berta Soler, e outras cinco dezenas de mulheres que integram a organização foram detidas nesta sexta-feira quando tentavam realizar uma atividade em sua sede principal de Havana.
É a segunda vez em menos de uma semana que os órgãos de segurança do castrismo prendem Soler e um numeroso grupo de companheiras. Segundo Soler informou horas antes de ser detida, algumas dessas mulheres se encontram “desaparecidas” desde a noite de quinta-feira.

NO BLOG DO CORONEL DE 24-5-14
Tribunal de Contas acusa governo do PT de superfaturar estádio em R$ 431 milhões.
Agnelo Queiroz, governador petista do Distrito Federal, o maior responsável pelo superfaturamento de R$ 431 milhões no estádio Mané Garrincha. Como se pode ver, um dos mais chegados companheiros de Dilma Rousseff.

Considerado exemplo de legado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi superfaturado desde as primeiras planilhas orçamentárias, como detectou uma investigação que acabou abortada e cujas principais conclusões foram obtidas pelo GLOBO. Orçado inicialmente em R$ 745 milhões, o estádio custou R$ 1,6 bilhão no fim das contas. Há dois meses, relatório preliminar do Tribunal de Contas do DF apontou superfaturamento de R$ 431 milhões nas obras da arena.
A reforma do Mané Garrincha começou a ser posta em prática em julho de 2010 e, pouco tempo depois, a Controladoria Geral da União (CGU) deu início à auditoria nas primeiras planilhas do projeto. De cara, a CGU encontrou preços unitários contratados com valor acima de mercado. De uma amostra de R$ 383,1 milhões, os auditores constataram um sobrepreço de R$ 43 milhões — 11,2% do montante.
Como o Mané Garrincha acabou não tendo financiamento do BNDES, a CGU foi excluída do monitoramento das obras. Autoridades que atuaram na fiscalização relatam uma “pressão política” para o afastamento do órgão de controle. A CGU diz oficialmente ter sobrestado os trabalhos quando considerou haver “ausência de competência” para analisar uma obra que não contaria com recursos federais.
‘Excesso de mão de obra’
Inicialmente, estava previsto um empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES. Em maio de 2011, diante da constatação da inexistência da operação de crédito, a CGU se afastou das investigações. O estádio contou integralmente com recursos do governo do DF, uma situação exclusiva dentre as arenas das 12 cidades-sedes, e se mostrou o estádio mais caro da Copa.
Os auditores da CGU fizeram outros três apontamentos nos primórdios das obras, além do sobrepreço de R$ 43 milhões. O fato de o estádio ter sido licitado como ampliação e reforma permitiria “aditamentos contratuais em até 50% do valor originalmente previsto”. “A estrutura remanescente (parte da arquibancada) é materialmente pouco relevante. Destaque-se que já no início da execução contratual optou-se pela completa demolição da estrutura existente”, cita o relatório preliminar. A respeito do sobrepreço, os auditores anotaram: “A obra foi contratada sob o regime de execução por preço unitário, fato que poderá implicar aumento do sobrepreço constatado.”
A investigação detectou “alocação excessiva de mão de obra” na instalação de equipamentos, como o ar-condicionado multi-sistem. Seriam necessárias 455 horas de trabalho para a instalação, mas o preço unitário da empresa contratada considerou 3.048 horas, conforme a CGU. Além disso, existiam “discrepâncias” entre a especificação de serviços no memorial descritivo e na planilha licitatória.
Em resposta ao GLOBO, por meio da Coordenadoria de Comunicação para a Copa, o governo do DF disse não ter conhecimento sobre a investigação da CGU. Pelos dados apresentados, o governo considera que se trata apenas da fase do edital, e não da execução das obras. “O governo do DF alcançou o maior índice de transparência entre as 12 cidades-sedes.”
O governo discorda que o Mané Garrincha custou o dobro do valor previsto inicialmente. “A primeira licitação se referiu apenas ao esqueleto do estádio. Este contrato não incluiu itens como cobertura, gramado, placares eletrônicos, assentos, entre outros.“ A Coordenadoria de Comunicação também diz que o estádio não foi o mais caro da Copa: “Diferentemente da maioria dos estádios que sediarão jogos da Copa, como o Maracanã, que passou por uma reforma, o estádio da capital federal foi totalmente reconstruído.” (O Globo)
É muita cara de pau. "Laranja" de Paulo Roberto Costa diz que trouxe para o Brasil empresa que está aqui há 100 anos. E que por isso recebia gordas comissões.
A revista Época está nas bancas com mais uma denúncia demolidora contra a Petrobras, fruto da apreensão de 36 pen drives no apartamento do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, recentemente libertado por Teori Zavascky. Este ministro do STF foi indicado por Dilma que, como todos sabem, era presidente do Conselho de Administração da companhia quando lá aconteceram os maiores escândalos. 
Época, em matéria de Diego Escosteguy analisou apenas um dos casos em que Paulo Roberto Costa, através de "laranjas", recebia propina para fechar contratos. A empresa envolvida é uma gigante da logística global, a Maersk. O "laranja" neste contrato, segundo a revista, era Wanderley Gandra. E não era apenas um parceiro de negócios. Gandra jogava buraco em mesas organizadas por Paulo Roberto. Eram amigos. Pelo contrato, uma empresa ligada à Maersk se comprometia a pagar a comissão de 1,25% a Gandra, por carga transportada no navio DS Performer. Outros 1,25% deveriam ser pagos à Maersk do Brasil, subsidiária da empresa dinamarquesa. Nos anos seguintes, contratos semelhantes foram fechados.
Como justificativa para o recebimento de comissões, Gandra declarou à revista que a intermediação de contratos da Petrobras com a Maersk é uma “coisa perfeita, absolutamente normal”. “O que tem de errado? A empresa paga todos os impostos.” Ele disse ter sido o responsável por trazer a Maersk para o Brasil. “Expliquei que o Brasil tinha potencial muito grande.”
Segundo reportagem publicada na Revista Exame em abril de 2013, a Maersk completou 100 anos de atividades no Brasil. Lá está que a empresa investiu U$ 2,2 bilhões para construir 16 navios. Justamente os navios que a Petrobras contrata, pagando propina para mais um "laranja" do ex-diretor da Petrobras.
PT e PCC algemados para sempre.
Quem esquece os atentados de 2006, em plena campanha eleitoral em São Paulo, promovidos pelo PCC? Tudo começa a fazer sentido.

O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, bancou quase um terço da campanha a deputado estadual de Luiz Moura (PT) em 2010. O parlamentar, que explora o serviço de transporte na capital, foi flagrado pela polícia num encontro com integrantes da facção criminosa PCC na sede da cooperativa da qual faz parte, a Transcooper. Sozinho, o secretário de Fernando Haddad (PT) fez 23 doações à campanha de Moura, totalizando R$ 201 mil --ou 29% de tudo o que a candidatura arrecadou. O petista elegeu-se com 104.705 votos.
Procurado ontem, Tatto se limitou a dizer que sua resposta era a mesma enviada na quinta-feira (22) pela Secretaria de Transportes. "A relação política que o secretário Jilmar Tatto tem com o deputado Luiz Moura ocorre no âmbito institucional e democrático, da mesma forma que com os demais parlamentares do PT e de outras legendas", diz a nota.
O deputado participou de uma reunião, em março, em que estavam presentes ao menos 13 membros da facção criminosa PCC, segundo investigações da Polícia Civil. Moura negou à TV Band que soubesse da presença de criminosos. "Graças a Deus, eu nunca tive ligação com nenhuma facção criminosa. Isso eu posso falar com a maior tranquilidade do mundo." A polícia investigava a série de atentados a ônibus ocorridos na cidade. O petista disse que o encontro tinha o objetivo de impedir uma greve. "Estava prestando um serviço à população [...] O que estão tentando atribuir à mim é perseguição política."
A operação policial foi revelada pelo subsecretário estadual de Comunicação, Márcio Aith, durante o programa de José Luiz Datena, na TV Band, na quarta-feira (21). Entre os suspeitos do PCC no encontro, estava um dos ladrões do Banco Central no Ceará, em 2005 --solto por ordem da Justiça. Desses 13 integrantes da facção, 11 não tinham ônibus ou ligação formal com a cooperativa e, assim, para a polícia, não tinham razões para estarem em reunião que, em tese, discutiria interesses da categoria.
O deputado faz parte do conselho administrativo da cooperativa, segundo dados da Junta Comercial de São Paulo, embora sua assessoria diga que ele está afastado. A entidade tem três permissões de transporte na capital.
PASSADO
Na década de 1990, Moura foi preso por assalto a mão armada no Paraná. Após um ano e meio, ele escapou da prisão e ficou foragido por cerca de dez anos. Em 2006, conseguiu na Justiça sua reabilitação (ou seja, teve suas dívidas com a lei consideradas quitadas), e se filiou ao PT. Na gestão Marta Suplicy (2001-2004), atuou na organização do transporte coletivo, quando havia uma série de conflitos da prefeitura com perueiros clandestinos. Em 2012, Marta, então candidata ao Senado, fez uma doação de R$ 35 mil a Moura. (Folha de São Paulo)
Dilma gasta R$ 1,9 bilhão em segurança para a Copa. Este é o custo para construir 50 presídios de segurança máxima.
Hoje (23), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esforçava-se para acalmar os jornalistas internacionais quanto à segurança na Copa do Mundo, em entrevista no Palácio do Planalto. Informaram, os ministros, que o Brasil está gastando R$ 1,9 bilhão em equipamentos, transporte e custeio de uma contingente de 157 mil homens para fazer a segurança da Copa. Tudo isso para um evento que dura 30 dias.
O governo do PT tem mentido ao país, relativizando os reais custos da Copa do Mundo. Com R$ 1,9 bilhão poderiam ser construídos 50 presídios de segurança máxima - o Brasil só tem quatro! - com capacidade para manter presos mais de 10 mil bandidos da mais alta periculosidade. Traficantes. Membros de facções criminosas. Pedófilos. Leiam aqui para confirmarem o valor de uma destas penitenciárias.
Hoje também saiu uma matéria interessantíssima na Exame, onde Simon Kuper, um inglês especializado em analisar os impactos da Copa do Mundo nos países, afirma:
Todos os economistas acadêmicos concordam que sediar uma Copa não ajuda sua economia. Você gasta muito dinheiro – no caso do Brasil, quase R$ 30 bilhões – e constrói coisas que você não precisa: os estádios e as estradas para chegar a eles. Relativo ao total do governo, o gasto com a Copa não é enorme. Não é uma catástrofe, mas também não é um impulso econômico – o que o governo brasileiro disse sobre isso nos últimos anos não é verdade.
O povo brasileiro entende de economia como nenhum outro. Por isso, está nas ruas protestando não contra a Seleção Brasileira e o futebol, que a grande maioria ama. Contra um governo que deixa de fazer obras para criar palcos marqueteiros para um projeto de poder.

NO BLOG DO JOSIAS DE 24-5-14
Ao celebrar a conquista da realização da Copa no Brasil, Lula sonhara com um 2014 triunfante. O mundo se voltaria para os pés de Neymar. E, com o rabo do olho, enxergaria a pujança social e econômica do país redescoberto por ele que ele em 2003. De quebra, o eleitor brasileiro caminharia em direção às urnas feliz dentro dos sapatos. Por enquanto, a menos de um mês do ponta pé inaugural, deu tudo errado.
Há dez dias, num artigo veiculado no diário espanhol El País, Lula anotou que a Copa no Brasil virou “objeto de feroz luta política eleitoral”. Segundo ele, “à medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais.” As afirmações são, a um só tempo, mentirosas e falaciosas.
São mentirosas porque levam o leitor a supor que Aécio Neves e Eduardo Campos derramam baldes de saliva tóxica contra o que Dilma Rousseff chama de “Copa das Copas”. São falaciosas porque visam encobrir duas obviedades bem racionais: o descompromisso do governo com os prazos que assumira e a incompatibilidade do custo das obras com as prioridades do pedaço pobre da sociedade brasileira.
Quanto ao vexame dos prazos, negociados em 2007 e descumpridos agora, o ex-craque Ronaldo, amigo de Lula e garato-propaganda do Comitê Organizador da Copa, produziu a melhor síntese: “…É essa burocracia toda, uma confusão, um disse-me-disse, são os atrasos. É uma pena. Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora.”
Quanto à perversidade da desconexão entre gastos e prioridades, a coisa ficou ainda mais explícita depois das declarações feitas nesta sexta-feira (23) pelo ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), outro amigo de Lula: “Não se exclui a possibilidade de movimentos de oportunidade, que aproveitem a visibilidade que o país tem nesse momento e a importância dos serviços [públicos], para tentar auferir benefícios desse clima.”
Gilbertinho, como Lula o chama, pronunciou algo muito parecido com um apelo: “O que nós estamos esperando é o seguinte: que as pessoas tenham o bom senso de saber que a sua reivindicação pode ir até o momento em que ela começa a criar problemas para a imensa maioria da população. [...] Que façam suas manifestações, mas não as levem a um ponto que, de maneira irresponsável, causem um prejuízo ao país num momento tão sagrado e tão importante, em que os olhos todos do mundo estão voltados para o Brasil.”
O artigo de Lula coincidiu com o surgimento de um novo ciclo de protestos. Nada a ver com a jornada de junho. A rapaziada apolítica que descera espontaneamente ao meio-fio no ano passado voltou para casa, empurrada pelos black blocs. E não deu mais as caras. Nos últimos dias, foram ao asfalto: sem-teto, sem-terra, professores, metalúrgicos, servidores de hospitais e de universidades, garis, motoristas e cobradores…
São “movimentos de oportunidade” urdidos pelos chamados grupos organizados da sociedade civil —corporações que, em sua maioria, têm vínculos históricos com o PT. Por mal dos pecados, uma das atribuições de Gilbertinho no Planalto é justamente manter desobstruídos os canais de diálogo com essa gente, impedindo que justas reivindicações se convertam em atos “irresponsáveis”. Para complicar, o oportunismo chegou às polícias, que usam a Copa para chantagear o Estado.
Como se fosse pouco, Lula decidiu comparar o Brasil atual com o de 1950. “O país de hoje é mais próspero e equitativo do que era há seis décadas”, anotou no artigo escrito para espanhol ler. “Entre outras razões porque a nossa gente –principalmente a que vive no ‘andar de baixo da sociedade’– libertou-se dos preconceitos elitistas e colonialistas e passou a acreditar em si mesma e nas possibilidades do país.”
Os brasileiros mais antigos talvez enxerguem na alusão de Lula a 1950 um quê de mau agouro. Como se recorda, foi naquele ano que o Brasil conheceu o maior desastre futebolístico de sua história: a derrota, por 2 a 1, da seleção brasileira para o time do Uruguai, em pleno Maracanã, o mesmo palco da final de 2014. Foi naquele ano também que o país elegeu Getúlio Vargas, o presidente que se suidaria.
Alheio aos maus sinais, Lula realçou em seu texto que o país de hoje, mais pujante e igualitário, em nada faz lembrar o de 1950. “É esse novo Brasil que vai sediar a Copa. Um país que já é a sétima economia do planeta e que, em pouco mais de dez anos, tirou 36 milhões de pessoas da miséria e levou 42 milhões para a classe média.”
Meio sem nexo, ele reclamou: “Determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais. E não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade”. Mas deu de ombros: “O país, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo – e vai fazê-lo.”
Ao injetar política num evento que deveria ser apenas esportivo, Lula ressuscita outro período tenebroso da história nacional. Uma fase em que o torcedor torcia com uma ponta de sentimento de culpa, sabendo que o triunfo da seleção faria a festa do general de plantão no Planalto. O paradoxo foi levado às fronteiras do paroxismo em 1970, ano em que o sucesso da seleção de Pelé nos gramados do México ajudou a ditadura a abafar os gritos que soavam nos porões do Brasil.
Sem querer, Lula atribui algum sentido à propaganda do medo que o PT exibiu em rede nacional de tevê. Os verdadeiros “fantasmas do passado” são feitos de oportunismo e empulhação. Os amantes do futebol não merecem semelhante agressão. Se não consegue evitar que Ronaldo fique “envergonhado”, se não tem forças para segurar os “movimentos de oportunidade” que inquietam Gilbertinho, Lula pelo menos deveria deixar o torcedor torcer em paz.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 23-5-14
ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS DO BRASIL BATE RECORDE HISTÓRICO! É O MAIOR JÁ REGISTRADO EM 67 ANOS!
O Brasil registrou déficit em transações correntes de 8,29 bilhões de dólares em abril, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O desempenho é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1947. Os analistas esperavam um saldo negativo de 6,7 bilhões de dólares para o quarto mês do ano. As transações correntes são formadas pela balança comercial, pelos serviços e pelas remessas ao exterior.
Segundo o BC, o resultado de abril foi afetado por elevadas remessas de lucros e dividendos, ao mesmo tempo em que os investimentos produtivos de fora não cobriram o rombo, algo que se repete desde novembro passado. As remessas de empresas para as matrizes no mês foram de 3,29 bilhões de dólares, ante 2,54 bilhão em igual mês de 2013.
No ano, as contas externas acumulam um rombo de 33,47 bilhões de dólares, alta de 1,63% sobre o primeiro quadrimestre do ano passado. O déficit também registrou o maior valor para o período de janeiro a abril de toda a história.
Em doze meses até abril, ainda de acordo com o BC, o déficit em transações correntes somou 81,6 bilhões de dólares, ou 3,65% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimentos - O resultado das transações correntes não conseguiu ser compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que somaram 5,23 bilhões de dólares em abril, abaixo dos 5,719 bilhões de dólares de igual período de 2012. No acumulado do quadrimestre, o IED somou 19,4 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o saldo do IED era de 18,98 bilhões de dólares. Do site da revista Veja

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