DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-5-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 20-5-14
Publicado no Estadão de 20-5-14
DORA KRAMER
Convenhamos: no que mesmo o ex-presidente Luiz Inácio da Silva ajuda a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff quando trata com menosprezo questões que têm o apoio da população?
A capacidade de Lula de dizer coisas desprovidas de sentido é conhecida, faz parte do seu show. A novidade é a tendência de fazê-lo em contradição ao manual do populismo, cuja regra de ouro é dizer coisas que soem agradáveis, sábias e lógicas aos ouvidos da maioria.
Nessa fase em que volta com força à cena política convenientemente protegido por plateias simpáticas ou por entrevista à imprensa estrangeira que nem sempre dispõe de todos os dados da realidade nacional para contestá-lo, o ex-presidente tem fugido à sua prática de não entrar em divididas com o senso comum.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 21-5-14
Nas duas conversas com a cúpula do PMDB em uma semana, para acertar sua presença no palanque do partido em vários estados, Lula insinuou o tempo todo que se a candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição “desandar nas pesquisas”, será ele o candidato. Entre os lulistas do PT e do PMDB, há grande expectativa pela nova pesquisa do Ibope, nesta quinta-feira. Se Dilma “desandar”, já era.
Na conversa com a cúpula do PMDB, Lula ficou se achando ao ouvir histórias sobre o “Volta, Lula”. No fundo, ele adora essa história.
Como sempre, Lula disse o que o PMDB queria ouvir e, em retribuição, ouviu o que queria. Inclusive que “continua imbatível no Nordeste”.
Dilma saiu do Encontro Nacional do PT, em São Paulo apenas “pré-candidata” a presidente. Esperava ter sido consagrada como candidata.
Para acalmar Dilma e, segundo ele, driblando a modéstia, “ajudá-la a melhorar nas pesquisas”, Lula combinou aparições conjuntas.
Aproxima-se uma data crucial, logo depois da Copa: o Congresso tem até 22 de julho para votar a “Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas”, invenção de ONGs estrangeiras para criar 216 “países” na Amazônia, retirando do Brasil quase 50% do território. O atentado à integridade do território nacional recebeu apoio do ex-chanceler Celso Amorim nas Nações Unidas, em 2007.
Além da gigantesca reserva Yanomami em Roraima, o Brasil teria nações indígenas independentes e sob tutela de ONGs ou da ONU.
EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia caíram fora da Declaração da ONU de autonomia das reservas, para preservar territórios e riquezas.
O ministro Teori Zavascki bem que poderia explicar à Nação inculta por que manteve onze suspeitos na prisão e soltou o temido Paulo Roberto Costa, único acusado de destruir provas e obstruir a Justiça.
Figurões do governo e do Congresso e lobistas morrem de medo que os responsáveis pela Operação Lava Jato, agora afastados do caso, comecem a vazar detalhes do escândalo. Temem porque sabem que a PF chegou a um “banco central” da corrupção política no Brasil.
Ex-alunos do baiano Sérgio Gabrielli não ficaram surpresos com suas trapalhadas na Petrobras. Afirmam que ele jamais foi reconhecido pelo brilho da inteligência, nem muito menos pelo apego ao trabalho.
Marcado por impressionante número de denúncias de ladroagem, e até de envolvimento com o bandidão conhecido por “Comendador”, o deputado estadual José Riva (PSD-MT) sempre escapou. Sua prisão, ontem, foi saudada nas ruas de Cuiabá com fogos de artifícios.
A Polícia Federal achou uma arma ilegal de Silval Barbosa (PMDB-MT), ao cumprir mandado de busca em sua casa, em investigação de corrupção, e fez dele o segundo governador a meter em cana. O primeiro foi José Roberto Arruda (PR-DF), em 2010.
Achando que estava acobertado pela condescendência das leis do seu País, um meliante brasileiro de 16 anos resolveu pichar um mirante do Coliseu em Roma. Foi preso por vandalismo. É assim que se faz.
Sem foro privilegiado, mas privilegiado por bilionários contratos e contatos, o ex-diretor da Petrobras virou Paulo Roberto Costa Quente.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 21-5-14

NO BLOG DO NOBLAT DE 21-5-14
Isabel Braga, O Globo
A Câmara aprovou na noite desta terça-feira, um pacote de bondades para servidores públicos que implicarão em aumento nos gastos públicos e impacto nas contas de mais de R$ 900 milhões ao ano, segundo cálculos feitos pelo PSDB.
As bondades foram incluídas em ano eleitoral pelos deputados na Medida Provisória 632/2013, que trata de revisão remuneratória de diferentes categorias do serviço público e já implicará em impacto nas contas públicas de cerca de R$ 576 milhões este ano. A MP ainda terá que ser votada no Senado, antes de seguir à sanção presidencial. 

G1
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), pagou fiança de R$ 100 mil, equivalente a 138 salários mínimos, após ser preso em flagrante pela Polícia Federal por posse ilegal de arma. Ele ficou na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá, por mais de quatro horas, e deixou o local no final da tarde desta terça-feira (20).
Uma pistola calibre 380 foi encontrada no apartamento do governador, no momento em que agentes federais cumpriam mandados de busca e apreensão decorrentes da nova fase da Operação Ararath, deflagrada nesta terça, e que investiga crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Flávio Ilha, O Globo
O vereador de Horizontina (RS), Larri Lauri Jappe (PDT), um dos denunciados na Operação Leite Compen$ado, foi condenado nesta terça-feira a dez anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato. Ele foi denunciado no dia 28 de maio de 2013 após a deflagração das duas primeiras fases da operação e não tem direito de recorrer da sentença em liberdade.
Jappe é sócio de uma empresa de transporte de leite e está preso no Presídio Estadual de Santa Rosa desde o ano passado. Ele respondeu pelos crimes de corromper, adulterar e alterar leite in natura, substância alimentícia destinada a consumo, tornando-a nociva à saúde e reduzindo seu valor nutritivo. 

El País
Enquanto a presidenta Dilma Rousseff inaugurava o Terminal 3 do aeroporto internacional de Guarulhos nesta terça-feira, um casal de japoneses tentava obter informações sobre onde conseguir comprar um chip para celular que fizesse ligações internacionais.
Depois de cinco chamadas e de dez minutos de espera, a atendente do balcão de informações finalmente disse a eles, em Inglês, que o terminal novo ainda não tem postos de venda de empresas de telefonia.
Apesar dessa anedota, que representa uma das dificuldades que muitos estrangeiros podem ter ao chegar ao Brasil, a principal dúvida dos passageiros era a mais simples de todas: “Onde eu faço o meu check in?”. Os painéis com as informações dos embarques e desembarques, que deveriam estar justo na entrada, ficaram ao fundo do novo terminal, próximos ao raio-X, quase imperceptíveis para quem entra no recinto.

El País
A seleção brasileira vai mandar a campo uma de suas equipes mais midiáticas de todos os tempos. Juntas, as 13 principais caras do Brasil na Copa do Mundo têm seus nomes atrelados a 45 comerciais.
Nessa conta estão os 11 titulares da Copa das Confederações, o reserva mais usado (o meia-atacante Bernard) e o treinador Luiz Felipe Scolari. Apenas para efeito de comparação, os mesmos 13 principais representantes do time em 2010 eram vinculados a exatas 13 propagandas.
Diversos fatores pesam a favor de que essa seja uma das equipes mais “aparecidas” dos últimos tempos. Um deles é pelo próprio treinador. Scolari, diferentemente do técnico de 2010, Dunga, é o segundo maior garoto propaganda do time.
Aparece em nada menos que sete comerciais. Vai desde fornecedores de material esportivo a supermercados; de cerveja, a refrigerante, de operadora de telefone celular a carros. Na Copa da África do Sul, há quatro anos, Dunga estrelava apenas dois comerciais.

NO BLOG DO CORONEL DE 21-5-14
Por quase três anos, a Petrobras deu carta branca para que o ex-diretor da área de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, negociasse como bem entendesse a contratação de novos fornecedores e a celebração de aditivos para as obras da refinaria Abreu e Lima. Paulo Roberto tomava decisões sem ter que passar pelo conselho de administração ou mesmo pela diretoria colegiada da Petrobras. 
Essa liberdade, apurou o Valor (Jornal Valor Econômico), significou a aprovação de mais de R$ 6,5 bilhões em contratos e aditivos para a refinaria, uma cifra bilionária que, efetivamente, não foi alvo de avaliação prévia da diretoria da própria Petrobras.
Os gastos de Abreu e Lima constam das centenas de transações registradas nas 123 atas do conselho de administração da refinaria, as quais o Valor teve acesso. O conselho da refinaria funcionou entre março de 2008 e dezembro de 2013. A Petrobras havia constituído uma operação separada da estatal para cuidar especificamente de Abreu e Lima, porque tinha a expectativa de que a venezuelana PDVSA viesse a fazer parte de uma futura sociedade no empreendimento, o que acabou não se concretizando. De concreto mesmo, o que se sucedeu foi uma sequência de operações capitaneadas pelo conselho de administração da refinaria.
Esse conselho reinou absoluto entre março de 2008 e dezembro de 2013, quando finalmente a Petrobras desistiu de ver cumprida a promessa feita pelo ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e decidiu absorver de vez 100% da refinaria às suas operações. Neste meio tempo, foram assinados mais de 150 aditivos pelo então presidente do conselho Paulo Roberto Costa e por seu sucessor no posto, José Carlos Cosenza. Então gerente-executivo de refino da Petrobras, Cosenza já era membro do conselho desde junho de 2008.
Esses aditivos somaram mais de R$ 4,1 bilhões. A maioria deles está vinculada a contratos firmados originalmente pela própria Petrobras, ou seja, antes da constituição do conselho de Abreu e Lima. Além dos aditivos, vieram os novos contratos assinados com empreiteiras, prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos, um conjunto de novas contratações que ultrapassa a marca de R$ 2,5 bilhões.
Paulo Roberto Costa, que estava preso desde março no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, foi liberado há três dias, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.
O distanciamento que a alta cúpula da Petrobras mantinha das decisões tomadas pelo conselho da refinaria ficou claro ontem após as declarações dadas pelo ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras do Senado. Gabrielli minimizou o fato de o conselho de Abreu e Lima ter assinado mais de 150 termos aditivos. "Não é tanto aditivo. Sabe quantos contratos tem a refinaria Abreu e Lima? 260 contratos. Não sei quando aditivos têm por contrato", disse Gabrielli.
Presidente da Petrobras entre 2005 e 2011, Gabrielli justificou o cheque em branco que a estatal entregava ao conselho. "A refinaria funcionava como uma empresa subsidiária da Petrobras. "Ela é que tinha a competência de tomar essas decisões. Da mesma forma que a BR Distribuidora toma decisões, sem a diretoria da Petrobras tomar conhecimento", comentou. "A diretoria e o conselho da Petrobras acompanham os resultados finais. É uma refinaria que tinha decisões no âmbito na Rnest (Abreu e Lima), e que não chegava à diretoria da Petrobras."
Na lista de aditivos que a estatal não analisou estão decisões de peso, como a tomada em outubro de 2012, quando o Consórcio Ipojuca (Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás) viu seu contrato saltar para R$ 3,218 bilhões, após obter aditivo de R$ 385,177 milhões. Em setembro do ano passado, foi a vez do Consórcio Rnest (Odebrecht e OAS) ser atendido em aditivo de R$ 332,660 milhões, ampliando seu contrato para R$ 3,650 bilhões.
A relação de novos contratos assinados pelo conselho também inclui transações de grande porte, como, por exemplo, o contrato firmado em dezembro de 2010 entre Abreu e Lima e o Consórcio Alusa CBM (Alusa Engenharia e Construtora Barbosa Mello), no valor de R$ 651,760 milhões. A Petrobras foi questionada sobre mudanças no acompanhamento de aditivos e contratos da refinaria, bem como sobre seus responsáveis. A estatal informou que não vai comentar o assunto. (Valor Econômico)
Ibope tem contrato milionário com Dilma. Será que Dilma cresce na pesquisa Ibope?
O Ibope está acabando o "campo" da pesquisa que, segundo antecipam as fontes de sempre, deve mostrar que Dilma parou de cair e até cresceu um ou dois pontinhos na disputa pela presidência da República. O suficiente para não dar certeza de segundo turno. Com um aumento dos brancos, nulos e indecisos. Talvez até mesmo com Aécio Neves crescendo também um pontinho, para não dar na vista. A pesquisa é feita logo após a veiculação do programa do PT na TV e das veiculações de comerciais, além de uma bem estudada agenda de Dilma pelo Brasil à fora.
O custo da pesquisa registrada no TSE é de R$ 180.000,00. O cliente não é um jornal, uma entidade de classe, uma emissora de TV. É o próprio Ibope. Os resultados devem sair a tempo de figurarem nas edições de sábado e domingo dos principais jornais. Mas a pesquisa está cercada de suspeitas.

O Ibope tem contratos milionários com o Governo Federal. Dizem que totalizam R$ 4,6 milhões. Daria para fazer 25 pesquisas como esta, em andamento. Um destes contratos (veja acima), firmado em 2013, é de R$ 2.070.000. O último pagamento registrado foi feito em 17 de fevereiro último. O objetivo do contrato é amplo e, obviamente, deve estar incluindo pesquisas de preferência partidária ou eleitoral. Não há como fiscalizar. Veja abaixo.
Junto com os boatos antecipando resultados, corre outra grave denúncia: o Ibope, ao montar a amostra de cidades, teria incluído cidades onde Dilma esteve em eventos nos últimos dias. Cidades como Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares, Juazeiro do Norte, Cabedelo, Parnaíba e Guarulhos. Além de cidades e até mesmo bairros com obras do Minha Casa, Minha Vida. A legislação permite que a amostra com cidades e bairros seja publicada em até sete dias após o registro da pesquisa. No caso desta pesquisa do Ibope, até o dia 24 de maio, próximo sábado. Como é final de semana, possivelmente só estará no site do TSE na próxima segunda-feira.
O Ibope passou os últimos dois anos fazendo pesquisa para Dilma Rousseff. Tem a radiografia dos melhores e piores lugares em termos de apoio ou não ao atual governo. Não tem isenção para fazer uma pesquisa séria e, como em outras eleições, este instituto vai ajustar os seus resultados só lá na frente, na boca de urna. Vai sempre puxar para o seu cliente, neste caso o Governo Federal. Existe até mesmo uma piada no mercado político brasileiro: você compra uma pesquisa Ibope e ganha de brinde a margem de erro. Mas este é o Brasil de hoje, onde o STF solta um bandido de R$ 6,5 bilhões e a PF prende um governador porque tem uma pistola velha guardada em casa.

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na noite desta terça-feira, durante sessão do Congresso Nacional, que a instalação da CPI Mista, composta por senadores e deputados, para investigar a Petrobras, só poderá ser instalada na quarta-feira da semana que vem. 
Cedendo a uma manobra governista, Renan decidiu estender até a próxima terça-feira o prazo para indicação dos integrantes do PT e de outros partidos da base que faltam para compor a comissão. - Vou observar os mesmos prazos que observei para a CPI do Senado. Na próxima terça, vamos indicar os nomes dos partidos que não indicarem, e na quarta já pode haver a primeira reunião da CPMI - disse Renan.
O PT pressionou para jogar a indicação dos nomes que faltam na comissão para a terça-feira da semana que vem porque quer ganhar tempo para consolidar a CPI do Senado antes da mista ser instalada, na estratégia de esvaziar a comissão onde o governo tem maioria menos favorável.
Mais cedo, a oposição lançou um site para pressionar pela instalação da CPI mista da Petrobras, já que considera a comissão parlamentar de inquérito do Senado "chapa branca", por ser controlada pelo governo. O site expõe os partidos da base aliada que ainda não indicaram os membros da CPI Mista. São eles o PT e o PROS na Câmara, e PT, PDT, PMDB e PP do Senado. - Há um movimento da base governista para impedir a instalação da CPI mista, porque querem a CPI chapa branca do Senado - afirmou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE). Segundo ele, a oposição vai tentar obter quórum amanhã para eleger o presidente da CPI mista, independente da indicação ou não dos membros da base do governo.
Deputados da base governista tentaram usar, nesta terça-feira, uma sessão em homenagem a Luiz Carlos Prestes para tentar protelar a contagem de prazo para a instalação da CPI mista da Petrobras. Houve bate-boca no plenário da Câmara. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) acusou, aos gritos, o secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozart Vianna, de encerrar abruptamente a sessão em homenagem a Prestes: - Fui agredida! Houve pressão desmedida para encerrar a sessão!
O secretário-geral da Mesa afirmou que apenas cumpriu o regimento da Câmara, que determina o início das sessões ordinárias às 14h. Se esse horário não fosse cumprido, a sessão se tornaria extraordinária e não contaria prazo para a criação da CPI mista da Petrobras. A sessão ordinária desta quinta-feira é a última para a contagem de prazo para a instalação da CPI mista. - Essa é uma questão política. Eles (governistas) estavam usando a sessão de homenagem para tentar protelar (a CPI mista) - disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).(O Globo)

NO BLOG DO JOSIAS DE 21-5-14
Ninguém esperava ver o PT liderando uma CPI para investigar a Petrobras que o PT aparelhou. Nem seria necessário tanto teatro. Mas esse partido construiu parte de sua história de glórias nos surtos investigativos de CPIs como a dos Anões do Orçamento e a do PC Farias. Ou aquilo era demagogia e a desfaçatez de hoje é a verdade do Partido dos Trabalhadores ou aquele era o PT autêntico que, de concessão em concessão, deu neste. Ou então tudo não passa de mais uma triste amostra do que o tempo faz com a suposta esquerda e seus alegados princípios éticos e morais.
Sob o comando do PT, o bloco governista atingiu no Senado a perfeição da desfaçatez. Comanda uma Comissão Parlamentar de Inquérito 100% isenta de investigação. Nesta segunda-feira, a comissão inquiriu, por assim dizer, o ex-presidente petista da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Foram três horas de levantamento de bolas. Gabrielli só precisou cortar.
Ele isentou Dilma Rousseff de responsabilidades no caso da refinaria de Pasadena. “Muitas das decisões não são decisões individuais, tomadas por ninguém. É o resultado de um conjunto de ações, do conjunto da empresa, avaliando as incertezas de longo prazo e de curto prazo. Assim foram as decisões de Pasadena.” Nesse modelo, todo mundo é responsável por tudo. E ninguém responde por nada.
Munido de autocritérios, que nenhum senador ousou contestar, Gabrielli disse que “a presidente Dilma é uma profissional de extrema competência.” Do alto de sua eficácia, Dilma afirma, hoje, que não avalizaria a compra de Pasadena se tivesse conhecido todas as cláusulas do negócio. No mês passado, Gabrielli dissera que Dilma “não pode fugir à sua responsabilidade” pela compra da refinaria. Na pseudo-CPI, ele não se apertou. Nem foi apertado.
“Evidente que ela, como presidente do Conselho, tem um papel importantíssimo, mas o Conselho debate. Qual seria a posição do Conselho em 2006? Não tenho a menor ideia. Não posso estimar, hoje, qual seria a posição do Conselho na hipótese de que a presidente demostrasse, lá em 2006 a posição que ela está defendendo hoje.” Então, tá! Ficamos assim.
Gabrielli reiterou o lero-lero segundo o qual Pasadena foi um bom negócio, transformado em prejuízo pela crise e pelos fatos. “Era também uma refirnaria que estava barata, não era cara. Estava barata, porque ela foi comprada, os primeiros 50%, equivalentes a menos da metade do preço médio das refinarias por barril de destilação da época”, declarou. O que isso quer dizer? Ora, pouco importa. Uma banana, como Pasadena, não é cara. Mas também apodrece facilmente.

Neste ano da graça de 2014, disse Gabrielli, Pasadena tornou-se “uma empresa lucrativa.” Os senadores se seguraram na poltrona para não aplaudir. “Tem petróleo disponível no Texas a preço barato, leve, que pode ser processado em Pasadena”, celebrou o hipotético depoente. “Pasadena, portanto, pode, vendendo derivados no mercado americano, ter uma margem em torno de 30 a 40 dólares por barril. E ela tem capacidade de produzir 100 mil barris por dia”. Alvíssaras! “Pasadena não é um prejuízo afundado, inevital e irrecuperável para sempre.” Hosanas! A Petrobras gostaria de vender Pasadena. Mas só achou quem quisesse comprar na bacia das almas. A julgar pelas palavras de Gabrielli, logo, logo haverá uma fila de compradores.
A certa altura, o senador petista Aníbal Diniz (AC) aprumou-se, segurou o microfone e disparou uma indagação: “A quem interessa reduzir o valor da Petrobras?” Uau! Gabrielli salivou. Citou os “especuladores de curto prazo” e os políticos oposicionistas. Gente atrasada, que trama mudar a lei que fez da Petrobas a operadora única das reservas do pré-sal.
Para realçar a falta de patriotismo dos inimigos da Petrobras, Gabrielli evocou até o WikiLeaks, que, segundo ele, divulgou supostos encontros de tucanos com diplomatas norte-americanos, para tramar contra os interesses da estatal petroleira. Gabrielli disse que não pode jurar que seja verdade. Mas quem se importa com a verdade numa hora dessas?
Superfaturamento na refinaria de Abreu e Lima? Vapt-vupt. A Venezuela topara entrar no negócio, disse Gabrielli. Mas desistiu. Sem nenhum contrato assinado, a Petrobras iniciou a construção com parte do projeto destinado ao refino do óleo venezuelano, ultrapesado. “Tivemos que reformular”, reconheceu Gabrielli, sem ser incomodado por um mísero questionamento. Sim, quem dava as cartas na subsidiária que geria Abreu e Lima era o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso até ontem num xadrez de Curutiba. Dúvidas? Indagações? Cara de nojo? Não. Nem pensar. Ora, deixa disso!
E se toda essa falta de entusiasmo com o esclarecimento das suspeitas estiver dizendo ao PT algo mais grave sobre o ponto a que chegou o governo do PT? E se depois de 12 anos de questionamentos, o partido estiver finalmente dando uma resposta a si mesmo. O PT não é incoerente nem contraditório. Tudo se explica. A comunhão de propósitos com o Sarney, a aliança com o Renan, o convívio com o Collor… tudo isso eram apenas estágios de algo que o PT perseguiu sem saber, e agora sabe. Ah, aquela velha castidade. Ah, aquela inútil pureza ética. Oh, tempo perdido. Oh, falta de autoconhecimento.
O PT não sabia o que queria porque não sabia o que era. Agora sabe o que é e do que gosta. Eis a grande revelação da CPI isenta de curiosidade: o PT deseja provar a si mesmo que é capaz de integrar-se à baixeza comum a todos os ex-inimigos. A plateia já havia percebido desde o mensalão que, com o passar do tempo, qualquer um pode atingir a perfeição da impudência. Mas o petismo é incansável. Luta para fazer o pior o melhor que pode.

Do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sobre as esquisitices que se alastram pelo país:
Poucas vezes, senti um clima tão negativo como o que vivemos hoje, com episódios de violência, de abusos que, infelizmente o governo federal insiste em ignorar. [...] Creio que nós realmente precisamos é de um ‘choque de esperança’. Não dá para enterrar a cabeça na areia quando a gente assiste na televisão imagens de saques e de destruição nas grandes cidades do Brasil, protagonizadas não apenas por criminosos, por bandidos, mas por pessoas comuns, que poderiam ser nossos filhos, nossos parentes ou vizinhos. Não dá para afirmar que está tudo bem quando a população busca fazer Justiça com as próprias mãos, atuando como polícia, júri e carrasco. Algo de muito ruim, de muito grave está encontrando terreno propício para fincar suas raízes venenosas no Brasil”.

Sentados ao lado de Deus, os ministros do STF exercem o seu poder supremo. Deus existe, não há dúvida. Mas a onipresença é uma fábula celestial. Deus não dá expediente em tempo integral. É evidente que Ele foi tratar de outra coisa quando o ministro Teori Zavascki, em plena noite de domingo, subscreveu o despacho que mandou soltar os 12 presos da Lava Jato, trancou os oito inquéritos nascidos da operação e avocou tudo para a Suprema Corte.
Abalroado pela decisão, o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, agiu com extrema prudência. Soltou apenas Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, cuja defesa recorrera ao Supremo. E enviou um ofício para Teori Zavascki. O doutor esclareceu à suprema autoridade que os acusados poderiam dar no pé.
Alguns, como o doleiro Alberto Youssef, dispõem de conta no estrangeiro. Uma, Nelma Kodama, foi presa no instante em que batia em retirada no aeroporto de Guarulhos, com 200 mil euros acondicionados na calcinha. Com outras palavras, o juiz Moro perguntou ao ministro Zavascki: É isso mesmo, Excelência? Tem certeza?
Ainda não se sabe onde diabos estava Deus entre domingo à noite e segunda-feira. Mas sabe-se que Ele passou pelo STF nesta terça. Zavascki reviu parcialmente sua decisão. Manteve na cadeia os 11 presos e presas que o juiz Moro, por prudência, se abstivera de enviar ao meio-fio. Os crentes da República perguntam de si para si: e se o magistrado tivesse cumprido cegamente a ordem original?
Pois bem. Reduzidos os danos, resta um impasse que só Deus — ou um de seus supremos prepostos— pode dissolver. Afora os 11 acusados, continuam trancados os oito inquéritos da Lava Jato. As prisões são provisórias. Para que se tornem definitivas — ou não — é imperioso que o juiz, o Ministério Público e a Polícia sejam autorizados a fazer o seu trabalho.
Ao STF cabe cuidar dos indícios recolhidos contra os deputados que cruzaram o caminho do doleiro Youssef. O juiz Sérgio Moro enviou esses achados a Brasília. Mas Teori Zavascki sustenta que cabe ao Supremo, não ao magistrado de primeiro grau, deliberar sobre o desmembramento. Prevalecendo esse entendimento, o STF terá de chafurdar nos meandros dos inquéritos para checar se a Vara de Curitiba portou-se com acerto. Por ora, a competência do magistrado, auxiliar da ministra Rosa Weber no julgamento do mensalão, não mereceu do Supremo nem o benefício da dúvida.
Há oito meses, numa entrevista ao site Conjur, o ministro Teori Zavascki queixou-se da quantidade de ações penais que chegam ao STF. “Esse é o principal problema”, disse ele. “Hoje, qualquer tema criminal chega ao Supremo, seja constitucional ou não.”
O ministro prosseguiu: “O STF dedica um tempo muito grande a questões penais não constitucionais. E isso tem o custo da demora e de travar processos. Sou partidário de que o Supremo, para se viabilizar institucionalmente, tenha sua competência reduzida no futuro.”
Ao enviar a Brasília apenas os trechos da Operação Lava Jato que envolvem deputados, o juiz Sérgio Moro ofereceu ao STF a oportunidade de organizar “sua competência”, cuidando só do que lhe cabe.
Porém, ao ordenar que lhe sejam remetidos todos os inquéritos da operação, Zavascki informa que faz questão de dedicar “um tempo muito grande a questões penais não constitucionais.” Mesmo que ao “custo da demora e de travar processos.” Quer dizer: além de ser uma espécie de loteria de toga, a Justiça também perde o nexo de vez em quando.
Na entrevista de setembro, o ministro Zavascki dizia que, “só de Direito Tributário, temos mais de 120 processos esperando julgamento” no STF. Que Deus nos acuda. O erro, quando é Supremo, exige correção divina.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 21-5-14
DILMA LANÇA "KIT PARA SER FELIZ NA COPA"
O baiano João Santana, o chefe do marketing da campanha da Dilma, lançou mais uma ideia inovadora nesta terça-feira, por sinal muito elogiada pelo Lula e, como não poderia deixar de ser, pela "Presidenta".
Trata-se do "Kit Seja Feliz na Copa". Santana explicou que o dispositivo é muito simples e teve custo zero, atendendo ao pedido da Presidenta para racionalizar o uso do dinheiro público.
Por isso, o já apelidado "Kit-Rindo", pode ser montado por qualquer pessoa. Utiliza apenas dois clips e duas borrachas de amarrar dinheiro (êpa!), conforme mostra a ilustração acima.
A ideia do Kit-Rindo, surgiu depois que pesquisas privadas realizadas pelo marketing do PT, constataram que há uma "profunda" insatisfação dos brasileiros com o elevado gasto público do governo com a Copa do Mundo, fato que tem deixado a Presidenta muito preocupada.
Foi quando o mago do marketing petista teve essa ideia simples e sem custo algum para os cofres públicos, já avariados pela nebulosa compra a refinaria fajuta de Pasadena pela Petrobras.
A Presidenta, como é uma governante durona que não sabe o que é misturar o que é público com aquilo que é privado, bateu o martelo na hora aprovando o "Kit Rindo", por considerar que os brasileiros, afinal de contas, têm o direito de serem felizes durante a Copa do Mundo.
O marketeiro João Santana foi muito elogiado por Lula, que se lembrou logo do empresário Eike Batista. "Bem que o Eike poderia fabricar esse Kit, já que suas empresas estão meio paradas" - disse Lula com aquele seu sorriso irônico.
E assim o governo da Dilma resolveu um dos maiores problemas do Brasil no momento, ou seja, criar um clima de euforia na Copa do Mundo.
'BOLIBURGUESES', OS EMPRESÁRIOS SABUJOS DO CHAVISMO, VIVEM UMA VIDA DE LUXO E RIQUEZA NAS ÁREAS MAIS CARAS DE MIAMI. SOCIALISMO E ESCASSEZ É PARA O POVO.
Na foto acima, Raúl Gorrín, um dos novos donos da Globovisión, numa reunião com o tiranete Nicolás Maduro, sob o olhar de Diosdado Cabello, o chefete da Assembléia Nacional, Cília Flores, a mulher de Maduro e Jorge Arreaza. Nesta foto abaixo, Raúl Gorrín, (foto recente) aparece numa das ruas de um bairro grã-fino de Miami, fazendo compras. As fotos são do site do jornal El Nuevo Herald
A Globovision, que era o mais importante e combativo canal de notícias da Venezuela, agora a passou a promover o “socialismo do século XXI durante as 24 horas do dia, mas seus novos donos vivem como aristocratas quando estão em Miami, nos Estados Unidos, residindo em mansões e dirigindo automóveis de luxo e gastando dinheiro à vontade nas lojas mais exclusivas da cidade, segundo informa reportagem do jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald.
Os documentos obtidos com exclusividade por esse que é o mais importante diário da Miami, mostram parte das suntuosas propriedades que os “empresários amigos do chavismo”, Raúl Gorrín e Gusvavo Perdono possuem no Sul da Florida, no suntuoso setor de Cocoplum.
Gorrín e Perdomo, que junto com o também venezuelano Juan Domingo Cordero, assumiram o controle da Globovision, depois que a empresa foi vendida emm 2013, não têm passado despercebidos pelas autoridades dos Estados Unidos.
“Sabem onde vivem?”, perguntou recentemente o senador Marco Rubio à subsecretária de Estado para o Hermistério Ocidental, Roberta Jacobson, numa audiência organizada como parte dos esforços do Senado para aprovar sasnções contra os dirigentes do chavismo.
“Vivem em Miami, são donos de uma mansão de milhões de dólares em Cocuplum. Dirigente pelas ruas seus carros luxuosos, e riem de você e de nós todos porque sabem que podem fazer isso sem que sofram qualquer punição”, declarou o Senador.
A Câmara e Senado dos Estados Unidos, por iniciativa dos republicanos, está debatendo projetos que definem sanções contra os dirigentes chavistas por corrupção e violação dos direitos humanos.
Não se sabe se os novos donos da Globovisión estão incluídos na lista dos que devem sofrer sanções por parte dos Estados Unidos.
A venda da Globovisión foi um duro golpe contra os venezuelanos, pois fechou o último canal de notícias independente que desafiava a censura imposta pelo ditadura do tiranete Nicolás Maduro.
Transcrevo a parte inicial da reportagem de El Nuevo Herald no original em espanhol com link ao final para leitura completa. Leiam:
Os empresários boliburgueses (bolivarianos burgueses) sabujos do chavismo, vivem uma vida de nababos quando estão em Miami, onde possuem mansões e dirigem automóveis como essa Ferrari que aparece neste foto. Socialismo com escassez até de papel higiênico para o povo e as delícias do capitalismo para a corriola bolivariana.
EN ESPAÑOL - Puede que Globovision ahora se dedique a promover el Socialismo del Siglo XXI las 24 horas del día en Venezuela, pero los nuevos dueños del otrora canal de noticias viven como aristócratas cuando están de paso por Miami, residiendo en mansiones, manejando autos de lujo y gastando dinero a manos llenas en algunas de las tiendas más exclusivas de la ciudad.
Documentos obtenidos por El Nuevo Herald muestran parte de las suntuosas posesiones que los “empresarios amigos del chavismo” Raúl Gorrín y Gustavo Perdomo poseen en el Sur de Florida, incluyendo empresas bajo las cuales están registradas las propiedades en el suntuoso sector de Cocoplum.
Gorrín y Perdomo, quienes junto con el también venezolano Juan Domingo Cordero pasaron a asumir el control de Globovision después que fuera vendida en el 2013, no han pasado inadvertidos a los ojos de las autoridades de Estados Unidos.
“¿Saben dónde viven?”, preguntó recientemente el senador Marco Rubio a la subsecretaria de Estado para el Hemisferio Occidental, Roberta Jacobson, en una audiencia organizada como parte de los esfuerzos del Senado por aprobar sanciones contra dirigentes clave del chavismo.
“Viven en Miami, son dueños de una mansión de varios millones de dólares en Cocoplum. Manejan por las calles en sus autos lujosos, y se ríen de usted y se ríen de nosotros porque saben que pueden hacer esto sin que se les castigue”, declaró el senador.
El Senado y la Cámara de Representantes preparan simultáneamente dos proyectos de ley para castigar la corrupción y las violaciones de los derechos humanos en Venezuela tras la ola represiva emprendida por el régimen de Maduro contra los manifestantes.
Se desconoce si los dueños de Globovisión están en la lista de los posibles sancionables, pero las declaraciones de Rubio dejan entrever que es una posibilidad.
La venta de Globovision propinó un duro golpe a la población venezolana, ya que cerró el último de los canales de televisión que se atrevía a reportar noticias en desafío a la censura impuesta por el régimen de Maduro.
La programación del canal de noticias cambió radicalmente con el correr de las semanas posteriores a la venta, con destacados periodistas renunciando a sus puestos progresivamente ante los esfuerzos por amordazarlos de la nueva directiva, encabezada por Gorrin, Perdomo y Cordero. Hacer CLIC AQUÍ para leer la história completa





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