DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-5-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 14-5-14
Atualizado às 22h45
BRANCA NUNES
“Eu tô percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012, a não ser que aconteça um dilúvio ou qualquer coisa”, berrou Lula no alto do palanque em São José de Piranhas, na Paraíba, durante a discurseira em 2010 na qual prometeu entregar uma das principais vitrines do Brasil Maravilha: a transposição do Rio São Francisco. “Está previsto a gente inaugurar definitivamente a obra até 2012, o que será a redenção da região mais sofrida do Nordeste brasileiro. E o povo do Nordeste vai poder decidir a utilização dessa água”. Passados quatro anos, embora nenhum dilúvio tenha acontecido, a “região mais sofrida do nordeste brasileiro” continua sem ter o que fazer com a água que não chega.
Não chega, mas chegará ainda este ano, garantiu Dilma Rousseff nesta terça-feira na mesma São José de Piranhas, aparentemente esquecida do que disse o padrinho quatro anos atrás. Bem mais comedida que Lula, a presidente ainda ensaiou algumas justificativas. “Eu acho que houve também uma subestimação da obra”, começou, antes de caprichar no dilmês castiço: “Eu não acredito que uma obra dessa em outro lugar do mundo leve dois anos pra ser feita. Nem tão pouco um ano. Nem tão pouco três. Ela é uma obra bastante sofisticada. Ela implica num tempo de maturação. Eu tô falando o seguinte. Não tô negando que houve, houve atrasos. Houve atrasos porque também eu acho que se superestimou a velocidade que ela poderia ter minimizando sua complexidade”.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 15-5-14
Além de transformar em lei o “contrabando” que livrou a montadora coreana Caoa Hyundai de pagar R$ 1 bilhão em impostos por ano até 2020, a presidenta Dilma fechou os olhos para outros dispositivos, sem qualquer pertinência com a temática original, enxertados na medida provisória nº 627. A farra livrou ricaços de pagar impostos sobre aplicações financeiras, isentou de tributos fabricante e importador de máquinas e implementos e até parcelou débitos de criadores de cavalo.
Além da Hyundai, a japonesa Mitsubishi também foi beneficiada por artigos malandros enxertados na MP 627, e sancionados por Dilma.
Contrabando curioso, transformado em lei na MP 627, anistia débitos de PIS/Cofins de “cooperativas de serviços culturais”. Humm…
A MP 627 também tornou lei um enxerto com endereço certo: prevê apuração de “ganho de capital” por empresas inativas desde 2009.
O mesmo governo, tão generoso com grandes grupos empresariais, continua implacável ao aumentar impostos dos cidadãos comuns.
A Advocacia-Geral da União anda inquieta desde que obteve do STJ a proibição da greve na Polícia Federal, durante a Copa. Em 2012, um mês após ação semelhante, a PF deflagraria a operação Porto Seguro, contra a AGU e o escritório paulista da presidência da República.
O Bolsa Família já distribuiu R$ 6,35 bilhões até agora, em pleno ano eleitoral. Governada pelo PT, a Bahia recebeu as maiores verbas: R$ 820 milhões. Quase o dobro de Minas, cujo governo é do PSDB.
O ministro Guido Mantega afirmou ontem na Câmara que a compra superfaturada de Pasadena “parecia boa”, mas tratou de tirar o corpo fora dizendo ter sido contra a aquisição da outra metade da refinaria.
Digitando-se a frase “O maior mentiroso do mundo” no Google, surge o perfil de Lula como primeiro resultado. Há anos. Ainda é um mistério o que fez o Google colocar o ex-presidente no topo da lista dos loroteiros.
CUT e MST marcaram para esta quinta nova baderna na porta de uma emissora de TV, em Brasília. O último ato do MST na capital acabou em vandalismo. Depois seguem como gado para o lançamento de filme sobre o finado semi-ditador Hugo Chávez na embaixada da Venezuela.
O que Gleisi Hoffmann (PT-PR) tanto assopra no ouvido de Renan Calheiros (PMDB-AL), antes de qualquer decisão dele no plenário do Senado?

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 15-5-14

NO BLOG DO NOBLAT DE 15-5-14
Vinicius Sassine, O Globo
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma nova frente de investigação dos negócios da Petrobras, desta vez com um pente-fino em todas as compras e vendas de ativos da estatal.
O plenário do tribunal, em sessão nesta quarta-feira, determinou que a Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais, no Rio de Janeiro, faça um levantamento de todas as “aquisições e alienações de ativos promovidas pela Petrobras”. O período a ser levado em conta para a análise caberá à área técnica do TCU, conforme ficou definido em plenário.

Fábio Fabrini, Estadão
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a abertura de auditoria para apurar suspeita de superfaturamento na compra das usinas de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS) pela Petrobrás Biocombustíveis.
Para ministros da corte, há indícios de que o negócio foi uma "mini-Pasadena" - suspeita-se que a estatal tenha pago por participações nas duas plantas mais do que elas custariam, a exemplo do que teria ocorrido na aquisição da refinaria nos Estados Unidos.

Débora Álvares, Estadão 
A CPI da Petrobrás no Senado aprovou nesta quarta-feira, 14, um total de 74 requerimentos de convocações e convites para ouvir autoridades sobre os negócios que envolvem a estatal.
Entre eles estão as convocações da presidente da Petrobrás, Graça Foster, cujo depoimento está marcado para a próxima terça-feira, 20, e do seu antecessor, José Sérgio Gabrielli, na quinta, 22. 

Marina Azaredo, Estadão
Após relatos de falta d’água em diversos bairros da zona norte de São Paulo, a zona oeste também começou a registrar interrupções no abastecimento.
Moradores e comerciantes da Lapa relatam problemas no fornecimento há cerca de três semanas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no entanto, nega a ocorrência de racionamento ou rodízio de água.

Mônica Bernardes, Estadão
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), anunciou na noite desta quarta-feira, 14, que pediu apoio ao Governo Federal para o envio da Força Nacional com o objetivo de garantir a segurança e a ordem em todo o território estadual. Os policiais e bombeiros militares estão em greve desde terça-feira, 13.
A informação foi oficialmente repassada à imprensa pelo próprio chefe do Executivo durante entrevista coletiva realizada na sede do Palácio do Campos das Princesas.

Mauro Zanatta, Estadão
O Ministério Público Federal desaprovou a contratação, por R$ 1,194 bilhão, de uma empresa controlada pela IBM para tocar um projeto de processamento e originação do crédito imobiliário da Caixa.
Em parecer obtido pelo Estado, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, afirma que a contratação "não pode ser realizada" sem a devida licitação no mercado.
Sob análise do TCU, o negócio com a empresa Branes, criada originalmente por um escritório de contabilidade paulista com capital social de R$ 500 e hoje controlada pela IBM, foi classificado pela área técnica do tribunal como "ilegal" e "viciado de origem".

Nice de Paula e Gabriela Valente, O Globo
Especialistas criticam o novo aporte do governo, de R$ 30 bilhões, no BNDES, anunciado na terça-feira pelo ministro Guido Mantega.
O economista Gabriel Leal de Barros, especialista em contas públicas da Fundação Getulio Vargas, destaca que, do ponto de vista fiscal a medida é considerada ruim, pois aumenta o endividamento do governo. 

O Globo
O protesto pela libertação de opositores presos em manifestações na Venezuela nos últimos dias acabou com mais detidos nesta quarta-feira no município de Chacao, na região metropolitana de Caracas, além de pelo menos quatro fotógrafos feridos.
O número de jovens presos poderia chegar a 90, segundo a oposição — a Guarda Nacional confirmou 80. E enquanto a tensão entre forças de segurança e manifestantes aumenta, governo e parte da oposição confirmaram um quinto encontro para quinta, na tentativa de alcançar algum acordo que ponha fim a meses de protestos. 

NO BLOG DO CORONEL DE 15-5-14
Dilma mergulha Senado no chavismo.
O chavismo, com ampla maioria no Congresso, acabou com a democracia na Venezuela. O que existe lá é uma farsa, onde os ritos são respeitados, mas os resultados são previsíveis, combinados e acertados previamente com o presidente e o partido. O Senado da República Federativa do Brasil, que era a casa mais independente do Congresso, mergulhou no chavismo, comandada por um senador acusado por corrupção várias vezes, que já teve que abandonar o cargo para abafar as denúncias jamais esclarecidas. Senadores venais, patrocinados por grandes empreiteiras, que por sua vez sugam estatais como a Petrobras, ora investigada em função da roubalheira lá existente,completam o quadro de uma ditadura travestida de democracia. O PT, como o PSUV venezuelano, reina absoluto. Distribui propinas e favores para senadores safados, abafando as investigações. O Poder Executivo colocou o Poder Legislativo de cócoras.
O país vive um momento grave. Além da tentativa de ridicularizar as graves acusações que pesam sobre até mesmo a presidente da República, responsável pela compra superfaturada da refinaria de Pasadena, montando uma CPI chapa branca da Petrobras, ontem o PT tentava transformar o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) em lei única para reger licitações de obras públicas. O RDC foi criado para acelerar as obras da Copa do Mundo. Apenas 41% foram acabadas. Nenhum aeroporto foi concluído. As denúncias de corrupção e superfaturamento pululam por toda a parte. Bilhões foram roubados, segundo investigações do Tribunal de Contas da União. O que era para ser exceção, tende a virar regra.O objetivo é claro: facilitar a vida das empreiteiras e institucionalizar a corrupção que tomou conta do Brasil. O Senado virou um antro chavista. O país reage nas urnas ou teremos milícias nas ruas acabando com o que restou da nossa frágil democracia.
Eduardo Campos (PSB-PE), com o punho socialista erguido, unido com Chávez, Lula e Dilma, comemorando a maior roubalheira da história deste país: a refinaria Abreu e Lima.
A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, começou a gastar bilhões de reais antes mesmo de ter aprovado, por seu conselho de administração, o Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira. Os custos de construção saltaram de R$ 4 bilhões, previstos inicialmente, para R$ 40 bilhões. O Valor teve acesso à íntegra das 123 atas do conselho de administração da refinaria, em reuniões presididas, entre março de 2008 e dezembro de 2013, pelo ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso desde 20 de março no âmbito da Operação Lavo Jato, da Polícia Federal.
Em 30 de outubro de 2008, o conselho aprovou o "plano básico de organização" da refinaria. Àquela altura, Abreu e Lima herdou uma série de contratos firmados diretamente pela Petrobras. Seis meses após chancelar o plano básico, o conselho aprovou as condições para a empresa sacar um empréstimo de R$ 10,5 bilhões, do BNDES.
Somente em 14 de janeiro de 2010, quando a refinaria já havia começado a ser construída, o conselho de administração decidiu submeter à aprovação o estudo de viabilidade, que apresenta avaliações detalhadas sobre as condições de execução do projeto.
A Abreu e Lima se tornou a obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Levantamento feito pelo Valor revela que, entre 2008 e 2013, ela teve mais de 150 termos aditivos assinados por Costa e José Carlos Cosenza, então gerente-executivo de refino da Petrobras que passou a presidir o conselho da refinaria em julho de 2012.
Entre os contratos liberados pelos conselheiros antes da aprovação do estudo de viabilidade, há um que contempla a Jaraguá Equipamentos Industriais, uma das companhias investigadas pela PF na Operação Lava Jato. Em 26 de novembro de 2009, de uma só vez, ela ganhou seis contratos em um pacote de R$ 1,06 bilhão. E depois ainda vieram os aditivos. (Valor Econômico)
Governo do PT nega a si mesmo e diz que não congela preços para segurar inflação.
Os dois ministros trapalhões do PT.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem que o governo controle preços de combustíveis e tarifas de energia elétrica para segurar a inflação, contradizendo declaração do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e acirrando o debate eleitoral sobre a política econômica do governo Dilma Rousseff.
Em entrevista à Folha publicada nesta quarta (14), Mercadante admitiu que o governo tem controlado as tarifas para evitar o impacto que elas teriam na inflação. Críticos da política econômica dizem que esse modelo aumenta os riscos que o próximo governo terá que administrar.
O Planalto tem enfrentado dificuldades para manter a inflação dentro do limite máximo definido pela meta oficial, de 6,5% ao ano, apesar de seguidos aumentos nas taxas de juros pelo Banco Central e mesmo com a atividade econômica em marcha lenta.
Isso fez aumentar a ansiedade do eleitorado com os rumos da economia e reduziu a popularidade da presidente Dilma Rousseff, que concorrerá à reeleição em outubro.
Após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados, Mantega citou reajustes recentes nos combustíveis e nas tarifas de energia como prova de que o governo não está represando as tarifas. "Temos feito, sim, reajustes", disse. "Maior exemplo é o preço da energia, que subiu 18%. Onde está o represamento dos preços?" E acrescentou: "Gasolina tem tido aumentos todo ano no Brasil."
Apesar dos reajustes, os combustíveis não têm acompanhado a alta dos preços internacionais do petróleo, o que causa prejuízos à Petrobras. No setor elétrico, o Tesouro tem bancado boa parte dos custos das concessionárias, adiando para o ano que vem reajustes de tarifas. "Não é recomendável fazer intempestivamente a correção do preço. Tem que esperar passar essa turbulência, essa volatilidade, depois buscar o alinhamento", disse.
As declarações de Mercadante e Mantega abriram espaço para novos ataques dos dois principais adversários de Dilma na corrida presidencial ao modelo que ela adotou para a condução da economia.
O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que o governo age com "discurso demagógico" sobre a inflação. "A inflação está aí, é preciso de um governo que gere confiança no mercado e nos cidadãos. (...) Nós corrigimos lá atrás [a inflação], acabamos com ela, e, no momento em que deveríamos estar debatendo a agenda da competitividade, estamos novamente debatendo inflação e congelamento de preços", disse.
Na Câmara, Mantega também defendeu a solução encontrada pelo governo para socorrer o setor elétrico. O Tesouro vai repassar R$ 13 bilhões ao setor elétrico neste ano. As distribuidoras vão ainda tomar empréstimo de R$ 11,2 bilhões, quantia que será repassada para a conta de luz a partir de 2015. "No fundo, a conta é do contribuinte. Não fazemos milagre", afirmou o ministro. "Pior seria colocar tudo no consumidor, diretamente."

A corregedora-geral de Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Laurita Vaz, concedeu liminar favorável ao PSDB na ação impetrada contra as inserções do PT na televisão. A ministra determinou a suspensão imediata das inserções.
O PSDB argumenta, na ação, que nas inserções, a presidente Dilma Rousseff antecipava a campanha em favor da sua reeleição. A decisão liminar é válida até o julgamento no plenário do TSE.
Na ação, o PSDB denuncia que, nas inserções, houve “explícita associação às imagens do ex-presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] e da atual titular do cargo, a segunda representada, a sugerir a ideia de continuidade dessas mudanças”.

NO BLOG DO JOSIAS DE 15-5-14
Em reunião do PMDB, Dilma apanhou indefesa

Dilma Rousseff, o governo e o PT foram submetidos a uma sessão de espancamento verbal durante reunião da elite do PMDB. Havia na sala algo como uma centena de políticos —de dirigentes estaduais e congressistas aos mais renomados caciques da legenda. Não houve quem se animasse a defender a presidente. Ela apanhou indefesa.
A reunião foi convocada para pavimentar a convenção de 10 de junho, na qual o partido decidirá se vai ou não renovar a aliança com o PT, reconduzindo o vice-presidente Michel Temer à chapa de Dilma. O próprio Temer abriu o debate. Mencionou o apoio que havia recebido horas antes, por escrito, dos diretórios de São Paulo e de Minas Gerais. E manifestou o desejo de obter a solidariedade dos demais.
Temer disse compreender as particularidades de cada região. Mas fez um apelo à unidade. Tomado pelas palavras, espera atrair para a tese da reedição da aliança nacional com Dilma até os votos dos correligionários que guerreiam contra o petismo nos seus Estados. Após a manifestação de Temer, seguiu-se a pancadaria.
Discursaram contra a aliança representantes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul e Goiás. A favor, além de São Paulo e Minas, que já haviam falado por escrito, apenas Alagoas, Pará e Amazonas. Os representantes dos demais Estados preferiram o silêncio.
Aliado do senador Jarbas Vasconcelos, cujo grupo está fechado com a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB), o deputado Raul Henry, presidente do diretório pernambucano do PMDB, resumiu assim o encontro: Ficou claro que o resultado da convenção é imprevisível, disse. A quantidade de gente que ficou calada, sem defender o governo ou a aliança, impressionou muito. Esse pessoal pode falar na urna da convenção, onde o voto é secreto, acrescentou Henry.
O deputado cearense Danilo Forte, adepto da tese de que o PMDB não deveria se aliar a nenhuma candidatura presidencial, disse no encontro que respeita muito Michel Temer. Porém, acha que o vice-presidente não pode pedir aos companheiros de partido que apoiem Dilma novamente.
A Dilma não gosta da gente, disse Danilo. Ela menospreza e ridiculariza o partido. De resto, segundo as palavras do deputado, a presidente já tem dificuldades de andar na rua sem ser hostilizada. Danilo fez uma constatação: a quase totalidade da bancada do PMDB da Câmara acha que o ciclo do PT no poder federal chegou ao fim. Algo que, segundo ele, é confirmado pelas pesquisas e pelas praças.
Fizeram algo parecido com um contraponto aos críticos duas das mais controversas vozes do PMDB: o alagoano Renan Calheiros e o paraense Jáder Barbalho. Ambos defenderam a renovação da aliança, não Dilma, o governo dela ou o PT. A manifestação de Jáder, por sui generis, dá uma ideia do espírito que guiou o encontro do PMDB.
O morubixaba paraense declarou estar de acordo com as ressalvas expostas na reunião. Mas afirmou que o avião da sucessão presidencial está prestes a aterrissar. Já não há tempo para fazer um cavalo-de-pau na pista, disse Jáder. Não dá mais para promover uma alteração de rota, acrescentou.
A certa altura, o deputado mineiro Newton Cardoso, sutil como um elefante, buliu com quem estava quieto. Dirigindo-se ao baiano Geddel Vieira Lima, candidato ao Senado numa coligação com o DEM e o PSDB, Newtão, como é conhecido, disse que o correligionário não pode apoiar o presidenciável Aécio Neves, a quem chamou de desonesto.
Ninguém tem autoridade política no partido para dizer o que eu posso ou não posso fazer na Bahia, respondeu Geddel. Ele recordou 2010, ano em que diz ter caído no conto do palanque duplo. Coisa de papel passado. Concorria nessa época ao governo da Bahia, contra o petista Jaques Wagner.
Moreira Franco, hoje ministro da Aviação Civil, redigira o documento com as regras do acerto, disse Geddel. Levado aos ‘três porquinhos’, como se autodenominaram os petistas que coordenavam a campanha de Dilma (Antonio Palocci, José Eduardo Cardozo e José Eduardo Dutra), o texto foi aprovado. Porém, iniciado o lufa-lufa, o documento virou letra morta. Dilma e Lula fizeram campanha apenas para o petista Wagner. E nenhuma voz do partido se ergueu contra o acinte, queixou-se Geddel, antes de repetir que não vê ninguém com autoridade política para contestar sua parceria com Aécio e a turma dele.
O encontro do PMDB ocorreu nesta quarta (14), no Hotel San Marco, no Setor Hoteleiro de Brasília. Começou pouco depois das 14h e terminou depois das 18h. Na saída, Temer disse aos repórteres que a “quase unanimidade” do partido manifestara-se a favor da preservação da aliança com Dilma e o PT. De duas, uma: ou Temer computou silêncio como consentimento ou testemunhou uma outra reunião.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, autorizou a Procuradoria Geral da República a pleitear a repatriação de verbas desviadas por Paulo Maluf da prefeitura de São Paulo e enviadas ao exteriror. São US$ 53 milhões, que se encontram bloqueados na Suíça (US$ 13 milhões), Luxemburgo (US$ 8 milhões), França (US$ 5 milhões) e Ilhas Jersey (US$ 27 milhões).
No mesmo despacho, Lewandowski deferiu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para requerer a “transferência dos procedimentos penais” que correm contra Maluf no estrangeiro, “a fim de que os feitos contra o réu e coautores tenham continuidade no Brasil.” Obtida a repatriação do dinheiro malversado, os ativos permaneceriam bloqueados no Brasil até que o STF julgue as ações contra Maluf, hoje um deputado federal do PP paulista.
Munido da autorização de Lewandowski, o procurador-geral vai preparar os pedidos de cooperação internacional. Para fazer andar os requerimentos, utilizará a estrutura do DRCI, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, órgão do Ministério da Justiça. O primeiro passo será obter informações sobre o estágio em que se encontra cada uma das ações abertas contra Maluf no exterior. O deputado sempre negou que tivesse dinheiro no exterior. Não há de se opor a mais essa tentativa de repatriação.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 15-5-14
Este artigo do jornalista Rogério Gentile, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, revela a verdade sobre a tragédia da Copa do Mundo no Brasil. Sim, uma tragédia total, por conta a megalomania irresponsável de Lula. Ainda bem que a ficha finalmente começa a cair e por sorte ainda há jornalistas que dizem a verdade em veículos da grande mídia. O título original do artigo de Gentile é curto e grosso, indo diretamente ao ponto. Diz tudo: ‘Complexo de Elefante’ Leiam:
"A Copa do Mundo custaria muito menos ao Brasil não fosse o "complexo de elefante" de Lula. Por causa de sua mania de grandeza, assentada no populismo inconsequente de quem se preocupa apenas com a própria popularidade, o evento terá 12 cidades-sede. A Fifa imaginava oito ou dez.
Na história da competição, em apenas duas ocasiões houve mais sedes do que na "Copa das Copas": em 1982, na Espanha, realizada em 14 municípios, e no Mundial de 2002, promovido em 20 cidades, mas em dois países diferentes (Coreia do Sul e Japão, com dez sedes cada um).
Somente a Suécia (1958), a Itália (1990) e a Alemanha (2006) usaram 12 cidades, como aqui. Há de se considerar que os acima citados são países bem menores que o Brasil, o que facilita o deslocamento dos torcedores e das delegações. Nem mesmo os EUA apostaram tão alto. Em 1994, a Copa ocorreu em nove cidades.
O resultado desse gigantismo será mais bem percebido no pós-Copa, com a profusão de estádios vazios, mas de altíssimo custo de manutenção. Manaus, por exemplo, construiu uma arena para 44 mil pessoas, mas não tem equipes na primeira, na segunda ou na terceira divisão do futebol brasileiro. A final do torneio estadual de 2013 foi vista por 8.032 corajosos torcedores (só 5.800 pagantes).
O diagnóstico apresentado pela Folha também é consequência direta do hiperbolismo lulista: a menos de 30 dias do evento, o país só cumpriu 41% das metas, sendo que várias obras ficarão prontas depois da Copa e outras foram abandonadas.
Nem mesmo o Itaquerão, palco de abertura, está totalmente pronto, dando razão para quem dizia que seria mais fácil (e mais barato) reformar o Morumbi. Erguido, ironicamente, na sub-bacia do rio Verde, o estádio foi feito por insistência do próprio Lula, que pretendia presentear a torcida corintiana. Que o presente aos corintianos não vire motivo de constrangimento aos brasileiros no dia 12 de junho." Do site da Folha de S. Paulo






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