DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-5-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 09-5-14
Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação registrados nas pesquisas de popularidade, o prefeito Paulo Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar-se capazes de instalar qualquer nulidade no cargo que ocupavam. Para que cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar do chefe, como registrou um post publicado em julho de 2010, os escolhidos deveriam ser desprovidos de autonomia de voo e luz própria. Quanto mais medíocre, melhor.
Maluf pinçou no secretariado municipal um negro economista. Lula pinçou no primeiro escalão federal uma mulher economista. Ao apresentar o sucessor, o prefeito repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo. Mas quem arranjou o dinheiro foi um gênio da raça chamado Celso Pitta, secretário de Finanças. Ao apresentar a sucessora, o presidente reiterou que foi Lula quem pariu o Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso foi uma supergerente chamada Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil e Mãe do PAC.
Obediente ao criador e guiado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando platitudes e louvando o chefe de meia em meia hora. Como herdara uma cidade mais que perfeita, restou-lhe embelezá-la com espantos de matar alemão de inveja. Nenhum fez mais sucesso nos programas na TV do que o Fura-Fila, um veículo leve sobre trilhos instalados em viadutos. Grávido de orgulho com o desempenho do poste que fabricara, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse.
Obediente ao criador e tutelada pelo marqueteiro João Santana, Dilma percorreu o circuito eleitoral driblando debates e entrevistas, gaguejando frases descartáveis e bajulando o chefe a cada 15 minutos. Como herdara um país pronto, restou-lhe acrescentar refinamentos que fariam do País do Carnaval uma Noruega com praia, samba e futebol. A campanha eleitoral nem começara quando os primeiros apitos do trem-bala anunciaram a chegada do Fura-Fila de Dilma. Grávido de confiança no poste que esculpira, o padrinho deixou claro que disputava o terceiro mandato disfarçado de Dilma, já conhecida nas lonjuras da nação como a “mulher do Lula”.
São Paulo demorou três anos para descobrir que era governada pelo pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, os iludidos escorraçaram Pitta do emprego e Maluf nunca mais foi eleito para qualquer cargo executivo. Milhões de brasileiros já constataram que a nação é presidida por uma fraude. Os eleitores que ainda não enxergaram a vigarice são suficientemente numerosos para que a pior governante desde o Descobrimento continue a sonhar com um segundo mandato. Mas também sobram motivos para que a oposição acredite – e a última pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira deixa ainda mais evidente – que uma era pode estar chegando ao fim.
“Volta, Lula!” não é uma palavra de ordem. É um grito de medo. Não é a senha para a ofensiva. É um pedido de socorro inútil. Se a afilhada naufragar, o padrinho não escapará do abraço de afogado. Dilma Rousseff é o Celso Pitta de Lula.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 10-5-14
A Polícia Federal investiga o que seria uma das principais fontes de propina para políticos na Petrobras e sua subsidiária Transpetro: intermediadores (“shipbrokers”) de fretamento de navios, tanqueiros etc. A intermediação do “aluguel” de embarcações pela estatal rende entre 1% e 5% (até US$ 15 mil) por dia de contratos que podem durar 20 anos, se o fretamento é por toda vida útil do navio, o que é habitual.
Uma comissão de praxe, a “address comission”, é estipulada pelo fretador (a Petrobras) e é paga em fatura oficial ao shipbroker.
A Petrobras opta pelo frete, já que um navio-tanque de grande porte (Very Large Crude Carrier) custa no mínimo US$ 100 milhões.
O frete de apenas um navio-tanque (tanqueiro), por 20 anos, pode render US$ 70 milhões aos intermediadores (shipbrokers) do negócio.
Por levar o negócio ao estaleiro, o shipbroker recebe comissão da empresa, estipulada em adendo, além da comissão da Petrobras.
Conhecido por sua célebre esperteza política, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipou-se aos fatos e já encomendou pesquisa do Ibope em todos os Estados para saber os candidatos mais fortes ao Senado. A pesquisa permitirá ao cacique mapear os possíveis eleitores, em seu projeto de manter-se à frente do comando do Senado em 2015, agora que lançou Renan Filho ao governo de Alagoas.
Foi um dia histórico para os brasilienses, ontem. O Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a receber o selo Território Livre de Analfabetismo. No DF, mais de 98% da população é alfabetizada.
Após o escândalo da espionagem americana a autoridades e empresas brasileiras, a presidenta Dilma esperneou, cancelou visita de Estado e exigiu desculpas. Agora o clima esfriou e ela se reunirá com o vice dos EUA, Joe Biden, na Copa. Alguns falam em “encontro de iguais”.
Lula prometeu ajudar a infraestrutura de Gana, durante o Fórum Econômico Mundial da África, na Nigéria, mas não usou seu “prestígio” para apelar à libertação de 200 meninas sequestradas por uma seita.
Ignora-se o que Jorge Viana (PT-AC) fará com outros senadores no final do mês em Taiwan, inimiga da China, e sem relação oficial com o governo brasileiro. Além de esquisito, isso não dá sorte. Ex-presidente do PL, Valdemar Costa Neto foi lá em 2005. E acabou na Papuda.
O Ministério da Saúde acaba de aceitar no “Mais Médicos” um bósnio, o dr. Ahmed Shehada. Ele ao menos já aprendeu que o programa do governo brasileiro, em sua língua, é chamado de “Više Doktori”.
O secretário-geral Jerôme Valcke, que encheu as burras da Fifa, agora critica o despreparo do Brasil na Copa, tirando o corpo fora. O francês deve ter sido contaminado pela conhecida síndrome lulista “não sabia”.

NO BLOG DO NOBLAT DE 10-5-14
André de Souza, O Globo
A decisão de faltar a uma audiência na Justiça custou caro ao ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Após pedido do Ministério Público, o juiz substituto da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, Rodrigo Otavio Donati Barbosa, decidiu que, a partir de agora, Arruda é réu confesso na ação que responde por improbidade administrativa. Quando o réu é intimado e, mesmo assim, resolve faltar, a legislação permite que ele seja considerado réu confesso.
Esse é um dos processos a que Arruda responde como consequência da Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 2009. O ex-governador, que passou 60 dias presos e perdeu o cargo no início de 2010, é acusado de chefiar o chamado mensalão do DEM, esquema de arrecadação e distribuição de propina a aliados políticos entre 2006 e 2009. 

Eduardo Militão e Sylvio Costa, Congresso em Foco
Em 2004, o Congresso em Foco foi pioneiro no levantamento das acusações criminais contra parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF). De lá para cá, este site se especializou no acompanhamento das pendências judiciais de deputados e senadores.
O último levantamento, divulgado em setembro do ano passado, mostrava que 224 congressistas respondiam a 542 acusações na mais alta corte do país. Mas, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, este número hoje é ainda maior. “É um pouco menos de 300”, disse em trecho da entrevista exclusiva à Revista Congresso em Foco.
Na conta do procurador-geral, entram casos novos, mas também aqueles cuja existência é mantida sob sigilo pelo STF. Ou seja, praticamente metade dos 594 parlamentares federais é alvo de inquérito ou ação penal no Supremo.

O Globo
Os servidores da Educação do estado e do município tiveram, ontem, duas respostas negativas em relação ao atendimento de suas reivindicações. O secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, disse que o governo não tem como dar o aumento salarial de 20% pedido pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
A reunião entre representantes da entidade e da Secretaria municipal de Educação para discutir as demandas terminou sem avanços. Com isso, o início da greve da categoria está confirmado para a próxima segunda-feira. Cerca de 1,5 milhão de alunos das duas redes poderão ficar sem aulas, caso a adesão seja total. 

Eduardo Rodrigues, Estadão 
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) vai pedir ao governo mais R$ 7,9 bilhões para que as empresas do setor consigam honrar seus compromissos entre maio e dezembro de 2014. Isso porque o empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões anunciado em março pelo governo não durou até o fim do mês passado.
Cerca de R$ 8,7 bilhões foram gastos apenas para cobrir o rombo da companhias de fevereiro e março. Os R$ 2,5 bilhões restantes não serão suficientes para pagar pelo buraco de abril - que será liquidado em junho.

O Globo
A Justiça Federal do Rio de Janeiro autorizou nesta sexta-feira a quebra dos sigilos bancário e fiscal do empresário Eike Batista, acusado de crime financeiro por supostamente operar em benefício próprio no mercado de capitais, confirmou a assessoria do grupo EBX.
"Foram três decisões proferidas, sendo uma do bloqueio e outras duas de sigilos", disse mais cedo à Reuters uma fonte judicial, em condição de anonimato. A decisão representa mais um revés para o empresário que já sofreu esta semana o bloqueio de bens no valor de 122 milhões de reais, por determinação da Justiça. 

Flávia Barbosa, O Globo
O Congresso americano está elevando a pressão sobre a Casa Branca pela imposição de sanções dos EUA à Venezuela, devido aos abusos de direitos humanos e à perseguição à oposição patrocinados pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
A campanha, iniciada há dois meses por parlamentares de origem hispânica e de estados com forte histórico de imigrantes latinos, já rendeu dois projetos de lei em tramitação na Câmara e no Senado. Os textos obrigam o governo a mapear autoridades diretamente ligadas à repressão violenta, determinar o congelamento de seus eventuais bens nos EUA e impedir suas transações financeiras e entrada no país. Hoje, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara deu sinal verde à proposta, enviando-a ao plenário da Casa. 

BBC Brasil
Em declaração considerada excepcionalmente dura, os bispos da Igreja Católica argentina declararam, nesta sexta-feira, que o país está "doente de violência". O documento, divulgado após a Conferência Episcopal, que reuniu cem religiosos na província de Buenos Aires, advertiu contra a insegurança pública, as drogas e a corrupção no país.
"Os delitos não só aumentaram em quantidade, mas também em agressividade. Uma violência cada vez mais feroz e sem compaixão provoca lesões graves e chega em muitos casos ao homicídio", diz o documento da 107ª assembleia da conferência episcopal.

NO BLOG DO JOSIAS DE 10-5-14
Começou a fazer água a estratégia do Planalto de esvaziar a CPI mista da Petrobras, empurrando sua instalação para uma data próxima do início da Copa do Mundo. Para desassossego de Dilma Rousseff, a maioria dos partidos governistas da Câmara apressou a escolha de seus representantes na comissão. E o quórum mínimo para a abertura da investigação parlamentar deve ser ultrapassado até a próxima quarta-feira (14), quando o PMDB do Senado fará suas indicações.
Composta de deputados e senadores, a CPI mista terá 32 membros. Para que seja instalada, exige-se a indicação de pelo menos 17 parlamentares. O PT informou que não indicará os seus nomes. E o governo esperava que seus aliados imitassem o gesto. Porém, pesquisa feita pela assessoria do deputado pernambucano Mendonça Filho, líder do DEM, constatou que os partidos da Câmara já haviam formalizado 13 indicações até a tarde desta sexta-feira (9). No Senado, os oposicionistas PSDB e DEM também já indicaram os ocupantes das três cadeiras a que têm direito. Com isso, a soma foi a 16 parlamantares. Falta um.
Ouvido pelo blog, o senador cearense Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, declarou: “Vou cumprir o meu papel regimental. Como líder, tenho a obrigação de indicar cinco nomes. E vou indicar na próxima semana, não tenha dúvida disso.” Questionado sobre o desejo do governo de adiar, Eunício soou peremptório: “Eu apoio o governo, mas não sou servo do governo. Escolherei pessoas responsáveis, que não façam exploração eleitoral na CPI. Mas vou indicar.”
Eunício informou, de resto, que pretende divulgar os nomes do PMDB até quarta-feira. Com isso, a CPI mista atingirá a marca de 21 membros, quatro além do mínimo exigido para sua instalação. Farejando a oportunidade, a oposição se equipa para deflagrar a investigação imediatamente. Pelo regimento, cabe ao membro mais velho da comissão comandar a sessão inaugural, coordenando a eleição do presidente do colegiado.
Chama-se Garibaldi Alves (PMDB-RN) o integrante mais velho do Senado. Pai do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, ele tem 90 anos. Mas está doente e tirou licença médica. José Sarney (PMDB-AP), 83, não cogita integrar a CPI. João Alberto (PMDB-MA), 79, um fiel seguidor de Sarney, era o presidente dos sonhos do Planalto para a outra CPI da Petrobras, exclusiva de senadores. Foi refugado pelo líder Eunício, que preferiu confiar a presidência da CPI do Senado ao colega Vital do Rêgo (PMDB-PB). Por exclusão, chega-se ao senador Ruben Figueiró (PSDB-MS), 82.
Líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) informou ao blog que indicou Figueiró para integrar a CPI mista como suplente. Mas pretende exercer sua prerrogativa de convertê-lo em membro titular se isso for essencial para iniciar os trabalhos da comissão. Ou seja: arma-se um cenário que conspurca os planos que o Planalto urdira em parceria com o presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O governo pretendia apressar apenas a instalação da CPI do Senado, na qual a maioria governista é acachapante: dos 13 membros, dez virão do condomínio pró-Dilma. O prazo para as indicações dessa comissão expirou na semana passada. A oposição, que já havia levado seus nomes à mesa, retirou-os para se concentrar na CPI mista. Como prevê o regimento, Renan fará as escolhas até quarta-feira, à revelia dos líderes oposicionistas.
O problema é que, ao privilegiar a CPI só de senadores, o governo deixou abespinhados os seus aliados da Câmara, que resolveram pisar no acelerador, tornando irreversível também a instalação da CPI mista, que os inclui. Todas as legendas governistas da Câmara fizeram suas indicações, exceto duas: PT e Pros. Confirmando os temores do Planalto, a lista dos nomes já remetidos à Mesa diretora do Congresso inclui uma série de traições esperando para acontecer.
Por exemplo: dono de dois assentos na CPI mista, o PMDB da Câmara será representado na comissão pelo líder Eduardo Cunha (RJ), um desafeto de Dilma, e pelo deputado Sandro Mabel (GO), um governista de resultados. Entre os suplentes, o PMDB incluiu Lúcio Vieira Lima (BA), irmão de Geddel Vieira Lima, que vai às urnas de 2014 como candidato ao Senado na coligação demo-tucana encabeçada por Paulo Souto (DEM), que fornecerá palanque ao presidenciável Aécio Neves na Bahia.
Outro exemplo: responsável pela escolha de um membro da CPI mista, o líder do PR, deputado Bernardo Vasconcellos (MG), se autonomeou. Como se recorda, Vasconcelos é aquele parlamentar que pendurou um retrato de Lula na parede do seu gabinete antes de informar à imprensa que sua bancada decidira aderir ao movimento que pede a substituição da candidatura presidencial de Dilma pela de Lula.
Tantas evidências confirmam os receios do governo. Instala a CPI mista, não são negligenciáveis as chances de deputados supostamente governistas se juntarem aos colegas da oposição para compor maiorias eventuais capazes de arrancar a investigação da Petrobras do cercadinho em que o Planalto tenta acomodá-la.

Antigamente, revistas pornográficas eram vendidas envoltas em sacos plásticos. Certos debates partidários também deveriam chegar às bancas de jornal em sacos escuros. Como esse que o governador Cid Gomes, do Ceará, trava com seu partido, o novíssimo Pros.
Líder do Pros na Câmara, o deputado alagoano Givaldo Carimbão avisou a Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil da Presidência, que o ministro Francisco Teixeira (Integração Nacional), avalizado por Cid, não representa o Pros. Disse que o partido quer indicar outro nome. Sob pena de apoiar a candidatura presidencial de Eduardo Campos.
E Cid: “Abomino qualquer tipo de chantagem. Saí do PSB porque o partido resolveu ter candidatura à Presidência e eu não concordei. Minha condição [para entrar noutro partido] era o apoio a Dilma. E o Pros garantiu apoio a Dilma. O líder do Pros alega ter desconforto da bancada, mas a história que sei é que o líder não representa o sentimento da bancada. Ele está defendendo interesse dele mesmo.”
É, se o governador afirma que o líder do seu partido é um chantagista, quem haverá de contestar?

Ainda não foi dessa vez. O ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator do mensalão, negou o pedido de José Dirceu para trabalhar fora do presídio da Papuda durante o dia. O condenado tem proposta de trabalho da banca de advocacia de José Gerardo Grossi. Receberia R$ 2,1 mil por mês para organizar a bilbioteca do escritório.
Sentenciado a uma cana de menos de 8 anos (7 anos e 11 meses), Dirceu tem, em tese, o direito de requerer o trabalho externo. Dspois do expediente, passaria a noite no xadrez. O Supremo ainda não divulgou as razões do indeferimento. Por ora, pode-se intuir o seguinte: Dirceu acha que é a maravilha que pretende vir a ser se lhe for concedido o benefício. E Barbosa acha que o preso talvez seja pior do que já foi.
(Atualização feita às 6h14 deste sábado (10): Barbosa considerou o pedido de Dirceu “incompatível“. Especialistas acha que o ministro foi “duro demais“. A defesa de Dirceu sustenta que houve “equívoco“).

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 10-5-14
Como acontece em todos os finais de semana, a revista Veja que será desovada nas bancas neste sábado, vem tinindo, ainda que a principal reportagem de capa não seja propriamente de política.
Mas no canto acima à esquerda, uma revelação bombástica. Veja fura toda a grande mídia e revela que é o homem que queria dar um tiro na cabeça do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa. Trata-se de um militante, daqueles que foi cevado desde garoto na ideologia dita “progressista”. 
Entretanto, no miolo, a revista está farta em outras excelentes reportagens, sobretudo no que tange à política. E o assunto no momento é o declínio do PT e a ascensão gradual e segura de Aécio Neves, que começou lá debaixo, de mansinho e na última sondagem do instituto DataFolha chegou a 20%, índice que surpreendeu muita gente, sobretudo o Lula que resolveu desaparecer novamente, depois que passou uma noite no hospital Sírio Libanês em São Paulo, vítima de um misteriosa “labirintite”.
Esta edição de Veja também faz uma devassa no universo petista, revelando o deletério contubérnio do PT com empresas privadas. E, como não poderia deixar de ser, este assunto envolve muito dinheiro! Explica-se porquê as últimas campanhas eleitorais do PT têm sido as mais caras da história do Brasil. Ou, como diria o Barba, "como nunca antes neste país". 
E quem imagina que o PT já conseguiu colocar uma pedra bem grande sobre o escândalo de corrupção da Petrobras está enganado. As coisas estão apenas no começo. Tanto é que nesse mister, eita!, a reportagem deVeja trabalha “diturnamente” e revela para os leitores que há mais um diretor da estatal sob suspeita! É coisa grande! 
Em suma, a Veja continua sendo de leitura imprescindível até mesmo para os “coleguinhas” da grande imprensa nacional que já sentem a ameaça de dor de barriga na noite das sextas-feiras, síndrome que bombou na última semana com o resultado da pesquisa DataFolha.
E vejam só, a campanha de verdade ainda nem começou. Há quem insinue que Aécio Neves poderia mesmo levar no primeiro turno, fato que tem desatado uma verdadeira epidemia de depressão severa que vem acometendo os sequazes do PT.
Há quem atribua a “labirintite” de Lula a um piripaque depressivo. Portanto, corra às bancas neste sábado para saber de tudo e se delicie com o menu apresentado pela Veja.

NO BLOG ALERTA TOTAL DE 10-5-14
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Elisabetta Piqué (*)
Pagamentos de propinas e denúncias de máfia e corrupção voltaram a sacudir a Itália, que viveu algo similar ao escândalo de Tangentopoli, em 1992, quando Milão foi batizada de “cidade das propinas”, e se decidiu pela morte dos partidos políticos tradicionais.
O que reviveu esses tempos foi a prisão de sete responsáveis pela Expo 2015, acusados de conceder licitações irregulares, em conexão com empresários e políticos, assim como com a ‘Ndrangheta, a máfia da Calábria. Em outro episódio, também foi para trás das grades Claudio Scajola, ex-ministro de Silvio Berlusconi, por ajudar na fuga de um ex-deputado condenado à prisão.
A Expo 2015 é uma exposição que acontecerá no ano que vem em Milão, com mais de 130 participantes, e cujo tema central será alimentação e meio ambiente. Ela será realizada num centro de exposições de um milhão de metros quadrados, que receberá entre maio e outubro cerca de 20 milhões de visitantes, o que dá uma ideia do imenso negócio que representa.
Uma operação da polícia financeira e da promotoria de Milão, com 200 agentes, levou à prisão de Angelo Paris, diretor de planejamento e compras do evento, e de outras seis pessoas. Escutas telefônicas revelaram que os detidos se reuniam num centro cultural de Milão para comandar as concessões de diversos projetos milionários da Expo. Eles integravam uma “cúpula de licitações da Lombardia”, segundo os investigadores.
“Posso conceder todas as licitações que queiram se favorecerem minha carreira”, disse Paris, o responsável pela Expo, segundo uma das conversas interceptadas. Entre diversas concessões a empresas que logo pagavam propina ou faziam favores aos membros da “cúpula”, aparece uma de € 67 milhões para “arquitetura de serviços”.
O caso veio à tona a partir de uma investigação sobre as relações entre a ‘Ndrangheta, a máfia da Calábria, cada vez mais poderosa no Norte da Itália, e o setor de saúde da Lombardia, envolvido em diversos escândalos de corrupção.
— Não é algo que faz bem para a Itália, nem à Expo — admitiu o ministro do Trabalho, Giuliano Poletti.
O ministro da Cultura, Dario Franceschini, disse que, apesar disso, a exposição não corre risco.
Como se isso não fosse suficiente, e voltando a lembrar a rede de máfia e política que envolve o país, também foi preso Claudio Scajola, ex-ministro de Berlusconi, por ajudar um ex-parlamentar, Amedeo Matacena, a escapar da justiça após ser condenado por associação mafiosa.
A prisão deriva de uma investigação sobre a origem dos fundos recebidos pelo partido xenófobo Liga Norte, que se suspeita que tenha vindo da ‘Ndrangheta.
(*) Elisabetta Piqué é Jornalista do La Nacion.

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