MAIS UM 'PETRALHA' ENVOLVIDO NA "LAVA JATO"

Sócio da Labogen afirma que ex-assessor de Padilha atuava como lobista no Ministério da Saúde
Leonardo Meirelles diz que Marcus Moura mantinha os contatos institucionais da pasta, segundo jornal

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Publicado:29/04/14 - 9h07
Atualizado:29/04/14 - 9h45
SÃO PAULO - Leonardo Meirelles, sócio do Labogen, afirmou que o ex-assessor do Ministério da Saúde Marcus César Ferreira de Moura foi contratado pelo laboratório para atuar como lobista em órgãos do governo federal, principalmente o Ministério da Saúde. Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Meirelles afirmou que Moura mantinha os contatos institucionais com a pasta.
Em 2013, o Labogen tentava obter contratos com o Ministério da Saúde, o que não foi concretizado, segundo o ex-ministro e pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. Relatório da Polícia Federal aponta indícios de que o ex-ministro indicou Moura para a diretoria do Labogen, laboratório que tem Youssef entre seus sócios. O nome de Padilha surgiu após a Polícia Federal ter interceptado mensagens de celular trocadas entre o deputado André Vargas, do Paraná, que se desfiliou do PT na sexta-feira passada, e o doleiro.
Moura trabalhou com Padilha entre maio e agosto de 2011, como assessor de eventos do Ministério da Saúde e também na campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010.
Meirelles disse ao “Estado” que Moura ficava sediado em Brasília, mas podia ser deslocar pelo país, em nome do Labogen. O sócio falou ainda que Moura não foi indicado por Padilha, mas pelo fundo GPI Participações e Investimentos, controlado por Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Fernando Collor e suspeito de participar do esquema do doleiro.
Meirelles declarou ao “O Estado de S. Paulo” que nunca teve contato com o ex-ministro.
Ainda de acordo com Meirelles, Moura será demitido do laboratório por “não ter condições de bancar a despesa”. O registro em carteira indica R$ 4,2 mil de salário, mas os ganhos reais ficariam em torno de R$ 25 mil, segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”.
Padilha disse que seus advogados interpelarão judicialmente nesta terça-feira, em Brasília, o deputado André Vargas, (sem partido-PR), para dar explicações sobre as declarações que constam em relatório da Polícia Federal (PF) na Operação Lava-Jato.

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