DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-4-14

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA DE 21-4-14
Aumenta a preocupação com a obra de construção do túnel da Avenida Paulino Rocha, na rotatória da Arena Castelão.
Há o crescente temor de que o serviço não esteja concluído antes da Copa do Mundo.
Para a Prefeitura de Fortaleza, a culpa é da empreiteira.
De novo.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 21-4-14
É ano de eleição e os gastos do governo federal seguem no mesmo ritmo acelerado de sempre: R$ 117,4 mil por dia desde janeiro. De acordo com o Portal da Transparência, a gastança já superou a cifra de R$ 6,9 milhões. Campeã de sempre, a Presidência é responsável por um terço da farra (R$ 2,14 milhões), mas o detalhamento dos gastos é protegido por sigilo sob a velha justificativa de “segurança e do Estado”.
O Ministério da Justiça ficou em 2º lugar entre os gastos com R$ 1,7 milhão, quase tudo na conta da Polícia Federal e no maior sigilo.
Sete dos dez cartões com a fatura mais cara são do IBGE e, apesar de detalhados, os gastos se referem a saques em espécie de até R$ 1 mil.
Dos R$ 2,14 milhões em cartões corporativos torrados pela Presidência da República, 96% são sigilosos, sem detalhamento de gastos.
O governo torrou R$ 942 mil apenas com saques em espécie nos cartões corporativos. Tem até retirada de R$ 2.
Apesar de ser ponto facultativo na quinta, os gabinetes que tentaram manter seus funcionários trabalhando se deram mal. Foram todos barrados pelo Departamento de Segurança Legislativa da Câmara.

NO BLOG DO CORONEL DE 21-4-14
Atualizado em 21 de abril, às 6:21. Clique neste link e veja a repercussão da entrevista no mundo, através de matéria da Reuters.
A entrevista de José Sérgio Gabrielli ao Estado de Domingo, 20, na qual ele afirma que a presidente "Dilma não pode fugir à responsabilidade" pela decisão da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, reforçou a necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o negócio, avaliaram líderes da oposição, entre eles o senador tucano Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República. 
Esta será uma semana decisiva para a criação da CPI, pois a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá decidir se o Congresso fará uma CPI restrita à estatal, como querem os oposicionistas, ou se abrangente, para investigar também o pagamento de propina para facilitação de obras no metrô e nos trens de São Paulo, e sobre a construção do Porto de Suape, em Pernambuco.
Gabrielli era o presidente da Petrobras à época da compra da refinaria de Pasadena e Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, era a presidente do Conselho de Administração da empresa. Na entrevista ao Estado, Gabrielli disse ser o "responsável" pela operação de compra, já que era o presidente da estatal, mas dividiu o ônus com Dilma. 
Gabrielli reforçou a afirmação de que o resumo executivo em que o conselho baseou sua decisão sobre a compra foi "omisso", mas acrescentou que isso não foi relevante para a decisão. Dilma havia afirmado a mesma coisa quando justificou seu voto pela compra da refinaria. O resumo executivo foi feito pelo então diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Do lado da presidente Dilma Rousseff, as informações foram de que ela não reagiu à entrevista de Gabrielli. De acordo com auxiliares próximos a ela, Dilma Rousseff viu na entrevista do ex-presidente da Petrobras a clara linha de defesa de Gabrielli, uma vez que a compra da refinaria de Pasadena está sob investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU). Gabrielli estaria, na visão de Dilma, definindo as linhas do que pretende dizer quando for procurado, com a tentativa de divisão de responsabilidade por todos os setores.
Para Aécio, a entrevista do ex-presidente da Petrobras reforçou a necessidade de uma CPI. "O objetivo dela (a CPI) é exatamente determinar, sem qualquer pré-julgamento, qual é a responsabilidade de cada um nesse caso da refinaria de Pasadena e em outros episódios envolvendo a Petrobras. A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira", disse Aécio ao Estado.
Líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou que, além de mostrar a necessidade de se fazer a CPI para investigar a operação de compra de Pasadena, que custou cerca de U$ 1,25 bilhão, ficou claro que Gabrielli "deu um puxão de orelhas" em Dilma, ao chamá-la à responsabilidade. "Quando o Gabrielli assume a responsabilidade pela compra de Pasadena, por ser o presidente da companhia, na época, ele está sendo honesto. Não tem como negar que é mesmo o responsável. E não há como negar que Dilma, então presidente do Conselho de Administração, tem responsabilidade igual. Um era o presidente da Petrobras, outra a presidente do conselho. Assumiam decisões juntos. O Gabrielli botou a bola na marca do pênalti."
Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que Gabrielli foi muito claro na entrevista. "Ele disse, sem rodeios: ''somos todos responsáveis''. Não adianta achar que uns vão tirar a sardinha do fogo com a mão do gato. Está muito claro que a então ministra Dilma Rousseff era responsável pela decisão da compra da refinaria. Ela era presidente do Conselho de Administração, que aprovou a compra", disse Nunes Ferreira. (Estadão)

O criador da Dilma Bolada, na foto com Padilha Labogen, é um modelo de empreendedor social para os militantes virtuais pagos pelo partido. Cobrou cachê de R$ 50 mil para palestrar no evento, segundo fontes do PT.
No último sábado, o ponto de partida do discurso em que Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, criticou a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) não foi o ensino, a segurança ou a saúde pública. Padilha começou a falar à militância petista com a página inicial do site do governo do Estado mostrada em uma projeção. "Se um jovem entrar no site e quiser descobrir como se inscrever em uma faculdade paulista, não vai conseguir e vai desistir."
A escolha tem razão de ser, já que a fala ocorreu no Camping Digital, organizado pelo partido a fim de orientar seus seguidores a como se portar na web nas eleições. Inspirado na Campus Party, evento anual que ocorre em São Paulo com entusiastas de tecnologia, o evento custou R$ 400 mil ao partido.
Durante o feriado de Páscoa, militantes acamparam em um clube na zona rural de São José dos Campos (a 97 km da capital) e assistiram a palestras e debates. Entre quinta e domingo, a Folha esteve acampada em meio a eles. As principais conclusões são que os petistas têm dificuldade de difundir seu discurso nas redes sociais a quem não é simpatizante do partido e que a oposição é mais bem articulada. "Este é o novo espaço de disputa", defendeu Tiago Pimentel, um dos palestrantes. "E a direita percebeu isso antes de nós."
Para quebrar a rejeição que enfrentam na internet, principalmente no Facebook e no Twitter, os petistas devem adotar a linguagem do "meme", imagens de fácil compreensão e na maioria das vezes de cunho humorístico, em detrimento do discurso de "panfleto" --descrito por palestrantes como "textos longos e chatos que ninguém lê".
"Se a gente faz uma piada de política que envolve o Michael Jackson, por exemplo, atingimos não só a pessoa que gosta de política, mas também a que gosta de Michael Jackson", exemplificou Cleyton Boson, coordenador de mídias sociais da Prefeitura de Guarulhos.
Em relação às possíveis investidas endereçadas ao PT, Emídio de Souza, presidente do partido no Estado e coordenador de campanha de Padilha, deu o recado: "Não deixem ataque sem defesa". Ele aproveitou para rebater reportagens que trataram o evento como uma forma de a sigla recrutar um exército para as redes sociais. "Para defender Padilha, Dilma ou Lula, não precisamos treinar ninguém. Aqui todo mundo é escolado."
ANONIMATO
O rastreamento da NSA, agência de segurança dos EUA, é motivo suficiente para se usar técnicas que dificultam a identificação na web. Foi com essa justificativa que várias mesas versaram sobre como tentar driblar métodos utilizados por sites para traçar o perfil do usuário. As técnicas ensinadas, porém, também podem ser usadas para dificultar possíveis investigações sobre responsáveis por ofensas na rede.
No debate de encerramento do encontro, o ex-ministro Franklin Martins defendeu uma legislação específica para tratar da regulação de emissoras de televisão e de rádio. O objetivo seria garantir que minorias tivessem mais espaço nos meios de comunicação. "Todos os serviços públicos que dependem de concessão no Brasil têm regulação, exceto a radiodifusão", afirmou. "Isso não tem nada a ver com censura." (Folha de São Paulo)

Dilma garantiu a Mujica o apoio brasileiro. Clique aqui.
O Brasil está em vias de entrar em uma polêmica no Mercosul ao apoiar um superporto no Uruguai que poderá roubar cargas dos terminais brasileiros. O apoio brasileiro, repetindo um financiamento a Cuba, deve ser forte: cerca de US$ 1 bilhão do BNDES, recursos do Orçamento, via Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), e conhecimento técnico, segundo fontes que acompanham a negociação. As conversas entre Brasil e Uruguai para a construção de um porto de águas profundas estão a pleno valor.
Maior oferta de frequências marítimas, fretes mais baratos, tempo de deslocamento menor e, principalmente, possibilidade de alcance do mercado asiático pelo Estreito de Magalhães (na extremo sul do continente), em condições de concorrência com o Canal do Panamá, atraem o Brasil. Operadores portuários brasileiros, no entanto, temem uma concorrência com um porto mais moderno, mais capacitado e menos burocrático (e caro) que os nacionais, principalmente no Sul do Brasil.
O empreendimento será construído em Rocha, cidade a 288 quilômetros de Rio Grande (RS), onde está um dos mais importantes portos brasileiros. O projeto uruguaio, segundo os estudos atuais, é ousado: calado (profundidade) de 20 metros, que permite a atracação de navios com capacidade para até 180 mil toneladas. Os portos do Sul do Brasil têm, no máximo, 14 metros de calado e recebem navios com capacidade de até 78 mil toneladas. O porto uruguaio pode sugar cargas da região, afetando Sul e Centro-Oeste do Brasil, Paraguai, Bolívia e Norte e Centro da Argentina.
Caso o empreendimento de fato saia do papel, poderá contar não só com recursos do BNDES e do Focem, como do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), que prevê, por exemplo, subsídios para tornar a taxa de juros compatível com as do mercado internacional.
Do tamanho de Paranaguá e Rio Grande juntos
Como os navios no mundo são cada vez maiores, para ganho de escala, o porto deve se consolidar como parte das grandes rotas intercontinentais, deixando os terminais brasileiros de fora. O próprio governo uruguaio publica em sua página na internet algumas estimativas sobre o novo porto, que em 2025 deve movimentar 87,5 milhões de toneladas, mais do que a soma dos terminais de Paranaguá (no Paraná, com 44,7 milhões de toneladas em 2013) e de Rio Grande (com 33,2 milhões de toneladas em 2013) juntos. 
O preço será competitivo no porto uruguaio. Nas rotas para China, Japão e Sudeste Asiático, a tonelada transportada pode ficar entre US$ 12,50 e US$ 22,50 mais barata, enquanto para a Europa a redução de custos pode chegar a US$ 3,50 por tonelada.
A polêmica portuária já existe entre Uruguai e Argentina, que dividem o Rio da Prata, onde estão os principais portos dos dois países. Uruguaios acusam os argentinos de dificultarem os planos de dragagem para os portos do país de Mujica, que seriam mais eficientes que os da terra de Cristina Kirchner. O novo porto de Rocha, contudo, ficará em mar aberto, sem a necessidade de envolvimento com a Argentina para resolver questões do uso comum das águas da Bacia do Prata.O Paraguai, sem mar, exporta 90% de sua soja pela Argentina, mas já está fechando um acordo com o Uruguai. E, agora, o Brasil entra no circuito.
— Este é um projeto quase secreto, não temos informações. No Brasil, o governo não coloca dinheiro nos portos, o setor está travado, mas o governo estuda apoiar um porto no país vizinho que, sem a burocracia brasileira, tende a ser mais competitivo que nossos portos. Vemos empresários com temor de investir em terminais sem saber o que será este projeto — disse Nelson Carlini, presidente do Conselho de Administração da LOGZ Logística Brasil, que investe num terminal em Santa Catarina.
Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), afirma que o problema não é o Brasil apoiar um porto do Uruguai, mas a falta de investimentos aqui no país e uma estrutura legal e burocrática que impede que os terminais nacionais sejam competitivos internacionalmente. Ele disse que a secretaria de Portos confirmou que está apoiando tecnicamente os uruguaios.
O BNDES afirma que o projeto não chegou à instituição, mas fontes revelam que há tratativas e que o banco apoiaria o projeto. O financiamento não seria à obra do país vizinho, mas se enquadraria na rubrica de exportações de serviços brasileiros, caso uma empreiteira verde-amarela faça as obras de Rocha, como é esperado. 
É o mesmo modelo do adotado pelo banco para financiar em US$ 685 milhões o porto de Mariel, em Cuba, reformado pela Odebrecht. Caso se confirme o valor de apoio ao projeto estimado por fontes — US$ 1 bilhão — o financiamento seria equivalente ao liberado pelo BNDES ao setor portuário no Brasil em 2012, quando chegou a R$ 2,4 bilhões. Em 2014, o segmento deverá receber mais R$ 1,8 bilhão do banco.
‘Não há transparência’
O governo do Uruguai não comentou o assunto, pois as autoridades não estavam disponíveis nas últimas quarta e quinta-feiras. A Semana Santa é ampliada no país vizinho e representa o maior feriado anual. Ainda assim, a área de comunicação do governo confirma o projeto, que está em fase de estudos. Não se sabe se ele seria licitado ou feito por meio de parceria público-privada (PPP). Estudos preliminares indicam, por exemplo, que parte dos minérios que deverão ser explorados em Mato Grosso do Sul e na Bolívia passarão pelo local.
A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) afirma que o porto uruguaio prejudicará o Brasil: — Não podemos financiar e apoiar um porto no Uruguai quando não se aplicam recursos no Brasil. E sabemos muito pouco sobre o que realmente está ocorrendo, não há transparência.
De outro lado, Juan Carlos Muñoz, diretor do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai (CAFYM), afirma que seu país tem interesse especial no empreendimento: — Já estamos conversando com produtores brasileiros, de Mato Grosso do Sul, que poderão também exportar por lá, utilizando nossa rede fluvial — disse ele, que espera comprar produtos brasileiros, como ferro e aço, a partir de Rocha.
Uruguai já recebe informações técnicas
A fase atual é de conversas. O governo brasileiro se colocou à disposição para cooperar na estruturação financeira e técnica do projeto, que está em fase de elaboração. Os uruguaios já se beneficiam com informações técnicas relacionadas à confecção do projeto em contatos com a Secretaria de Portos.
— Nossa visão é que o porto deve contribuir para a infraestrutura final, criando sinergia com os demais portos sul-americanos — disse uma fonte do governo brasileiro envolvida nas discussões. Uma das primeiras iniciativas tomadas foi recomendar ao governo uruguaio a realização de estudo sobre complementaridade entre o novo porto e os terminais já existentes. 
O estudo será concluído ainda neste ano, segundo fontes envolvidas no assunto. Segundo uma fonte, alguns aspectos ainda precisam ser definidos, como a dimensão do porto, a estrutura jurídica e a logística de acesso ao local. Esta fonte afirmou que é prematuro fazer considerações sobre custos e prazos referentes à obra, localizada numa das regiões menos habitadas do Uruguai e onde há perspectiva de exploração de minério de ferro e de aumento na produção de grãos.
O projeto do porto faz parte da agenda de alto nível entre Brasil e Uruguai, criada em 2012 pelos presidentes Dilma Rousseff e José Mujica. Foi instituído um grupo encarregado de impulsionar a integração física entre os dois países, com ações nas vertentes rodoviária, ferroviária e hidroviária. (O Globo)

NO BLOG DO NOBLAT DE 21-4-14
Déborah Àlvares, Estadão
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já avisou que vai apostar no argumento de interferência do Judiciário sobre o Legislativo caso a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decida pela instalação de uma CPI exclusiva para investigar a Petrobras.
No outro extremo, trabalhando com a possibilidade de a ministra optar pela CPI "combo" - que investigaria cartel de metrô e trens, em São Paulo, e o Porto de Suape, em Pernambuco -, a oposição já prepara, além de outro recurso ao Supremo, um esvaziamento da comissão.

O Globo
Centenas de manifestantes marcharam neste domingo de Páscoa em Caracas pela “ressurreição da democracia”, em uma nova jornada de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que começaram há mais de dois meses deixaram um saldo de 41 mortos.
Com bandeiras da Venezuela, a multidão caminhou até a sede das Nações Unidas (ONU) na Venezuela, no município de Chacao, a Leste de Caracas, onde há mais de um mês estudantes instalaram um acampamento com pelo menos 120 barracas em protesto contra a gestão de Maduro. 

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 21-4-14
Já escrevi aqui algumas vezes que, em parte, a liderança da presidente Dilma Rousseff (foto) nas pesquisas de opinião se deve ao fato de que ela é conhecida, e seus adversários não. Parece que o Datafolha confirma isso. Vamos ver.
O instituto constatou, por exemplo, que 57% conhecem Dilma muito bem, índice que cai para 17% com o tucano Aécio Neves e 8% com Eduardo Campos, do PSB. Não conhece a presidente 1% do eleitorado — 25% no caso de Aécio e 42% no de Campos.
Não obstante, a rejeição dos três é de 33%. Observei, então, que muita gente não vota em Dilma porque a conhece, e muitos não votam nos oposicionistas porque não os conhecem. Algumas pessoas chiaram. Chiadeira ociosa.
Outro dado do Datafolha chama a atenção: 17% disseram conhecer bem ou um pouco os três candidatos. E aí se dá algo notável: nesse universo, os três estão tecnicamente empatados: Campos fica com 28%; Dilma, com 26%, e Aécio com 24%. Mais: nesse universo dos que conhecem os candidatos, nem que seja um pouco, a presidente perde as simulações de segundo turno: ela é derrotada pelo tucano por 47% a 31% e, pelo peessebista, por 48% a 31%.
É claro que se trata de números preocupantes para a presidente. Afinal, o objetivo de uma campanha política é justamente tornar conhecidos os candidatos. Isso demonstra como é remota a chance de Dilma, caso não seja solapada por Lula — não creio nisso, deixo claro! —, vencer a disputa no primeiro turno. Na verdade, é mais um indício que aponta o risco de derrota.
Lembrem-se de que a mais recente pesquisa do Ibope já apontou que, hoje, muito provavelmente, é maior o número de brasileiros que reprovam o jeito de Dilma governar do que o dos que aprovam: 48% a 47%. Há um mês, o placar era favorável à presidente: 51% a 43%. Vale dizer: nesse pequeno período, houve uma mudança de nove pontos percentuais contra Dilma Rousseff.
Esses números do Datafolha indicando virtual empate entre os eleitores que conhecem, ao menos um pouco, os candidatos é compatível com certo sentimento de enfaro que se percebe nas ruas. Se ele vai se traduzir, efetivamente, em voto, ainda não se sabe. Que Dilma não tem razões para comemorar os números, isso é evidente.
Assim, não havia, efetivamente, nada de errado com aquela minha conclusão: muita gente não vota em Dilma porque a conhece, e muitos não votam em Aécio e Campos porque não os conhecem.

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