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UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES - 11-3-14

HELIO FERNANDES –

A Venezuela não se aguenta com o “chavismo sem Chaves”. A não ser com a PAZ honrosa

Já defendi o entendimento no país, os quase 51 por cento de um lado contra os mais de 49 por cento do outro. Orgulhoso, Maduro espalha: “Recebemos 7 BILHÕES de dólares da França, Rússia e China”. Receberá mesmo? A Rússia, sem dúvida alguma, no momento, “contribuirá”, até com mais do que isso.
A China não tem qualquer problema de recursos. Mas vai depender dos seus próprios interesses, inicialmente na Síria. Se a ajuda a Maduro contribuir para prejudicar os EUA, ficará satisfeitíssima. Também não se constrange em favorecer Putin, mas não quer a Rússia mais poderosa do que hoje.
A incerteza da Europa e do mundo
Quanto à França, não sabe onde arranjará dinheiro para satisfazer a Venezuela. Mas como outros países da UE, sem gás, ficou engarrafada, enclausurada, quase escorraçada das decisões.
Ressalva: a França, toda a Europa e o mundo, não querem guerra. Mas também não querem o REFERENDO que se realizará dia 16, depois de amanhã. Ninguém quer esse REFERENDO, só Putin e seus teleguiados.
Analisem as afirmações de Putin, pelo menos nos últimos quatro dias. Respondam ou concluam: é possível confiar nesse ambicioso comunista que pretende ser Cezarista?
Quanto a Obama, além de tudo o que já coloquei sobre suas indecisões, mais este obstáculo praticamente insuperável: interesses financeiros-empresariais, da aristocracia do dinheiro americano.
Investimento de centenas de BILHÕES de dólares, na Rússia, não podem ser atingidos, precisam de proteção.
O rompimento EUA-Rússia, não interessa a eles. E agora mais fortes do que Obama, principalmente porque o Presidente não pode tentar outra reeleição. Menos de 3 anos passam rapidamente. Os investimentos são eternos, como no entendimento do 007.
As “desculpas” do prefeito
Da mesma forma como tem praticado erros cívicos acreditando que é uma revelação como administrador ou realizador, não acerta nos objetivos físicos. Comeu na rua, com as mãos, o que sobrou atirou a menos de 300 metros, sem sucesso.
Podem até defendê-lo por ter se desculpado do erro de jogar lixo na rua. Quanto à proteção à empreiteira que fez tudo errado no Engenhão, quem dará explicações ou pedirá desculpas ao cidadão?
Eduardo Paes deixou passar cinco anos, (desde o início da obra), para livrar a empresa da responsabilidade, fosse beneficiada pela prescrição.
(PRESCRIÇÃO? Quando e onde já ouvi essa palavra?).
Garis: fim da greve longe do sindicato “ligado” ao prefeito
Errou em tudo, desde o início da greve. Textual: “Não representam a categoria, apenas 300 numa categoria que tem 15 mil funcionários”. Apoiei a reivindicação salarial dos garis, e respondi ao prefeito: se os números estão certos, se eram tão poucos, por que o lixo cobre a cidade inteira? E em dois dias e meio de trabalho, limparam toda a sujeira?
Paes mentiu deslavadamente, provocou toda a sujeira
Garantiu que era um movimento político, comandado por empresários que querem privatizar a COMLURB. Como sabia tanto, devia ter dado nomes, aí sim, poderia haver investigação e credibilidade.
“Não é greve e sim motim”
O sábado foi de desequilíbrio para o prefeito. 1 – “Não negociarei além desses 9 por cento”. 2 – “Além de empresários, políticos estão infiltrados na greve”. 3 – “Quem não voltar ao trabalho, será demitido”. 4 – Ao meio dia desse sábado, aí deu números, “os 300 que estão em greve serão demitidos”.
5- Numa entrevista ao RJ-TV da Globo, a 1 hora da tarde, pessoalmente, ele e a repórter: “Não haverá aumento fora dos 9 por cento do salário base”. 6 – Ás duas da tarde, depois dos 70 por cento da categoria terem recebido apoio do Tribunal do Trabalho, recuou, deu nova entrevista, agora coletiva.
7 – E sem qualquer constrangimento ou lembrança do que negara, confirmou: “A greve acabou, aceitei todas as reivindicações, o salário base passa ao que foi pedido pelos grevistas”.
8 – Como este repórter afirmou assim que começou a greve: “Esse prefeito desadministrador está agindo de forma arrogante. É triste ver a cidade suja, mas salário de fome é sujeira maior contra o trabalhador”.
9 – E acrescentei: “Os garis e os bombeiros do fogo estão entre as categorias mais simpatizadas pela população”.
10 – Os que estavam em greve começaram a trabalhar no fim do sábado e durante todo o domingo. E ontem, segunda, a cidade quase limpa. Infelizmente não posso dizer que a cidade está limpa. O prefeito porcalhão ficará até 2017. O episódio triste já terá sido esquecido. Paes até poderá ser candidato a governador em 2018.
Eduardo Cunha tem poder, ou estão usando seu nada santo nome, em vão?
Ridícula a movimentação de líderes (?) do PMDB com Dona Dilma, começando no fim do domingo, rescaldos da farsa, continuando ontem. O PT não participou, ordem de Lula, cumprida inteiramente.
Dezenas de carros para um lado e para o outro, cada um cumprindo seu papel no Alvorada, no Jaburu, primeiro Dilma só com Temer, depois a proliferação de personagens.
Como Henrique Eduardo é presidente da Câmara e a decisão tinha que vir do Senado, só foi chamado mais tarde. Sem voz, e como tudo era sigiloso e confidencial, “bastidor”, também sem voto.
Os “hipocondríacos” da ambição
Ato 1 – Dona Dilma chega tarde no domingo, esperada com ansiedade. Ato 2 – Mas Temer, tranquilo, sem pressa, vai para o Alvorada com ela. Ato 3 – Os senadores Renan, Braga, Raup, e só ontem Eunício de Oliveira, ficam esperando no Jaburu.
Tão grande que Figueiredo, como não tinha muito a fazer, usava para andar a cavalo, quilômetros. E toda a estrutura, riquíssima, altamente dispendiosa.
Não havia nada a resolver, nada foi resolvido
Ato 4 – Sem hostilidade aparente, mas sem cordialidade visível, gastaram o tempo, ninguém ignorava: iam deixar para mais tarde. O fim de um domingo e toda a segunda feira não bastavam. Ato 5 – A pergunta que muitos pretendiam fazer, mas ninguém fazia: “Por que o líder (?) do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha não estava presente em nenhuma reunião?”
Ato 6 – A pergunta que não foi feita, deveria obrigatoriamente ter entrado na pauta. Pois o “destrambelhamento” de voz, de discurso e atitudes, de Eduardo Cunha, servia de entretenimento e até de “ponto fora da curva” para as reivindicações do PMDB, que em determinado momento passaram a exigências.
Ato 7 – Diziam com insistência: “Temos que defender Eduardo Cunha, é nosso líder na Câmara”.
Ato 8 – Isso servia apenas como reforço para o que pretendiam, ninguém ligava para o deputado, que não foi chamado para nada. Eduardo Cunha sabia disso, não se incomodou.
Ato 9 – A primeira reunião de ontem começou ao meio dia, no Planalto, e significava que não havia mais silêncio ou sigilo. Tudo era para ser vazado ou “vazado”. Não demorou, foram almoçar, não com Dona Dilma.
Dilma em São Paulo
Depois do almoço, a Presidente conversou com assessores sobre administração, nada de política. À tarde foi para encontro em SP, deve voltar hoje. Dependendo da hora, poderá convocar o vice Temer, e continuar o que teve que ser interrompido.
A reforma política, simples que resolveria tudo
Há praticamente 30 anos prego e defendo reforma política-patidária-eleitoral. Na Tribuna impressa cheguei a sugerir até 15 itens que seriam obrigatórios, mas que jamais se concretizariam: dependeriam do Congresso. Ou seja, deputados e senadores.
Agora, apenas uma PEC, imprescindível
Mais tarde, o que reafirmo agora, reduzi tudo para que seja feito imediatamente. Bastaria isto: os 32 partidos, (ou que fossem 40 ou mais), seriam obrigados a lançar candidato próprio a Presidente da República. Quem se abstivesse dessa então disposição constitucional não poderia disputar outros cargos. E a volta da indispensável “clausula de barreira”, que já existiu até bem.
PS – Os partidos se organizam para conquistar o poder, cumprir os compromissos de campanha, os planos e projetos de governo.
PS2 – Ficará como utopia. O PMDB, tido como “o maior partido do Brasil”, mais uma vez não terá candidato a presidente. Sem concorrer a presidente, tem os maiores cargos da República.
PS3 – O vice da República, o Presidente do Senado, da Câmara, até mesmo o “líder do governo”, ele que não é governo.
PS4 – A “representatividade” mais uma vez será falsa, não falará pelo eleitor. Que geralmente nem sabe em quem está votando.
PS5 – Pelo menos esperemos que uma vitória amanhã, no Supremo, derrote os poderosos banqueiros. Que fazem terrorismo com seus lucros, “divulgando” que são prejuízos e que se tiverem que pagar, “o País pode ir à falência”.

Da Tribuna da Imprensa On Line.

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