DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 29-3-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
28/03/2014
 às 20:13 \ Direto ao Ponto
A violenta reação do presidente Nicolás Maduro às manifestações de rua promovidas pela oposição desde o começo de fevereiro já contabilizava 20 mortos quando Lula resolveu manifestar-se sobre o que vai pela Venezuela. Divulgada há poucos dias pelo destinatário, segue-se a carta que algum assessor escreveu e o remetente que nunca leu um livro assinou:

<Luiz Inácio Lula da Silva
Ex Presidente da República Federativa do Brasil
Ao Excelentíssimo
Presidente Nicolás Maduro Moros
São Paulo, 5 de março de 2014
Companheiro Presidente Nicolás Maduro:
Me dirijo ao senhor nesta data triste da República Bolivariana da Venezuela para oferecer meus votos de respeito e condolências pela morte do inesquecível e querido companheiro Hugo Chávez Frías, que hoje completa um ano.
Sempre estivemos juntos nas batalhas por uma América Latina mais justa e soberana, pela integração de nossas nações, pela construção de um continente independente e democrático.
Nas boas e nas más horas, na concordância e na divergência, Chávez era um grande amigo, um irmão de lutas e de sonhos.
Ele saiu de cena jovem demais, levado por uma doença que combateu como um guerreiro. Mas seu legado será eterno. Sob sua liderança, a Venezuela rompeu com um modelo econômico e social que concentrava a riqueza nas mãos de poucos grupos e relegava a maioria da população à miséria e à pobreza.
Há 15 anos vocês percorrem o caminho do desenvolvimento com inclusão social, aprofundamento da democracia e distribuição da renda.
Ao longo dessa trajetória, enfrentaram crises e dificuldades que souberam superar por meio da participação popular, do respeito pela Constituição e da determinação de defender os interesses populares.
Jamais se distanciaram do caminho democrático e da soberania do voto. Talvez nenhum outro país, nas últimas décadas, tenha passado por tantas eleições e consultas nas urnas.
Mesmo quando tiveram que enfrentar forças dispostas a violar o regime constitucional, mantiveram seu compromisso com a paz e a legalidade.
Essas são algumas das conquistas e lições herdadas do companheiro Chávez.
Não tenho dúvida, companheiro Maduro, de que esse corpo de ideias e experiências constitui uma guia de conduta de seu governo e do povo venezuelano neste momento delicado de sua história.
Momento em que é necessário um diálogo com todos os democratas que querem o que é melhor para o povo. Apenas assim a Venezuela realizará o sonho de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
A melhor forma de honrar a memória do comandante que se foi é seguir adiante no rumo da paz, da justiça social e da democracia, da integração continental e da autonomia de nossos povos.
Nesta luta estaremos sempre unidos.
Deixo um abraço fraterno e saudações ao bravo povo venezuelano.>

Resumo da ópera (que começa com um pontapé na língua portuguesa: “Me dirijo“) : Lula quer ser Chávez quando crescer, morre de saudade do bolívar-de-hospício, acha que a Venezuela bolivariana é uma democracia de matar de inveja um sueco e descobriu que a oposição sonha com a ditadura. Se jogou para a torcida que berra na arquibancada do lado esquerdo, é só o mais cínico dos ex-presidentes. Se a carta traduz o que pensa, nenhum chefe de governo da história foi tão idiota.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Figura conhecida no submundo da política, o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal, pode trazer problemas ao PT, PMDB e PSDB, segundo o delegado e deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), que o prendeu na Operação Macuco, em 2001. “Pelo que conheço do Alberto, ele apelará à delação premiada para se livrar da prisão, como fez da outra vez. Os partidos que se preparem”.
De acordo com Protógenes, Youssef cresceu na gestão FHC, em meio às privatizações tucanas e grandes obras de Paulo Maluf e Celso Pitta.
Youssef, agora acusado de pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também foi investigado pela CPMI dos Correios.
Em 2002, a PF chegou a iniciar investigação sobre relações do doleiro com prefeitura de Santo André, pouco antes da morte de Celso Daniel.
Um escândalo está submerso em meio ao escândalo da refinaria americana, e ao vergonhoso acordo “de bandeja” com o finado tiranete Hugo Chávez na refinaria Abreu e Lima (PE): o consórcio Gemini-White Martins de gás liquefeito, com aval de Dilma, então ministra das Minas e Energia. A multinacional tem 60% do mercado, contra 40% da Gaspetro, da Petrobras, e há dez anos é alvo de denúncias.
A participação do consórcio na privatização do gás natural do pré-sal foi ignorada por Dilma no debate com Serra na campanha de 2010.
O Sindipetro também foi ignorado, após denúncia do engenheiro João Vinhosa, ex-conselheiro do extinto Conselho Nacional de Petróleo.
Em 2010, a White Martins levou R$2 bi de multa do Cade por formação de cartel de gases. Vinhosa foi demitido do conselho e processado.
Até hoje os mensaleiros não foram inscritos no Cadastro Nacional de Condenados por Improbidade e por Ato que implique Inelegibilidade, do Conselho Nacional de Justiça presidido pelo ministro Joaquim Barbosa.
Na contramão da agência de risco americana Standard & Poor’s que rebaixou a nota do Brasil, a chinesa Dagong deu um ameno A- para a economia brasileira. Deve estar de olho na liquidação da Petrobras.
Após notabilizar sua gestão no Ministério da Previdência pelo sofrimento dos velhinhos aposentados e pensionistas, o novo ministro Ricardo Berzoini (Articulação) agora poderá atormentar os políticos.
Apontado como padrinho de Nestor Cerveró na Petrobras, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) agora ameaça processar jornalistas que publicarem notícias sobre essa amizade fraternal, em seu Estado.
…com Ideli Salvatti na Secretaria de Direitos Humanos, garantem-se os direitos dos manos de voar de jatinho da FAB e pescar em lanchas VIP.

NO BLOG DO CORONEL
Em nota oficial de 19 de março passado, sobre a escandalosa compra da sucata de Pasadena, Dilma Rousseff informava, entre outras coisas:
A aquisição pela Petrobrás das ações remanescentes da Refinaria de Pasadena se deu em 13.06.2012, ao ser cumprido o laudo arbitral proferido pela Câmara Internacional de Arbitragem de Nova York e confirmado por decisão das Cortes Superiores do Texas.
Não é o que diz o relatório de demonstrações financeiras da companhia, referente ao ano de 2012. Vejam abaixo:
O negócio foi fechado e pago à vista 16 dias depois do informado por Dilma. Pelo texto acima, a Petrobras já antevia a perda da demanda judicial, já tendo provisionado o prejuízo decorrente. Faltava apenas a "merreca" de U$ 70 milhões, lançado naquele mesmo mês de junho. 
Quando uma nota oficial da Presidência da República erra a data do desfecho deste negócio escabroso fica fácil de entender porque o PT e a Dilma têm tanto medo de uma CPI. Aquilo lá virou a casa da mãe Dilma.

Dilma diz que não viu. Cerveró diz, para interlocutores, que Dilma não só viu como aprovou a compra. Há um nítido esforço para jogar toda a culpa nas costas do ex-diretor internacional. Por falar em costas, Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor envolvido, continua preso e tem muito a contar sobre onde foi parar a dinheirama da compra superfaturada de Pasadena. 
O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró escolheu a avaliação mais alta para sustentar a decisão de oferecer US$ 700 milhões na tentativa frustrada de comprar os 50% restantes na refinaria Pasadena, nos EUA, em dezembro de 2007.
A avaliação havia sido realizada, por encomenda da Petrobras, pela empresa Muse Stancil, que disse ter elaborado o estudo em menos de duas semanas, como antecipou o jornal "Valor Econômico" nesta semana. A análise contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão.
Com o estudo na mão, Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores "aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis".
O questionamento foi feito em processo aberto para investigar a compra da refinaria em 2013. A investigação foi arquivada por ter sido feita depois do prazo legal. Em resposta à CVM, Cerveró justificou que os valores foram respaldados por "avaliação interna" e eram "objeto de confirmação por instituição financeira de renome mundial". O Citigroup, que deu aval ao negócio, foi procurado, mas não comentou.
Conforme documento interno da Petrobras, ao apresentar a negociação, dois meses depois da oferta, a equipe de Cerveró informou à diretoria que as áreas internacional, financeira, de estratégia e abastecimento -- esta comandada por Paulo Roberto Costa, preso na semana passada na operação Lava Jato -- estudaram todos os cenários, mas validaram opções entre US$ 1,2 bilhão e US$ 3,4 bilhões para Pasadena.
Em seu parecer sobre a atuação de Cerveró, como mostrou o jornal "Valor Econômico", a CVM disse que "não é razoável que um diretor assine um documento em nome da companhia fazendo referência a valores que não tenham sido resultado de avaliação conclusiva e refletida". Afirmou, ainda, que "Cerveró negociou valores sem o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar".
A CVM questionou Cerveró por ter apresentado a oferta pelos 50% restantes sem aval do conselho de administração da Petrobras, que só soube da oferta dois meses depois de ter sido feita. A partir daí o conselho tomou conhecimento das cláusulas "Put Option", que dava à Astra o direito de vender sua parte no negócio, e Marlim, que garantia rentabilidade mínima. Logo depois, a Petrobras entrou em arbitragem contra a Astra, e a Astra exerceu o direito à "Put Option".
A intenção da CVM, após investigar o caso ao longo de 2013, era submeter Cerveró a julgamento administrativo por desobediência ao "dever de diligência", cujas penas vão de advertência a multa e proibição de atuar como administrador por até 20 anos. Procurada, a Petrobras repetiu que criou "comissão interna de alto nível para apurar todos os detalhes do processo referente a Pasadena". Cerveró não foi encontrado. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT
Será a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Petrobras algo irreversível?
Se depender dos senadores da base aliada da presidente Dilma Rousseff que assinaram o pedido, a resposta é sim. A oposição, claro, tem motivo para comemorar. Apurar irregularidades envolvendo a estatal brasileira, seis meses antes das eleições, tem potencial para desgastar a imagem de Dilma, até então vista como ótima gestora.
Para instalar a CPI, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), precisa ler o requerimento da oposição, o que deve acontecer na próxima terça-feira (1). Até meia-noite desse dia, os parlamentares podem retirar assinatura. Em conversa com o Blog do Noblat, os senadores aliados Sérgio Petecão (PSD-AC), Clésio Andrade (PMDB-MG) e Eduardo Amorim (PSC-SE) avisaram: não há como recuar, ainda que o governo faça concessões.
Eduardo Amorim, Senador

Confira conversa com Amorim:
O senhor vai retirar a assinatura da CPI?
Não. Foi uma decisão bem pensada e refletida. Meu estado, Sergipe, depende muito da eficiência da Petrobras. Há um mês um desses envolvidos, o Paulo Roberto Costa (que foi preso), anunciou que seria construída uma refinaria aqui. Agora, o sonho virou pesadelo.
Mas o governo vai tentar demovê-lo da ideia...
Minha consciência é meu guia. Garanto que de jeito nenhum vou recuar. Inclusive comuniquei a direção do partido antes de tomar a decisão.
O senhor foi procurado por líderes do governo?
De quarta-feira pra cá, ninguém me procurou. Antes, eu conversei com líderes, mas eles compreenderam minha decisão. Eu acredito que, quem não deve, não precisa temer.
Quais líderes?
Com os líderes do Senado.
O senhor acredita em envolvimento da presidente Dilma?
Eu acho que ela não tem relação com o que está acontecendo. Mas precisamos ouvir vários atores, como ministro de Minas e Energia (Edison Lobão) e a presidente da Petrobras (Graça Foster), além desses personagens que apareceram nas últimas semanas.
Uma CPI não pode prejudicar a Petrobras?
Tenho certeza que, colocando as coisas com transparência, a Petrobras vai sair mais fortalecida. A Petrobras é um orgulho de todos nos brasileiros. Temos obrigação de resgatar esse orgulho desta importante empresa, que perdeu muito valor nos últimos anos.

Tânia Monteiro, Estadão
Antes mesmo de assumir o cargo, o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini (foto abaixo), já está em campo para cumprir a sua primeira missão: montar uma tropa de choque de governistas absolutamente fiéis ao Planalto para ocupar as cadeiras da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Ao mesmo tempo, Berzoini terá como missão imediata trabalhar para ganhar a questão jurídica da futura CPI: que seu foco possa ser ampliado para que ela possa incluir outras questões, além da Petrobras.

O Globo
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, foto abaixo), integra a comitiva deputados que viajam no próximo dia 11 de abril para uma missão oficial na China. Antes de cumprir os eventos oficiais na China, segundo a assessoria fará uma parada técnica em Dubai e Henrique e parte da comitiva irão se hospedar no suntuoso hotel Burj Al Arab, conforme antecipou a coluna Panorama Político de O GLOBO.
Henrique, segundo sua assessoria, optou por se hospedar no hotel cujo layout é famoso por lembrar uma vela e tem 300 metros de altura. A diária das suítes luxuosas é salgada: US$ 1.700,00. Mas a Câmara, diz a assessoria, bancará apenas parte deste valor, já que em viagens internacionais a diária paga pela Casa é de US$ 550 e por isso o restante será completado pelo próprio presidente e os deputados que decidirem acompanhá-lo. 

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NO BLOG ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Como a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso de gestão. Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal de economia mista, têm de responder, individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção. A regra é clara – mesmo no Brasil Capimunista da impunidade.
A CPI da Petrobras, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será obrigado a instalar, mesmo a contragosto da base de aliança desgovernista, explodirá a complicada reeleição de Dilma – popular nas pesquisas, porém sem credibilidade perante o poder econômico mundial, que efetivamente decide o jogo dos negócios privados e públicos no Brasil. É cedo para falar de impeachment, mas o risco existe, porque vale a máxima sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito: todos sabem como começam, mas é difícil saber como terminam, mesmo com a costumeira impunidade tupiniquim.
O PT já dá sinais de desespero. Ameaça radicalizar na guerra virtual contra os ataques políticos que lhe serão fatais. Uma ala do partido também já atua na suicida e burra tática de substituir Dilma por Lula na corrida ao Palácio do Planalto. O presidentro seria um alvo mais fácil que a gerentona cujo falsa marketagem de competência desmancha no ar. Mesmo na remota chance de ganhar a eleição – na base da fraude eleitoral ou contando com os votos dos grotões de ignorância e clientelismo -, o governo do PT já perdeu credibilidade, legitimidade e não tem mais governabilidade para seguir em frente.
Se a CPI não sair, a Petrobras será alvo de ações judiciais aqui dentro e lá fora. O Ministério Público Federal será forçado pelas evidências a abrir inquéritos para investigar a má gestão ou os efeitos da dolosa ou culposa corrupção em vários negócios e parcerias da estatal de economia mista. A Comissão de Valores Mobiliários – que é, mas não deveria ser, um órgão do Ministério da Fazenda - terá de agir conforme a legalidade, como xerife do mercado de capitais e não na base da politicagem, com desculpa esfarrapada supostamente técnica, para encobrir os desmandos na Petrobras fartamente denunciados por investidores.
Independentemente do que fizeram (ou não), aqui dentro, o MPF e a CVM, investidores da Petrobras já cansavam de avisar que preparam ações judiciais na Corte de Nova York – na bolsa de cuja cidade a Petrobras negocia ações. Nos EUA, a Security and Exchange Comission, entidade independente de governo, costuma agir com mais rigor contra abusos e atos lesivos aos investimentos no mercado de capitais. Denunciados lá fora, individualmente, dirigentes e conselheiros da Petrobras correm sério risco de sanções duras e multas pesadas, em caso de condenação (o que é nada difícil de acontecer, diante de tanto escândalos com evidências e provas materiais em fartura). 
Literalmente, a petralhada e seus aliados políticos e de negociatas cometeram o assassinato da galinha dos ovos de ouro negro. Os dirigentes do governo e da empresa terão de acertar contas, na Justiça daqui ou de Nova York, pelas consequências da incomPTência e da delinquência. A tese é simples: quem manda na Petrobras é o Presidente ou Presidenta da República. Não deveria ser, mas é, no capimunismo tupiniquim. Assim, quem manda responde pelos atos. E PT, saudações... 
Nas coxas
O Globo teve acesso a documentos internos da Petrobras confirmando que o processo de compra da refinaria de Pasadena envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais.
O documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, revela que ao todo, o processo de compra levou cerca de 20 dias – quando especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses. 
Após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias.
A consultoria contratada pela Petrobras na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, chegou a recomendar que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.
Mangueira do Lava Jato
Curiosamente, batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização de cinco afiliadas da Astra Trading.
Como todo mundo sabe que, em uma empresa de Lava Jato sempre se tem uma boa mangueira, tudo caminha para um final infeliz.
Releia: PT deseja Paulo Costa como bode expiatório, isolando-o do governo, da Petrobras e da Odebrecht
http://www.alertatotal.net/2014/03/pt-deseja-paulo-costa-como-bode.html
13 do Metrô
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva de treze executivos acusados de participar da formação de cartel para a compra e reforma de trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Onze deles são da Siemens, um da Bombardier e um, da Hyundai-Rotem.
Se a Justiça aceitar o pedido, os nomes dos executivos - estrangeiros que nunca foram ouvidos na investigação da Promotoria - vão para a Polícia Federal (PF) e, posteriormente, para a Interpol.
Mensalão agora mineiro mesmo
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou ontem para que seja julgado em Minas Gerais o processo chamado de mensalão tucano, que tem como réu o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e rola no STF desde 2005,.
Só o Super Joaquim Barbosa votou para que o julgamento fosse feito pelo Supremo:
“Eu me mantenho fiel ao entendimento que sustentei nas ações 333 (Ronaldo Cunha Lima), e 396 (Natan Donadon), pois a renúncia do réu não pode ser motivo para esquivar ou retratar a ação penal. No caso em análise, a renúncia do réu poucos dias depois da ação teve como finalidade evitar o julgamento”
Empurra com a barriga
Com a transferência para Minas Gerais, o julgamento final de Azeredo fica adiado.
Isso porque o juiz da primeira instância poderá pedir mais diligências para instruir o processo, se considerar necessário.
Em caso de condenação, o réu poderá recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por fim, ao STF.
Mesmo que a eventual condenação seja mantida, a pena só poderá começar a ser cumprida quando todos os recursos tiverem sido julgados.
Mais do mesmo
No tal Mensalão tucano ou mineiro, o MPF denunciou que foram desviados R$ 3,5 milhões em valores da época, ou R$ 9,3 milhões em cifras atualizadas.
O operador do esquema era Marcos Valério, o mesmo do mensalão do governo Lula. A principal empresa dele, a SMP&B, teria tomado dinheiro emprestado no Banco Rural e repassado para a campanha de Azeredo.
Para saldar a dívida no banco, três estatais – a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) – deram dinheiro para a empresa de Valério.
Manobra radical
Oficialmente, a SMP&B era a intermediária do patrocínio do governo a três eventos de motocross.
Os eventos aconteceram ao custo de R$ 98,9 mil.
O restante do dinheiro teria sido usado para financiar a campanha e para pagar propina aos integrantes do esquema.
Guerrilha petista
O PT promoveu ontem um seminário fechado, chamado de “Presença Digital", para cerca de 80 assessores lotados em gabinetes de deputados e senadores para treiná-los para a guerrilha digital.
Um dos palestrantes foi o jornalista Leandro Fortes, autor de artigo apócrifo, publicado no Facebook oficial do PT, chamando o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, de “playboy mimado”.
O texto foi considerado um erro por dirigentes petistas, causou uma crise na pré-campanha mas o esquema segue em frente, como de costume...
Pula do Muro

Os irmãos como tal se reconhecem

Primeiro de Abreu

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

NO BLOG UCHO.INFO
Ideli Salvatti nos Direitos Humanos é o mesmo que escalar Beira-Mar para organizar a Cracolândia
Fio trocado – A falta de imaginação de Dilma Vana Rousseff chega a ser surpreendente. Enfrentando uma crise político-institucional por conta da própria truculência e da incompetência de Ideli Salvatti, a presidente decidiu transferir a ainda ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais para a Secretaria de Direitos Humanos. Essa decisão, nada inteligente, reflete a falta de nomes à altura das necessidades de um país mergulhado na crise. Certamente há no Brasil nomes destacados na área de direitos humanos melhores que Ideli.
Compreender o que se passa na cabeça de Dilma é algo mais difícil e complexo do que vencer o desafio do Cubo Mágico, brinquedo inventado pelo arquiteto húngaro Erno Rubik e que está completando 40 anos. Apenas para lembrar, o Cubo Mágico só tem uma solução entre 43 quintilhões de combinações possíveis. Assim é o raciocínio da primeira mulher a presidir o Brasil.
Indicar Ideli Salvatti para a Secretaria de Direitos Humanos é o mesmo que colocar Fernandinho Beira-Mar para tomar conta de uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Lembramos que a comparação em questão não é uma ilação ao caráter criminoso da ministra, mas serve apenas para exemplificar o absurdo cometido por Dilma.
Mas a presidente da República certamente teve os seus motivos para tomar tal decisão, além da conhecida competência de Ideli Salvatti.
Não se deve descartar a possibilidade de Dilma ter levado em consideração o currículo da companheira Ideli, que tem inúmeros e relevantes serviços prestados ao País, muitos dos quais relacionados aos direitos humanos.
Essa expertise de Ideli Salvatti no setor encontra respaldo em muitos pontos da sua trajetória. Ela foi extremamente humana ao empregar o ex-marido como presidente do Banco do Estado de Santa Catarina, o BESC, algo que só foi possível com uma canetada do lobista Lula.
O lado humano de Ideli também aflorou quando a então senadora da República se viu diante do imbróglio envolvendo a empresa New Consulting. O filho de Ideli, Filipe Mescolotto, prestou consultoria para a Eletrosul, estatal federal que à época era é presidida pelo pai, Eurides Mescolotto, que chegou ao cargo por causa do lado humano da ex-mulher.
Filipe teria sido contratado pela própria esposa, Maria Solange Fonseca, que coordenou a consultoria de gestão ministrada pela Newfield na Eletrosul. A mesma Newfield promoveu um curso do qual participaram Ideli e seu então assessor Paulo Argenta. O curso foi realizado na Argentina, na Espanha e no México, custou R$ 70 mil e a conta foi bancada pelo Senado Federal.
Mas o lado humano de Ideli Salvatti não para por aí. Até então uma das “super-poderosas” do Palácio do Planalto, Ideli mostrou a sua experiência na área de direitos humanos ao utilizar um helicóptero da Polícia Rodoviária Feral, em Santa Catarina, para assuntos de campanha. A aeronave, segundo consta, é utilizada pela PRF no socorro às vítimas dos acidentes que ocorrem nas rodovias que cortam o estado sulista.
Mesmo com todo esse currículo, Ideli Salvatti consegue destilar sua intimidade com os direitos humanos até mesmo na relação com o atual marido, um músico do Exército que foi recebeu da Petrobras, a pedida da “patroa”, um convite VIP para acompanhar o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em novembro de 2013.
Mas há quem diga que cada povo tem o governante que merece. Será mesmo que os brasileiros merecem esse governo irresponsável e bandoleiro?

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