DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-02-14

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA
Para além do setor da agropecuária, a situação da escassez de chuvas no Ceará preocupa também, e muito, a área industrial.
As empresas que produzem bebidas e alimentos, por exemplo, temem que, no auge do estresse hídrico, a Cagece – diante de um quadro de precipitações abaixo da média histórica, como prevê a Funceme – possa tomar providência, digamos assim, mais severa em relação à oferta de água, que em alguns casos é matéria-prima.
“A possibilidade não existe”, diz e repete a Secretaria de Recursos.
Mas é de um fenômeno da natureza que se está tratando.
Para que a possibilidade não exista, uma campanha de melhor uso da água será oportuna.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
Continua o inferno astral do ministro Arthur Chioro (Saúde). Nebulosa história de sua empresa que ele próprio contratou para sua secretaria de Saúde de São Bernardo (SP), médica cubana abrindo a fila de deserções, etc. E ainda irritou o PT nomeando para chefiar seu gabinete Silvana Pereira, que atuou na Secretaria de Ação em Saúde na época do escândalo dos sanguessugas, quando Humberto Costa era ministro.
Assumindo o cargo já sob suspeita, o ministro Arthur Chioro já virou tema de um bolão, no Congresso, sobre sua permanência no cargo.
A Polícia Federal prendeu 46 no escândalo dos sanguessugas, de 2006, também conhecido como a “máfia das ambulâncias”.
A CPI criada para investigar o escândalo dos sanguessugas, um dos mais graves da era Lula, recomendou a cassação de 72 parlamentares.
Além de insultar a democracia, em lugar de respeitá-la, os “black blocs” precisam ser tratados como são, bandidos que se escondem em máscaras para impor o medo e inclusive atentar contra a vida.
Alta sensação de insegurança em Brasília leva a população a tentar proteger-se com um revólver na cintura. Cena de brasilienses com o “volume” na cintura em bares tornou-se comum.
Escolhido em 2007 para sediar a Copa do Mundo deste ano, o Brasil deu início a apenas seis dos 37 projetos de infraestrutura para receber o evento, segundo relatório do Tribunal de Contas da União.
O senador Eunicio Oliveira (PMDB-CE) tem motivos de sobra para defender o fim da figura do suplente. No caso dele, é o petista Waldemir Catanho, braço direito da ex-prefeita Luizianne Lins.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Publicado no Estadão de 08-02-14
Antes tarde do que nunca, a oposição dá sinais de que começa a despertar da profunda letargia em que esteve mergulhada nos últimos anos, desde que o PT assumiu o poder. Exímio manipulador das massas com a sedução de seu populismo despudorado, durante os oito anos de mandato presidencial Lula conquistou índices estratosféricos de aprovação popular e, vendendo a falácia de uma “herança maldita”, deu um nó na oposição. Esta não teve competência, nem disposição, para impedir a reeleição de 2006, apesar da eclosão, em 2005, do escândalo do mensalão. Daí para a frente o lulopetismo se firmou no poder. Deu-se ao requinte de impor um poste para sua sucessão. A patranha de que sua candidata era uma gerente competente, somada a seu prestígio, foi bastante para eleger Dilma, mas não para esconder, depois, o fracasso administrativo que é este governo.
O Brasil de hoje não é o mesmo de três anos atrás. Dilma Rousseff não tem nem de longe o carisma de seu antecessor — embora desfrute de grande popularidade — e enfrenta enormes dificuldades para administrar o insaciável apetite do PT pelo poder e a ganância por vantagens de uma base aliada tão ampla quanto infiel. O que existe hoje é um desgoverno escandalosamente alicerçado sobre o fisiologismo, a preocupação eleitoreira com as aparências e, de quebra, um anacrônico dogmatismo ideológico. Aí estão, para comprová-lo, os indicadores econômicos persistentemente insatisfatórios; a incapacidade de cumprir orçamentos e prazos até nos projetos prioritários do PAC; a ameaça de um vexame internacional que tem deixado a Fifa de cabelos em pé com as obras para a Copa do Mundo; e, sobretudo, a crescente insatisfação difusa dos brasileiros com “tudo isso que está aí” transbordando para as ruas desde junho do ano passado.

NO BLOG DO CORONEL
Os estudos sobre os ganhos empresariais com a Copa estão indo pelo ralo. Os impactos inicialmente calculados envolviam centenas de bilhões. Tudo propaganda oficial, mentira oficial. Querem um exemplo? Até agora, os preparativos para a Copa do Mundo de futebol no Brasil renderam R$ 281 milhões em negócios para micro e pequenas empresas, de acordo com levantamento do Sebrae. 
Segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, um importante ciclo, com muitas oportunidades na área da construção civil e da tecnologia da informação (com aplicativos para turistas, por exemplo), está se fechando no começo deste ano. "Vimos muitas oportunidades para pequenas empresas relacionadas a grandes obras. Não ganhando as licitações, mas prestando serviços terceirizados. Pequenas empresas que emprestam tapumes, uniformes para operários e alimentação."
Os próximos meses, segundo Barretto, vão ser importantes para empresas do setor de turismo (especialmente hostels e pousadas), artesanato e os serviços em geral. O Sebrae espera que sejam gerados R$ 500 milhões para micro e pequenas empresas até o fim da competição.
É de se perguntar? Tudo isso? Só em capacitação o governo investiu mais do que os R$ 500 milhões do faturamento estimado. Pode?
(Com Informações da Folha de São Paulo)
Os jornais de hoje trazem Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, tentando transformar a declaração de um empresário de que a classe perdeu a confiança no governo em crítica política. Isto porque o empresário que fez a crítica tem participação na empresa Natura, cujo presidente foi vice de Marina Silva. Não respondeu uma só afirmação feita pelo industrial. É uma clara manifestação de desespero, pois a crítica é irretocável. E "irrespondível". 
As críticas foram feitas pelo presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e sócio-fundador da Natura, Pedro Passos. Passos disse que os empresários perderam a confiança no governo. "O clima de confiança não existe, acabou. Falta direção. Não está claro para onde estamos indo, quais são os grandes compromissos. Isso cria instabilidade", disse.
Segundo o empresário, não há esperança de que os resultados em 2014 sejam melhores, porque a economia já começou o ano em ritmo lento. Na avaliação dele, é preciso aumentar a produtividade brasileira. "Existe necessidade de uma nova definição de modelo econômico. O cenário muda e o País precisa se adaptar", disse.
Para a retomada da indústria, de acordo com Passos, o Iedi defende "um processo que passa primeiro por um compromisso claro de abertura comercial para que o Brasil se modernize, importe e exporte mais. Segundo, passa por uma política de comércio exterior mais clara, porque hoje ela é frágil. Terceiro, passa obviamente por maior agressividade nos acordos comerciais, que a gente vem perdendo ou não evoluiu nos últimos 20 anos".(Informações do Estadão)
O ex-governador e deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirma que é tão inocente no caso do mensalão tucano quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é, em sua opinião, no rumoroso caso do mensalão petista."Minha situação é semelhante à do Lula. Ele foi presidente e houve problema no Banco do Brasil. Corretamente, não foi responsabilizado", afirmou. "Eu também não posso ser responsabilizado."
Azeredo é acusado de ter autorizado o desvio de R$ 3,5 milhões (cerca de R$ 9,3 milhões em valores atualizados) do banco estatal Bemge e de duas empresas públicas para um esquema organizado para financiar sua campanha à reeleição como governador de Minas Gerais, em 1998.
Na última sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República pediu 22 anos de prisão para Azeredo, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.
Azeredo diz que não autorizou os repasses que alimentaram o caixa de sua campanha eleitoral e não pode ser responsabilizado por isso. Para ele, a Procuradoria não levou em consideração as provas do processo. "Sou absolutamente inocente", disse. No caso do mensalão petista, que distribuiu milhões de reais a políticos que apoiaram o governo Lula, o STF concluiu que o esquema foi alimentado por empréstimos bancários irregulares e recursos controlados pelo Banco do Brasil no fundo Visanet.
Lula não foi denunciado pela Procuradoria e por isso não foi julgado pelo STF. "Ele não foi questionado pelo Visanet do Banco do Brasil", disse Azeredo. "Eu defendo o presidente Lula. Ele não tinha mesmo que ser penalizado." Ao pedir 22 anos de prisão para Azeredo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que seu papel no mensalão tucano foi "equivalente" ao do ex-ministro José Dirceu, considerado pelo Supremo o principal responsável pelo mensalão petista e atualmente preso em Brasília.
Os dois esquemas foram operados pela mesma pessoa, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, dono de agências de propaganda que fizeram negócios com o governo de Minas Gerais e com o governo federal. Condenado por seu envolvimento com o mensalão petista, ele está preso em Brasília. Num depoimento prestado sigilosamente à Procuradoria-Geral da República perto do fim do julgamento, Valério disse que Lula sabia do esquema e deu a ele seu aval, mas a declaração recebeu pouco crédito das autoridades e não foi investigada.
Para Azeredo, Janot se precipitou ao pedir a pena de 22 anos de prisão no seu caso. "Só se fixa pena depois da condenação. Se não existe condenação, não tem porque já querer fixar pena. Isso realmente me deu muita estranheza", afirmou o deputado. O ministro do STF Marco Aurélio Mello disse que essa é uma atribuição da Procuradoria. "Não é usual, mas a precisão é sempre elogiável. Não vejo extravagância."
A defesa de Azeredo terá 15 dias para entregar suas alegações finais no processo. Depois, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, redigirá seu voto, que será revisado pelo ministro Celso de Mello. A expectativa no STF é que o caso seja julgado ainda no primeiro semestre. (Folha de São Paulo)
A entidade que mais combateu a presença de médicos estrangeiros em regiões sem profissionais de saúde quer, agora, prospectar e oferecer emprego a cubanos que eventualmente desistam do Mais Médicos, programa do Ministério da Saúde. O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende acionar a rede de 400 mil médicos brasileiros para que ofereçam emprego a cubanos que desistirem do programa do governo federal, vitrine da gestão da presidente Dilma Rousseff e umas das principais bandeiras da reeleição. 
As funções a serem ofertadas, no entanto, seriam na área administrativa, até que os profissionais consigam regularizar a permanência no Brasil e fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida. A iniciativa do CFM, defendida por seu presidente, Roberto Luiz D’Avila, se espelha na postura de outra entidade representativa da categoria, a Associação Médica Brasileira (AMB). 
A AMB também foi porta-voz de críticas ferrenhas à iniciativa de contratar médicos estrangeiros para atuarem em regiões carentes de profissionais. A entidade ofereceu um emprego na área administrativa a Ramona Rodríguez, a cubana que desistiu do Mais Médicos, procurou a liderança do DEM na Câmara e pediu refúgio no Brasil e asilo nos Estados Unidos. Ramona deve começar a trabalhar hoje na AMB.
Neste domingo, o CFM, a AMB e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) divulgaram uma nota conjunta para repudiar as “agressões aos direitos humanos, individuais e trabalhistas” supostamente sofridas pelos profissionais do Mais Médicos. Na nota, motivada pelo episódio envolvendo Ramona, as entidades pedem que “denúncias” e “indícios de irregularidades” nas contratações feitas pelo programa sejam objeto de investigação no Ministério Público do Trabalho (MPT), no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Os órgãos reiteram que há “abuso dos direitos humanos” no exercício da medicina dentro do programa do governo federal.
As três entidades decidiram oferecer “apoio a todos os cubanos”, segundo o presidente do CFM. D’Avila afirma que a expectativa é por mais desistências e situações semelhantes à de Ramona. A médica deve ingressar com uma ação no MPT exigindo pagamento integral dos R$ 10 mil que remuneram cada profissional do Mais Médicos. No caso dos cubanos, o repasse é de US$ 1 mil, segundo a própria médica. O restante vai para o governo de Cuba.
— Vamos dar apoio aos cubanos, mas eles não poderão trabalhar como médicos. Primeiro, eles terão de buscar refúgio e asilo em embaixadas não alinhadas ideologicamente com Cuba. Enquanto isso, com a rede de 400 mil médicos brasileiros, vamos conseguir contratos de trabalho administrativo, para que eles então tentem o Revalida — afirmou neste domingo o presidente do CFM.
Outra acusação do CFM, da AMB e da Fenam, feita neste domingo por meio de nota, é que o Ministério da Saúde engavetou propostas feitas para ampliar o atendimento médico à população. Entre elas, a mais defendida é a criação de uma carreira pública para médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). É a “única saída para o problema”, segundo a nota.
Na semana passada, o CFM disparou uma nota interna aos médicos ligados ao conselho ressaltando o “momento especial” por qual passa o Mais Médicos. A expectativa do CFM é que ocorram mais desistências, a exemplo do caso de Ramona. — Só no caso da Venezuela, 5 mil cubanos que lá atuavam fugiram para Miami — diz D’Avila.(O Globo)

NO BLOG DO NOBLAT
Luiza Damé e Carolina Brígido, O Globo
As críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF) não passam de amargura, na avaliação da oposição. No sábado, ele atacou os ministros da Corte por darem declarações públicas sobre o processo do mensalão após o julgamento.
Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), os ataques de Lula mostram que ele esperava que os ministros por ele indicados ao STF absolvessem os petistas no julgamento do mensalão. Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que falta compostura ao ex-presidente.
O deputado Rubens Bueno avalia que Lula não está em sintonia com as manifestações da população, que pede o fim da corrupção no país.
— Será que a intenção de Lula era que os ministros indicados por ele livrassem a cara da companheirada, que os envolvidos saíssem ilesos? — disse Bueno.
Leia mais em Após crítica de Lula ao STF, oposição diz que ex-presidente está ‘ressentido’

Lula e Joaquim Barbosa, ministro do STF
Gabriel Castro, Veja
Na teoria, a verba indenizatória – rebatizada "Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar" – serve para que deputados e senadores não precisem pagar do próprio bolso para exercer o mandato.
Não é absurdo que um parlamentar, especialmente de Estados com grandes dimensões territoriais, receba um auxílio financeiro para visitar o eleitorado que lhe entregou o mandato. Mas, como quase todos os benefícios criados para a classe política, a cota parlamentar tem vasto histórico de uso distorcido.
Na lista das rubricas mais difíceis de fiscalizar, e por isso mais suscetível a fraudes, está a contratação de consultorias. Um dos usos possíveis dessa verba é a contratação de advogados sob a justificativa de que eles prestam "assessoria jurídica".
Como os advogados não precisam bater ponto no gabinete nem são obrigados a produzir qualquer tipo de material escrito – a consultoria pode ser prestada, por exemplo, via telefone –, a fiscalização desses gastos é praticamente impossível. Para obter o ressarcimento, basta ao deputado apresentar, no fim do mês, uma nota assinada pelo advogado.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Pizzolato aparece em foto com Lula, aliás "Barba", no início do PT. O raro flagrante circula pelas redes sociais.
A prisão de Henrique Pizzolato na Itália na semana passada com documentos falsos e a descoberta de um plano de fuga que remonta a 2007, cinco anos antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir a sentença de sua participação no mensalão, deixaram petistas constrangidos. Alguns de seus integrantes trabalham para 'isolar' o caso do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Pizzolato foi condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão.
A reação mais contundente de constrangimento com Pizzolato veio do líder do PT na Câmara, Vicentinho. "Quando foge parece que está assumindo a culpa. É um sentimento de vergonha que fica para a militância do PT. Estamos defendendo a tese da inocência, combatendo o que foi feito no julgamento, então ele não tinha que ter fugido." No dia seguinte, Vicentinho afirmou que a declaração foi só um "desabafo".
"A fuga do Pizzolato não diz respeito a nada do PT. O governo brasileiro está tomando todas as medidas para providenciar a extradição. É um problema que está a cargo da Justiça e da polícia internacional. Esta questão não envolve o PT nem tangencialmente nem lateralmente", disse Emidio de Souza, presidente do diretório estadual do PT em São Paulo.
O relato da tentativa de Pizzolato de se passar por Celso, seu irmão morto num acidente de carro em 1978, inclusive na hora em que foi descoberto pela polícia italiana, contrasta com as imagens da prisão, em novembro do ano passado, de petistas com os braços levantados, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoino.
O gesto, que buscou dar uma conotação de "julgamento político" ao mensalão, também foi repetido por João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, dias antes de sua prisão, e virou provocação quando feito pelo vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), ao lado do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, na cerimônia de abertura do ano legislativo. Do site da revista Veja
Os brasileiros que tem condições econômicas estão se refugiando em Miami e podem viver livres dos arrastões e dos petralhas. (Foto de Veja)
Miami é o refúgio no exterior preferido de brasileiros cansados de esperar que o Brasil dê certo. Nas últimas décadas, a cidade americana já havia se consolidado como destino dos exilados da ditadura cubana, da classe média venezuelana, esmagada pelo chavismo, e de argentinos em busca de um canto para esconder seus dólares. Atualmente, porém, nenhuma nacionalidade se mostra mais interessada em se refugiar, temporária ou permanentemente, em Miami. Os brasileiros são os estrangeiros que mais pesquisam as propriedades à venda no site da associação de imobiliárias da cidade e só perdem para os canadenses como os maiores compradores de imóveis em todo o Estado da Flórida.
Há cinco anos, eles nem sequer figuravam na lista dos principais clientes. Ao contrário dos canadenses, que preferem as residências mais baratas, os brasileiros dominam o segmento a partir de 500 000 dólares. Segundo uma estimativa da imobiliária Piquet Realty, 13% de todas as vendas na região de Miami em 2013 foram para brasileiros. Outras estatísticas falam em 20%. O número pode ser ainda maior, pois boa parte das casas e dos apartamentos é comprada em nome de empresas (que nos Estados Unidos pagam menos impostos sobre propriedade), o que torna impossível determinar a nacionalidade dos clientes.
O que faz um cidadão de um país com 7 400 quilômetros de litoral, como é o Brasil, comprar uma residência de veraneio a oito horas de avião e que, se não puder se mudar para lá em definitivo, só conseguirá desfrutar poucas vezes ao ano? A motivação, quase sempre, é simular a vida num Brasil onde as coisas funcionam. Em Miami, podem-s­­e fazer compras em português e há brasileiros em toda parte, mas ninguém corre o risco de ser assaltado a mão armada no sinal. A cidade é um exemplo de civilidade. Quando um carro tem o pneu furado, a prefeitura pode ser responsabilizada pelo buraco na rua que o causou.
Nas areias de Miami Beach não há lixo nem vendedores ambulantes, só bandos de gaivotas, postos de salva-vi­das e banhistas. Pode-se deixar tranquilamente os pertences embaixo do guarda-sol enquanto se mergulha ou sacar a câmera fotográfica para registrar a paisagem. Nas mesas de bar ao ar livre da Lincoln Road, um calçadão movimentado, os clientes conversam sem precisar esconder relógios, joias e celulares. “Aqui vemos o dinheiro dos impostos ser revertido em favor dos contribuintes. Tudo funciona”, diz o fazendeiro e incorporador Romualdo Ferreira, de Goiânia, que desistiu de construir uma casa de praia na Bahia para comprar um apartamento na Baía Biscayne, em Miami. Leia MAIS no site da revista Veja

NO BLOG ALERTA TOTAL
Por Milton Pires (*)
Em 1920, Lênin escreveu um ensaio em que atacava duramente determinados comunistas alemães pelo fato dos mesmos tentarem “separar uma certa elite revolucionária das massas de trabalhadores”. Chamou isso de “Doença Infantil” num ensaio cujo titulo original era “Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo”.
Nada disso tem relação com o que pretendo escrever aqui. Vou simplesmente me aproveitar da expressão que Lênin cunhou – a tal “doença” - para mandar um recado direto a determinados grupos nas redes sociais pois desencadeou-se nelas uma espécie de competição...de maratona..para ver quem é mais “antipetista” do que o outro. A mesma coisa aconteceu na China com os Guardas Vermelhos de Mao Tse Tung que, disputando atenção do Partido, mataram-se uns aos outros acusando-se de “revisionismo”.
Meu recado vai ser muito simples: querem atacar o PT e o seu maldito regime no Brasil? Estudem antes de escrever. Muita gente foi contrariada por esses desgraçados e agora está pegando carona nos grupos de filósofos ou historiadores, ou seja lá quem for, considerando-se a si mesmos como conservadores e antimarxistas de primeira linha. Parem de fingir! Parem de acusar quem estudou muito mais do vocês de estar fazendo “mimimi” (expressão que, confesso, não tenho a mínima ideia do que signifique). 
Respeitem e admirem, mas por favor, não aceitem seguir líderes messiânicos,sejam eles professores de filosofia no exterior, cantores de rock, ex-delegados de polícia ou mesmo médicos perseguidos pelo PT em Porto Alegre! Mais de uma vez já foi dito que, combatendo monstros, você corre o risco de se tornar um deles! Prolifera na internet uma legião de doidos. Existe gente escrevendo inclusive que “minha honra chama-se lealdade” sem ter a mínima ideia que o original disso vem do alemão: "Meine Ehre heißt Treue" e que esse era o lema das SS de Hitler!
Tudo que está sendo escrito na internet hoje em oposição ao PT, principalmente nas redes sociais, só pode ter um (somente UM) efeito prático a curto prazo. Gerar liberdade de pensamento! Durante décadas o PT destruiu todo pensamento brasileiro, aparelhou a Universidade e adestrou a juventude para que fizesse exatamente o que ele, PT, quer. Não vai haver, eu repito, mudança a curto prazo, mas se houver ela não tem nenhum líder messiânico ou partido. Não se sabe o que vai acontecer no Brasil em 2014. Essa é a única verdade. Todo resto não passa de puro charlatanismo vindo do PT ou de quem agora começa a pensar em construir oposição política séria a esses bandidos.
O movimento revolucionário em andamento é completamente imprevisível. Não adianta fazer especulação tentando entender o que executam aqueles que são governo e oposição ao mesmo. Nesse sentido, tudo que se estudou, tudo que se conhece de história política aqui (no Brasil) não tem valor algum. Os exemplos vão precisar ser buscados no estrangeiro – tarefa de Hércules para um povo que não conhece sequer o seu próprio passado. Mencionar as revoluções russa, chinesa e cubana para um brasileiro comum é mais ou menos como explicar a Teoria da Relatividade para um cachorro.
“As noites estão grávidas e ninguém conhece o dia que vai nascer” - Conformem-se com isso!
(*)Milton Simon Pires é Médico.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA