HELIO FERNANDES –
Há dias escrevi sobre o assunto, exatamente com esse título. Além de algumas decisões liberadas, demonstrando confiança e otimismo, a compreensão de que deviam paralisar, de qualquer maneira, o desperdício e o abuso dos dinheiros do cidadão. Agora, perplexos com as últimas descobertas, que eles mesmos divulgam.
A repressão não deve ficar na divulgação
Com a preocupação, insistiram na investigação. E embora não saibam o que fazer, se convenceram que precisam reprimir. Pois a corrupção atingiu profundamente a mais alta cúpula do partido. E a lista publicada tem 12 nomes, todos com o botão de ouro do Partido, ganho no passado ou agora.
São tantos e tão importantes, que nem o presidente Xi Jinping teve a cabeça livrada. Seu cunhado, a mulher e as filhas, são riquíssimos. Estão entre os que são donos de dezenas de propriedades, sem qualquer renda para isso.
Mais 11 candidatos a entrarem na Forbes
Pelo menos nas informações saídas da própria China e publicadas no mundo inteiro, as maiores lideranças não têm a idéia de como exercer a punição. E não são apenas parentes de gente poderosa, civis. Até altos militares, generais lendários e legendários, têm parentes que caminham para as páginas da Forbes. É muito dinheiro.
Centenário de Lacerda, dois livros longe dele
Carlos Lacerda merecia livro mais importante, controverso, polêmico, exatamente como ele dominou durante 40 anos. Um dos livros é do neto, li por obrigação. Escrito na primeira pessoa, e inexplicavelmente narrado pelo próprio ex-governador e avô, fica ininteligível. E obriga à pergunta: por que fazer uma edição como essa? Quem não conheceu o personagem, ficará perplexo, ou melhor, não entenderá coisa alguma.
O segundo, inutilidade total
Não chega a ser um livro, é tese de mestrado, sem tese e sem mestrado. Esse, li por acaso e sem saber a razão, me mandaram sem nenhuma indicação de onde viera. Lógico, como era sobre Lacerda, li.
Mas vendo a editora, compreendi a razão da mediocridade e desperdício de um relato sobre Lacerda. Mesmo com a explicação, “é apenas” sobre o trabalho no governo. Equívoco. Lacerda não foi “apenas” em coisa alguma, no governo ou fora dele.
A OIT garante: “existem” no mundo, mais de 200 milhões desempregados
Antes de mais nada: OIT é Organização Internacional do Trabalho. Por que a fraude, a farsa, a falsificação? São mais de 800 milhões de cidadãos sem trabalho. O mundo chegou nos últimos seis meses a 7 BILHÕES e 500 MILHÕES de habitantes.
Ora, para concordar com esses 200 milhões que não conseguem trabalhar, teríamos que aceitar a percentagem de três por cento, um absurdo, número sem nenhuma credibilidade.
E os que recebem 2 ou 3 reais por dia, em qualquer moeda?
Isso nem é anormal ou surpreendente. Nos quase 200 países, metade é normal ganhar (?) essa importância, o que fazer com isso? Cem por cento da comida que sobra em todos os lugares, é desperdiçada, jogada fora, podia ser aproveitada, pelo menos a metade. O que fazer com esses números da OIT e de outros órgãos que desprezam a miséria ou a pobreza?
FHC se prepara e vai derrotar o quarto presidenciável do PSDB
É o mais derrotado de todos os ex-presidentes. Enquanto Lula vai enfileirando poste atrás de poste, FHC perde todas. E esses presidenciáveis não sabem de nada, quase imploram seu apoio. São uns insensatos.
O primeiro foi Serra, abatido em pleno vôo, com FHC, orgulhoso, no Planalto. Em 2006 foi a vez de Alckmin, deixou o governo de São Paulo, se entregou ao ex, o que fazer? Perder.
Em 2010 veio novamente Serra que acreditou no ex que já mentira ao dizer que fora cassado pela ditadura.
Agora, o antigo “jovem” Aécio se lança, mas primeiro “arranjou” o aval do comprador da reeleição, pagando não com “mensalão”, mas à vista. E lá se vai Aécio tendo que esperar mais quatro anos. Também, não ia ganhar mesmo. Só que nos braços de FHC morre eleitoralmente, “sem choro nem vela”.
A amaldiçoada e exploradora Supervia, que devia ser expulsa
Há 13 anos explora impiedosamente o transporte da população do Rio e Estado do Rio. Mas o que aconteceu durante todo o dia de anteontem, das cinco da manhã às seis da tarde, exige reação altaneira dos chamados governantes.
Durante 12 horas, 600 mil pessoas, perdidas, desorientadas, sem a menor informação, só pensavam numa coisa: “Como chegarei ao trabalho?”. Não chegaram. Tendo que pular de trens numa altura de dois metros, andando pela linha do trem, sem saber o que fazer. Crime coletivo que precisa ser punido.
A fala do presidente dessa Supervia
O discurso dele, faz abandonar qualquer consideração, é uma afronta. Textual, enquanto o secretário de Transportes, Julio Lopes, gargalhava: “Lamentamos, mas isso não é o usual (sic), acontece. Os trens tem mais de 50 anos, vamos mudá-los até 2016”.
E fingindo que compensava os cidadãos, que iriam ficar gratos e satisfeitíssimos, concluiu: “Vamos investir 900 milhões em 2015 e outros 900 milhões em 2016, do nosso dinheiro. Então estaremos prestando serviço de primeira categoria”.
Confissão de incompetência
O discurso do gaguejante presidente da empresa exploradora (aqui no sentido exato) dos transportes, não precisa de mais nada, para comprovar o descalabro implantado por essa Supervia.
Como o prefeito do Rio e o governador do Estado do Rio não farão nada, a obrigação é do Ministério Público. Cabe a esses altos representantes da coletividade, livrá-la desses incompetentes, imprudentes, displicentes. Fora, Supervia.
O Grand Slam da Austrália, no fim
Wawrinka, pela primeira vez chega à final de uma dessas quatro competições. Jogou muito, mereceu. Hoje pela manhã um jogo sensacional: Nadal-Federer. Surgirá então o segundo finalista. Foram eliminados bem antes, o número 2, 3, 4 e 5. Disputarão a vitória, o 8 (Wawrinka) contra o número 1 (Nadal) ou o 6, (Federer). Divirtam-se.
Da Tribuna da Imprensa On Line
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