DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 1º-01-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

…2014 estreia hoje, mas só começa mesmo depois de fevereiro.

Apesar da crônica anunciada que é a tragédia com as chuvas de fim do ano, o governo do Espírito Santo gastou mais com publicidade do que com prevenção. Segundo Portal da Transparência, foram empenhados R$23,4 milhões, em 2013, ao programa Prevenção, Proteção e Socorro a Desastres, dos quais apenas R$ 7,7 milhões foram pagos. O valor equivale a 10% do que foi liberado para área de Comunicação Social.

O governo capixaba empenhou R$ 114,8 milhões para Comunicação Social nas diversas áreas, sendo que R$ 74,8 milhões já foram pagos.

Enquanto isso, destinou para a formação de profissionais da educação apenas R$ 753 mil, dos quais só foram desembolsados R$ 527 mil.

Na tentativa de evitar aborrecimentos e arranca-rabos com a presidente Dilma, a equipe de apoio presidencial desenvolveu uma série de ações rotineiras para fingir obedecer suas ordens “sem noção”. Segundo fontes palacianas, quando Dilma perde a paciência e decola antes dos assessores, pilotos já estão orientados a voar mais devagar, para dar tempo de a equipe chegar ao destino na frente e deixar tudo arrumado.

Certa vez, Dilma percebeu que o helicóptero dos assessores estava ultrapassando o seu. Irritada, logo soltou: “Mas que m** é essa”.

Como Dilma não tem paciência para esperar as malas, pilotos também enrolam o desembarque, para dar tempo de descarregar a bagagem.

Segundo assessores, assim que desce do avião, Dilma nunca espera pela bagagem, mas cobra que tudo esteja lá assim que chega no hotel.

Quase um ano após ter sido denunciado por assédio moral e sexual no Consulado do Brasil, o embaixador Américo Fontenelle continua em Brasília, morando em apartamento funcional e recebendo em dólares, como se ainda estivesse em Sidnei (Austrália), onde foi acusado.

Além de paraíso offshore, o Panamá – sede da empresa proprietária do Hotel St. Peter, de Paulo Abreu -, tem cassinos, que lembram bingos, que lembram “laranjas” e Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu.

HONORIS JERICO
Dilma sancionou lei proibindo venda de produtos imitando cigarros, para reduzir o número de fumantes. Ainda não se sabe o formato dos cigarrinhos de maconha, caso a droga seja liberada.


NO BLOG DO CORONEL

A Vale da Dilma vale menos U$ 30 bilhões
Em 2011, quando o PT e Dilma derrubaram Roger Agnelli do comando da Vale, após um 2010 com mais de R$ 30 bilhões de lucros, o presidente que lá foi colocado, Murilo Pinto de Oliveira Ferreira(foto), disse:
"A Vale tem de se posicionar como uma grande multinacional brasileira, com seu valor de mercado preservado e gerando lucros. Mas precisa também atuar em grandes projetos importantes para o País.”
Vencia o pensamento "dílmico" e o grupo de acionistas formado pelo BNDES, Previ e outros fundos aparelhados de pensão. O resultado não demorou a aparecer.
A Vale ficou na segunda posição entre as empresas que registraram maiores perdas nominais de valor de mercado em 2013, passando de US$ 105,3 bilhões para US$ 75,1 bilhões. O Bradesco, onde seus maiores acionistas, veio abaixo junto com a mineradora, perdendo US$ 10,9 bilhões no valor de mercado. Apenas a Petrobras perdeu mais: U$ 34,1 bilhões.
Por outro lado, uma das empresas que mais ganharam foi a JBS, alavancada pelo BNDES, que perdeu um monte de dinheiro na Vale: aumentou seu valor de mercado em U$ 2,3 bilhões. É o modelo "dílmico", aquele que diz que existe terrorismo psicológico contra o seu governo. Faça-me o favor!

Aécio Neves (PSDB-MG) foi o primeiro a criticar o discurso de auto-elogio de Dilma Rousseff, no momento em que o país passa por dramas como as cheias e sérios problemas econômicos. Os economistas fizeram coro e dizem que faltou auto-crítica no discurso da presidente. Veja abaixo matéria de O Globo.
Economistas viram o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff com ceticismo e pouco efeito prático sobre a retomada do investimento. As críticas giraram em torno da fala de Dilma sobre a razão para a falta de confiança de empresários, atribuída pela presidente a uma "guerra psicológica".
Para o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (BC), o governo mostra resistência em perceber que é o causador da falta de confiança por empresários, fruto, segundo ele, da piora do desempenho fiscal, da manutenção da inflação em patamar alto e das frequentes mudanças de regras. - Se há uma guerra psicológica, foi o governo quem a começou - diz Schwartsman.
O economista e professor da UFRJ Luiz Carlos Prado adota um tom mais moderado, mas também enxerga problemas: - Existe um debate em relação às estratégias econômicas do governo, que deve se acirrar em 2014, que é um ano eleitoral. A gestão da economia do governo nos últimos dois anos teve problemas, como ocorreu na ênfase dada ao consumo e que foi criticada por pessoas de diversos vieses econômicos.
Segundo o diretor de pesquisa econômica para América Latina do banco americano Goldman Sachs, Alberto Ramos, a maior crítica dos agentes econômicos se dá em relação ao modelo econômico adotado ao governo e a uma tolerância grande com a inflação. - Com crescimento baixo, inflação alta, câmbio desalinhado e ativismos cambial e fiscal, esse é um quadro que não inspira a confiança do empresário. De onde vem esse negativismo? Dessa realidade. A economia brasileira perdeu competitividade externa e os custos trabalhistas aumentaram. É preciso credibilidade. É preciso um ajuste da política macroeconômica. Um discurso demasiadamente otimista não ajuda a destravar os investimentos. O que ajuda é mostrar isso de maneira crível - afirma.
O economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, vê no discurso de Dilma um recado a economistas que projetam um crescimento baixo para a economia brasileira em 2014, em torno de 2%. - Não é uma guerra psicológica, mas reação a um ambiente adverso. O que define o interesse da empresa é um horizonte de médio e longo prazo. Quanto maior a imprevisibilidade, maior a tendência de os empresários continuarem contraídos.
A falta de autocrítica também mereceu críticas do professor da UFRJ Reinaldo Gonçalves: - Quando (Dilma) diz que o problema é dos outros e não assume a responsabilidade sobre a piora nas contas externas, as intervenções no câmbio, ela faz um discurso alegórico, que só piora a confiança.

O Programa Minha Casa, Minha Vida é uma das principais apostas eleitorais da presidente Dilma Rousseff para 2014, dada a escassez de grandes realizações que possam cativar o eleitor e garantir um segundo mandato à petista. O governo aposta tanto na divulgação do programa que, em 2013, despejou uma quantidade desproporcional de recursos apenas para fazer propaganda dele.
Dados cedidos pela Caixa Econômica Federal a pedido do líder da minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT), mostram a repentina elevação de gastos com publicidade: em 2011, foram 261 000 reais. No ano seguinte, 1,7 milhão. Em 2013, até o fim de julho, a Caixa já havia destinado 15,7 milhões de reais para divulgar o programa. Mesmo que o banco público não gaste mais um real até o fim do ano para propagandear o programa habitacional, o valor significará um aumento de 823% na comparação com todos os gastos de 2012 – e de 5.900% em relação a 2011.
A Caixa não apresenta uma explicação clara sobre a elevação de gastos. Diz que, no montante, estão ações de esclarecimento aos participantes do programa. "A campanha teve como objetivo de prestar, de forma transparente, orientações aos beneficiários que estavam recebendo as chaves de imóveis do MCMV – tais como a conservação e manutenção da moradia, condições de instalação do sistema elétrico e hidráulico, economia de água e energia, dentre outros pontos importantes", informa nota emitida pela assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal ao site de VEJA.
Mas o que se viu nos últimos meses foi uma profusão de peças de publicidade para atrair novos participantes para o programa, estreladas pela atriz Camila Pitanga e a apresentadora Regina Casé. A Caixa, aliás, não revela o preço pago a elas: diz que o cachê é uma informação "estratégica". Somando os governos Lula e Dilma, 1,3 milhão de pessoas obtiveram a casa própria por meio do programa, de um total de 2,9 milhões de adesões. A meta é atingir 3,4 milhões de contratos no fim de 2014.
O deputado Nilson Leitão agora vai pedir à Caixa que esclareça se o aumento nos gastos com publicidade foi acompanhado de um crescimento proporcional nos empreendimentos do programa. A pergunta é meramente retórica, já que a resposta será evidentemente negativa. "É um gasto apenas promocional para o governo; não muda em nada a vida do cidadão", queixa-se o parlamentar.
A elevação dos gastos com publicidade do Minha Casa, Minha Vida ocorre no momento em que a inadimplência disparou: como mostrou VEJA há um mês, entre as famílias com renda mensal de até 1 600 reais, o índice chega a 20% – número dez vezes maior que a média dos financiamentos imobiliários no país.

Cifras – Os gastos gerais do governo com publicidade também subiram. Levantamento feito pela ONG Contas Abertas a pedido do site de VEJA mostra que os valores empenhados chegaram a 177,7 milhões de reais neste ano, comparados com 173 milhões de reais no ano passado inteiro. O cálculo leva em conta dados do Orçamento e exclui as estatais, como a própria Caixa.
O aumento ocorre acompanhado de uma nítida mudança na estratégia de comunicação da presidente Dilma Rousseff, já de olho nas eleições de 2014. Dilma abriu uma página no Facebook e passou a usar o Twitter diariamente, além de priorizar eventos que possam garantir exposição positiva nos meios de comunicação.
José Matias-Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília, diz que somente a cobrança da sociedade pode impedir abusos com o uso de verbas públicas para promoção eleitoral. "Nós temos que assumir uma postura mais proativa e agressiva, no bom sentido, para cobrar resultados dos governantes, e não publicidade. Quanto pior o desempenho de um governante, maior a tendência dele de gastar o dinheiro com publicidade", diz. Ele também critica a mistura entre público e privado: "O eleitor está sendo chamado para pagar uma conta que, na verdade, tem por trás dela interesses políticos, de grupo e pessoais".
Há outra explicação relevante para a elevação dos gastos já em 2013: pela lei, o governo só pode gastar com publicidade em ano eleitoral aquilo que já havia gasto no ano anterior. Esticar a corda já em 2013 é garantir a possibilidade de gastos maiores no ano que vem. (VEJA)

NO BLOG DO NOBLAT

Elio Gaspari, O Globo
Alguém está com um parafuso solto na diretoria da GM brasileira. Ela é presidida por Jaime Ardila, um quadro da elite da empresa. Ainda assim, na véspera do Ano Novo, mandou um telegrama a centenas de funcionários de sua unidade de São José dos Campos, informando-os que estavam desempregados.
Podiam fazer isso na próxima semana, evitando o mal-estar nas famílias das vítimas. A medida não parece ter sido produto da pura malvadeza. Parece coisa pior. A montadora criou um fato social para pressionar o governo, que determinou o retorno gradativo da alíquota do IPI dos automóveis aos níveis de 2012.
As empresas temem uma queda nas vendas. Segundo as montadoras, a volta do tributo poderá provocar um aumento médio de 2,2% no preço dos carros só com a mudança destes dias.
A coincidência de datas, com as demissões ocorrendo junto com a restauração gradativa do IPI, sugere que nela está embutida a estratégia da tensão: você encarece meu carro, eu demito trabalhadores. Nos próximos meses o retorno do imposto elevará a alíquota para 7%.
A GM está com um parafuso solto porque tem todos os argumentos para fechar uma de suas fábricas de São José dos Campos. Outras sete da região continuarão funcionando. A empresa investiu R$ 5,7 bilhões em quatro outras unidades e a carta das demissões estava no baralho desde janeiro de 2013.
Foram dadas férias coletivas e licença remunerada aos trabalhadores que agora perderam o emprego. Nenhuma empresa pode ser obrigada a manter uma linha de produção que se mostrou inviável. Ademais, segundo a montadora, suas fábricas de São José dos Campos têm um custo de produção elevado.
Até onde o sindicato dos trabalhadores finge surpresa, não se sabe. Já o Ministério da Fazenda entrou no lance com a parolagem típica do doutor Guido Mantega. Informou que um acordo com as empresas garantia que a elevação do IPI não provocaria alta nos preços, nem demissões de trabalhadores.

O Globo
Os clientes do banco Itaú tiveram uma surpresa desagradável nesta véspera de Ano Novo. Um problema no sistema do banco fez com que as compras feitas com cartões de débito do Itaú fossem registradas em dobro nas contas dos correntistas.
Uma cliente reclamou que descobriu nesta terça-feira que todos os seus débitos feitos desde 27 de dezembro foram duplicados. Na noite desta terça-feira, o banco admitiu o problema aos consumidores que reclamaram por meio de redes sociais como o Twitter. Segundo respostas postadas por seu perfil oficial, o Itaú informou que os débitos serão regularizados na madrugada de terça para quarta-feira, quando será possível confirmar a correção no extrato.







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