DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 06-01-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A presidente Dilma Rousseff, que completa agora em janeiro três anos à frente do governo brasileiro, criou uma série de regras extraoficiais que melhor atendem a seu perfil controlador. Segundo gente próxima, em viagens, a cabine do tenente-brigadeiro Joseli Parente Camelo fica aberta para que ela possa entrar e interferir em planos de voos e até sugerir mudança de rotas para desviar de nuvens e evitar turbulências.

Autoridade máxima do transporte oficial aéreo desde Lula, o tenente-brigadeiro Joseli se desdobra para atender pedidos absurdos de Dilma.

Não foi só uma vez que Dilma mandou Joseli sobrevoar países, e até fazer escala, sem autorização prévia, depois de o avião já ter decolado.

Conhecida pelo pavio curto, Dilma se recusa a viajar com experientes capitães. Só aceita pilotos e copilotos cuja patente é de major e coronel.

Dilma também não aceita “patentes baixas” na segurança pessoal, e já fez a equipe esperar dentro do carro até o general Amaro aparecer.

Diante do conflito entre índios e a população em Humaitá (AM), após o desaparecimento de três moradores supostamente mortos para vingar morte de cacique, a bancada ruralista decidiu pressionar investigações contra Funai e a aprovação da PEC 215, que transfere ao Congresso a demarcação de terras indígenas e quilombolas. Irritada com pedágios cobrados por índios, a população chegou a queimar a sede da Funai.

Deputados alegam que Congresso não pode se omitir sobre denúncias de trambicagem da Funai, que atenderia a interesses estrangeiros.

Se a chefe passeia, eles podem: os ministro da Justiça e Trabalho nem disfarçam “despachos internos”. Com tudo azul na área, caíram fora.

Com medo de sequer ir ao 2o turno na disputa ao governo do Paraná, a ministra petista Gleisi Hoffmann (Casa Civil) agora quer que o senador Roberto Requião (PMDB) desista de se candidatar e componha blocão.

Os sinais ruins da economia brasileira e o endividamento crescente da população tem freado os partidos aliados de declarar apoio à reeleição de Dilma em 2014, apesar de seu crescimento nas últimas pesquisas.

Um engenheiro cubano teria que economizar 399 anos de salário para comprar um carro novo, calcula o blogueiro Yusnaby que, através de servidor de internet na Espanha, mostra o cotidiano dramático da ilha.

O Ministério da Justiça cancelou a licitação que contrataria o sistema de indexação de balística. A Coluna adiantou o suposto direcionamento à Evofinder no processo. Mas a russa não abaixou o valor da proposta.

De olho em melhorar superávit primário de 2013, o governo postergou os pagamentos de obras e compras. Nos últimos quatro dias do ano, aplicou R$ 4 bilhões, dobro do aplicado até 27 de dezembro: R$ 2 bi.

Aos 77 anos, diabético e na fila de espera para transplante renal, o ex-governador Joaquim Roriz (PRTB) teve 27% de intenção de voto em pesquisa do Instituto Parlamento, entre 20 e 24 de dezembro de 2013.

…o Brasil deve ter crescido uns 0,10% com o descanso das autoridades em janeiro.


NO BLOG DO CORONEL

Em mais um capítulo da tensa relação com os organizadores da Copa do Mundo no Brasil, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, 77, criticou os atrasos para o evento. Em entrevista ao jornal suíço "24 Heures", ele disse que em quase 40 anos na entidade nunca viu tanta lentidão para se preparar uma Copa. "[O Brasil] é o país mais atrasado desde que estou na Fifa, mesmo sendo o único que teve tanto tempo --7 anos-- para se preparar."
Blatter, que está na Fifa desde 1975, preside a federação há quase 16 anos.Antes de se tornar mandatário, foi diretor técnico e secretário-geral. Neste período, nove Copas foram realizadas. "O Brasil acaba de tomar consciência do que se trata [o desafio de organizar uma Copa], mas ele começou muito tarde", declarou. Ele se referiu aos estádios. Das 12 sedes da Copa, apenas seis já têm arenas inauguradas. O prazo final exigido pela Fifa para a entrega dos restantes expirou no último dia 31. Os estádios de Natal, Manaus e Porto Alegre deverão ser entregues neste mês.
A Arena Pantanal, em Cuiabá, está prevista para ser aberta em fevereiro. A Arena da Baixada, em Curitiba, deverá ser entregue em março. O Itaquerão teve atraso no cronograma devido ao acidente com uma estrutura metálica que matou dois operários no final de novembro. Palco do jogo de abertura do Mundial, entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho, ele só ficará pronto em abril. O COL (Comitê Organizador Local) não quis comentar as declarações de Blatter.
Em março passado, o chefão da Fifa já dissera que o Brasil estava atrasado em relação à África do Sul, na comparação no mesmo período. O episódio mais polêmico, porém ocorreu um ano antes. Em março de 2012, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, afirmou que o Brasil merecia um "chute no traseiro", devido aos atrasos. (Folha de São Paulo)

Paulo Maldos é a escória da escória do PT. É a mão oculta de Gilberto Carvalho a agitar os movimentos sociais, causando conflitos por onde passa. Foi assim no Pinheirinho. Foi assim em todos os momentos em que este governo porco defendeu o MST. Está sendo assim nas violentas expulsões de produtores rurais para que cedam terras legitimamente ocupadas a indígenas, mediante laudos fraudulentos, construídos em conjunto com os padres do CIMI, os antropólogos da FUNAI e seus financiadores, as ONGs internacionais.
Na última sexta-feira, Maldos foi além dos limites, com a seguinte declaração na Voz do Brasil, que na verdade é a Voz da Dilma Rousseff, pois é a palavra oficial do Governo Federal. Vejam o que o covarde disse sobre a "desintrusão" da terra Awá-Guajá, onde 400 índios receberão 116.000 hectares, o equivalente a 500 campos de futebol por habitante:
A maioria dos ocupantes que se encontram ali vivem da extração da madeira, plantação de maconha e outros ilícitos, como já foi identificado há pouco tempo trabalho escravo na região. Então, a gente tem uma crise humanitária, digamos, em que você, por um lado, povos indígenas sem contato algum com a nossa sociedade, ou um contato muito recente, e, por outro lado, representantes, digamos, da nossa sociedade, que são o que temos de mais criminoso. Então, uma situação que o estado tem que se fazer presente, dando suporte a uma decisão judicial, e vamos procurar discriminar aí também, né?
É mentira. E a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil publicou nota oficial, com o seguinte teor, anunciando que processará Paulo Maldos:
A declaração do secretário de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, de que os agricultores pobres, enxotados de suas terras no Maranhão pela Funai, são “plantadores de maconha”, configura violência ainda maior que a do despejo que lhes foi imposto.
Além de despojá-los do seu meio de sobrevivência, atacou-lhes a honra e a integridade. Não é verdade o que afirmou à “Voz do Brasil”.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem a público repudiar as declarações levianas, irresponsáveis e ideológicas de um servidor público mal intencionado, contra as quais buscará as medidas judiciais cabíveis.
Esse despejo repete a violência praticada na antiga Fazenda Suiá-Missu, onde, além de destruir moradias e escolas, os ativistas da Funai, sem meios de justificar aquele gesto hediondo, acusaram os trabalhadores de “gente ligada ao crime organizado”.
A tática é repugnante: trocam a justificativa pela ofensa, não provam o que dizem e infligem perdas irreparáveis a centenas de famílias de trabalhadores. Um crime de lesa-Pátria.
Brasília, 5 de janeiro de 2014.
Senadora Kátia Abreu
Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

NO BLOG DO NOBLAT

João Villaverde, Laís Alegretti e Adriana Fernandes, Estadão
O governo federal contratou no ano passado investimentos de R$ 80,3 bilhões pelos próximos 35 anos em concessões de rodovias, aeroportos, terminais portuários de uso privado, blocos de petróleo e gás natural e geração e transmissão de energia elétrica. O balanço, inédito, foi realizado pelo novo secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, e obtido pelo Estado com exclusividade.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo em outubro, Fonseca apresentou o estudo que aponta para aquela que deve ser a principal bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2014: a reativação dos investimentos privados no Brasil, destravados a partir das concessões de infraestrutura. A expectativa é que a primeira parte dessas despesas com máquinas e equipamentos comece justamente neste ano.

Martha Beck, O Globo
Contrabandistas estão se aproveitando das dificuldades da Receita Federal na fiscalização das fronteiras para ingressar com mais mercadorias ilegais no país. Os próprios auditores admitem que a redução do número de operações de controle deve resultar num aumento de cerca de 40% no volume de contrabando que ingressou no país em 2013.
Entre esses produtos estão cigarros, equipamentos eletroeletrônicos, roupas, acessórios como óculos e relógios, além de brinquedos e até medicamentos.Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Pedro Delarue, a indústria nacional enfrentou no último Natal concorrência desleal de mercadorias de baixa qualidade.

El Pais
Cerca de 200 homens e mulheres armados entraram no sábado em Parácuaro, uma cidade de 25.000 habitantes no Estado de Michoacán, no sudeste do México. Foram recebidos por tiros vindos dos telhados. Um dos invasores caiu morto por um disparo, mas o grupo conseguiu chegar à prefeitura e encarcerar os 11 policiais locais.
Parácuaro é o décimo município controlado por grupos de autodefesa na região, um dos principais pontos de produção de drogas do país. Eles pegaram em armas porque estavam fartos, conforme dizem, dos crimes do cartel do narcotráfico que domina a zona. Se o que acontece em Michoacán não é uma guerra, é algo bem parecido.
Em Michoacán, um dos Estados mais sangrentos do México, 990 pessoas morreram violentamente em 2013, a maior cifra em 15 anos. Na Espanha, em 2012, houve 78 homicídios. Lá foi morto numa emboscada no ano passado o vice-almirante Carlos Miguel Salazar, mais graduado militar a ser assassinado no país desde o início da ofensiva contra o narcotráfico, há sete anos.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Acima cubanos fazem fila para doar sangue num dos postos de coleta para exportação. Abaixo tabela publicada pelo jornal uruguaio El País, mostra que o sangue lidera a pauta das importações cubanas realizadas pelo Uruguai em 2012. Posteriormente, segundo consta da matéria editorial do El País informou que a maior parte do sangue importado é humano. 
Além de exportar médicos, esquema já denominado de "escravidão moderna", o regime comunista de Fidel Castro e seu irmão Raúl, estão também exportando sangue humano, segundo revela o site de notícias ICLEP - Instituto Cubano por la Libertad de Expresión y Prensa (Instituto Cubano pela Liberdade de Expressão e Imprensa). O ICLEP reproduz em espanhol este artigo escrito originalmente em inglês no site Cuban Archive, pertencente à Free Society Project, Inc., entidade sediada em Nova Jersey, nos Estados Unidos em postagem do dia 1º de janeiro de 2014.
Como o governo do Lula e da Dilma é parceiro da ditadura cubana, tendo recentemente contratado médicos cubanos para incorporar o tal programa Mais Médicos, a informação que segue torna-se muito importante além de ser uma excelente pauta para as grandes redes de televisão e os jornalões, não é mesmo?, embora seja tristemente macabra!
Em tradução ligeira do espanhol segue a reportagem que vale a pena ser lida. Os cubanos que vivem premidos pelas escassez de comida e total falta de liberdade, ainda são obrigados a doar sangue para exportação de forma a garantir as divisas necessárias para que Fidel Castro, seus familiares e cupinchas desfrutem de uma vida de luxo e fartura nas mansões do Laguito. Leiam:
No dia 26 de julho de 2013, apareceu no jornal El País, de Montevidéu, a notícia de que Cuba havia vendido ao Uruguai “sangue humano ou animal para uso terapêutico” pelo total de $0,9 milhões. Em um editorial posterior esse diário especificou que as importações consistiam fundamentalmente em sangue humano.
Com toda probabilidade a maioria dos cidadãos do Uruguai carecem de informação acerca da origem e manipulação desse fornecimento de sangue.
Enquanto isso, as estatísticas do governo cubano, que não se distinguem precisamente por sua transparência, não proporcionam informação alguma sobre vendas de sangue, além disso, somente oferecem dados até o ano de 2011.
No sistema de saúde cubano sob absoluto controle do Estado, para poder ingressar num hospital ou submeter-se a qualquer cirurgia, inclusive um aborto, todo cidadão deve doar sangue (salvo a ‘nomenklatura’ comunista de alta hierarquia).
Usualmente, são os familiares do paciente que fazem as doações de sangue, mas às vezes a família paga a terceiros para cumprir com o requisito. Entretanto, em Cuba não existe déficit algum no fornecimento de sangue; o Governo informa à Organização Mundial da Saúde e à Organização Panamericana da Saúde (OMS/OPS) que conta com 100% de “doadores volutários altruístas”.
Os doadores cubanos ignoram que seu governo utiliza seu sasngue como matéria prima de um florescente comércio internacional. Enquanto isso, a maioria dos cubanos, exceptuando a privilegiada elite governante, vive miseravelmente em decorrência da economia socialista centralizada que esse mesmo governo lhe impõe; o salário médio mensal na ilha é de 466 pesos, equivalente a 19 dólares mensais ou 63 centavos por dia.
Em cuba a campanhas de doação de sangue constituem um “ritual revolucionário”. Se promove a doação de sangue como um dever cívico para salvas as vidas de compatriotas ou de vítimas de desastres em outros país. Na década de 1980, foi dado um maior impulso a captação de sangue humano com o suposto objetivo de proteger o país da nova epidemia de AIDS com a eliminação de toda a importação de sangue.
Com o expresso objetivo de alcançar a auto-suficiência na produção de sangue e componentes sanguíneos, o governo cubano criou uma empresa estatal que logo passou a formar parte de um lucrativo negócio de exportação dentro do “polo científico”.
Os Comitês de Defesa da Revolução estão encravados em bairros. Têm desempenhado um papel fundamental na promoção de doações de sangue voluntárias. Eles oferecem diplomas e medalhas para doadores e "bons revolucionários" que doam sangue e até presentes recentemente eram dados como televisores, geladeiras e outros bens de consumo escassos. Dada a escassez crônica de alimentos que padece a população, os sanduíches de queijo e suco aguado que recebem se tornaram o único incentivo que a grande maioria dos Doadores recebem atualmente. O estado exige que as pessoas doem sangue em seus locais de trabalho, especialmente os membros da polícia, forças de segurança e das forças armadas .
Recrutas que cumprem 2 anos do serviço militar têm sido obrigados a doarem sangue se quiserem receber passes de 48 horas que lhes permitem visitar a família a cada 15 dias - uma prática que esta ainda em vigor
12 ônibus móveis especialmente preparados para coleta de sangue visitam as prisões onde abundam os doadores com fome - eles provavelmente recebem a recompensa por esse bom comportamento.
E o que é ainda mais assustador, é que o estado cubano converteu muitas pessoas em" doadores permanentes", usando argumentos falsos e oferecendo apenas uma ração alimentar um pouco melhor que a média.
Sem ter uma base científica comprovada, as autoridades de saúde sanitária comunicam a pessoa, que a menos que siga doando sangue regularmente, não padecerá de um excesso de glóbulos vermelhos que pode pôr em perigo a sua saúde. Do site Instituto Cubano por la Libertad de Expresión y Prensa. Haga clic aqui para leer en español

NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança Corporativa, sediado na Bahia, confirma a intenção de mover ações contra diretores e conselheiros da Petrobras, na Justiça do Brasil e dos Estados Unidos, ainda no primeiro trimestre deste ano que começa. O objetivo é pedir ressarcimento de prejuízos aos investidores por atos lesivos, por gestão incompetente ou por procedimentos societários danosos. O medo no governo é que tais ações contem com o apoio de grandes investidores externos da companhia, como os fundos BlackRock e Aberdeen.
O Instituto baiano também pretende insistir em recursos à Comissão de Valores Mobiliários e também recorrer à Security and Exchange Comission - que fiscaliza o mercado de capitais nos EUA. O foco é denunciar conflitos de interesse entre o maior acionista (a União ou o governo federal) e sua mais importante estatal de economia mista. Diretores e Conselheiros da Petrobras serão denunciados por descumprimento de regras elementares de governança corporativa.
Um caso concreto é politicamente explosivo. No último dia 18 de dezembro, o Alerta Total publicou a matéria “Investidores questionam oficialmente a Petrobras sobre o caso Gemini – investigado pelo CADE”, informando que o Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança Corporativa solicitou esclarecimentos à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, sobre denúncia recebida pelo Instituto contra a Gemini – sociedade formada pela Petrobras (com 40% das quotas) e White Martins (com 60% das quotas) para produzir e comercializar Gás Natural Liquefeito (GNL). A Gemini tem o nome de fantasia GasLocal.
Antes de receber qualquer resposta, em 27 de dezembro de 2013, o Instituto encaminhou à presidente da Petrobras uma carta reiterando sua solicitação de uma maneira mais incisiva. Nela foi anexado o artigo publicado em dezembro de 2010 pelo Alerta Total com o título “Diretora da Petrobras confirma que Dilma sabia da denúncia de corrupção na Gemini”. O Instituto informou que o conteúdo do artigo fará parte dos documentos que subsidiarão as ações a serem movidas pelo Instituto no Brasil e nos EUA contra os administradores responsáveis por diversas ilicitudes que prejudicaram a Petrobras e lesaram o próprio Brasil.
Além de um problema jurídico no exterior, Graça Foster terá de gerenciar um problema político no Brasil. Tudo porque a associação entre estatal de economia mista e White Martins foi sacramentada por Dilma Rousseff, quando ainda nem era “Presidenta da República”, mas presidia o “Conselhão” da Petrobras. 
A bola está com Graça
O artigo anexado trata da comprometedora resposta dada pela então diretora de Gás e Energia da Petrobras Graça Foster às denúncias do engenheiro João Vinhosa sobre diversos fatos lesivos ao interesse público relacionados à Gemini – sociedade arquitetada no período em que Dilma Rousseff acumulava as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras.
No documento DG&E nº 75/2010, de 02 de dezembro de 2010, enviado como resposta ao engenheiro Vinhosa, a então diretora Graça, referindo-se a uma carta encaminhada por Vinhosa a diversos integrantes do Conselho de Administração da Petrobras, afirmou que “os fatos ora noticiados não são novos, bem como todos os esclarecimentos sobre o assunto lhe foram exaustivamente prestados, não restando mais nada a ser acrescentado”.
Em sua tréplica, Vinhosa afirmou que a resposta de Graça era impressionantemente tendenciosa e em muito se afastava da realidade. Agora, o Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança Corporativa cobra esclarecimentos de Graça sobre três novos incidentes potencialmente explosivos.
O primeiro incidente é o processo recentemente aberto pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Petrobras, por infração contra a ordem econômica cometida pela GasLocal. Além de pesadas multas, as denúncias contidas na fase inicial das investigações se enquadram perfeitamente entre aquelas que nosso país se comprometeu a notificar às autoridades norte-americanas, em cumprimento do Acordo Brasil-EUA que tem como objetivo a cooperação entre as autoridades de defesa econômica das duas partes no combate à formação de cartéis e infrações contra a ordem econômica. A GasLocal foi denunciada ao Cade pela Comgas.
O segundo problema é a decisão do Cade de rever a autorização que o Órgão havia dado (condicionalmente) para a constituição da sociedade Gemini. O fato gera um questionamento no mercado de gás: a Petrobras impedirá a Gemini de contratar novos clientes enquanto não ficar decidido se a empresa continuará a existir, ou deixará que incautos corram o risco de optarem por uma alternativa energética cujo suprimento ela não pode – enquanto o Cade não se definir – garantir o fornecimento?
O terceiro incidente é onde fica mais evidente a responsabilidade de executivos da Petrobras: o fraudulento Acordo de Quotistas que deixou a Gemini refém de sua sócia majoritária. Firmado em janeiro de 2004, mais de seis meses antes de o Conselho Diretor da Petrobras autorizar sua participação na sociedade, tal espúrio Acordo permite que a sócia majoritária superfature, ao seu livre arbítrio, contra a sociedade.
Diante dos fatos questionados, é de se esperar que Graça, destinatária da carta do Instituto, leve as denúncias por ela recebidas ao conhecimento da “poderosa chefona” e amiga Dilma. Também terá de levar ao conhecimento de seus pares no Conselho de Administração da Petrobras, já que ela foi formalmente informada de dois fatos de extrema gravidade que os envolvem.
O fato politicamente relevante dessa história é que, por meio das palavras escritas por Graça Foster, as autoridades norte-americanas tomarão conhecimento que “Dilma sabia da denúncia de corrupção na Gemini”. Além disso, integrantes da alta administração da Petrobras poderão ser inquiridos judicialmente em processos envolvendo a Gemini, tanto no Brasil quanto nos EUA (onde a Justiça pega mais pesado, vide à recente punição à Diebold – fornecedora das urnas eletrônicas brasileiras).
Carta do Instituto a Graça
A seguir, a íntegra da carta encaminhada à presidente da Petrobras por Romano Guido Allegro, presidente do Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança Corporativa:
Devido à gravidade dos fatos relatados em carta-denúncia encaminhada ao nosso Instituto pelo engenheiro João Batista Pereira Vinhosa, em 17 de dezembro último, solicitamos esclarecimentos da Petrobras com relação à empresa Gemini – sociedade formada pela Petrobras com a White Martins para produzir e comercializar Gás Natural Liquefeito.
Assim procedemos, pois pretendemos utilizar tais fatos para subsidiar ações que moveremos junto à Justiça do Brasil e à Justiça dos Estados Unidos em defesa dos interesses dos sócios minoritários da empresa, e contra os administradores responsáveis por diversas ilicitudes que prejudicaram a Petrobras e o Brasil.
Por motivo de força maior, o documento por meio do qual nosso Instituto solicitou à Petrobras referidos esclarecimentos foi manuscrito. E, por ser manuscrito, o protocolo da Petrobras não deu o carimbo de recebimento em tal documento; apenas recebeu-o, e colocou em um envelope lacrado dirigido a essa presidência.
Diante dos aspectos formais que envolverão nossas ações, vimos protocolar o presente documento, encaminhando novamente a solicitação de esclarecimentos, à qual juntamos citada carta-denúncia, bem como os anexos que a integram.
Senhora Presidente, por oportuno, vimos juntar a esta o artigo “Diretora da Petrobras confirma que Dilma sabia da denúncia de corrupção na Gemini”, do jornalista Jorge Serrão, publicado no www.alertatotal.net de 20 de dezembro de 2010.
Tal artigo, cujo endereço eletrônico se encontra a seguir, trata da resposta dada pela Senhora ao engenheiro Vinhosa em 2 de dezembro de 2010, e também fará parte dos documentos que subsidiarão nossas ações: http://www.alertatotal.net/search?q=FOSTER+%2B+VINHOSA
Vai sobrar até para Lula
O caso Gemini fará parte de uma série de ações de investidores que vão questionar recentes ações da diretoria da Petrobras – homologadas pelos Conselhos de Administração e Fiscal. Os acionistas minoritários questionam o rolo compressor do governo capimunista do PT que aprovou, dia 16 de dezembro com facilidade, na Assembleia Geral Extraordinária da Petrobrás, a incorporação de três empresas à estatal de economia mista, sem aumento de capital: a Refinaria Abreu Lima, a Companhia de Recuperação Secundária e a Petrobras International Finance Company (PFICO).
Os problemas na Petrobrás têm tudo para sobrar para o Presidentro. Luiz Inácio Lula da Silva será um dos principais alvos de processos judiciais, aqui e lá fora, movidos por investidores internacionais de peso da Petrobrás. Investidores querem responsabilizar Lula pela propaganda enganosa sobre “a Arábia Saudita em que o Brasil se transformaria, em breve, com a exploração de petróleo e gás de alta qualidade na camada pré-sal”. Cansados de perdas com desvalorização de ações, investidores se sentem lesados e enganados pelas promessas feitas por Lula sobre investimentos imediatos no pré-sal – que agora se tornam inviáveis por problemas de caixa e gestão da Petrobrás.
Outros grandes alvos dos investidores são o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que atualmente preside o Conselho de Administração de Petrobras, e o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, um dos que mais têm poder de decisão na empresa e que comanda a PFICO – braço de finanças da petrolífera. Outro afetado diretamente será o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, que é um dos homens de confiança de Lula, e em cuja gestão foram gerados as grandes dores de cabeça da companhia, como a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, o Complexo Petroquímico de Itaboraí, além da fracassada refinaria em Pernambuco.
O ano de 2013 terminou tenso, e o de 2014 começa nervoso na Petrobras. O ano reeleitoral tende a tornar o cenário ainda mais problemático. Investidores prometem cumprir, em breve, a ameaça de pedir que a estatal de economia mista brasileira tenha seus negócios investigados pela Security and Exchange Comission - SEC) – que pega pesado na fiscalização do mercado de capitais dos EUA.
Os empregados da Petrobras também ameaçam entrar com ações judiciais para cobrar transparência e avaliação real dos altos riscos envolvidos em recentes negócios do fundo de pensão patrocinado pela petroleira. Investidores também exigem da Petrobras explicações até agora não fornecidas sobre uma transferência de US$ 4,9 bilhões da empresa para o Petros – fundo de pensão dos empregados – que entra de sócio em vários empreendimentos que interessam ao governo federal. O valor foi dado como baixa contábil no balanço de 31/12/2012, sem mais explicações da petroleira.
O temor concreto do governo é que investidores peçam, na Justiça brasileira e norte-americana, ressarcimentos financeiros por prejuízos concretos, estimados em US$ 120 bilhões, com a política de preços dos combustíveis. O governo jogará pesado, nos bastidores, para tentar impedir uma ação desta magnitude – com efeitos negativos no ano reeleitoral. A tática será amansar grandes investidores estrangeiros da companhia. Se eles comprarem a briga, a situação da Petrobras se complica lá fora.
Entreguismo questionado
Fora a bronca dos investidores, um caso recente e concreto pode render um mega ataque da oposição ao governo. Dilma Rousseff praticou um ato entreguista, no final do ano, para tentar reverter a oposição da Oligarquia Financeira Transnacional ao projeto de continuidade do PT no governo. Só isso explica por que a Petrobras vendeu para a Shell o “filé mignon” de sua participação no projeto Parque das Conchas, na Bacia de Campos. Ou, também, a petralhada sinaliza que precisa bem mais do que os R$ 400 milhões que já teria reservados para torrar na campanha reeleitoral.
Investidores da empresa vão pedir explicações adicionais sobre o negócio à Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que preside o Conselho de Administração da estatal de economia mista. Dois questionamentos básicos: quais os parâmetros para venda de participações em blocos que já produzem? Qual o fator de recuperação do campo considerado para a venda?
Investidores cobrarão da empresa informações sobre um histórico do fator de recuperação dos blocos de exploração no Nordeste e na bacia de Campos, considerados hoje maduros. O objetivo é saber se as previsões falharam, igualaram ou se superaram. Investidores – principalmente os brasileiros – reclamam da falta de transparência da Petrobras sobre esses dados. Eles questionam a governança corporativa da empresa e ameaçam com ações judiciais para apurar e impedir conflitos de interesse.
Há outros questionamentos dos investidores. A PFICO, incorporada no final do ano é um caso estranho. Embora seja uma subsidiária integral da Petrobras, a empresa também é cliente dela. Para configurar ainda mais uma suspeita relação de conflito de interesses, o braço financeiro da Petrobras é presidido por Almir Barbassa, diretor financeiro da estatal e responsável pelo fluxo de caixa e pela rolagem diária das dívidas da companhia.
Mais broncas dos investidores. A Petrobras não foi transparente nas explicações sobre a venda de 50% da Braspetro para o BGT-Pactual. Também não justificou a venda de ativos da Petrobras em território argentino (onde o mundo parece estar acabando). O governo pode ser acionado judicialmente por descumprir a Lei 6404/76 - que pressupõe a realização de um Laudo de Avaliação, com a respectiva licitação para a alienação de ativos, principalmente no exterior.
O grande negócio fechado com a Shell pode dar uma sobrevida a Maria das Graças Foster na presidência da Petrobrás. Além de amiga pessoal de Dilma, Graça foi apadrinhada no cargo porque o marido Colin Vaugn Foster, membro da cúpula internacional da Grande Loja Unida da Inglaterra, tem estreitas ligações com a oligarquia britânica – que comanda a maçonaria e negócios transnacionais muito maiores que a mera ordem dos chamados “pedreiros livres”.
Graça, que estava demissionária, apesar da negativas para “inglês ver”, ganha fôlego com o “reforço de caixa” da Petrobras. Além disso, a venda de ativos no final do ano tende a melhorar os resultados da empresa – o que pode aplacar o descontentamento de muitos investidores. Esta é a aposta da direção da Petrobras e do governo para evitar que sejam movidas ações judiciais para ressarcimento de prejuízos, principalmente no exterior.
O desafio é a energia política, nos bastidores do mercado, para abafar tais planos de muitos investidores minoritários. O jogo vai ser pesado e, provavelmente, repleto de deslealdades e novos lances de corrupção.
Melhoria prisional
Releia o artigo de domingo: Muito além dedetonar a petralhada
Habilitando para voo

Pelo pra quem precisa...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.






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