DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 05-01-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A sangria desatada do governo federal com a importação de médicos cubanos por R$ 511 milhões recebeu injeção de US$ 16,8 milhões de sangue humano de Cuba na balança comercial dos dois países. Com uma vertente macabra: os doadores cubanos ignoram a exportação do “produto” no mercado internacional, revela a ONG Cuba Archive, integrante do Free Society Project, em Washington, no primeiro relatório de 2014. Doar sangue é mais um “ato revolucionário” na ilha.

Os números de Cuba e do Ministério do Desenvolvimento sobre o comércio de sangue humanos e produtos biológicos são de 2011.

O regime dos Castro convoca a população à “ajuda humanitária internacional” e outros pretextos, em troca de um prato mais sortido.

Diz ainda a ONG que a prática, iniciada nos primórdios sangrentos do regime, criou “doadores permanentes” e troca de favores por sangue.

O relatório pede investigação da Organização Mundial de Saúde no comércio, exportação e condições sanitárias da doação de plasma.

Convidado pela Organização das Nações Unidas para chefiar missão de paz na República Democrática do Congo, na África, o general de divisão Carlos Roberto Santos Cruz sequer conseguiu título de general de exército no Brasil. Ele foi reconhecido internacionalmente após operação para manter estabilidade no Haiti (Minustah), onde comandou as forças da ONU, com direito a prorrogação, entre 2007 e 2009.

O general Santos Cruz comanda tropa de mais de 23,7 mil homens no Congo e tem sido convidado para dar palestras nos EUA e na Europa.

Líder do PSD, Moreira Mendes (RO), critica a “omissão do governo” sobre os conflitos entre índios e a população. “Tem casos muito piores que esse de Humaitá, e ninguém faz nada. Índio pode tudo neste país”.

Sem noção, o líder da Coreia do Norte, Kim Jogn-un, é acusado de jogar vivo o tio Jang Song-thaek, ex-número dois do regime, numa jaula com 120 cães famintos. Ninguém sabe o que fez com a mulher do tio.


NO BLOG DO CORONEL

Esta lâmina, do power point do Ministro da Maquiagem, Fernando Pimentel, quando apresentou a caótica balança comercial do país, havia chamado atenção. Como não sou economista, não consegui fazer o raciocínio rápido e completo. Mas não me saía da cabeça ver o Brasil perdendo posições justamente nos mercados mais competitivos e aumentando suas vendas em países que vivem uma profunda crise, como Argentina, Venezuela e até mesmo Cuba. Vejam na tabela, marcado em vermelho, onde as nossas vendas caíram. E vejam, acima, onde elas aumentaram. Desconsiderem a China. A participação chinesa não é em produtos industrializados. Eles importam commodities do agro e da mineração. Hoje, ao ler o artigo de Rolf Kuntz no Estadão, caiu a ficha. Estamos vendendo manufaturados apenas para paisecos, pois a nossa indústria não tem mais competitividade, seja por falta de tecnologia, seja pela falta de acordos comerciais, seja pelo tremendo custo que o PT impõe sobre a mesma na carga tributária e na legislação trabalhista. Mas o maior problema é político. É a defesa do terceiro-mundismo fantasiado de multilateralismo que afunda o Brasil. Abaixo, o artigo assustador.
O pior saldo comercial em 13 anos - o pitoresco e discutível superávit de US$ 2,56 bilhões - está longe de ser um desastre isolado. Os números da balança retratam com precisão a crise brasileira: uma indústria com enorme dificuldade para competir, o descompasso entre consumo e produção, a política econômica feita de remendos e improvisações e a dependência cada vez maior de uns poucos setores ainda eficientes, com destaque para o agronegócio e a mineração. O menos importante, nesta altura, é apontar a exportação fictícia de plataformas de petróleo, no valor de US$ 7,74 bilhões, como evidente maquiagem dos números. Muito mais instrutivos, nesta altura, são outros detalhes. Uma dissecção da balança comercial, mesmo sumária, dá uma boa ideia dos estragos acumulados na economia em dez anos, especialmente nos últimos seis ou sete.
Sem os US$ 7,74 bilhões das plataformas, a exportação de manufaturados fica reduzida a US$ 85,35 bilhões. Para igualar as condições convém fazer a mesma operação com os números de 2012. Eliminada a plataforma de US$ 1,46 bilhão, a receita desse conjunto cai para US$ 89,25 bilhões. Sem essa depuração, o valor dos manufaturados cresceu 1,81% de um ano para o outro, pela média dos dias úteis. Com a depuração, o movimento entre os dois anos é uma assustadora queda de 5,13%.
Alguns dos itens com recuo de vendas de um ano para o outro: óleos combustíveis, aviões, autopeças, veículos de carga, motores e partes para veículos e motores e geradores elétricos. No caso dos aviões, a redução de US$ 4,75 bilhões para US$ 3,83 bilhões pode estar relacionada com oscilações normais no ritmo das encomendas e da produção. Mas o cenário geral da indústria é muito ruim. No caso dos semimanufaturados, a diminuição, também calculada pela média dos dias úteis, chegou a 8,3%.
Não há como atribuir esse resultado à crise internacional, até porque várias economias desenvolvidas, a começar pela americana, avançaram na recuperação, Para a América Latina e o Caribe, grandes compradores de manufaturados brasileiros, as vendas totais aumentaram 5,6%. Mesmo para a Argentina as exportações cresceram 8,1%, apesar do protecionismo.
O problema no comércio com os mercados desenvolvidos está associado principalmente ao baixo poder de competição da indústria, ou da sua maior parte, e às melhores condições de acesso de produtores de outros países. Mas essa é uma questão política. O governo brasileiro rejeitou em 2003 um acordo interamericano com participação dos Estados Unidos. Com isso deixou espaço a vários países concorrentes. No caso da União Europeia, o grande problema tem sido o governo argentino. É o principal entrave à conclusão do acordo comercial em negociação desde os anos 1990.
O Mercosul, promissor na fase inicial, tornou-se um trambolho com a conversão prematura em união aduaneira. Os quatro sócios originais nunca chegaram sequer a implantar uma eficiente zona de livre-comércio. Mas foram adiante, assumiram o compromisso mal planejado da Tarifa Externa Comum e aceitaram as limitações daí decorrentes. Nenhum deles pode, sozinho, concluir acordos ambiciosos de liberalização comercial com parceiros estranhos ao bloco.
De vez em quando alguém sugere, no Brasil, o abandono da união aduaneira e o retorno à condição de livre-comércio. Poderia ser um recomeço muito saudável, mas o governo brasileiro nem admite a discussão da ideia. A fantasia de uma liderança regional - obviamente associada ao terceiro-mundismo em vigor a partir de 2003 - tem sido um entrave ainda mais danoso que as amarras da fracassada união aduaneira.
Em 2013 o pior efeito da crise global, para o Brasil, foi a redução dos preços de commodities. Apesar disso, o comércio do agronegócio foi muito bem. Até novembro, o setor exportou US$ 93,58 bilhões de matérias-primas e produtos elaborados e acumulou um superávit de US$ 77,88 bilhões. O saldo final deve ter superado US$ 80 bilhões, valor anulado com muita folga pelo déficit da maior parte da indústria.
Em dezembro, só as vendas de milho em grão, carnes bovina e de frango, farelo e óleo de soja, café em grão, açúcar em bruto e celulose renderam US$ 3,87 bilhões. O quadro especial do setor, com valores discriminados e reorganizados, aparecerá, como sempre, no site do Ministério da Agricultura. Os números serão os do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas a arrumação seguirá um critério diferenciado.
No caso do agronegócio, o poder de competição reflete os ganhos de produtividade acumulados em três décadas, além da manutenção, nos últimos anos, de um razoável volume de investimentos setoriais, como as compras de caminhões e máquinas em 2013. A eficiência tem sido suficiente para compensar, mas só em parte, as desvantagens logísticas.
Quando um setor respeitado internacionalmente mal consegue embarcar seus produtos, é quase uma piada insistir na conversa do câmbio como grande problema da economia nacional. Mas a piada convém a um governo com graves dificuldades para formular e executar uma política de investimentos públicos e privados.
Ainda no capítulo do humor, um lembrete sobre as exportações fictícias de plataformas: o expediente foi realmente criado em 1999 para proporcionar benefícios fiscais à atividade petrolífera. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou esse fato em entrevista. Mas essas operações nunca foram usadas tão amplamente quanto no último ano. Em 2012, esse item rendeu US$ 1,46 bilhão à contabilidade comercial. Em 2013, US$ 7,76 bilhões, com aumento de 426,4% pela média diária. Apareceu no topo da lista de manufaturados, acima de automóveis, aviões e autopeças. Mas nem isso disfarçou os problemas de uma indústria enfraquecida por anos de incompetência e irresponsabilidade na política econômica.

Graça Foster, o espelho de Dilma na Petrobras
Desde que Lula declarou a autossuficiência do Brasil em petróleo, que o PT não parou mais de mentir sobre a Petrobras. Foi durante um programa de rádio "Café com o Presidente", em 2006, que Lula plantou a mentira, dizendo que"a autossuficiência significa agora que somos donos do nosso nariz". O resultado da péssima gestão petista e do seu aparelhamento é que, nos últimos 10 anos, a empresa perdeu U$ 50 bilhões do valor, mesmo com as promessas fantasiosas do pré-sal.
Os números de 2013 ainda não fecharam, mas a estatal trabalha com a meta de registrar produção estável, variando de queda de 2% a ligeira alta de 2%. A presidente da Petrobrás, Graça Foster, já sinalizou que a meta deverá ficar mais para a queda. Para o ano de 2014, a expectativa é de alta na produção. A Petrobrás recebeu nove unidades de produção, que estão entrando em operação.
Segundo Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), as projeções mais otimistas do mercado indicam uma alta na produção da Petrobrás de 7% em 2014. O especialista destaca, porém, que isso significará apenas retomar o nível de produção de 2010. "No fim do dia, a gente conclui que a Petrobrás perdeu três anos", diz Pires, citando a falta de investimentos, atrasos na entrega de equipamentos (inclusive por causa de exigências de conteúdo local) e o declínio na produção da Bacia de Campos (natural, ao longo do tempo) como fatores para a estagnação da produção.
No fechamento do pregão de ontem da BMF8cBovespa, as ações ordinárias da Petrobrás encerraram em queda de 3,03%. As ações preferencias caíram 1,97%. (com informações do Estadão)

NO BLOG ALERTA TOTAL

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira (*)
As constantes pesquisas de aprovação do Governo Federal mostram, com toda a clareza, a correção do vídeo amplamente divulgado na internet que trata dos 10 passos para se construir um país de idiotas. Talvez essa adjetivação seja um tanto forte e exagerada, mas que tem alguma procedência, não resta nenhuma dúvida.
A propalada “democracia” com que os contumazes delinquentes da política enchem o peito para justificar a ascensão ao poder, não é, nunca foi, e também nunca será uma verdadeira democracia. Trata-se ela de uma democracia deturpada, degenerada . Deixa, portanto de ser democracia. Hoje a democracia brasileira é uma nova versão da democracia originalmente imaginada por Aristóteles na “Política”.
O grande filósofo classificava as formas de governo em PURAS e IMPURAS. As primeiras, as“puras”, seriam a MONARQUIA (governo de um só), a ARISTOCRACIA (governo dos melhores) e a DEMOCRACIA (governo do povo) ; as segundas, as“impuras”, seriam a TIRANIA, a OLIGARQUIA e a DEMAGOGIA, as quais seriam, segundo o pensador, a corrupção das formas puras antes enunciadas.
Mas Aristóteles somente abriu caminho para outros pensadores de primeira linha prosseguirem a trajetória dessa discussão. E foi Políbio (203 a.C—120 a.C), grande geógrafo e historiador da Grécia Antiga, quem falou pela primeira vez na democracia deturpada, que ele chamou de OCLOCRACIA. Mesmo adotando a classificação aristotélica das formas de governo, ele preferiu usar o termo “oclocracia” em lugar da “demagogia” imaginada por Aristóteles, ambas as expressões tendo em comum a degeneração da democracia,uma das formas puras de governo.
Assim a oclocracia seria uma democracia meramente “formal”, desprovida de “substância”, sem essência, praticando-a a massa carente de consciência política, ignorante, alienada e portanto presa fácil de trapaceiros convincentes. Tanto que hoje nosso mundo particular é mais movido pela língua e pelos ouvidos do que pelo cérebro. Nem mesmo importa que eles, a língua e os ouvidos, estejam sempre à frente do cérebro. E isso ocorre nos negócios, na política , nas religiões e em muitas outras organizações humanas. Trocando em miúdos: o povo é dominado pela língua de uns poucos, que mais transmitem mentiras que verdades.
Assim é fácil explicar o domínio da política e de muitas “igrejas” que andam por aí, cujos pregadores enganam o povo para dele receber legitimidade, sempre prometendo em troca riquezas e ganhos sem trabalho, e assim mantendo a massa cativa. As promessas governamentais sobre os benefícios do pré-sal à sociedade, que nem começaram e nem se sabe ao certo se seriam “tanto”quanto dizem, são típicos exemplos. “Todo mundo ficará rico com o trabalho de meramente ficar olhando as riquezas caindo do céu”. O “papo”, sem dúvida, é de charlatão.
Falar mal dessa“democracia” é algo quase inconcebível, um pecado mortal no Sistema que nos domina. Nenhum político beneficiado por ela vai gostar. As “urnas”, segundo eles, legitimariam tal processo. E a democracia, por essa versão viciada, seria a vontade da maioria.
Se porventura aplicássemos a essa chamada democracia os princípios que norteiam os vícios de consentimento capazes de anular os atos jurídicos, certamente muitos dos resultados apontados pelas urnas da “justiça eleitoral” poderiam ser anulados.
Típico exemplo é a própria Constituição de 88, feita por elementos eleitos sob o “prestígio” de uma farsa: a do Plano Cruzado. Farsa esta que se evidenciou tão logo passada a eleição do poder constituinte originário, quando tiveram que soltar os freios puxados até as eleições e o citado plano foi por água abaixo. Mas teria a justiça “peito” para enfrentar tais questões, já que ela também é parte desse processo?
Teriam coragem para decretar a nulidade da Constituição, por vício de consentimento? E mais: alguma instituição oficial paga pelo Estado e que teria essa atribuição tomou alguma providência no devido tempo? Como simples cidadão sul-brasileiro lhes garanto que não tomei nenhuma providência desse tipo porque a lei não me autoriza. Não teria legitimidade postulatória para ingressar em juízo. E quem tem não o faz.
Para comprovar o desastre da democracia tupiniquim não é preciso apontar as falcatruas e corrupção em todos os níveis dos Três Poderes e, portanto, as ilegalidades. Basta apontar as coisas “legais”. As “legalidades”. Recentemente saiu um estudo da organização “Transparência Brasil”, divulgado na internet e “surpreendentemente”, talvez por algum descuido, apresentado na Globo, no programa Bom Dia Brasil, dando conta que o custo brasileiro para sustentar o seu Congresso Nacional é infinitamente superior ao dos outros países, inclusive muito mais ricos e de primeiro mundo. Em alguns casos chega a 10 vezes mais. Os dados são encontrados em “vamosdivulgarsempena.wmv”. Vale a pena conferir.
O quadro do futuro próximo não é nada otimista. As coisas só tenderão a piorar. Quem produz riquezas recebe todo tipo de embaraços governamentais,principalmente de ordem tributária para sustentar uma máquina que manda e não produz absolutamente nada. Realmente é o fim quando os que produzem dependem dos que nada produzem e, como parasitas, sugam quase todas as riquezas produzidas na sociedade.
Só para lembrar: o governo tem base de apoio na própria oposição e paga muito bem por isso. E com a omissão dos que deveriam reagir, o país marcha célere para um regime absolutista muito semelhante ao nazi-fascismo que dominou a Europa com ajuda das suas “elites intelectuais”.
Claro que não basta criticar sem apresentar alternativas viáveis. Por isso toma corpo no SUL o sentimento da necessidade de emancipar-se do Brasil, criando país próprio. A convicção hoje reinante por aqui é que “o Brasil não deu certo”. O projeto “União Sul-Brasileira-USB” está em curso. E se pudermos ajudar nossos irmãos de outras regiões a tomarem caminhos semelhantes, contem com nosso apoio. Nossos problemas são iguais e têm o mesmo nome: “Unidade Brasil”.
Somente para prevenir argumentos em contrário, não seria válida a alegação que a democracia degenerada praticada no Brasil, ou seja, sua OCLOCRACIA, também estaria presente no SUL, como parte da pseudo-federação. Claro que isso é verdade. Ninguém nega. Entretanto esse resultado que a todos contamina resulta de uma “unidade” cujo comando está muito longe e comete suas falcatruas e safadezas “à distância”. Com o centro do poder mais perto, tanto em nível nacional, quanto relativos aos maiores poderes concedidos aos municípios, as coisas certamente mudariam.
A “cara” dos safados estaria ao alcance da mão do eleitor .Cada um pensaria bem melhor na responsabilidade de escolha de representantes políticos encarregados de cuidarem do próprio chão sob controle direto. Seria o surgimento de uma verdadeira consciência política democrática. Portanto, a decapitação da oclocracia.
Quem seriam, portanto, os verdadeiros patriotas ?

(*) Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo, Advogado, Membro Fundador do GESUL (Grupo de Estudos Sul Livre). 

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