DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-12-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A revelação de que Lula foi informante do Dops, no regime militar, dá sentido à gentileza do então delegado Romeu Tuma, permitindo que o então sindicalista deixasse sua breve cadeia de 31 dias para ir ao velório da mãe. A ditadura não fazia gentilezas aos seus reais inimigos.

O delegado Romeu Tuma Jr está pronto para atender a convite e prestar esclarecimentos ao Congresso, inclusive apresentando provas das denúncias do que chama de Estado policial, implantado no governo Lula, no qual foi secretário nacional de Justiça por quatro anos, entre 2007 e 2010. As denúncias de perseguições e fabricação de dossiês contra adversários estão detalhadas nas 567 páginas do livro-bomba “Assassinato de Reputações – Um crime de estado” (ed Topbooks, RJ).

Em entrevista a esta coluna, única que concedeu ontem, Romeu Tuma Jr diz que responderá a novos ataques com o Volume II do seu livro.

Tuma Jr define o livro-bomba como “prestação de contas”, porque não pôde se defender de acusações que o fizeram deixar o cargo, em 2010.

Acusado de “ligações” a um suposto contrabandista, Tuma Jr jamais foi ouvido pela Polícia Federal, tampouco alvo de inquérito ou processo.

Romeu Tuma Jr contou que o ex-ministro Luiz Paulo Barreto (Justiça) e Aloizio Mercadante pediram a ele para “esquentar” dossiês fajutos.

Dizendo-se chocada com a violência em Joinville (SC), a presidenta Dilma anunciou novo factóide: a “delegacia do torcedor”. Mas foi o seu governo que acabou em 2011 a Câmara Técnica de Combate à Intolerância Esportiva, no Ministério da Justiça. Enquanto a Câmara existiu, por um ano, não houve um só caso de briga em estádios. A Câmara definia padrões de policiamento dentro e fora dos estádios.

O Ministério da Justiça embromou ontem por mais de sete horas e não explicou por que o ministro José Eduardo Cardozo extinguiu a Câmara.

Câmara de Combate à Intolerância Esportiva ultimava o Procedimento Policial Padrão (POP), a ser replicado em todos os estádios do País.

A Câmara elaborava o planejamento estratégico das medidas de segurança para a Copa do Mundo de 2014.

Ex-futuro patrão de José Dirceu, Paulo Abreu adora se gabar da influência em tribunais, até os Superiores, o que pode induzi-los a erro, fazendo-os ignorar a jurisprudência. Mas dificilmente se dá bem.

O jornal Le Matin criticou o preço de pacote de 17 dias para três jogos da Suíça na Copa: R$ 30 mil com passagens e hotel duas estrelas, fora os ingressos. Genebra é uma das cidades mais caras do mundo.

Além de jogar fora R$ 160 milhões no projeto, o Brasil ainda pagou o mico de topar a inspiração maoísta imposta pela China no foguete de sensoriamento remoto: o Longa Marcha 4 B mal chegou à esquina.



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