DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 20-11-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Preso em regime fechado em Brasília, o cardiopata Antônio Rodrigues da Silva teve pedido de prisão domiciliar negado pelo Tribunal de Justiça. Mas o mensaleiro Genoino se acha mais igual que outros.

O Banco do Brasil ainda não sabe se vai à Justiça para reaver os R$ 73,8 milhões surrupiados desde 2005, pela gangue do mensalão, do fundo de verbas publicitárias do Visanet, que o BB administrava. É a principal prova do uso de dinheiro público na trama. Parte do dinheiro foi para o PT e parte pagou dívidas da campanha de Lula, em 2002. O operador foi Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do BB.

O BB entregou R$ 58,3 milhões do Visanet à DNA, agência de Marcos Valério, credor de duas dívidas da campanha de Lula no mesmo valor.

O STF condenou os autores do roubo à prisão, mas o BB informa que ainda “analisa o acórdão do STF”, de abril, para tomar uma decisão.

Se o desfalque não preocupa tanto, a fuga de Pizzolato tampouco: “Não muda nada, ele não é mais funcionário”, diz a assessoria do BB.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia, em decisão unânime, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Nos últimos 8 anos, o Sistema Sesc/Senac DN, controlado por Antônio de Oliveira Santos há 33 anos presidente-carrapato da Confederação Nacional do Comércio, foi condenado três vezes pelo Tribunal de Contas da União por várias irregularidades nas contas. Condenação suficiente para o conselho da entidade afastá-lo do cargo, como preveem o estatuto e a lei. Mas é ele quem manda no conselho.

Segundo o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a CNC constrói, sem licitação, dez prédios em Brasília pela bagatela de R$ 700 milhões.

A Operação Titanic, da PF, desbaratou uma quadrilha que incluía o ex-senador Mario Calixto Filho e Baducho, filho de Antônio Santos.

A lei determina que a sede da CNC seja em Brasília, mas Antonio Oliveira Santos a mantém no Rio de Janeiro, onde ele mora.

Funcionários da estatal de águas de São Paulo ainda não acreditam que a Benner, empresa com capital de R$ 5 mil, assumiu a gestão dos planos de saúde do milionário fundo Sabesprev. Apesar de ter vencido a licitação em 2012, até hoje o sistema de gerência não funciona.

É constrangedor o silêncio da oposição, especialmente do PSDB, em relação à cadeia dos meliantes do mensalão. Coisa de quem teme ser o próximo. É que vem aí o julgamento do mensalão tucano, em Minas.

Dá para desconfiar dos sinais exteriores de “pobreza” do mensaleiro José Genoino (PT-SP): após 27 anos embolsando salários de marajá, como deputado federal, declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de apenas R$ 170 mil – correspondentes a meio ano de vencimentos.

Pelo jeito, a prisão de mensaleiros não inibiu parlamentares de entrar em ritmo de férias, com o aval do governo federal, que tenta evitar a votação de “pautas bombas”. O Congresso passou o dia vazio ontem.

Já que não sairá da Itália tão cedo, Pizzolato bem que poderia escolher a Sicília para viver. Com sua expertise, teria muito a ensinar.


NO BLOG DO CORONEL


Está escrito lá no Facebook da Presidente da República:
Sejam bem vindos à página oficial do site da presidenta Dilma Rousseff. Ela é administrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT)
Ou seja: a presidente da República tem uma pagina oficial, mas em vez de ser administrada por um órgão de governo, é gerida por um partido político. Ou será que é ela que é administrada pelo PT? Depois do que escreveu, esta interpretação da frase faz mais sentido: ela, a Presidente, é administrada pelo PT.
A mensagem postada por Dilma é de arrepiar qualquer brasileiro. Destacamos uma frase:
"A tentativa de criminalizar nossos companheiros, por meio de julgamento injusto e nitidamente político do STF..."
É a Presidente da República atacando o Supremo Tribunal Federal. Lamentável. Vergonhoso. Criminoso. É por estas e outras que não custa dizer: se eles não forem contidos, seremos, muito em breve, uma Venezuela.

A mensagem acima printada e devidamente comprovada foi retirada do Facebook oficial de Dilma Rousseff. O Facebook oficial que é feito pelo PT. Que é de um partido e não de um governo. A última vez que misturaram público e privado deu no quê: No Mensalão.


Marcola, Fernandinho Beira-Mar e José Dirceu: chefes continuam no comando.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu prefere agora cumprir a pena de prisão em Brasília, e não mais em São Paulo. Se retornar à capital paulista, ele teme enfrentar o que chama de "ira" do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) contra o PT, com provável transferência para o regime fechado, por falta de vagas no semiaberto.
"Temos que enfrentar isso de cabeça erguida e eu quero trabalhar", disse Dirceu, na tarde desta terça-feira. "Não há por que se envergonhar, não há por que baixar a cabeça. Temos que continuar fazendo política."
Apesar da frase otimista, o ex-poderoso chefe da Casa Civil do governo Lula oscila momentos de esperança com raiva e abatimento. Não raro se queixa do abandono por parte de quem considerava amigo e diz estar vivendo um "calvário".
Dirceu está no Centro de Internamento e Reeducação, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, dividindo uma cela com companheiros de partido, como o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, além do ex-deputado do PTB Romeu Queiroz e de Jacinto Lamas, ex-secretário de Finanças do antigo PL (atual PR).
"Dei graças a Deus que meu pai decidiu ficar em Brasília", contou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro. "Estamos vivendo uma situação difícil, sofrida, muito triste. Mas meu pai é guerreiro e vai lutar até o fim."
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, Dirceu ainda aguarda julgamento de recurso para tentar reduzir sua pena. Enquanto o embargo está pendente, ele começou a cumprir a sentença no regime semiaberto.
"Assim como os militares achavam que a carreira do meu pai estava liquidada quando o expulsaram do Brasil, na ditadura, hoje quem aposta que a vida política dele acabou está redondamente enganado", afirmou Zeca.
Embora Dirceu tenha divergências com a presidente Dilma Rousseff - que nunca o defendeu publicamente durante o processo do mensalão -, Zeca diz que o pai não deixará de discutir os rumos do governo e do PT. "Quem acha que ele está fora do jogo e que não vai mais influenciar a política do Brasil vai quebrar a cara", insistiu. (Estadão)

Mulheres de presos do Complexo Penitenciário da Papuda reclamaram nesta terça-feira da visita da mulher do ex-presidente do PT José Genoino, que pode encontrá-lo fora do período determinado graças à intervenção de parlamentares. Os dias de visitação na Papuda são quarta e quinta-feira, mas hoje algumas mulheres já estão acampadas para poder pegar as primeiras senhas. Se chegarem apenas amanhã cedo, elas correm o risco de ficar pouco tempo com seus parentes.
Os mensaleiros receberam amigos e parentes ontem e hoje, mesmo não sendo dia de visitas. Na tarde desta terça-feira, entrou no presídio uma van com vários deputados, entre eles Benedita Silva (PT- RJ) e Amauri Teixeira (PT-BA). Eles ficaram cerca de uma hora na Papuda, por volta das 17h40 até as 18h40. Eles não pararam para falar com jornalistas nem na saída nem na entrada.
Como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) tem prerrogativa de entrar no local, ele levou a família de Genoino ontem para visita. Hoje, houve outro encontro da família com o deputado petista. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares também recebeu familiares. A regalia enfureceu parentes de presos que aguardavam na fila pela visita de amanhã.
- Errado isso. Ela (mulher de Genoino) tem que pegar fila como todos pegamos. Tem que passar pelas mesmas coisas que a gente passa. Pode ser até mulher do presidente, mas tem que passar pelo que a gente passa – disse Patrícia, que não quis revelar o sobrenome.
Patrícia vai passar a noite em uma barraca montada na entrada da Papuda. Ela será uma das primeiras a pegar senha que será distribuída a partir das 9h de quarta-feira. O horário de visita vai até 15h. Uma parte dos detentos recebe visita na quarta e outra na quinta-feira. Acampadas e sem banheiro, as mulheres levaram para o local alguns galões cheios de água, usados para tomar banho no mato à noite.
- Tem que ter condições iguais, a gente enfrenta sol e chuva. Eles chegaram e já podem visitar, deveriam entrar na fila e pegar senha- disse Mariana Gomes, mulher de um preso no regime fechado. - A gente se sente injustiçado, revoltado. A moça vem, visita o marido dela dois dias seguidos, enquanto a gente tem que estar aqui várias horas antes para conseguir entrar cedo e visitar nossos maridos - disse outra mulher, que não quis se identificar, acrescentando: - Elas não são melhores do que a gente por ter poder aquisitivo maior.
Segundo Mariana, cada família pode levar aos detentos 500 gramas de biscoito, que não pode ser recheado, seis frutas, dois rolos de papel higiênico, dois sabonetes, um desodorante roll-on, uma barra de sabão de coco e 500 gramas de sabão em pó. Elas passam o tempo conversando e fazendo as unhas. Às 18h é realizado um culto religioso. As mulheres dizem que, a cada seis meses, podem levar roupas novas aos detentos, limitadas a duas blusas, duas bermudas, seis cuecas, dois pares de meia, uma blusa de frio, uma calça, um par de tênis, uma toalha, um lençol e um cobertor.
- Meu marido é mensalinho – disse Beatriz de Souza, que aguarda na Papuda para visitar o marido. As mulheres não acreditam que a presença de presos famosos vá melhorar a situação dos demais detentos. - Fez foi piorar tudo. Os outros presos não são tratados do jeito que eles ( mensaleiros) são. A comida deles é boa, a dos nossos tem parafusos e bichos – disse Patrícia.
Segundo o deputado Paulo Fernando dos Santos (PT-AL), conhecido como Paulão, estiveram hoje na Papuda a mulher e os três filhos de Genoino, além do líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), irmão do réu. Da família de Delúbio apareceram a mulher e o irmão. Quando Paulão saiu da Papuda os familiares ainda se encontravam no local. Eles entraram no presídio graças à presença de José Guimarães, que é parlamentar. Paulão informou também que no período da tarde outros parlamentares irão à Papuda, entre eles o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Segundo Paulão também foram ver os presos o advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas e um diplomata estrangeiro, mas ele não soube especificar de que país. O deputado relatou que não pôde entrar com celular, mas não soube dizer os procedimentos de revista dos familiares dos condenados. - No meu caso, e outro colega de gabinete, eu tive que deixar todos os celulares na parte externa do presídio. É proibido entrar com celular.
As mulheres de outros presos que já estavam detidos na Papuda antes da chegada dos condenados no mensalão relatam que a única máquina de raio-X no presídio não é suficiente para todas as visitas. Assim, a maioria tem de tirar a roupa e os calçados. A roupa é amassada para verificar se não há nada escondido. Elas também têm de sacudir o cabelo e mostrar a língua. - É desagradável, horrível ficar totalmente pelada diante de uma pessoa que você não conhece - disse Camila, que não quis falar seu sobrenome.
Questionado se os condenados do mensalão estariam tendo privilégio ao receber visitas em outros dias além de quarta e quinta-feira, Paulão respondeu: - Eu acho que não. Isso compete à direção do presídio. Veja bem: o PT nem o preso tem influência sobre a norma interna administrativa. Compete ao presídio definir um processo de procedimento.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que"não há tratamento diferenciado, os visitantes e familiares devem seguir as mesmas regras que a dos outros detentos, ou seja, entrar na fila e ir de roupa branca". Disse também que os visitantes não podem levar equipamentos eletrônicos nem celular. ( O Globo)

Estava em Nova Iorque fazendo "turismo oficial", mas queria explicações de Joaquim Barbosa em tempo real.
Henrique Alves, presidente da Câmara, fazendo turismo com dinheiro público e querendo receber relatório de quem trabalhou no final de semana.

Conforme o Blog publicou neste post, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e mais seis deputados federais embarcaram para Nova York na quarta-feira passada, antevéspera de feriadão, para cumprir agenda concentrada apenas na última segunda-feira. A missão oficial antecipada teve diárias pagas pelo contribuinte e tempo de sobra para outras atividades na capital, com direito a cuttir a Broadway, o Museu Metropolitan e o Rockefeller Center. Inventaram todo o tipo de visitinha a embaixador e outras safadezas para justificar os gastos que, com certeza, superam os U$ 100 mil.
No entanto, Alves teve a cara de pau de ficar indignado por Joaquim Barbosa, presidente do STF, só ter informado no final da tarde de ontem sobre a prisão de José Genoíno. Se tivesse tanto amor aos ritos e costumes, Alves já teria conduzido a cassação dos deputados mensaleiros, dos criminosos que envergonham a Casa, dos deputados presidiários como Natan Donadon, que, em regime fechado na mesma Papuda de Genoíno, ainda recebe salário e mantém o cargo. São políticos desta estirpe que envergonham o país e transformam pessoas normais, por serem honestos e decentes, em super heróis como Joaquim Barbosa.

Haddad: um mensaleiro para chamar de seu.

O Ministério Público de São Paulo abriu ontem uma investigação para apurar suposto enriquecimento ilícito do ex-secretário de Governo Antonio Donato, que era braço direito do prefeito Fernando Haddad (PT). A decisão de abrir um novo inquérito, paralelo à apuração de um esquema de fraude no ISS, foi tomada a partir do depoimento do auditor Eduardo Barcellos. Ele disse à Promotoria na semana passada ter dado mesada de R$ 20 mil ao então vereador petista de dezembro de 2011 a setembro de 2012.
Barcellos afirmou ainda que pode comprovar, com base em extratos telefônicos, que sempre telefonava a Donato antes de ir pessoalmente à Câmara entregar a verba. O vereador, que está licenciado do cargo, nega ter recebido dinheiro do grupo. A investigação será conduzida por Marcelo Milani, da Promotoria do Patrimônio Público, em um procedimento exclusivo, independente do esquema do ISS --no qual fiscais são suspeitos de cobrar propina para a redução do imposto de construtoras.
O ex-secretário também poderá ser investigado na área eleitoral, já que há suspeita, a partir de depoimentos e gravações, de que ele tenha recebido dinheiro para sua campanha à Câmara. Em casos semelhantes, a Promotoria procura fazer uma varredura na vida do investigado, com pedido de informação ao Coaf (setor de inteligência da Fazenda) e levantamento de bens --para comparar com a renda. Cabe ao investigado provar a origem de seu patrimônio. Donato saiu da gestão Haddad no último dia 12, no mesmo dia em que a Folha revelou que ele requisitou Barcellos para trabalhar em sua equipe no começo do ano. Barcellos permaneceu na Secretaria de Governo entre janeiro e abril de 2013.
INDÍCIOS
De acordo com o promotor Roberto Bodini, que investiga a fraude do ISS, as declarações de Barcellos dão fortes indícios contra Donato porque foram dadas espontaneamente. "Barcellos diz que pode comprovar os contatos com Donato pelas contas telefônicas", afirmou. Além de Donato, há suspeita de que o vereador Aurélio Miguel (PR) também tenha recebido dinheiro do esquema, o que o parlamentar nega. Miguel já é investigado por suspeita de enriquecimento após reportagem da Folha revelar, neste ano, sua explosão patrimonial. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT

Débora Álvares, Estadão
O Instituto Médico Legal (IML) atestou em laudo que o ex-presidente do PT José Genoino (foto abaixo) tem doença grave e precisa de cuidados específicos e regulares. Em três páginas, o laudo diz que o "paciente com doença grave, crônica e agudizada, que necessita de cuidados específicos, medicamentosos e gerais".
O documento afirma que Genoino precisa de controle periódico por exame de sangue e de uma dieta regulada que contenha pouco sal - e que seja adequada aos seus medicamentos. De acordo com o laudo, Genoino precisa ainda de avaliação médica cardiológica especializada constante e de administração de medicação específica.

Maria Lima e Fernanda Krakovics, O Globo
A bancada do PT no Senado partiu para a ofensiva nesta terça-feira e tentou articular ações para contestar a condução do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na execução das penas na última sexta-feira. Além de discursos no plenário, os senadores decidiram hoje que vão fazer uma visita de solidariedade aos três petistas presos no presídio da Papuda na quinta-feira pela manhã.
Mas, sem apoio de outros líderes da base, a ideia de encaminhar um pedido de explicações a Barbosa, em nome do Senado, foi sepultada por enquanto. A decisão, segundo o líder Wellington Dias (PI), foi apenas referendar uma nota do PT contestando a espetacularização midiática das prisões, a transferência para Brasília dos 11 primeiros presos e a cobrança de isonomia entre o julgamento do mensalão e do chamado mensalão mineiro.

Veja
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira 25 suspeitos de práticas de pedofilia, em onze estados brasileiros – Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás. A PF apreendeu com os detidos imagens e vídeos que mostram crianças de seis meses a 16 anos de idade sendo abusadas sexualmente.
Os investigadores identificaram os suspeitos em uma rede social russa utilizada pelos pedófilos para compartilhar pornografia infantil com pessoas de diversos países. Segundo o delegado Flavio Setti, do Paraná, o suspeito criava um perfil e postava álbuns no site para ter acesso ao conteúdo dos demais usuários. “Publicar imagens era a moeda de troca para obter mais imagens”, afirmou Setti, em entrevista na sede da Superintência da PF em Curitiba.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG DO JOSIAS

- Charge do Nani.

Encarcerado no presídio da Papuda há quatro dias, José Genoino (PT-SP) deve receber da Câmara um tratamento diferenciado. Em vez de submetê-lo a um processo de cassação do mandato, a direção da Casa cogita conceder-lhe uma aposentadoria por “invalidez”.
Genoino submeteu-se a uma cirurgia cardíaca em julho. Durou seis horas. Seguiu-se uma internação de 26 dias no Sírio-Libanês. Após receber alta, requereu aposentadoria à Câmara. Fez isso num instante em que já colecionava no STF uma pena de 6 anos e 11 meses de cadeia, em regime semiaberto.
Médicos da Câmara examinaram Genoino em São Paulo. Recomendaram uma licença de 120 dias. Vai expirar em 6 de janeiro de 2014. Até lá, uma junta médica dirá se Genoino faz mesmo jus ao pijama de inválido. Imaginou-se que tudo isso ocorreria antes da execução da pena imposta pelo STF.
Genoino foi condenado por dois crimes: corrupção ativa (4 anos e 8 meses) e formação de quadrilha (2 ano e três meses). Valendo-se dos embargos infrongentes, recorreu contra a segunda imputação. Com isso, seus advogados imaginaram que o veredicto definitivo seria adiado para meados de 2014.
Na semana passada, porém, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, submeteu à consideração do plenário do tribunal a ideia de executar o castigo dos mensaleiros em fatias. Barbosa sustentou a tese de que, nos trechos em que eram insuscetíveis de recursos, as sentenças deviram ser cumpridas imediatamente.
O entendimento de Barbosa prevaleceu no STF por unanimidade. Assim, enquanto aguarda o julgamento do recurso contra a imputação de quadrilheiro, Genoino foi em cana pela corrupção ativa. Na noite desta terça-feira (19), com atraso de quatro dias, o presidente do STF enviou à Câmara notificação sobre a novidade.
Deve-se o envio do documento ao fato de haver um deputado entre os detidos. A Câmara precisa agora decidir o que fazer com Genoino. Já deliberou que irá respeitar os quatro meses de licença médica. Pelo menos até janeiro, o preso continuará recebendo normalmente os vencimentos de R$ 26,7 mil mensais.
O ofício de Barbosa chegou à Câmara por volta das 21h. Mais cedo, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), queixara-se da demora. Depois, sua assessoria considerou o texto da comunicação demasiado vago. Faz menção a todos os condenados, não apenas aos deputados –além de Genoino, já preso, aguardam na fila Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-SP).
Mantida a tendência atual, a Câmara não deve cassar automaticamente os mandatos dos condenados. Avalia que cabe ao plenário decidir. No caso de Genoino, planeja-se abortar o julgamento político por meio da concessão da aposentadoria.
Desse modo, Genoino deixaria a Câmara “pela porta da frente”, disse um correligionário do PT. E sairia de cena com o bolso forrado pela aposentadoria vitalícia e integral. No documento que enviou ao presidente da Câmara, Barbosa anotou:
“Comunico a Vossa Excelência, para fins do artigo 15, inciso III da Constituição Federal que o Supremo Tribunal Federal, na sessão plenária realizada em 13 de novembro de 2013, proferiu decisão colegiada nos autos em epígrafe, nos termos da certidão de julgamento anexada por cópia.”
No trecho citado por Barbosa, o texto constitucional anota que perde os direitos políticos o cidadão alcançado por “condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.” Quer dizer: sem direitos políticos, o lógico seria que o condenado fosse privado também do mandato.
No caso de Natan Donadon (ex-PMDB-RO), condenado a 13 anos de cadeia, a Câmara optou por não cassar. Quanto a Genoino, tende a aposentar. Para que esse desfecho se materialize, é essencial que o condenado convença Barbosa, relator do processo do mensalão, da gravidade de sua doença.
Genoino invoca a saúde débil para reivindicar a migração do regime semiaberto para o domiciliar. Nesta terça, por ordem da Vara de Execuções Penais do DF, Genoino deixou o presídio para ser examinado por dois médicos no IML da Capital. O laudo vai às mãos de Barbosa.
Se o ministro concluir que a debilidade da saúde faz de Genoino um candidato a presidiário domiciliar, estará pavimentado o caminho que levará a Câmara a conceder-lhe a aposentaria.

NO BLOG UCHO.INFO

Desgoverno do PT está a um passo de criar novo cabide de empregos, ao custo anual de R$ 1,3 bi
Vagas abertas – O Senado está prestes a colocar em votação – e deve aprovar – o Projeto de Lei da Câmara nº 81/2013, que autoriza o Executivo a criar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, a Anater, que consumirá anualmente a bagatela de R$ 1,3 bilhão, de acordo com o deputado federal Pepe Vargas, então ministro do Desenvolvimento Agrário. A criação de uma empresa estatal a poucos meses das eleições mostra que o Palácio do Planalto não se avexa em criar mais um cabide empregos, no qual serão acomodados os companheiros e os “apaniguados”.
Em apenas dez anos, período em que está no poder central, o Partido dos Trabalhadores conseguiu a proeza de criar 43 empresas e autarquias, que serviram apenas e tão somente para acomodar pessoas ligadas aos partidos que dão sustentação ao projeto totalitarista de poder que foi inaugurado pelo agora lobista Luiz Inácio da Silva. Caso o Senado aprove a criação da Anater, será a 44ª invencionice petista para consumir o suado dinheiro do contribuinte, que nem mesmo em sonho tem a devida contrapartida do dinheiro despejado nos sempre vorazes cofres da União.
A justificativa do governo e dos seus obedientes apoiadores é que a Anater cuidará de desenvolver soluções agrárias voltadas ao pequeno produtor rural. Uma bobagem desmedida, pois a conceituada e respeitada Embrapa já faz esse trabalho, que só não chega à ponta final porque o governo do PT, como seu viés essencialmente comunista, é centralizador.
Esse modelo de governança é típico de regimes totalitários, uma vez que concentram no poder central todas as soluções, deixando as unidades federativas cada vez mais frágeis e desassistidas. A maioria dos estados tem empresas ou autarquias que se dedicam à extensão rural, mas o PT inaugurou uma nova forma de governar, a com base na ideologia. Esse tipo de governança é espelho da quem vem paulatinamente corroendo a Venezuela, processo que iniciou-se com o finado caudilho Hugo Chávez e que agora continua com o aprendiz de tiranete Nicolás Maduro.
A criação da Anater é mais uma aberração do governo petista de Dilma Rousseff, pois a economia nacional está cada vez mais cambaleante, sendo que a razão dessa instabilidade é o excesso de gastos por parte do Executivo.
Quando o ucho.info afirma que o PT arruinou a economia brasileira no rastro de sua incompetência histórica e da aversão ao planejamento, a esquerda verde-loura torce o nariz, como se estivéssemos cometendo alguma leviandade ao noticiar a verdade dos fatos, os quais os números comprovam de maneira inconteste. Consertar o estrago feito pelos magnânimos petistas exigirá, ao menos, cinco décadas de esforço continuado por parte dos brasileiros de bem. O grande problema, no curto prazo, a dificuldade que um governante oposicionista terá para desaparelhar a máquina federal. Essa empreitada exigirá no mínimo dois anos de faxina bruta.


NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Será que a pretensa “oposição” descobriu que o elo mais fraco da corrente que sustenta a governança petista é Guido Mantega? Tudo indica que não. Mas os esquemas que desejam manter o governo acuado já descobriram tal fragilidade, há muito tempo. A reportagem da Época, denunciando propinas de assessores diretos do ministro da Fazenda, é interpretada, no mercado, como um recadinho de que pode vir coisa muito pior contra um dos homens mais poderosos do Presidentro Lula.
O maior temor de Mantega não é a denúncia de que seus auxiliares diretos faturaram umas merrecas em um contrato de prestação de serviços de assessoria de comunicação. Mantega fica realmente preocupado quando aparece alguma denúncia contra a Petrobras – estatal de economia mista, na qual ele é o todo poderoso presidente do Conselho de Administração. O medo de problemas na Petrobras virem à tona é tanto que os petistas resolveram detonar a candidatura ao governo baiano do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli.
Concretamente, Mantega teme ações judiciais que cobrem prejuízos gerados contra o bolso de acionistas (principalmente os minoritários) por decisões tomadas por membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da Petrobras que teriam sido eleitos de forma manipulada. Nos bastidores do Ministério da Fazenda acontece uma ligeira pressão sobre a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, que fiscaliza o mercado de capitais, para que acabe com um processo administrativo que investiga a possível manipulação das eleições dos conselheiros da Petrobrás, em 2011 e 2012.
Para tal processo acabar, dirigentes da Petrobrás, grandes fundos de pensão e o BNDES já pediram que seja firmado um Termo de Compromisso com a CVM. A proposta consiste em que a CVM aceite o pagamento de uma multa para encerrar o caso. Na prática, é uma confissão de culpa, prometendo não repetir o erro. O acordo é uma prática da CVM desde 1998. Já foram assinados, até hoje, 430 termos de compromisso. Só este ano, até setembro, foram 33. Como a CVM é ligada à Fazenda, onde Mantega reina, pode haver perdão no caso Petrobras, onde Mantega também reina.
O maior interessado em resolver o pepino com a CVM é Almir Barbassa. O poderoso diretor financeiro da Petrobras. O mercado lhe atribui mais poderes, nos bastidores, que a presidente Graça Foster, ou o mesmo poderio de Guido Mantega. Em 2010, Barbassa pagou um dos valores mais altos já pagos em Termos de Compromisso firmados com a CVM. Não está claro se saiu do bolso dele ou da Petrobras a multinha de R$ 1 milhão. Barbassa foi processado por não ter divulgado, em 2008, fato relevante sobre a existência de petróleo leve na segunda perfuração do então campo de Tupi – que agora se chama Lula -, no pré-sal da Bacia de Santos.
Barbassa também está arrolado no processo atual, que questiona a manipulação de indicações para os conselhos de Administração e Fiscal. O caso envolve os mais poderosos fundos de pensão – que teriam ajudado a eleger conselheiros “chapa-branca”, na verdade, indicados pelo acionista majoritário da Petrobrás, o governo (ou a União, se preferirem). Por isso, querem enterrar o caso, pagando multa, além de Barbassa, os fundos Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobras) e o tentáculo de participações capimunistas do BNDES, o BNDESpar.
Pela vontade de Mantega, a CVM deve firmar mais este “Termo de Compromisso” e encerrar o assunto. Mas, pela vontade de outros acionistas minoritários da Petrobras, o caso pode ter outro rumo, além da CVM, indo parar na Justiça. O caso atual pega apenas os anos de 2011 e 2012. Mas investidores desejam que a CVM apure as eleições de anos anteriores – o que causa pavor no governo, já que mexe com a gestão de José Sérgio Gabrielli, o afilhado de Lula. E também mexe com Dilma Rousseff, que antecedeu Guido Mantega na presidência do Conselho de Administração da Petrobras.
Quaisquer investigações sobre a governança corporativa da empresa, na visão de investidores da Petrobras, correm o risco de transformar o atual tsunami do Mensalão em uma “marolinha” (para usar a expressão criada por Lula para se referir à crise econômica de 2008 que atingiu fortemente o primeiro mundo, e o Brasil em menor intensidade).
Sugestão aos senadores
Por que os senadores tucanos Alvaro Dias e Aloysio Nunes Ferreira não aproveitam para questionar o ministro Mantega sobre os problemas apontados por investidores da Petrobras?
Parece fácil convocar assessores do ministro para que expliquem o pequeno escândalo na Fazenda.
O difícil, isto sim, é chamar o ministro para que justifique outros problemas muito mais graves em uma empresa que é estratégica para o País...
Mensalão vira piada
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

















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