DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 09-11-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Ao contrário da tropa, o comandante do Exército Brasileiro, general Enzo Peri, não tem do que se queixar: vai gastar sem dó nem piedade R$660 mil do dinheiro do contribuinte na reforma, pintura e conserto hidráulico de seu gabinete em Brasília, que ficará novo em folha em 2014. Serão R$404 mil na troca de vidros e reparo de janelas, e R$160 mil na renovação de estofados, incluindo a manutenção das peças.

O Exército Brasileiro encerra mais cedo o expediente às quartas-feiras, racionando também o “rancho” por alegada “falta de verbas”.

A Aeronáutica também só trabalha quatro em cada sete dias: a semana começa segunda-feira à tarde e termina ao meio-dia de sexta.

Lulistas do PT ficaram irritados com a recente rasgação de seda entre Dilma e o prefeito de Salvador, ACM Neto. Andam falando mal dela.

Responsável por regular a produção de etanol, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) admitiu falhas na fiscalização de empresas do ramo no país. Em ofício enviado à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, a agência confirmou que 25 empresas de etanol, apontadas como atuantes pelo Ministério da Agricultura, não têm autorização para operar. Segundo a ANP, algumas sequer enviaram documentação.


De 25 empresas, nove ignoraram autorização para funcionar. Elas atuam em Alagoas, Minas, Goiás, Paraíba, Pernambuco, RN e SP.

A Presidência da República reservou quase R$ 700 mil para renovar o almoxarifado com papéis diversos, inclusive cadernos e cartolina.

O deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que deseja submeter decisões do Supremo ao Congresso, ameaça desistir da reeleição em 2014.

A pesquisa CNT/MDA deu uma pista de campanha para candidatos à Presidência, revelando que a violência preocupa mais que o custo de vida: são 91,5% contra 73,4% “muito preocupados” com ambos.

…imagine se estivesse “descançado” o auditor Amilcar José Cançado, enrolado em falcatruas de meio bilhão de reais na prefeitura paulistana.


NO BLOG DO CORONEL

O TCU já economizou quase R$ 500 milhões com obras paralisadas. E informa que as obras que está mandando parar podem elevar este número para R$ 1,2 bilhão. O que significa que estão em jogo R$ 700 milhões, que Dilma Rousseff não quer defender. É o PT instituindo o "rouba, mas faz" do Maluf. Abaixo, matéria do Estadão.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge afirma que o órgão é "cuidadoso" ao recomendar a paralisação de obras e que só toma tal procedimento em "último caso". Ele observou estar na Lei de Responsabilidade Fiscal a atribuição do tribunal de fazer este tipo de fiscalização. O relatório com a recomendação de paralisação de sete obras do governo federal será entregue oficialmente ao Congresso na próxima segunda-feira e será analisado pela Comissão Mista de Orçamento.
"Se for olhado com detalhe se poderá ver que o TCU é bastante cuidadoso. A gente sabe do inconveniente que é paralisar obra e só faz isso em último caso", disse o ministro. "O TCU tem essa obrigação (de recomendar a paralisação). Está na Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso tem diminuído", complementa.
José Jorge ressalta que o parecer do tribunal é feito com base em auditorias técnicas e que a decisão final cabe ao Congresso. Ele observa que nem sempre o Legislativo segue todas as recomendações feitas no relatório.
Neste ano, os ministros recomendaram a paralisação de sete obras. Estão na lista trecho da Ferrovia Norte-Sul em Tocantins, a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) na Bahia e a pavimentação da rodovia BR-448 no Rio Grande do Sul. O tribunal recomendou ainda a suspensão de repasses federais para outras oito obras, como o metrô de Salvador (BA) e o canal do Sertão, em Alagoas. Segundo o TCU, seu programa de fiscalização já gerou economia de R$ 484 milhões com alterações exigidas e pode chegar a R$ 1,2 bilhão com o cumprimento do que é recomendado no relatório.
Líder do DEM na Comissão Mista de Orçamento, o deputado Cláudio Cajado (BA) afirma que é preciso ter cautela antes de se criticar a paralisação de obras. "Se uma obra tem indício de irregularidade grave sua continuidade pode causar tanto ou mais prejuízo ao erário do que sua paralisação", observa. O parlamentar afirma que o tema será analisado com cuidado na comissão e que o ideal é o governo trabalhar para solucionar as irregularidades encontradas pelo TCU. Na visão dele, a crítica feita por Dilma busca "descredenciar" o órgão de controle.

A Petrobrás fechou com a Construtora Odebrecht, em 2010, um contrato no valor de US$ 825,6 milhões, investigado por suspeita de superfaturamento. O contrato para serviços na área de segurança e meio ambiente em dez países incluiu pagamento, na Argentina, de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de três máquinas de fotocópias; R$ 3,2 milhões pelo aluguel de um terreno próprio e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil nos Estados Unidos, segundo documentos sigilosos da companhia obtidos pelo Broadcast.
Ainda em vigor, o contrato 6000.0062274.10.2, chamado de PAC SMS, foi fechado pela área Internacional, na gestão José Sergio Gabrielli (foto), e reduzido quase à metade neste ano, na gestão Graça Foster. Grande parte dos 8.800 itens apresentavam indícios de irregularidades.
O corte interno já realizado, de pelo menos US$ 344 milhões, aconteceu depois de crivo de auditoria interna da Petrobrás, que considerou a contratação equivocada e recomendou sua revisão. A título de comparação, o montante considerado indevido pela própria companhia é quatro vezes maior do que o volume de recursos desviados apurados no escândalo do Mensalão (R$ 170 milhões).
Mesmo com a redução, fontes disseram que foram mal versados centenas de milhões de dólares gastos nos 2,5 anos de vigência do acordo inicial para ativos na Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Bolívia, Equador e Japão, além de Brasil. "Muito dinheiro já tinha sido gasto quando houve o corte, esse foi o problema", disse uma fonte da Petrobrás que pede para não ter a identidade revelada.
A redução do valor havia sido divulgada pelo Broadcast em junho, embora os motivos não tivessem sido detalhados. Na época, a Petrobrás disse que houve venda de ativos, como refinarias e que, portanto, não precisariam mais dos serviços, mas não se alongou sobre o caso. A Odebrecht não comentou. Em agosto, sob novo questionamento, a construtora negou irregularidades, via assessoria de imprensa, e disse "desconhecer o questionamento da auditoria".
Ao longo deste ano, a reportagem conversou com sete fontes graduadas que acompanharam direta ou indiretamente o caso, além de fontes do setor. Os documentos coletados mostram indícios de direcionamento na licitação, sobrepreço e falhas contratuais que desprotegeram a petroleira.
A Petrobrás preferiu não comentar. Gabrielli também não. Em nota, a "Odebrecht nega veementemente qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobrás", dizendo tê-los conquistado legitimamente por meio de concorrências públicas. Disse ainda que "não foi envolvida e desconhece o questionamento da auditoria da Petrobrás". A construtora diz que o valor contratado foi diretamente afetado pela redução de escopo do contrato decorrente do plano de desinvestimentos da estatal.
O caso é investigado por autoridades, sob sigilo a pedido da Petrobrás. O Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (MPF) instaurou procedimento investigatório criminal em junho para apurar infrações em contratos da Petrobrás no exterior, incluindo o acordo com a Odebrecht.
O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que já investigava a compra da refinaria de Pasadena (EUA), pediu em agosto à Petrobrás documentação referente a quatro contratos, incluindo o da Odebrecht. Entregou o caso neste mês ao MPF. O TCU, sob relatoria do ministro José Jorge, também acompanha o caso paralelamente.
Todas as investigações sobre Pasadena e sobre o contrato com a Odebrecht foram iniciadas após reportagens do Broadcast revelarem irregularidades. A série de matérias sobre Pasadena se iniciou em julho de 2012 e da Odebrecht, em junho de 2013.(Broadcast Estadão)

Rosemary Noronha sabia desfrutar o poder quando era chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Amiga íntima do ex-presidente Lula, ela empregava parentes na administração, intermediava negócios milionários para amigos e familiares, hospedava-se em aposentos de luxo mundo afora e tinha um talento especial para ganhar cortesias — de diárias em resorts de luxo a ingressos para shows de artistas consagrados.
Rose era cortejada por servidores graduados e empresários por um motivo bem simples: ela abria as portas dos gabinetes mais poderosos, inclusive o mais importante deles, no 3º andar do Palácio do Planalto. Desconhecida do grande público, Rose levava uma vida de rainha. Foi assim até novembro do ano passado, quando a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que defendia interesses privados no governo em troca de propina. Seis pessoas foram presas. Outras doze, indiciadas. Apontada como protagonista da teia criminosa que mercadejava pareceres de órgãos técnicos, Rose perdeu o emprego, a influência e o prumo. Caiu do pedestal e sumiu do mapa.
Na semana passada, um ano depois da ação da PF, Rose quebrou o silêncio a que tinha se submetido por orientação de advogados e petistas graúdos. Em conversa com VEJA, a poderosa de outrora, conhecida pela arrogância no trato com subordinados, se disse inocente e injustiçada. Apresentou-se ainda como vítima de trapaças de excompanheiros e de insinuações maliciosas da imprensa. “Não fiz nada de errado. E tenho certeza disso. Sou inocente.”
Magra e com aparência bem cuidada, Rose conversou por quase uma hora com a reportagem, num shopping paulistano, sempre mantendo o olhar fixo no interlocutor. Firme na forma e frágil no conteúdo, rebateu as acusações de modo genérico. Mostrou-se também bastante magoada. Um dos motivos é a ligação com o ex-presidente Lula. Segundo Rose, os dois jamais tiveram uma relação de intimidade. “Minha relação com ele é de amizade, fidelidade, e totalmente profissional. As nossas famílias se conhecem desde que as crianças eram pequenas.”


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu duas vezes nesta semana com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para criticar a atuação do petista no gerenciamento das crises que, segundo Lula, podem prejudicar o partido em 2014. AFolha mostrou ontem que o PT discute uma estratégia para minimizar desgastes da gestão do prefeito na campanha do ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao governo de São Paulo.
O ex-presidente fez observações sobre a postura de Haddad na repercussão da alta do IPTU em regiões da cidade. Ele disse que o reajuste é correto, mas que anunciá-lo em um único ano, e de eleição, poderia prejudicar Padilha e a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição. Lula aconselhou Haddad a se defender das críticas. O que mais incomodou o ex-presidente foi o fato de o prefeito ficar calado diante das reclamações. Os encontros foram no Instituto Lula, em São Paulo, na segunda e ontem.
Um dia após a Folha mostrar a preocupação no PT, petistas adotaram posição de defesa de Haddad. Segundo o discurso geral, não haverá intervenção --as medidas impopulares, como a alta no IPTU, são necessárias no primeiro ano de gestão e não devem tirar votos do partido, dizem. "Eu desconheço isso [intervenção]", disse o presidente do diretório do PT em São Paulo, Edinho Silva. "É natural tomar medidas que não são populares no início do governo para ajustar a máquina."
Os petistas dizem apostar que o prefeito deve ampliar sua popularidade com o início de 30 obras, ações em saúde e educação e com os efeitos da entrada em vigor do Bilhete Único Mensal, previsto para 30 de novembro. "Essa questão do IPTU tem pouco efeito eleitoral. Estamos longe das eleições, e Haddad vai conseguir explicar que esse aumento é para a parte mais rica", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Para o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma interferência na gestão Haddad deve ser proposta de "um setor insatisfeito do PT". "Esse negócio de intervenção deve ser defendido por um setor do PT que ficou de fora e começou a falar em exageros", disse o petista, sem apontar de onde parte a insatisfação. (Folha de São Paulo)


NO BLOG DO NOBLAT

FRASE DO DIA
"Sua posição, na época, de governadora de estado lhe impunha maior responsabilidade, tanto de fiscalização de seus subordinados quanto de averiguação dos atos que pratica. Não há sequer comprovação de instalação dos laboratórios de informática pelo réu, mas tão somente serviços inerentes à preparação de salas para a posterior instalação desses laboratórios." (Simone Lopes da Costa, juíza da 14ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em sentença que condenou por improbidade administrativa a ex-governadora Rosinha Garotinho).

MÚSICA DO DIA
A Felicidade, por Agostinho dos Santos
 Ouça A Felicidade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Cleide Carvalho, O Globo
Empresas envolvidas no cartel denunciado pela Siemens pagavam propinas entre 8,5% e 9% do valor dos contratos firmados com o governo paulista. Apenas o ex-diretor de Operações da CPTM João Roberto Zaniboni, que exerceu o cargo entre abril de 1999 e maio de 2003 e teve seus bens bloqueados pela Justiça Federal, assinou pela empresa 17 contratos com companhias investigadas por participação no cartel. Em valores atualizados, esses contratos somam R$ 2,4 bilhões, o que pode significar um prejuízo aos cofres públicos de até R$ 192 milhões.
O pagamento de propina é investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público estadual. Ex-funcionário da Fepasa, Zaniboni já havia trabalhado na CPTM por um ano e foi levado para a Diretoria de Operações em 1999 pelo então presidente da empresa, Oliver Hossepian Salles de Lima.
Segundo investigação da PF e do MPF, chefe e subordinado eram sócios na empresa de consultoria Getran e receberam dinheiro de empresas participantes do cartel por serviços prestados durante o período em que exerciam seus cargos na estatal. Zaniboni e Hossepian tiveram, somados, R$ 32 bilhões bloqueados pela Justiça Federal na quinta-feira.
As investigações da PF, do MPF e do MP mostram como funcionava o esquema. Os valores eram superfaturados em até 9% para pagar as propinas. O valor era repassado como pagamento por serviços prestados por consultorias internacionais, que, por sua vez, repassavam os valores a consultorias locais. Essas consultorias locais seriam intermediárias na distribuição de propinas, de acordo com investigação da PF apresentada à Justiça Federal.

Carolina Brígido, O Globo
O ex-presidente do PT, deputado José Genoino (SP), e o operador do mensalão, Marcos Valério, entraram nesta sexta-feira com embargos infringentes no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter condenações no processo do mensalão. O recurso dá aos réus o direito a um novo julgamento, com possibilidade de absolvição pelo crime de formação de quadrilha. Como eles foram condenados também por outras práticas, mesmo que o recurso seja aceito eles irão para a cadeia. A defesa de Genoino citou uma música de Chico Buarque e disse que o ex-presidente do PT não pode ser considerado um “bandoleiro”.
Têm direito aos infringentes réus condenados que tenham obtido ao menos quatro votos favoráveis. Dos 12 réus nessa situação, dez entraram com o recurso até agora. Outros três réus que, em tese, não têm esse direito, também ajuizaram o recurso. O prazo vence na segunda-feira.
Genoino recebeu pena de seis anos e 11 meses de prisão, em regime semiaberto, em que o preso tem o direito de trabalhar durante o dia e voltar para a cadeia à noite. Se sair vitorioso dessa fase do julgamento, cumprirá quatro anos e oito meses, no mesmo regime. O petista está de licença médica da Câmara desde setembro e entrou com pedido de aposentadoria por invalidez. Valério foi condenado a 40 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado. Se o recurso for aceito, a pena passará a ser 37 anos e cinco meses, no mesmo regime.
A defesa de Genoino alegou a inocência do réu. “José Genoino Neto não merece a pecha de bandoleiro. José Genoino Neto não integra quadrilha. José Genoino Neto é um digno e honesto cidadão, é um homem público extremamente íntegro, probo, idôneo e incansável servidor da causa pública, é portador de conduta, personalidade, vida, passado e trajetória política de todo incompatíveis com a prática de crimes ou com a espúria associação para delitos praticar. José Genoino Neto, sem favor algum, merece absolvição!”, diz o texto do advogado Luiz Fernando Pacheco enviado ao STF.
No recurso, o advogado transcreveu a letra da música “Canción por la unidad de latinoamerica”, uma parceria de Chico Buarque e Pablo Milanés. “Quem vai impedir que a chama/saia iluminando o cenário/ saia incendiando o plenário/saia inventando outra trama”, diz um trecho.

Leonel Rocha, ÉPOCA
Em um sítio no interior de São Paulo, pouco mais de 30 pessoas se reuniram, no fim de semana do Dia dos Finados, para organizar uma nova onda de protestos contra tudo e contra todos. O local se tornou um centro de treinamento para uma minoria que adotou o quebra-quebra como forma de manifestação política e ficou conhecida como Black Bloc. O repórter Leonel Rocha testemunhou as reuniões e relata na edição de ÉPOCA desta semana que, ao contrário do que afirmam órgãos de segurança federais e estaduais, eles não são manifestantes que aparecem nos protestos "do nada", sem organização. Os Black Blocs têm método, objetivos, um programa de atuação e, segundo afirmaram, acesso a financiamento de entidades estrangeiras.
De acordo com Leonardo Morelli, jornalista que coordena a ONG Defensoria Social, braço visível e oficial que apoia os Black Blocs, a ONG Instituto St Quasar, ligada a causas ambientais, já repassou, neste ano, € 100 mil aos cofres da entidade. Morelli recebeu a reportagem de ÉPOCA no sítio em São Paulo.
Segundo ele, o próprio veículo (uma Kombi) que levou Leonel Rocha ao local do treinamento, a partir do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), foi financiado com doação de entidades nacionais e estrangeiras. Morelli diz que um Jeep Willys também foi comprado com esse dinheiro. Ele também cita entre seus doadores organizações como as suíças La Maison des Associations Socio-Politiques, sediada em Genebra, e Les Idées, entidade ligada ao deputado verde Jean Rossiaud.
Procurados por ÉPOCA, ambas negaram ter enviado dinheiro. Morelli diz que a Defensoria Social também foi abastecida pelo Fundo Nacional de Solidariedade, da CNBB. A CNBB negou os repasses. Morelli ainda relacionou entre seus contatos os padres católicos Combonianos e a Central Operária Boliviana.

Janaína Figueiredo, O Globo
Nos moldes dos panelaços organizados pelos argentinos entre 2012 e 2013, foi convocada para este sábado na Venezuela uma onda de manifestações populares sem liderança política, em meio a uma gravíssima crise econômica e a um mês das eleições municipais. A organização dos “indignados” venezuelanos se deu principalmente via redes sociais, e a “Marcha Autoconvocada” ganhou apoio de dirigentes de peso da oposição, entre eles o governador do estado de Miranda e ex-candidato presidencial Henrique Capriles. No entanto, analistas locais afirmam que o protesto também tem como alvo a oposição, acusada por alguns setores de paralisia diante das ofensivas cada vez mais autoritárias do governo Maduro.
- Os venezuelanos têm direito a se expressarem sem a necessidade de passar pelo filtro de um partido ou da Mesa de Unidade Democrática (MUD) - declarou Capriles, que não confirmou se estará presente em alguma das marchas.
A onda de protestos, que poderia chegar até mesmo à comunidade venezuelana em Miami, veio à tona em momentos de verdadeiro caos econômico. A inflação atingiu 5,1% em outubro e acumula 45,8% nos últimos 12 meses. A escassez de produtos é, segundo analistas, dramática. De acordo com o próprio Banco Central, o índice de desabastecimento já alcançou 22,4% e a estratégia cívico-militar de controle de preços lançada por Maduro não consegue reverter um dos maiores flagelos que assolam o país.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG DO JOSIAS

Está pronto para ser julgado no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima um processo em que o Ministério Público Eleitoral pede a cassação do mandato do senador Romero Jucá, do PMDB. Ele é acusado de movimentar verbas de má origem na campanha eleitoral de 2010. O processo tem passagens inusitadas. Numa delas, um colaborador de Jucá arremessou pela janela do carro um envelope contendo R$ 100 mil. Fez isso ao notar que uma viatura da Polícia Federal o seguia.
A denúncia contra Jucá foi protocolada em 27 de dezembro de 2010. Só agora, perto de fazer aniversário de três anos, o caso entrou em sua fase final. Há dez dias, os autos foram à mesa do relator, o juiz Marcos Rosa, com o carimbo de “conclusos”. Aguarda-se para breve o voto do magistrado e o veredicto do tribunal. Em suas alegações finais, a Procuradoria Eleitoral reforçou o pedido de cassação de Jucá e de seus dois suplentes: Wirlande Santos da Luz e Sander Fraxe Salomão.
A Procuradoria lamentou que o juiz houvesse indeferido pedido de inquirição de uma testemunha. Chama-se Amarildo da Rocha Freitas. Ele já falou na fase do inquérito policial. Mas os procuradores que cuidam do caso devem recorrer ao plenário do TRE-RR para ouvi-lo novamente. Jucá tenta impedir.
Empresário, Amarildo é irmão do deputado federal Urzeni Rocha (PSD-RR), do grupo político de Jucá. Ele atuou como colaborador da campanha do senador. Às vésperas do primeiro turno da eleição de 2010, Amarildo foi ao escritório de Jucá, que funcionava defronte do comitê eleitoral do PMDB, em Boa Vista. Na saída, carregava um envelope. Entrou no carro, virou a chave e partiu.
Súbito, Amarildo notou que uma equipe da Polícia Federal o seguia. Lançou o envelope pela janela do carro. Os agentes da PF recolheram o refugo num matagal. Dentro, havia R$ 100 mil. Repetindo: o colaborador de Jucá jogou R$ 100 mil pela janela.
Ouvido na época, Amarildo declarou que recebera o dinheiro das mãos do próprio Jucá. Jogou o envelope no mato, segundo disse, porque ficou “assustado” com o cerco policial. Na ocasião, Jucá reagiu assim: “Não entreguei dinheiro a ninguém, não é dinheiro meu, não é dinheiro de campanha, todo o nosso dinheiro está declarado.” A verba foi retida.
Passada a eleição, apagaram-se os refletores. E Jucá animou-se a reivindicar o numerário. Justificou-se: “O dinheiro não era meu. O dinheiro, fui saber depois, era do comitê financeiro da minha campanha. Eu não cuidava de pagamento.” Para alívio geral, estava restabelecida a lógica da existência humana que, como se sabe, gira ao redor do dinheiro.
O cidadão pobre sua a camisa para ganhá-lo. O rico multiplica-o. O falsário fabrica-o. O ladrão rouba-o. No fundo, todo mundo ambiciona o dinheiro. Maluco que arremessa pela janela pacote de dinheiro sem dono era coisa que não fazia nexo.
Além dos R$ 100 mil, a PF apreendera com outro colaborador de Jucá, Luís Antônio Teixeira da Silva, um pacote com R$ 80 mil. Deu-se também às vésperas do primeiro turno, na cidade de Mucajaí, a 50 quilômetros da capital Boa Vista. Em suas alegações finais, a Procuradoria Regional Eleitoral de Roraima sustentou que o senador não conseguiu comprovar que os R$ 180 mil tinham origem lícita.
O comitê de Jucá alegou que o dinheiro apreendido era parte de um cheque maior, sacado da conta do comitê. O mesmo cheque serviu de justificativa para um terceiro bolo de dinheiro apreendido pela PF: R$ 993,2 mil. As notas estavam nas dependências de uma empresa de transporte de valores chamada Transvig. Alegou-se que o dinheiro pagaria prestadores de serviço e material de campanha.
A Procuradoria Eleitoral não engoliu. A lei exige que recursos de campanhas eleitorais transitem exclusivamente por uma conta bancária aberta com finalidade específica. Os pagamentos devem ser feitos em cheque ou transferência bancária, não em moeda sonante.
Para os procuradores, as justificativas do comitê de Jucá soaram desconexas. Não conseguiram enxergar lógica na retirada de dinheiro do banco para guardá-lo numa transportadora de valores e só depois realizar os alegados pagamentos. A Procuradoria anotou no processo:
“Não há que se falar em licitude da conduta, uma vez que trafegar com dinheiro em espécie para pagamento de prestadores de serviços afronta a legislação eleitoral e inviabiliza qualquer forma de fiscalização por parte da Justiça Eleitoral, sem esquecer que os saques foram efetuados sete e cinco dias antes da apreensão, tempo incompatível com o gasto que se afirma destinar.”
De resto, a Procuradoria acusa o comitê financeiro de Jucá de realizar uma mandracaria contábil. Lançou como despesa de alimentação de “colaboradores de campanha” a cifra de R$ 2 milhões. E anotou como despesa com pessoal apenas R$ 220 mil. Na peça de acusação, a Procuradoria sustenta que o dinheiro que o comitê diz ter usado para comprar comida serviu, em verdade, para remunerar cabos eleitorais.
Nessa versão, a campanha de Jucá fez salário passar por comida para não ter que pagar aos cabos eleitorais os 20% de contribuição social ao INSS, “barateando sensivelmente a campanha e evitando a formalização dos gastos por meio de cadastramento de todos os prestadores de serviço da campanha eleitoral.” Supremo paradoxo: Jucá foi ministro da Previdência de Lula.
Por escrito, Jucá desmerece o trabalho da Procuradoria. Afirma que as alegações de seus acusadores não são acompanhadas de provas. E afirma que procedimentos como o transporte de dinheiro vivo para pagamento de despesas de campanha e o custeio de alimentação de cabos eleitorais são práticas que a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral admitiria como normais. É sob essa atmosfera de normal anormalidade que se processa o julgamento.

Foto: Roberto Stuckert Filho
Em entrevista a emissoras de rádio gaúchas, Dilma Rousseff se insurgiu contra o relatório do TCU que recomendou a interrupção de verbas para sete obras nas quais foram detectadas irregularidades graves. “Eu acho um absurdo paralisar obra no Brasil, você pode usar de vários métodos, mas paralisar obra é algo extremamente perigoso.”
Dilma prosseguiu: “Por quê? Porque depois ninguém repara o custo. Se houve algum erro por parte de algum agente que resolveu paralisar, não tem quem repare, a lei não prevê. Então se para por um ano ou para por seis meses, ou para por três meses, ninguém te ressarce depois.”
Uma das obras que constam da lista de empreendimentos irregulares do TCU é a ferrovia Norte-Sul. Tomada ao pé da letra, Dilma deseja continuar despejando verbas do contribuinte no empreendimento sem que nenhum auditor encha o saco. Vale a pena recordar no que se converteu a Norte-Sul.
Nascida de um conluio entre empreiteiras, em 1987, sob José Sarney, a Norte-Sul deveria ligar o Pará ao Rio Grande do Sul. Sob Lula, ganhou impulso o trecho que ligaria Palmas, no Tocantins, a Anápolis, em Goiás. Despejaram-se nesse percurso R$ 4,2 bilhões. Lula prometera cortar a fita da obra em 2008. Até agora, nada.
Nessa época, era Lula quem guerreava contra o TCU. Dilma era apenas a ministra do PAC, mãe do programa de obras. O TCU visitou a Norte-Sul na ocasião. Seus auditores estavam munidos de planilhas que davam a obra como pronta. Encontraram 280 quilômetros inacabados. Verificaram que a empreiteira “responsável” fora agraciada com 17 aditivos contratuais. Farejaram um sobrepreço de R$ 27 milhões.
Chamava-se José Francisco das Neves —Juquinha para os amigos— o presidente da Valec, estatal que cuida das ferrovias. Empossada na Presidência em 2011, Dilma mantivera Juquinha em sua cadeira. Súbito, a Procuradoria da República –outra repartição que tem mania de atrapalhar o bom andamento das obra$— acusou Juquinha de desviar R$ 71 milhões da Norte-Sul. O doutor deixou a Valec. Sorte de Dilma.
Quando Juquinha dormiu cinco noites na cadeia, já não era presidente da estatal ferroviária. Hoje, responde a múltiplos processos. Tem os bens bloqueados. E a Norte-Sul, estrela de todas as listas negras do TCU, é um fiasco pendente de explicação.
Ocupada em desqualificar os órgãos de controle, a ex-mãe do PAC ainda não teve tempo de prover as explicações. Mas já devolveu o Ministério dos Transportes, com a Valec de cambulhada, ao Partido da República, a mesma legenda que avalizara a nomeação do companheiro Juquinha.
Dilma está preocupada com o custo da paralisação das obras. “Se houve algum erro por parte de algum agente que resolveu paralisar, não tem quem repare, [...] ninguém te ressarce depois.” Se tivesse tempo, Dilma tocaria o telefone para a Advocacia-Geral da União. Perguntaria: quanto já recuperamos dos desvios da Norte-Sul? Ouviria a seguinte resposta: nenhum tostão. Se a agenda lhe desse folga, Dilma telefonaria para a Valec. Como anda a Norte-Sul?, ela perguntaria. E a estatal: a Norte-Sul não anda, presidenta.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

O sociólogo, jornalista e escritor Demétrio Magnoli escreve artigo na Folha de S. Paulo deste sábado que merece ser lido com atenção. Na verdade, Magnoli está oferecendo, de graça, uma consultoria de primeira linha para a oposição. Com extraordinária capacidade de síntese e objetividade, Demétrio Magnoli desenha a realidade política brasileira de forma nua e crua e constata, com razão, que o ciclo do lulismo já está fazendo água, ainda que permaneça no ar o favoritismo eleitoral do esquema petista
Como fazer tudo isso chegar ao entendimento dos cidadãos comuns é o desafio com o qual os candidatos oposicionistas terão de lidar de forma competente. Mas não resta a menor dúvida de que o ciclo petista está agonizando. Recomendo a leitura do artigo de Magnoli que transcrevo na íntegra. O título original é “Fim de ciclo”. Leiam:
"Não existe essa coisa de sociedade" --a frase célebre, de Margaret Thatcher, era a exposição da crença ultraliberal no individualismo. Situado no polo oposto aparente do thatcherismo, o lulismo compartilha a descrença nessa "coisa de sociedade": no lugar da coleção de indivíduos atomizados da ex-premiê britânica, nosso presidente honorífico enxerga uma coleção de corporações reivindicantes. É essa leitura da política que explica a reação indignada do Planalto às críticas sobre a deterioração da situação fiscal do país. Na visão do governo, os "empresários" --os beneficiários da concessão de desonerações tributárias-- comportam-se como traidores quando atiram pedras nas autoridades que protegeram seus lucros. Trata-se de uma forma de auto-engano: o recurso habitual para conservar a ilusão num encanto que já desapareceu.
A inteligência política de Lula, cantada em prosa e verso, é uma qualidade real, mas circunscrita às conjunturas favoráveis. Formado no sindicalismo, o presidente honorífico montou seu sistema de poder como uma mesa ampliada de negociação sindical. Trajando o manto do Bonaparte, o governo opera como Grande Negociador, distribuindo benesses aos "setores organizados" em grupos empresariais, máfias políticas, corporações sindicais e movimentos sociais. A estratégia funcionou, do ponto de vista da reprodução do poder lulista, enquanto o cenário econômico proporcionou recursos para atender às "reivindicações" dos parceiros negociadores. Mas o ciclo da abundância encerrou-se, explodindo a casca frágil do consenso político.
Na "era Lula", o Brasil esculpiu um modelo econômico impulsionado pelos motores do crédito público e privado e da explosão do consumo. A "etapa chinesa" da globalização proporcionou os combustíveis do modelo: investimentos externos fartos, derivados da elevada liquidez internacional, e altas rendas de exportação, oriundas da valorização das commodities. A poção mágica diluiu-se com o colapso das finanças mundiais, mas as reservas no tanque permitiram ao governo servir um simulacro aditivado na hora das eleições de 2010. O tanque, agora, está quase vazio: o governo reduz a bolsa-empresário enquanto pressiona o Congresso para fechar a torneira que irriga as corporações sindicais. Sem acesso à substância estimulante, os negociadores se dispersam --e até os fiéis petroleiros ensaiaram uma "traição".
As "Jornadas de Junho" foram o primeiro sintoma do encerramento do ciclo. Desconcertando o governo, centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas para dizer que a sociedade existe --e exige serviços públicos dignos. O segundo sintoma foi o rearranjo do tabuleiro eleitoral deflagrado pela unificação entre PSB e Rede, uma operação celebrada pelo PSDB. O radar dos analistas ainda não detectou o alcance dos eventos, mas o Planalto entendeu o que se passa. Eduardo Campos e Marina Silva saltaram da condição de alternativas dissidentes à de candidatos oposicionistas, enquanto Aécio Neves admitiu que os tucanos perderam o estatuto de núcleo dirigente da oposição. Na prática, configurou-se uma frente de oposição tricéfala --e os três aspirantes decidiram que o primeiro turno de 2014 será tratado como uma eleição primária para a escolha do desafiante da oposição unida.
O giro da política monetária americana, previsto para os próximos meses, ameaça provocar uma tempestade perfeita no Brasil, desvalorizando o real e pressionando o botão da inflação. Mesmo assim, Dilma Rousseff (ou Lula da Silva) conserva o favoritismo. O fim de ciclo, por si mesmo, não conduz automaticamente à reversão da fortuna eleitoral. Para derrotar o lulismo, a frente oposicionista precisaria dialogar com os cidadãos comuns: os manifestantes de junho e o país que os apoiou. Os três aspirantes teriam que dizer que "essa coisa de sociedade" existe.

A reportagem-bomba da revista Veja tem uma chamada discreta na primeira página no canto esquerdo acima. Entretanto, o assunto por si só dispensa qualquer chamada mais, digamos assim, vistosa. Segundo se vê, Rosemary Noronha, a namorada ou a ex-namorada de Lula, concedeu uma entrevista exclusiva à revista Veja. 
Nessa entrevista, Rose, como é chamada pelo fechado círculo petista, ao qual tem acesso apenas o cardinalato vermelho da seita, afirma que sua relação com Lula é de "amizade e fidelidade". Nota-se portanto, que Rose endereça afagos ao mago de Garanhuns.
Conta-se que nas monarquias absolutistas da Europa as grande histórias de amor não aconteciam no recôndito dos lares, mas nas alcovas furtivas onde o monarca ou seus acólitos se entregavam à luxúria, ao prazer e a concupiscência. Os casamentos se davam por questões patrimoniais, de forma que o cofre da coroa permanecesse inespugnável ao gentio e até mesmo aos cortesãos e cortesãs. 
Nota-se que por vias oblíquas sob o reinado de Lula e seus sequazes, a Nação brasileira vê com a devida discrição, que não é comum, uma espécie de narrativa amorosa envolvendo uma cortesã e o monarca. Nem mesmo os black blocs ousam evocar o misterioso caso em seus protestos, embora se saiba que Rosemary seguia o demiurgo de Garanhuns em suas viagens internacionais, nos tempos em que o dito cujo era "o cara" e rasgava os céus à bordo do aerolula.
Quanto à matéria que concede ilustração à capa de Veja que chega às bancas neste sábado, o assunto é a liberação geral e irrestrita das drogas que já come solta nos Estados Unidos, sob o manto obamístico e, também, no Uruguai, onde o provecto tupamaro-presidente, com as bênçãos de Georges Soros e Rockefeller, faz desse pequeno país o futuro eldorado dos maconheiros diletantes e demais viajantes alucinógenos. 
Nesta tarde, quando comprava cigarro - de tabaco, é claro - o dono do estabelecimento comentou que os cigarros mentolados já estão proibidos. Ao que eu retruquei: no entanto a maconha e demais entorpecentes estão sendo liberados. Contido, ele respondeu com um sorriso amarelo: pois é...
Nunca gostei de cigarros mentolados, mas há quem os aprecie. No entanto, nega-se aos fumantes de cigarros de tabaco que se acrescente um gostinho de menta. Por que diabos se proíbe o que é uma iguaria para muitas pessoas? Com que direito esses politicamente corretos vagabundos têm de implicar com o aroma num cigarro de tabaco que não altera o comportamento do fumante, que não faz dele um assassino, um doente mental, como ocorre com os viciados em entorpecentes?
O mesmo se pode dizer com relação ao álcool, que é responsável por a maioria dos acidentes de trânsito, brigas mortais e demais desgraças. O álcool, afinal, é uma droga pesada como os entorpecentes. Muito pior que um cigarro de tabaco mentolado. 
Dá câncer? Dá. tudo dá câncer. Inclusive o ar que respiramos e aquela prosaica salada de alface que consumimos diariamente. Ou acham que a alface e todos os demais vegetais não possuem nenhuma toxidade? 
Estamos portanto, perante um mundo onde as ideias mais idiotas e sem qualquer sentido se transformam em lei e, por incrível que pareça, são as únicas leis obedecidas sem questionamentos. Tudo quanto é coisa considerada politicamente correta é assimilada, obedecida cegamente pela massa de imbecis e idiotas de todos os gêneros.
O mundo não é mais o mesmo. Está muito pior. E isso é apenas o começo. 
No mais, como se verifica, a revista Veja vem quente neste final de semana com reportagens que a ombudsman da Folha de S. Paulo detesta, como também aquela tal de Míriam Leitão que não diz nada com nada mas fala e escreve em tudo que é lugar. Talvez seja por causa disso mesmo. É o que eu conceituo como jornalismo chulé. E este não é o caso da revista Veja, a única publicação da grande mídia digna de ser ler.

Jim Wyss, correspondente em chefe do jornal Miami Herald, para a região andina, que tem sua sede em Miami (EUA) e também edita o El Nuevo Herald, tradicional grupo jornalista da Florida, foi preso pela polícia política do regime comunista de Nicolás Maduro. Wyss, segundo informa El Nuevo Herald, foi preso quando realizava reportagem sobre a escassez de produtos que vem ocorrendo na Venezuela e também sobre as eleições municipais marcadas para 8 de dezembro próximo.
O jornalista norte-americano foi preso nesta quinta-feira e permanecia sob custódia da Direção de Inteligência Militar (DGIM), nesta sexta-feira em San Cristóbal, Estado de Táchira.
O governo de Nicolás Maduro até agora não se pronunciou sobre a detenção arbitrária do jornalista. “Estamos muito preocupados”- disse Aminda Marqués Gonzales, diretora executiva do Herald. “Não parece haver qualquer motivo para sua prisão estamos tentando determinar o que está ocorrendo. Estamos pedindo que Jim Wyss seja libertado imediatamente.”
Transcrevo na íntegra matéria do site do jornal El Nuevo Herald no original em espanhol, sobre mais este atentado à liberdade de imprensa cometido pelo governo castro-comunista do tiranete Nicolás Maduro. Leiam:
LA NOTÍCIA EN ESPAÑOL - Jim Wyss, corresponsal en jefe del Miami Herald para la región andina, fue detenido el jueves por las autoridades venezolanas mientras reportaba sobre la escasez de productos en el país y las venideras elecciones municipales. Wyss seguía bajo custodia de las autoridades el viernes por la tarde.
De acuerdo con fuentes locales, Wyss fue detenido inicialmente por efectivos de la Guardia Nacional y transferido posteriormente a la Dirección General de Inteligencia Militar (DGIM) en San Cristóbal , estado Táchira.
“Estamos muy preocupados”, dijo Aminda Marqués Gonzalez, directora ejecutiva del Herald. “No parece haber base alguna para su detención y estamos intentando determinar qué es lo que está pasando. Estamos pidiendo que Jim Wyss sea liberado inmediatamente”.
Los editores del Herald han pasado gran parte del viernes hablando con varios funcionarios del gobierno venezolano para conseguir su liberación.
Algunos periodistas en San Cristóbal dijeron que vieron a Wyss en custodia el viernes.
“Pude verlo y se veía bien, pero no nos dejaron acercarnos”, dijo Lorena Arráiz, periodista del diario El Universal, que estaba investigando el incidente.
“Pero ha estado ahí por más de 12 horas y sigue bajo custodia”, señaló.
De acuerdo con Arráiz, Wyss está detenido en la oficina de la DGIM en San Cristóbal .
Funcionarios del Ministerio del Poder Popular para la Comunicación y la Información de Venezuela no pudieron comentar sobre la razón por la que Wyss fue detenido. Do site do jornal El Nuevo Herald

NO BLOG UCHO.INFO

Dólar encerra a semana perto de R$ 2,32 e escurece ainda mais o horizonte da economia brasileira
Mais um golpe – O Banco Central bem que tentou conter a alta da moeda norte-americana, mas o dólar encerrou a semana cotado a R$ 2,3185, valorização de 2,71% no período. No mês a alta é de 3,77%, enquanto no ano a valorização já está na casa de 13,39%.
Na manhã desta sexta-feira (8), dados sobre o emprego nos Estados Unidos, melhores do que o esperado pelo mercado, impulsionaram a alta do dólar frente ao real. Mesmo com a paralisação temporária do governo norte-americano, por causa de uma disputa política entre democratas e republicanos, a geração de empregos acelerou na maior economia do planeta, em outubro.
Diante da recuperação da economia dos EUA, crescem as apostas de que em breve o Federal Reserve (o BC ianque) começará a retirar os estímulos à economia local, provocando a diminuição da liquidez no mercado financeiro internacional.
Tal cenário significa que o governo brasileiro terá ainda mais problemas para conter um processo inflacionário mais forte, uma vez que o País depende de importações. Um dos setores que deve sentir a alta do dólar é o de alimentos. Algumas commodities agrícolas seguem os preços do mercado internacional, o que deve refletir no mercado interno em curto espaço de tempo.
Por outro lado, fertilizantes e grãos usados na composição de ração animal, na maioria importados, farão com que os preços dos alimentos suba acima do esperado. É o caso das carnes, que já estão com preços desanimadores.


Justiça bloqueia bens de envolvidos em cartel de SP, mas mensaleiros não devolveram dinheiro desviado

Dupla face – A Justiça brasileira é absolutamente incompreensível. E isso se deve a decisões antagônicas em casos semelhantes. Na quinta-feira (7), a Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de bens de cinco pessoas e três empresas investigadas em inquéritos que apuram supostos pagamentos de propina durante licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As investigações apuram denúncias envolvendo a empresa francesa Alstom e a alemã Siemens.
Quando há dano ao erário, esse é o procedimento correto, pois é preciso garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de comprovação da culpa e de sentença condenatória. No caso do cartel formado pela Siemens e Alstom a Justiça Federal foi precisa ao adotar medida.
Diferentemente do caso do cartel formado para fornecer material metroferroviário ao governo paulista, a Justiça ainda não esboçou qualquer intenção de obrigar os mensaleiros a devolverem o dinheiro desviado dos cofres federais.
Condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (Mensalão do PT), os mensaleiros, desde o início do processo, puderam movimentar livremente recursos financeiros, sem que a Justiça tivesse se preocupado em arrestar bens que garantissem o ressarcimento do suado dinheiro do contribuinte que foi escandalosamente roubado.

Muito antes de ser o país do “faz de conta”, o Brasil é o paraíso daqueles que têm poder e dinheiro. Muito estranhamente, como se não bastasse o acintoso aparelhamento do STF, os mensaleiros contrataram os mais caros e badalados criminalistas brasileiros, sem que a Justiça se importasse com a origem do dinheiro usado para o pagamento dos honorários.
As autoridades verde-louras devem redobrar a atenção, pois há mensaleiros agindo nos bastidores para transferir parte do patrimônio a terceiros, supostamente insuspeitos. Uma das operações, relatada ao ucho.info, dá conta que artistas famosos estariam atuando como “laranjas” na aquisição de caros imóveis no exterior. Ou seja, o glamour e a fama de uns serviriam para camuflar o banditismo incorrigível de outros.
É importante esclarecer que este site não defende os integrantes do cartel de São Paulo, mas exige que a Justiça seja isonômica na aplicação da lei e respectivas punições a meliantes que saqueiam o Estado.



NO  BLOG ALERTA TOTAL

O direito de não ser obrigado a votar e eleger bandidos
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Fará nenhuma diferença para a geopolítica globalitária se acontecer uma zebra e o PT for defenestrado do troninho escatológico do Palácio do Planalto em 2014. A prática e a consolidação do Capimunismo (combinando um receituário socialista Fabiano com o cinismo neolibertino) já asseguram que o Brasil continuará condenado, por muito tempo, a ser o que sempre foi: uma rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria para servir aos interesses dos controladores do sistema globalitário.
Por isso, qualquer resultado do processo eleitoral de 2014 é absolutamente irrelevante. No cassino globalitário do Al Capone, com direito a pósmodernosas urnas eletrônicas 101% confiáveis, mas que não permitem uma auditoria impressa do voto, o eleitor é sempre enganado. Por isso, é completamente inútil comparecer à eleição, legitimando um processo que vai garantir o emprego dos representantes do Governo do Crime Organizado.
Não adianta votar nulo. Fazer isto é bobagem. A atitude mais corajosa é dizer não ao voto – pelo menos no pretenso sistema representativo que temos no Brasil, no qual os inocentes inúteis eleitores legitimam a escolha de hediondas figuras que não nos representam, mas que cuidam muito bem dos seus interesses pessoais e de seu grupinho de esquemas de poder.Voto obrigatório é a negação do processo democrático. Aliás, não temos e nunca tivemos democracia no Brasil. Aqui nunca tivemos segurança do Direito. Também não temos exercício de qualquer razão pública. Também não temos direito à informação livre e correta. Sem estes três pressupostos inexiste Democracia. Assim, temos, por aqui, uma Democradura Capimunista. O exercício pleno do cinismo político.
Nosso modelo é canalha. O voto, que deveria ser um direito-dever, é um ato compulsório. E autoritário, já que somos obrigados a votar apenas nos personagens escolhidos pelos Partidos. O negócio fica mais escroto ainda porque temos liberdade, sequer, para criar os partidos. E nem temos o direito de votar em candidatos independentes. Isto é pura Democradura!
Os brasileiros se transformaram em hienas que riem de si mesmos (ou mesmas). Vide o que nos chama atenção o brilhante neurocirurgião e atento cidadão Humberto de Luna Freire Filho: “Foi publicado no Diário Oficial da União (DO) que acaba de chegar oficialmente ao Brasil duas obscuras figuras; Jorge Caridad Peres Gonzales e Alícia Marlene Montesino enviadas pelo mais ilustre defensor dos direitos humanos em toda a América Latina e Caribe, o democrata Raul Castro. Seus pupilos terão a nobre missão de contribuir com os trabalhos da nossa valorosa comissão da verdade. Eu sempre acreditei no Brasil e jamais poderia imaginar que um dia meu país ofereceria ao mundo espetáculo mais ridículo”.
A situação atingiu um nível tão ridículo que até alguns meios de comunicação começar a bater no desgoverno. Vide o antológico vídeo, abaixo. O apresentador Hélio Costa, da TV Record em Florianópolis (SC) deu uma enquadrada e deixou sem palavras o petista Volnei Morastoni (presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina). O petista, que já foi prefeito, tentou fazer proselitismo, jogando a culpa no Ministério da Saúde pela falta de eficiência no serviço de atendimento a queimados. O apresentador apenas lembrou que o partido dele cuidava do ministério criticado, e o parlamentar, ficando PT da vida, ficou mudo... 
É para dar emprego bem remunerado e acesso às facilidades do poder que vamos dar o nosso voto?
Karl Marx até poderia ressuscitar e proclamar que o espectro do comunismo ronda o Brasil. Mas a situação é muito pior. O Capimunismo, o cínico capitalismo de Estado, com ações pretensamente socialistas, e a parceria do crime organizado, já dominam o Brasil. O pior é que não existe perspectiva de mudança. Votar contra o PT não resolve mais nada. A petralhada já tem a hegemonia. E não indicações de que vá perdê-la. Só ingênuos (ou inocentes inúteis) acreditam em milagre para reverter tal quadro.
Pela lógico do atual sistema, de nada adianta votar. Por isso, é legítimo o direito de quem não quiser mais ser obrigado a votar para eleger políticos que (mesmo sendo supostamente honestos) vão ingressar em um sistema que funciona na base da corrupção, da mentira e do abuso de poder. 

Voo da Vergonha da Ideli
No Brasil da impunidade, quem age erradamente dá voos cada vez mais altos na política...
Por isso, releia e reflita: Movimento pela internet inicia boicote à campanhaeleitoral de 2014, pregando: “Não voto em bandidos”
Reveja, também: A Farsa Eleitoral: Diga NÃO à Eleição!, escrito pelo advogado Antônio Ribas Paiva.


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Construção da Golden Gate, o esplêndido cartão postal sobre a baía de San FranciscoEm 27 de maio de 1937, mais de 20 mil pessoas aguardavam, ansiosas, o som da sirene que anunciaria a inauguração da Golden Gate, a enorme ponte que liga San Francisco ao Condado de Marin, na costa da Califórnia. A decretação do feriado em homenagem ao Dia do Pedestre liberou do trabalho todos os interessados em festejar a conclusão do monumento arquitetônico que consumira quase duas décadas. No fim do dia, cerca de 200 mil pessoas haviam feito a travessia. Em 28 de maio foi a vez dos carros: pelo menos 32 mil automóveis passaram pelo local.
Joseph Strauss, o engenheiro responsável pela obra, teve de superar a hostilidade de políticos e colegas de profissão, que consideravam impossível erguer uma ponte com 1.500 metros de extensão naquele traiçoeiro estreito no Oceano Pacífico. Muitos moradores da região também se opuseram ao projeto que, a seus olhos, arruinaria a linda vista da baía de San Francisco. Strauss morreu um ano depois de sair vitorioso do seu maior desafio.
Neste fim de semana, a coluna convida os leitores a embarcar nas imagens da Associated Press e contemplar algumas etapas da construção da Golden Gate.

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