DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 06-11-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Está nas mãos do juiz Sérgio Fernando Moro, do Tribunal de Justiça do Paraná, um pedido de prisão preventiva da Polícia Federal contra dez dirigentes da Cia Nacional de Abastecimento (Conab), inclusive seu presidente, Silvio Porto, ligado ao secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho. Esta coluna apurou que a PF está convencida de que Porto seria o cabeça de suposta quadrilha acusada de desviar recursos do programa federal Fome Zero.

Sílvio Porto chegou a ser preso pela PF quando foi deflagrada a Operação Agro-Fantasma, que investiga os rombos ao Fome Zero.

Porto comprou sem licitação R$ 11 milhões em suco de uva de duas cooperativas gaúchas, e o limite legal é R$ 1,5 milhão para cada uma.

O presidente da Conab é acusado de usar a ligação a Gilberto Carvalho para ignorar sua subordinação ao ministro da Agricultura.

Ex-coordenador de auditoria da Controladoria Geral da União, Tarcisio Gomes de Freitas, diretor-executivo do DNIT, cometeu infração que ele mesmo condenava, ao viajar de Santarém (PA) a Brasília no jatinho do empreiteiro Arlindo Cavalca Filho, que tem contrato com o órgão. O art. 5o da lei 8.027/90 considera falta administrativa, punível com demissão, receber presentes ou qualquer vantagem em razão de suas atribuições.

Durante viagem de Tarcisio Freitas, o DNIT assinou empenhos no valor de R$ 26,4 milhões para a Cavalca Construções, do dono do jatinho.

O código de ética do servidor público – Resolução nº 3/2000 – proíbe brindes que ultrapassem o valor de R$ 100, já considerados presentes.

Segundo código, é vedado receber presente quando o “ofertante mantiver relação comercial com o órgão a que pertença a autoridade”.

O José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que “a espionagem brasileira não viola privacidade”. Tem razão: nossos arapongas dão um Google, que por sua vez é rastreado pela NSA, a espionagem americana…

O comboio presidencial com dez batedores e meia dúzia de carros com seguranças, além da ambulância, impressionou quem observava a chegada de Dilma, ontem à abertura da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. O evento fica a 4,5 km do Planalto.

Ao obter no Conselho Nacional de Justiça o afastamento do ex e do atual presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, suspeitos de “inflar” artificialmente o valor de precatórios, o corregedor nacional, Francisco Falcão, mostrou desassombro e compromisso com uma Justiça limpa.

A ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT-CE) ganhou um cala-boca de R$ 6 mil reais por sessão no Conselho Fiscal do BNDES, nomeada por Dilma. Se comparecer a todas, vai ganhar R$ 54 mil.

O ministro Agnaldo Ribeiro (Cidades) está radiante com o desempenho do “Minha Casa, Minha Vida”. Em dois anos, o governo Dilma celebra 2 milhões de unidades contratadas. Aliás, o dobro de todo governo Lula.

Advertidos pelo PT contra “problemas políticos”, o terrorista Cesare Battisti cancelou a palestra na UFSC, revelada nesta coluna no dia 31. Poupou nossa grana e se livrou de protesto marcado na internet.

O que nasceu primeiro: cartões corporativos para arapongas correrem o mundo atrás de “inimigos” ou “inimigos” que nos vigiam de longe?


NO BLOG DO CORONEL



Se existe uma certeza em todos os analistas políticos é que o governo Dilma não tem o principal: uma marca. É um governo genérico. Um governo sem personalidade. Um governo tubaína.

O PAC só não afundou de vez na Transposição do São Francisco porque a água prometida não chegou ao sertão. O grande canal virou uma enorme valeta. Da mesma forma só não descarrilou para sempre na Ferrovia Transnordestina porque não tinha trilhos. O trem-bala, aberração marqueteira, nem projeto tem. Aliás, a "prateleira de projetos" prometida pelo Lula virou um baú velho, sem nada dentro. A sempre lembrada Mãe do PAC é um zumbi que ´zomba da gente com o seu português ruim e o seu mau humor crônico. Só falta enterrar uma estaca no peito da morta-viva, depois do leilão de um concorrente só para aquela que seria a maior riqueza do país: o pré-sal. O governo Dilma não tem marca, só tem cicatriz.
Os campeões nacionais e globais do megalômano Lula viraram os X Micos, pão com banana, em vez dos gostosos X Burgers do Mc Donalds. Mas torraram bilhões do BNDES que, aliás, prefere mandar dinheiro para Cuba e Angola, sob segredo de Estado, em vez de financiar empresas brasileiras. Sob o ponto de vista econômico, o governo Dilma, em vez de mostrar, precisa esconder. Haja maquiagem para esconder tanto fracasso na política fiscal, na política cambial, na política de concessões, na politicagem dos 39 ministérios loteados, muitos deles, como o do Trabalho e Emprego e o da Agricultura para verdadeiras quadrilhas.
Os factóides marqueteiros anunciados em estrepitosos pronunciamentos em cadeia nacional duram cada vez menos. O preço da luz baixou e ninguém lembra, apenas as empresas concessionárias que tiveram os cofres sangrados e a quebra dos contratos. Os juros mais baixos pomposamente anunciados já voltaram a subir e logo vão romper os 10%, porque ninguém confia neste governo e os investidores cobram mais caro pelo risco. O Ciência sem Fronteiras, por onde andará que ninguém mais fala? E as 8.000 creches que não saem do chão e não atendem a demanda de 8 milhões de crianças? E a Minha Casa, Minha Vida que virou Minha Casa, Minha Dívida, com uma inadimplência que já rompe os 50%? Até mesmo o rasgo de patriotismo contra a espionagem americana foi para o beleléu. Ficou provado que o Brasil também espiona, como qualquer outro país.
Agora o governo terminal aposta no Mais Médicos. E comete mais crimes, desta vez trabalhistas, pois está mascarando uma relação de trabalho. Dilma quer transformar aqueles velhos cubanos em estagiários, como se viessem para cá fazer residência. O custo do programa pode mais do que dobrar, em função de que o Brasil terá que contratar cada médico estrangeiro como um empregado regular, com todos os custos, nada mais justo. Além disso, a médio prazo a presença de médicos estrangeiros sem estrutura mínima de trabalho apenas vai escancarar o sucateamento do SUS. O povo vai sofrer, mas Raul Castro vai nadar em bilhões de reais enviados para os cofres da sua ditadura assassina. Cada médico cubano que desembarca no Brasil financia cem crimes contra os direitos humanos em Cuba.
Claro, sempre sobra a Bolsa Família, mas a pobre Bolsa acaba de completar 10 anos, já virou commodity social. Não vai mais colar o discurso que o PSDB quer acabar com ela, já que o candidato Aécio Neves apresentou projeto para transformá-la em política de Estado, via lei. As mentiras do PT não mais funcionarão. Assim como não poderão mentir sobre privatizações, já que entregaram patrimônio nacional em leilões de um mínimo lance só.
Por fim, onde está a marca do governo da Dilma? Não tem. E não é por incompetência de marketing. É por incompetência de gestão, é por falta de planejamento, é porque o PT sempre quis o poder, mas nunca se preparou para governar. Pelo amor de Deus, Mercadante na Educação? Pimentel no Desenvolvimento? Ideli na Articulação? Lula cafetinou a herança de Fernando Henrique o mais que podia, para depois chamá-la de maldita. Dilma está cafetinando o legado do Lula e esgotando tudo o que ele deixou, depois de surfar na onda do crescimento econômico global. Esta gente não tem técnica e nem talento. Não tem projeto de país, tem projeto de poder e de mamar. A gestão do país está em choque. Choque anafilático. Na UTI. Chegou a hora de dar a extrema-unção e rezar para que morram logo. R.I.P, PT!


O mau humor do mercado financeiro fez a cotação do dólar disparar ontem. O dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,95% e chegou a R$ 2,289, na maior cotação desde 6 de setembro. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com valorização de 1,70% (R$ 2,283 na venda), recorde desde 11 de setembro deste ano. Desde o início da semana passada, a alta acumulou 4,4%, ou R$ 0,10. Embora parte disso seja provocada pelas perspectivas de fim da injeção de dólares nos Estados Unidos, foi o real a moeda emergente que mais se desvalorizou ontem, entre as mais negociadas.

O fenômeno foi visto por analistas como uma reação à dificuldade do governo em manter a meta de economia para pagar juros da dívida. Para economistas, o governo tem dificuldades em cortar o próprio gasto e uma política intervencionista que demonstra ser avessa ao lucro. Para recuperar a credibilidade a um ano da eleição, tem feito reuniões com empresários e banqueiros e sinalizado aperto nos gastos e redução nos repasses feitos aos bancos públicos.
"O governo colhe o que plantou. Quando há credibilidade, pode-se cometer pequenos erros sem maiores consequências. Mas, quando a credibilidade se esgota, qualquer pequeno erro é um grande problema", disse Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central. "A política fiscal é uma sucessão de equívocos e maquiagens, que só não é pior que o desempenho no plano setorial e regulatório."
Ao longo do ano, o estrago no mercado de juros foi ainda maior. A taxa pós-fixada (CDI) saltou de 6,92% para 9,28%. Juros maiores indicam que os investidores "exigem" um retorno maior, seja porque há uma aversão ao risco maior, seja porque consideram que as contas do país estão se deteriorando. Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o maior problema é o crescimento baixo, mas não há sinais sobre como isso vai ser revertido. "A presidente acha que pode reverter a credibilidade se reunindo com empresários. O mau humor não é manifestado pelos líderes, mas por quem analisa os riscos do investimento", disse.
Para Carlos Tadeu de Freitas, ex-diretor do BC, o governo deveria responder com um planejamento crível para recuperar as contas públicas. "O Brasil não está à beira da catástrofe, mas o governo tem que aceitar que a situação fiscal se deteriorou porque foi usada para estimular a economia. Funcionou? Não, mas ajudou. Para reverter, tem de fazer um planejamento, porque o resultado dos ajustes fiscais demora." (Folha de São Paulo)

Claro que a Dilma e o PT não tem os requintes tecnológicos de uma NSA. Cada macaco no seu galho. Se tivessem, no entanto, fariam a mesma coisa que os Estados Unidos fazem. Qual a diferença entre matar alguém com uma faca enferrujada ou com um drone? O crime é o mesmo. A nossa Abin, azar nosso, tem pouca tecnologia. O GSI idem. Mas fazem espionagem oficial, entregando aqueles relatórios escrito "reservado" para a presidente da República. É isso que ficou comprovado com as denúncias da imprensa de que o governo brasileiro espionou diplomatas de outros países. Acabou o discurso indignado da Dilma. Ela e o PT também espionam os outros. Que feio! 
Ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um dos petistas que coordenou a campanha da Dilma em 2010, declarou:
"O que não posso fazer é violar direito das pessoas, a soberania das pessoas. Essa me parece uma diferença crucial. Se nós não fizermos essa distinção, vai dar a impressão de que estamos usando o mesmo método que nós recriminamos. Isso não é verdade".
É bom que o ministro da não esqueça que o PT violou o sigilo bancário da filha de José Serra e de pessoas ligadas ao candidato tucano, durante a campanha que ele coordenava. O PT faz o que pode em termos de espionagem. Se não faz mais, é porque não sabe ou não tem tecnologia. Esta é a verdade.

NO BLOG DO NOBLAT

Vinicius Neder, Estadão
A exploração do prospecto de Libra custará US$ 400 bilhões ao longo dos 35 anos do contrato de partilha, incluindo o bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que deverá ser pago no dia 19, de acordo com o que anunciou nesta terça-feira, 5, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por esse cálculo, a Petrobrás, líder do consórcio vencedor do leilão realizado em outubro, teria de arcar com 40% do total ou US$ 160 bilhões. O contrato de partilha será assinado entre 10 e 17 de dezembro.
Os valores foram estimados em estudo da IHS, maior consultoria internacional do setor. Em outro relatório, a consultoria estima em 11,8% a taxa interna de retorno (TIR) do projeto, assegurando 77,5% dos recursos gerados para a União. A maior parte dos US$ 400 bilhões é custo operacional (opex), pois o investimento em capital (capex) exigirá cerca de US$ 100 bilhões. Ao longo dos anos, o pico de investimentos em capital seria 2019, para quando está prevista a extração do primeiro óleo de Libra, com cerca de US$ 18 bilhões. O primeiro ano de investimento relevante seria 2016, com cerca de US$ 4 bilhões.

O Globo
Em um dia de aversão a risco no mercado internacional e de preocupação com a política fiscal brasileira, investidores venderam ações e compraram dólares. Na lista das 16 principais moedas do mundo acompanhadas pela Bloomberg, o real teve nesta terça-feira a maior desvalorização frente ao dólar, com queda de 1,92%. De outro lado, mesmo com uma intervenção do Banco Central no mercado futuro no valor de US$ 497,2 milhões - conforme o previsto no programa de injeções diárias - a moeda americana fechou na maior cotação desde 6 de setembro, a R$ 2,289, com valorização de 1,95%.
A Comissão Europeia reduziu nesta terça-feira sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2014 para 1,1%. Investidores também estão atentos à divulgação do PIB dos EUA nesta quarta-feira e a estatísticas do mercado de trabalho americano na sexta-feira. Estes dados podem influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre os estímulos à economia. Parte do mercado acredita que a redução pode começar em dezembro.

Tânia Monteiro, Estadão
A ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins foi contemplada pela presidente Dilma Rousseff com uma cadeira de membro efetivo do Conselho Fiscal do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O "prêmio" servirá para neutralizar o assédio sofrido por Luizianne Lins pelo PSB e dar prosseguimento ao aparelhamento do Estado pelo PT.
O presidente do PSB, governador de Pernambuco e possível candidato ao Planalto, Eduardo Campos, tentou convencer Luizianne a sair do PT e ingressar no seu partido, sob a promessa de ser candidata ao governo do Ceará. Seria uma forma de equilibrar a legenda no Estado, após a saída do governador Cid Gomes, que migrou para o PROS.

Zero Hora
Milhares de pessoas foram às ruas em dezenas de cidades pelo mundo nesta terça-feira na Marcha dos Milhões de Mascarados, apoiada pelo movimento Anonymous. Na página de internet MillionMaskMarch.org, o movimento Anonymous aparece como apoiador da iniciativa, além de outras organizações, como WikiLeaks, The Pirate Party, Occupy and Oath Keepers to Unite Marchers, Occupiers, Whistleblowers e Hacktivists.
Segundo o site, "quem acredita em responsáveis pela Marcha dos Milhões de Mascarados sabe pouco sobre o Anonymous. Não há local oficial e ninguém está no comando: é um movimento, não uma organização". A data escolhida para o movimento coincide com a Noite de Guy Fawkes, quando houve uma tentativa mal-sucedida de se explodir o Parlamento Britânico em 5 de novembro de 1605, organizada por um grupo conhecido como "Conspiração da Pólvora". O episódio é mencionado na história de quadrinhos e no filme V de Vingança, origem das máscaras brancas difundidas em protestos ao redor do mundo nos últimos anos.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO





NO BLOG DO JOSIAS

A Câmara Municipal de Goiânia contratou por R$ 159,8 mil um serviço de dedetização disponível no mercado por R$ 6,5 mil. O contrato foi firmado em 14 de agosto. Nesta terça-feira (5), o Ministério Público do Estado de Goiás enviou ofício ao legislativo da capital goiana recomendando o cancelamento do negócio.
Disponível aqui, o ofício é assinado pelo promotor Fernando Aurvalle Krebs e endereçado ao vereador Clécio Alves (PMDB), presidente da Câmara. O texto traz o histórico do caso. Conta que foi realizada uma licitação na modalidade “pregão presencial”.
O edital previa a prestação de serviços de combate a insetos, ratos e cupins. Dentro e fora da Câmara Municipal de Goiânia. Incluía também o “desalojamento de pombos”. Candidataram-se três empresas. Prevaleceu a W&E Serviços Técnicos Ltda. (Ecologic), cujo orçamento foi de R$ 159,8 mil.
A segunda colocada, Desprag Dedetizadora Ltda., cravara R$ 159,9 mil. Diferença de R$ 100 em relação à vencedora. A terceira, Sistema Mercantil de Higienização e Conservação Ltda. (Matabem), orçara o serviço em R$ 160 mil. De novo, apenas R$ 100 mais caro do que a segunda.
Somando-se as áreas interna (9.305,34 m²) e externa (4.618,46 m²) da Câmara de Goiânia, chega-se a um total de 13.923,80 m². O promotor Fernando Krebs anexou ao documento enviado ao vereador Clécio uma proposta apresentada pela Matabem, a última colocada no pregão do legislativo.
Nessa proposta, a empresa orçara serviços de dedetização e desratização numa edificação de 7.400 m². Cobrara R$ 0,47 para cada metro. Total: R$ 3,478. O promotor fez as contas. E verificou que, aplicada à área da Câmara, a cotação da Matabem seria de R$ 6.544,20, uma cifra mais de 24 vezes inferior à que o legislativo se dispôs a pagar.
Para azar da Câmara, a mesma Matabem fornecera em 2012 serviços de dedetização à própria Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Goiás. Para eliminar insetos, ratos e cupins cobrara um valor mensal de R$ 1.243,33. Ou R$ 14.919,96 por ano. Valor mais de dez vezes menor do que o da Câmara.
Como que convencido de que deu roedor nas arcas do legislativo, o promotor Fernando Krebs resolveu dedetizá-las. Recomendou ao vereador Clécio Alves que anule o pregão tóxico, “sob pena de incorrer na prática do ato de improbidade administrativa.”
Aconselhou também ao destinatário do seu ofício que “substitua toda a Comissão Permanente de Licitação da Câmara Municipal por servidores concursados […] com capacitação técnica e idoneidade moral.”
No melhor estilo ‘quem avisa amigo é’, o promotor informou que decidiu remeter o ofício para que depois “não se alegue, em eventual processo judicial, ignorância, desconhecimento da lei ou boa-fé”.
Deixou claro que, desatendido, manejará “os instrumentos legais” para obter a “responsabilização dos agentes públicos envolvidos” na contratação. Fixou prazo de dez dias para que a Câmara dê sinal de vida, informando as providências que adotou.

Paulo Maluf, como se sabe, é o homem mais honesto que Paulo Maluf conhece. Ao condená-lo pelo superfaturamento de um túnel, o Tribunal de Justiça de São Paulo não abalou a confiança que Maluf tem em Maluf.
Um dia depois da condenação, a repórter Fernanda Calgaro perguntou a Maluf se ele não receia ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, ficando inelegível por oito anos. E Maluf:
“[A condenação] Não preocupa, meu amor, é só ler a lei. Eu não estou incluído, porque a lei é clara, tem que ter dolo ou enriquecimento ilícito. [E não aconteceu] nenhum dos dois.”
Maluf perguntou de onde era o título de eleitor da repórter. Por mal dos pecados, o documento foi emitido em São Paulo. Maluf sorriu: “Veja, então, o meu número: é 1111. Te convido a votar num bom candidato, que sou eu”.
O que mais incomoda no caso de Maluf não são as dúvidas perpétuas que o perseguem. O que desespera é a certeza que Maluf tem de que Maluf será reeleito.

NO BLOG UCHO.INFO


FHC decide romper o silêncio e comemora a criação do Proer, o “Bolsa Família” dos banqueiros

Fio trocado – Há situações que os políticos deveriam evitar, mas não o fazem porque a vaidade é infinitamente maior do que a razão. Ex-presidente da República, o tucanoFernando Henrique Cardosousou sua conta no Facebook para comemorar os dezoito anos da Medida Provisória que criou o Proer – Programa de Estímulo à Recuperação do Sistema Financeira Nacional.
No texto publicado na rede social, FHC afirma que o Proer foi “fundamental para o processo de estabilização da moeda” e “impediu um possível colapso do sistema bancário”, apesar de “atacado desde o início pelo PT”. É verdade que Fernando Henrique precisa ser reconhecido pelos acertos de seus dois governos, mas socorrer banqueiros é tão absurdo quanto tentar segurar uma quantidade de água na mão.
Banqueiros não levantam da cama para fazer caridades, até porque bancos não são instituições filantrópicas. Aliás, vivem de lucros estratosféricos e cobram caro pelo dinheiro alheio. E como qualquer negócio, banco também tem seus riscos. Ou seja, só entra nisso quem é do ramo e tem dinheiro de sobra para colocar no negócio.
Entre os anos de 1995 e 2000, o governo de FHC despejou perto de R$ 30 bilhões no Proer, mas mesmo assim alguns gigantes do setor financeiro nacional foram a pique: Econômico, Nacional e Bamerindus. Sem contar o Banorte, Mercantil de Pernambuco, Marka e FonteCidam.
Vale lembrar que por muito menos o secular Barings Bank, instituição que financiou importantes ações da coroa britânica, inclusive bélicas, faliu por causa de uma operação com derivativos na filial de Cingapura. E não houve qualquer ação governamental para salvar o banco, em cuja lista de clientes constava a Rainha Elizabeth e outros integrantes da família real.
Fernando Henrique tem outras realizações dos seus governos para comemorar, não a criação do Proer, um escárnio com o dinheiro público que serviu para tentar salvar a ousadia criminosa de alguns banqueiros, que por conta dos delitos cometidos deveriam estar atrás das grades. Não se pode confundir a necessidade de uma operação do Estado para evitar consequências desastrosas na economia com passar a Mao na cabeça de banqueiros aproveitadores. De tal modo, FHC não pode transformar um absurdo descomunal no maior de todos os feitos. Em suma, o ex-presidente perdeu a preciosa oportunidade de permanecer em silêncio.
Confira abaixo a íntegra da mensagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
“Há 18 anos, através da MP 1179 (03/11/1995) o presidente FHC criava o PROER, Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional. Fundamental para o processo de estabilização da moeda, o PROER impediu um possível colapso do sistema bancário, o que afetaria a poupança dos brasileiros e desencadearia grave crise econômica. Atacado desde o início pelo PT, o PROER recebeu posteriormente elogios do presidente Lula e de seu presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por ajudar a conter a crise mundial de 2008. Sem o PROER a economia do Brasil teria sucumbido naquele momento.
O Proer fez parte de um amplo programa de reestruturação do setor financeiro, incluindo uma profunda mudança regulatória, com a criação do mecanismo do seguro de depósitos, entre outros, inexistentes até então. A privatização de Bancos estaduais e novas legislações consolidaram um moderno sistema financeiro no Brasil, ampliando o caráter fiscalizatório do BC.
Entre 1995 e 2000 foram destinados, em títulos de longo prazo, cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, aproximadamente 2,5% do PIB. Tal custo público se situa bem abaixo do verificado no Chile, por exemplo, onde a crise financeira em 1985 levou 19,6% do PIB; na Argentina, em 1982, o valor atingiu 13% do PIB. Nos EUA, a crise financeira de 1991 custou ao Tesouro 5,3% do PIB.


Gastança de Mantega com caviar aterrissa no plenário do Senado e irrita parlamentar da oposição

Bico fino – Os acepipes à base de caviar e salmão que o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) consome nos céus do Brasil chegaram ao plenário do Senado Federal. Coube ao senador Mário Couto (PSDB-PA), um ruidoso e persistente integrante da oposição, cobrar o ministro da Fazenda explicações sobre os gastos com as iguarias, que chegam a R$ 74 mil anuais.
Em discurso inflamado na tribuna do Senado, o tucano Mário Couto exibiu foto dos canapés à base de caviar servidos ao petista Mantega, que como bom comunista não se contém diante das benesses patrocinadas pelo capitalismo.
Esse desvario gastronômico de Guido Mantega nada representaria se o Brasil fosse uma nação onde reinasse a igualdade social e o salário mínimo, aquele que recebe ao final do mês o reles trabalhador, fosse decente. Diferentemente do que ora gazeteiam os petistas, o salário mínimo vale a vergonha de R$ 678. Para piorar o cenário, dois terços da população brasileira, de acordo com o IBGE, recebe menos de dois salários mínimos por mês.
Para quem tem intimidade com os números, o ministro Guido Mantega torra, a bordo dos jatinhos da FAB, 109 salários mínimos por ano em caviar, salmão defumado e camarão rosa. Conta que é paga com o suado dinheiro do contribuinte.
Nada representaria um gasto de R$ 74 mil por ano se Mantega produzisse à altura do que custa esse paladar rebuscado da “esquerda caviar”. Mas não, Mantega é um incompetente que só continua ministro por imposição de Luiz Inácio da Silva, agora um bem sucedido lobista de empreiteira. E mais, sua incompetência continua recheando cinco entre dez piadas contadas no mercado financeiro nacional.
Para estocar ainda mais o governo petista de Dilma Vana Rousseff, o senador Mário Couto lembrou que, apesar dos slogans palacianos, muitos brasileiros passam fome diariamente. Como se fosse pouco, o parlamentar paraense lembrou que a farinha, ingrediente quase obrigatório na mesa dos seus conterrâneos, subiu 104%, enquanto o governo insiste em sustentar a mentira de que a inflação está abaixo do teto da meta (6,5%).
Mantega deveria mostrar que é corajoso e reembolsar os cofres públicos, pois é inaceitável que a população madrugue diariamente para entupir, a cada doze meses, os cofres oficiais com R$ 1,5 trilhão em impostos, enquanto o desgoverno petista continua a cometer sandices de toda ordem.
Fosse o Brasil um país minimamente sério, Guido Mantega já estaria demitido não apenas por causa dos canapés de caviar, mas, sim, por sua monumental incompetência. Mas, para infelicidade geral da nação, o Brasil continua sendo o reino do faz de conta. Até porque, certo estava Lula quando profetizou a lapidar frase “nunca antes na história deste país”.


Desespero bate à porta dos Sarney e governo de Roseana concentra verba estadual em candidato do clã

Basta – Os brasileiros assistem calados à ciranda que emoldura a discussão sobre a reforma política, algo tão necessário para a garantia da democracia e o desenvolvimento do País, que não mais suporta a politicagem barata e criminosa que se alastra de norte a sul.
Muito além de acabar com o instituto da reeleição, proposta que tem provocado polêmicas na órbita da matéria, é preciso extirpar os feudos políticos que há décadas funcionam de forma deliberada e covarde em muitos rincões brasileiros.
Um desses exemplos bizarros da política nacional está no Maranhão, o mais miserável estado da federação, que há pelo menos cinco décadas é refém dos desmandos totalitaristas do senador José Sarney e seu clã.
Para garantir a perpetuação do domínio político no estado, o grupo de José Sarney lançou o atual secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, como candidato ao Palácio dos Leões em 2014, uma vez que a governadora Roseana está em seu segundo mandato consecutivo.
O desespero do grupo comandado por Sarney é tamanho, que sem qualquer cerimônia o governo de Roseana Sarney concentrou verbas do orçamento estadual na pasta comandada por Luís Fernando Silva. A Secretaria de Infraestrutura, que em 2013 contou com orçamento de R$ 259,2 milhões, em 2014, ano de eleições, terá R$ 692,7 milhões para gastar. O absurdo oficial, com a chancela da governadora, pode ser conferido no orçamento de 2014 de pastas importantes como Segurança Pública e Educação.
Para que o leitor compreenda a extensão do escárnio patrocinado pelo clã Sarney, que instalou no Maranhão um apartheid verde-louro, os programas de erradicação do analfabetismo e de combate ao analfabetismo absoluto sofreram, juntos, corte de R$ 8 milhões. Já a Secretaria da Saúde, comandada pelo cunhado da governadora, Ricardo Murad, foi contemplada com aumento orçamentário de R$ 228,2 milhões. Lembrando que Murad é um dos cabos eleitorais do candidato da “famiglia” Sarney.
Apesar de toda essa escandalosa manobra orçamentária para favorecer Luís Fernando Silva, o grupo liderado por José Sarney não está plenamente confiante na candidatura do secretário da governadora Roseana. Tanto é assim, que a “famiglia” tem insuflado a campanha de Eliziane Gama, pré-candidata do PPS ao governo maranhense. A ideia dos Sarney com essa estratégia desesperada é tentar tirar votos de Flávio Dino, candidato do PCdoB e atual presidente da Embratur. Em 2010, Roseana Sarney por pouco não perde a eleição para Dino, que no próximo ano pode decidir a disputa ainda no primeiro turno.

NO BLOG ALERTA TOTAL


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A disputa presidencial de mentirinha em 2014 começa a produzir seus factoides. Vai dar em absolutamente nada a representação movida ontem pelo diretório mineiro do PSDB, no Ministério Público Federal, contra Dilma Rousseff – a favorita à reeleição no cassino das urnas eletrônicas sem auditoria. Os tucanos querem a suspensão dos direitos políticos da Presidenta-candidata por oito anos, pelo que chamam de “abuso inédito da máquina de comunicação do governo federal”.
Na verdade, os tucanos apenas provam do veneno da reeleição – mal institucional por eles inventado na Era FHC. Qualquer bebezinho de colo sabe que ações propagandísticas de desgoverno e campanha reeleitoral permanente sempre foram a mesma coisa na cabeça dos estrategistas do PT. Viagens rotineiras, entrevistas midiáticas programadas em rádios e televisões locais, injeção de verba publicitária na mídia de maior alcance, inaugurações de obras demagógico-eleitoreiras e manifestações públicas da Presidenta sempre foram, na prática, pura campanha política.
Curiosamente, a pretensa oposição nunca coloca fogo no circo do maléfico Palhaço do Planalto. Se os tucanos realmente quisessem pegar no calcanhar de Aquiles da campanha descarada e antecipada, teriam entrado com uma representação no MPF sobre uma reunião da cúpula petista, em pleno Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ocorrida em outubro. O encontro juntou, na maior cara de pau, em prédio funcional público, o núcleo da campanha reeleitoral da Dilma. Ninguém reclamou.
Participaram daquele encontro a Presidenta Dilma, o Presidentro Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, o marketeiro João Santana e o ministro da Educação, Aloísio Mercadante Oliva. Por que os tucanos ou demais supostos opositores não reclamaram de uma reunião claramente politiqueira, disfarçada de almoço, absolutamente fora da lei, em um prédio público?
Nervosismo
A Petrobrás fará uma reunião extraordinária de seu Conselho de Administração nesta sexta-feira.
O objetivo é preparar o terreno para a tensa Assembleia Geral do Conselhão da empresa, agendada para o dia 22.
Um assunto merece solução prioritária: resolver o impasse entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, sobre o gatilho para aumentar a gasolina e o diesel conforme a cotação dos combustíveis nos EUA.
Mal amadas e sem força política...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES


No vídeo, a presidente e Sérgio Cabral se deslumbram com o passeio pela galeria de vigarices virtuais que Eike criou

Em 26 de abril de 2012, ciceroneados pelo risonho vendedor de nuvens, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral baixaram no litoral do Rio para deslumbrar-se com as duas façanhas mais recentes de Eike Batista: o começo da produção de petróleo da OGX na Bacia de Campos (iniciada oficialmente três meses antes) e os trabalhos de parto, em São João da Barra, do Superporto do Açu. Só “porto”, sem o “super”, pareceu muito pouco para um megaempresário, que enfeitou a segunda vogal de Açu com um acento tão justificável quanto a euforia da comitiva.
O vídeo registra parte da discurseira que celebrou, ao fim do passeio, a audácia, o tirocínio e a onisciência do oitavo colocado no ranking mundial dos bilionários da revista Forbes. “Eu quero dizer, Eike, que pra nós é um grande orgulho, e o Brasil precisa cada vez mais reconhecer  os seus empreendedores”, derreteu-se Cabral. O governador faz uma pausa ligeiríssima, olha Eike nos olhos e capricha na bajulação em dilmês de principiante: “E você dando continuação a esse grande brasileiro que é o seu pai, assim como a Dilma dando continuação ao grande brasileiro que é o Lula”.
A presidente pega o bastão e solta outra peróla do dilmês erudito: “Eu acho que uma empresa privada de petróleo tem todo sentido no Brasil, sobretudo pelo fato de que aqui temos uma empresa privada nacional de petróleo”, derrapou Dilma Rousseff. Em seguida, a chefe de governo e o chefão do império virtual posam para a posteridade vestindo jaquetas da OGX. Encerrada a cerimônia, o comício ufanista prosseguiu com a entrevista coletiva.
“Mais empresários deveriam seguir o exemplo do Eike Batista” , aconselhou a presidente. ”Tanto o primeiro óleo de uma empresa nacional privada de petróleo como toda a realidade desse porto integrado merece nosso respeito e merece da parte do governo, vocês podem ter certeza, toda a atenção e todo o suporte”, emocionou-se o neurônio solitário. Que, antes de decolar rumo a Brasília, avisou que esperaria o início das operações do superporto, ainda em 2012, para voltar a São João da Barra. Se a condicionante for mantida, a cidade jamais verá Dilma de novo.
O vídeo abaixo foi concebido para mostrar ao mundo o que acontece quando um empresário genial age em parceria com uma supergerente de país. Menos de dois anos depois de divulgado, é só outra evidência do que é capaz de fazer um fabricante de tapeações virtuais protegido por um neurônio solitário e poderoso. Enquanto maquetes, gráficos e outras formas de ilusionismo desfilam na tela, uma boa voz despeja números hiperbólicos e garante que o céu é o limite.
Deu no que deu. O império está em escombros, mas Eike não ficou pobre. Os pagadores de impostos terão de bancar o prejuízo decorrente do golpe bilionário. Como Lula, Dilma não para de gabar-se de assombros que ninguém vê. É compreensível que se tenha deslumbrado com um superporto que morreu sem ter nascido e uma empresa que encheu trilhões de barris com petróleo inexistente.
O padrinho é um Eike de palanque. A afilhada é um Eike de terninho ─ e incapaz de dizer coisa com coisa.


Publicado no Globo em 05-11-2013
JOSÉ CASADO
O tom de voz era grave:
─ Quero ganhar a eleição para cuidar do meu povo como mãe cuida do filho, é pra isso que serve o Estado.
Soou estranho
Não era mulher falando, mas o presidente da República. Lula discursava como se fosse Dilma Rousseff, em Salgueiro, a 500 quilômetros de Recife. Naquela terça-feira, 17 de agosto de 2010, a estreante do PT estava em São Paulo, mas pairava onipresente no sertão ─ em roucos arremedos do presidente.






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