HISTÓRIAS COM CHICO XAVIER



Um minuto com Chico Xavier
JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
O caso que apresentaremos a seguir, narrado pelo próprio médium, revela não só a pureza do caráter de Chico, naquela época com apenas 22 anos, como também suas lutas financeiras que o impediam de adquirir um simples livro espírita, além de tornar evidente a grandeza e fidedignidade de sua mediunidade que se manteve por mais de setenta anos fiel a Jesus. 
‘(...) Quando saiu o “Parnaso de Além-Túmulo”, em 1932, eu tinha um desejo enorme de comprar alguns livros de Espiritismo, entretanto, meu salário era de 90 cruzeiros por mês e namorava o Catálogo da Livraria da FEB, inutilmente. Meu único amigo no Rio, por esse tempo, era o Quintão, mas envergonhava-me de pedir-lhe publicações. Em Belo Horizonte, não conhecia ninguém da comunidade doutrinária. Tempos depois da saída do “Parnaso” (não sei a época certa. Deve ser de 1932 a 1935. O tempo voa), certa noite recebi “A Verdade”, o jornal que me vinha de tuas mãos, quando eu não te conhecia pessoalmente, e, como sempre, devorei a página consoladora assinada por “Vovó Virgínia”. Dormi ou me libertei do corpo carnal meditando nela, quando me senti, fora do veículo físico denso, num jardim. Lá estavam uma senhora cercada de luz e um cavalheiro parecendo muito mais moço que ela. Uma secreta ligação me atraía para ela e aproximei-me timidamente. Quis abraçá-la mas receei ser intruso. Então ela sorriu, enlaçou-me e disse:
– Você não me conhece mais? Eu sou Virgínia.
Associei as palavras com a pessoa que escrevia em “A Verdade” e entreguei-me ao seu maternal coração. 
Ela me contemplou bondosa, e disse:
– Que deseja você?
Ingenuamente, eu me recordei dos livros que eu desejava obter em vão e disse-lhe, à maneira de criança:
– Vovó Virgínia, eu queria alguns livros para aprender o caminho...
Sorridente, a senhora abraçou-me, com mais carinho, e disse:
– Vou mandar os livros que você deseja, e prometo mais, que você trabalhará conosco e receberá muitos livros...
Em seguida, a dama e o cavalheiro me trouxeram até a casa, numa excursão, em que a palestra foi inesquecível para mim, e retomei o corpo, em lágrimas de contentamento.
Decorrida uma semana, o Laboratório Wantuil me escrevia uma carta em nome de Vovó Virgínia (lembras-te?) – o assunto deve constar de teu arquivo – oferecendo-me 10 livros espíritas, a serem escolhidos por mim, no Catálogo da Federação (que eu observara ansiosamente), em nome dela. Escolhi os dez livros, e por sinal que eram os mais caros e escrevi-te acrescentando que Vovó Virgínia, a generosa doadora, devia ser tu mesmo, abstendo-me, contudo, de relatar-te o fato em si, temendo desagradar-te. Recebi as obras, que ainda guardo comigo e arquivei mentalmente o assunto. Quando visitei, porém, o teu lar acolhedor, em setembro de 1939, encontro Zêus, perto da escada de acesso ao andar superior, e reparei com assombro que ele, embora criança, era perfeitamente o cavalheiro que estava com a luminosa entidade no jardim. Notei tudo e calei-me. Quando subiste à Presidência da FEB, em 1943, recebi algumas visitas da grande missionária que te foi abnegada mãe na Terra e compreendi melhor.
Não me surpreende, pois, tenha sido ele o teu Papai. Entendi-lhe a ligação sublime com a tua Mãezinha, desde a primeira hora de meu conhecimento pessoal. Isto é uma grande alegria para mim”.'

(Extraído do livro “Testemunhos de Chico Xavier”, escrito por Suely Caldas Schubert, e editado pela FEB.) 

Revista O Consolador, Ano 7 - N° 332 - 6 de Outubro de 2013.





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