DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-9-2013
NO BLOG DO ROBERTO MOREIRA
“Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já sabia que ia acontecer”, afirmou Lula. “O servidor que comete algum ilícito tem de ser exonerado. O que valeu para o escritório (da Presidência) vale para qualquer lugar no Brasil no setor público.” Ontem, em entrevista para Teresa Cruvinel, sua ex-diretora da EBC, foi a primeira vez que o ex-presidente se manifestou sobre a investigação da PF que atingiu sua protegida e preferida Rosemary. A resposta mostra que Rose está com Lula sob controle. O silêncio dela e a autorização para que ele fale não deve estar saindo barato. Afinal de contas, Rose não pode ganhar um emprego do Renan Calheiros, no Senado, como a namorada do José Dirceu. Espera-se que a paga esteja saindo do bolso do favorecido e não dos cofres públicos, como antes.
O domingo político em Brasília começou com novas definições de filiações ao PROS, Partido Republicano da Ordem Social. José Roberto Arruda, preso quando governador de Brasília por receber propina e formar uma quadrilha dentro do seu governo, vai ser o presidente do PROS na capital Federal do país. Imaginem o que Ciro e Cid devem pensar. Os jornalistas contam que Waldemar Costa Neto é um dos articuladores da ida de Arruda para o PROS e o verdadeiro dono do partido.
Os jornalistas que militam em Brasília garantem que o PROS – Partido Republicano da Ordem Social, nasceu na cozinha do Palácio do Planalto, para abrigar os infiéis dos partidos aliados ao governo que serão expulsos ou convidados a deixar partidos que tenham candidatos a presidente da República. Outro comentário dos jornalistas de Brasília: o presidente do PROS, senhor Eurípedes júnior foi escolhido a dedo. Topa qualquer parada. Não por ser um homem simples, mas por aceitar participar de um esquema perigoso de não ter qualquer influencia e ser dono de um partido nacional, algo que poucos conseguem. É um laranja na visão da imprensa e da classe política.
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
A conta dos cartões corporativos do governo federal ultrapassou R$ 32 milhões em setembro, mês marcado pela decisão da presidenta Dilma Rousseff de hospedar-se com sua comitiva, em Nova York, esta semana, no luxuosíssimo hotel St. Regis, onde somente sua diária custou R$ 25 mil. Desde agosto foram R$ 6 milhões torrados com cartões. A Presidência é quem mais gastou: R$ 3,6 milhões.
Sob a surrada alegação de “segurança do Estado”, o Palácio do Planalto se recusa a detalhar as despesas com cartões corporativos.
Enquanto Dilma ocupava o hotel St. Regis, líderes do seu governo negociavam reduzir reajuste salarial dos professores, em todo o Brasil.
Gastos com cartões corporativos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) somam R$ 5,8 milhões em 2013. Tudo secreto, claro.
Estimam-se que os gastos dos Estados Unidos com espionagem e inteligência ultrapassam os R$ 130 bilhões por ano.
Ato do diretor de administração da estatal Infraero, José Clovis Dattoli, e do diretor jurídico, Francisco José de Siqueira, obtido pela coluna, traz de volta os conhecidos “jabutis no galho”. O ato altera o estatuto da empresa a fim de permitir o retorno dos extintos cargos comissionados: uma porta aberta aos apadrinhados, que chegarão sem ter obrigação de bater ponto, cumprir horário e ganharão mais que os concursados.
Ao extinguir os cargos, em 2009, o ex-ministro Nelson Jobim (Defesa) chamou os indicados políticos da Infraero de “jabutis no galho”.
Para o ex-prefeito Cesar Maia, que não morou lá, a desgraça do governador Sérgio Cabral está na lenda da “maldição” do palácio Guanabara, onde um escravo torturado antes de morrer lançou.
Os servidores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região serão poupados de dores nas costas e nas juntas: terão aulas de pilates garantidas em contrato de R$ 4,7 milhões até setembro de 2014.
O Tribunal de Contas do DF suspendeu concorrência de R$ 20 milhões em equipamentos para mil academias de ginástica em Brasília. Com amenidades e penduricalhos, cada academia custaria R$ 20 mil.
…já que não tem autossuficiência em petróleo, o Brasil bate recordes na produção de óleo de peroba.
NO BLOG DO CORONEL
O artigo abaixo da tabela é do Estadão. Os dados do mesmo estão um pouco desatualizados. Em maio de 2013, o número de funcionários do Executivo alcançava 1.010.311. E não para de crescer. Todo o esforço feito para desburocratizar e diminuir o peso do Estado na vida das pessoas, feito na era FHC, foi destruído pelo PT. O resultado é a corrupção em todos níveis, a ineficiência e o aparelhamento da gestão pública. O PT está arrasando o futuro do país. O custeio engole a capacidade de investimento. O país claudica, manca, se arrasta. Não há espaço para o empreendedorismo e para a iniciativa privada. É o gigantismo do Estado esmagando a livre iniciativa.
Em dezembro de 1994, o quadro de funcionários ativos do Executivo era formado por 964.032 servidores. Na busca de maior eficiência da máquina administrativa, ao mesmo tempo que procurava reduzir seu custo, como parte do ajuste fiscal indispensável ao êxito do plano de estabilização então em curso - o Plano Real, de julho de 1994 -, o governo tucano promoveu uma gradual redução da folha de pessoal. Em dezembro de 2002, no fim do segundo mandato de FHC, o quadro tinha sido reduzido para 809.075. Esses dados são do Boletim Estatístico de Pessoal publicado pela Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento.
No governo do PT, no entanto, a tendência se inverteu. Em dezembro de 2010, por exemplo, no fim do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Executivo tinha em sua folha 970.605 funcionários ativos, ou 20% mais do que no início da administração petista. O número continuou a crescer no governo Dilma, tendo alcançado 997.661 servidores ativos em dezembro do ano passado. Isso significa que, nos dez anos da gestão do PT, o quadro de pessoal do Executivo cresceu 23,3%. Hoje deve ser ainda maior (o último dado divulgado pelo governo refere-se a dezembro de 2012), pois o Orçamento da União em execução previu a contratação de 61.682 novos servidores públicos federais, a maior parte dos quais para o Executivo.
Uma parte do aumento do quadro de servidores foi explicada pelo governo petista como necessária para a recomposição da estrutura de pessoal de áreas essenciais para a atividade pública e para fortalecer as atividades típicas do Estado. Embora tenha havido aumentos gerais para o funcionalismo, a política de pessoal do PT foi marcada durante vários anos por benefícios específicos para determinadas carreiras, o que acabou gerando distorções e fomentando reivindicações de servidores de outras carreiras com base no princípio da isonomia.
Os relatórios sobre gastos com pessoal utilizam valores correntes, isto é, não descontam a inflação que houve desde o início da série histórica até agora. Para ter uma ideia da evolução dos gastos com pessoal, cite-se, apenas a título de exemplo, que, entre 2004 e 2011, enquanto a inflação acumulada ficou em 52,7%, o custo médio do servidor do Executivo aumentou mais de 120%. Isso significa aumento real de cerca de 46% do vencimento médio do funcionário do governo.

A Petrobras, que completa 60 anos na próxima quinta-feira, tem deixado os investidores de coração partido e analistas divididos nos últimos anos sobre o potencial de valorização de suas ações na Bolsa. Pressionadas pelas intervenções do governo na gestão da companhia e na regulação do setor, as ações preferenciais (PNs, sem voto) da Petrobras acumulam uma valorização de apenas 12,2% desde a descoberta do pré-sal na Bacia de Santos, em julho de 2006. Os papéis ordinários (ON, com voto) caem 11,7%. Um resultado decepcionante se comparado ao retorno de 64,73% da caderneta de poupança ou de 105% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), referência da renda fixa. O efeito foi uma fuga de 68.631 investidores pessoas físicas dos papéis da empresa nos últimos dois anos. São agora 293.427 pessoas física com ações da estatal. Os brasileiros não acreditam mais na sua maior empresa. (Informações de O Globo)
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
NO BLOG DO JOSIAS
O ronco das ruas produziu no Senado um surto de produtividade. Os senadores aprovaram a toque de caixa um lote de propostas de emenda à Constituição de teor moralizador. Enviados à Câmara, os projetos estacionaram na Comissão de Justiça da Câmara. E de lá não saíram mais.
Há peças desejáveis no pacote. Uma delas estende a exigência de ficha limpa para os servidores públicos. Outra facilita a tramitação no Congresso de propostas de iniciativa popular. Uma terceira abre perspectivas para a punição de juízes corruptos, hoje “penalizados” apenas com a aposentadoria compulsória. Há ainda a emenda que torna automática a cassação de políticos condenados no STF.
Autor dessa última proposta, apelidada de ‘PEC dos Mensaleiros’, o senador Jarbas Vasconcelos tenta evitar que que sua iniciativa, arrancada do Senado a fórceps, morra na fila de espera da Câmara. Pediu para ser recebido pelo presidente da Câmara, Henrique Alves. Os dois conversarão nesta segunda (30).
Antes mesmo da conversa, Henrique pediu a um deputado do grupo de Jarbas, Raul Henry (PMDB-PE), que dissesse ao senador: 1) terá honra em recebê-lo; 2) enxerga na emenda dele a melhor saída para evitar a repetição do flagelo Natan Donadon. O presidente da Câmara cobra da Comissão de Justiça pressa na análise da emenda de Jarbas e das outras que vieram do Senado.
Na campanha de 2014, quando você ouvir alguém falando de integridade moral e princípios éticos inatacáveis, cuidado com a carteira. Sempre que um candidato disser que precisa do seu voto, verifique se ele não precisa mesmo é de um interrogatório.
Eis a penúltima da editoria de polícia: empresas acusadas de fraude em licitações de trens em São Paulo, Estado gerido pelo PSDB, pagaram R$ 52 milhões a firmas de consultoria investigadas pela Polícia Federal. Apura-se a suspeita de que tais firmas foram usadas como intermediárias para repassar propina a políticos e servidores públicos. Aqui e abaixo, os detalhes.
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