DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 28-9-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Megbel Ferrreira, não tem do que reclamar, a não ser do vexame: apesar de condenado pelo plenário do Conselho Nacional de Justiça, que o considerou culpado de acusação gravíssima, apenas o aposentou por favorecer empresa em acordo com a prefeitura de São Luís. Para Megbel Ferrreira, afinal, curtir a inatividade com vencimentos integrais.

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) contou a parlamentares amigos que o governo já atingiu R$ 10 milhões em emendas empenhadas, em média, para deputados aliados.

O dono do PDT, Carlos Lupi, responsabiliza o ex-ministro e desafeto Brizola Neto (RJ) e o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira (SP), pela série de denúncias que atingiu em cheio o Ministério do Trabalho.

Novo mentor de política externa, o ex-jornalista Franklin Martins não viu o discurso de Dilma de perto porque ele é proibido de entrar nos EUA por ter participado do sequestro do embaixador americano, em 1969.

Desmotivados com os baixos salários e a falta de estrutura das Forças Armadas, militares estão coletando assinaturas pela votação da Medida Provisória 2215/01, conhecida como Lei de Remuneração dos Militares.

As embaixadas da Indonésia e do Japão, seguem o mau exemplo das demais, e demitem funcionários sem pagar direitos trabalhistas. Neste caso, a versão asiática do trabalho-escravo dos médicos cubanos.

Passou em branco no Twitter a reestreia da conta @dilmabr, três anos depois, fazendo piadas com seu fake @dilmabolada, de Jeferson Monteiro, seguindo uma linha de humor que não combina com ela.

…entusiasmado com a reestreia de Dilma no Twitter, Lula também vai abrir uma conta: @denovo2014.


NO BLOG DO CORONEL

O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, pediu nesta sexta-feira (27) à presidente Dilma Rousseff o "afastamento temporário" do diretor de política agrícola da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o petista Sílvio Porto (foto). O pedido acontece quatro dia após ele ser indiciado pela Polícia Federal em investigação sobre desvio em um dos programas do "Fome Zero". A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do ministério da Agricultura. Porto é acusado pela PF de cometer três crimes, estelionato, peculato e formação de quadrilha. Todavia, permanece no cargo após o indiciamento.
A decisão foi tomada após reunião realizada na manhã de hoje entre o ministro Antônio Andrade (Agricultura) e o presidente da Conab, Rubens Rodrigues -- na qual o ministro se "interou" sobre a investigação. Segundo a Folha apurou, o afastamento deve acontecer durante as investigações. Por determinação da Justiça, outros sete integrantes da Conab, entre eles o superintendente do órgão no Paraná, foram afastados.
Ontem a Conab afirmou que cabia à Presidência da República nomear e exonerar o diretor do órgão que foi indiciado por três crimes pela Polícia Federal. Segundo a Conab, o estatuto prevê que o presidente e os quatro diretores são "nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Ministro da Agricultura".
APOIO
No mesmo dia em que a PF deflagrou a operação contra a Conab, na terça (24), o presidente do órgão fez uma reunião com todos os servidores para sair em defesa do diretor indiciado. Segundo relatos de quem participou da reunião, Sílvio Porto disse que estava entrando num "túnel escuro" mas que iria sair dessa. Porto é filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1995 e muito próximo ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula.
A operação Agro-Fantasma foi deflagrada pela PF no Paraná, Estado onde foram identificadas diferentes fraudes no PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). De acordo com o delegado federal Maurício Todeschini, foi constatada a simulação de produção e entrega de alimentos feitas pela Conab em diferentes cidades. A PF indiciou 58 pessoas por diferentes crimes e prendeu 11, entre elas está um gerente da Conab também filiado ao PT. (Folha Poder)

Dilma Bolada, a famosa personagem fictícia da presidente da República, encontra-se agora com a verdadeira Dilma para uma entrevista. A agenda era esperada por Jeferson Monteiro, autor da versão virtual da petista. A presidente real aproveitou a reunião com o internauta para resgatar seu perfil no Twitter, desativada desde 2010. Tanto o encontro quanto sua reaparição no microblog fazem parte de uma ação do Palácio do Planalto para promover mais ativismo digital do governo nas redes sociais. Nesta sexta-feira (27), o porta-voz da presidente, Thomas Traummann apresenta oficialmente o novo portal do governo. (Da Folha Poder)
Dilma, ao receber Jefferson Monteiro e sua camisa vermelha, oficializa os ataques mentirosos e agressivos que ele organiza no twitter e facebook. A baixaria passa a ser oficial. Nenhum presidente da República do mundo utiliza qualquer meio de comunicação com tanta irresponsabilidade. A não ser Dilma, a partir de agora a Mãe da Esgotosfera.




NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Na VEJA.com:
O governo central (formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 87 milhões de reais no mês passado, no pior resultado para meses de agosto da série iniciada em 1997, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira. Superávit é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida. O valor significa uma queda de 97,7% em relação a julho, quando o superávit foi de 3,77 bilhões de reais. O resultado de agosto ficou dentro do intervalo projetado por analistas (de 1,8 bilhão de reais a um valor positivo de 3 bilhões de reais), mas abaixo da mediana projetada, de superávit de 250 milhões de reais.
O resultado, influenciado pelo elevado déficit de 5,733 bilhões de reais na Previdência Social, só não foi deficitário porque o governo antecipou dividendos de bancos estatais para fechar a conta do mês no balanço positivo. Em agosto, a receita líquida totalizou 73,271 bilhões de reais enquanto a despesa ficou em 73,184 bilhões de reais. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública acumula saldo positivo de 38,474 bilhões de reais, apresentando uma queda de 28,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já as despesas do governo central subiram 12,5% no acumulado de janeiro a agosto frente um ano atrás. As receitas tiveram alta de 8,1%, conforme os dados do Tesouro Nacional. Os recursos arrecadados com concessões no mês passado somaram 876,1 milhões de reais. No acumulado de janeiro a agosto de 2013, as receitas com concessões totalizaram 6,984 bilhões de reais.
Dividendos
O Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) pagou o maior valor de dividendos em agosto, 1,725 bilhão de reais. A Caixa foi responsável pela transferência à União de 1,2 bilhão de reais e o Banco do Brasil, de 1,135 bilhão de reais. Em agosto, as receitas do Tesouro foram reforçadas com a transferência de 4,814 bilhões de reais em dividendos. Se não houvesse essa entrada de recursos, o resultado seria de déficit. No acumulado de janeiro a agosto, os dividendos recebidos pela União somam 12,578 bilhões de reais, queda de 22% sobre o mesmo período do ano passado.
Cai o esforço fiscal
De acordo com dados divulgados pelo Tesouro, o esforço fiscal do governo central caiu de 1,86% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a agosto de 2012 para 1,23% do PIB no mesmo período deste ano. Em outro dado ruim, o investimento público acumulado até agosto atingiu 42,1 bilhões de reais com queda de 0,8% em relação ao ano passado. Os dados fiscais continuam mostrando uma dinâmica de gasto público elevado, investimento estagnado e aumento do risco de descumprimento da meta fiscal.
A meta de superávit primário para o setor público consolidado (governo central, Estados e municípios) era de 155,9 bilhões de reais, equivalente a 3,1% do PIB, mas foi reduzida para 2,3% diante da previsão do governo de descontar 45 bilhões de reais em gastos com desoneração e investimento. Contudo, o mercado é cético quanto a esse cumprimento e prevê que o superávit real não deverá passar de 1,5% do PIB.
Do total da meta ajustada, o governo central responde por 63 bilhões de reais e se comprometeu a economizar mais 10 bilhões de reais para compensar eventual descumprimento do objetivo de superávit de 47,8 bilhões de reais dos governos regionais.

NO BLOG DO JOSIAS

O PDT quer anular na Justiça a criação do Partido Solidariedade. Neste final de semana, advogados da legenda preparam ação a ser ajuizada na segunda-feira (30). Tentarão demonstrar que o TSE desconsiderou fraudes na coleta de assinaturas de apoiadores da nova agremiação.
O Solidariedade foi idealizado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força. Ele deixou a secretaria-geral do PDT para assumir a presidência da nova legenda. E articula a debandada de outros silvérios. O PDT receia perder oito dos seus 26 deputados. Algo que levaria à redução do seu tempo de propaganda no rádio e na tevê e do dinheiro que recebe do fundo partidário.
Ouça-se Ian Dias, assessor jurídico do PDT na Câmara: “Tem suspeita e indícios de fraudes nas listas de apoiamento que foram validadas pelos cartórios e usadas pelo tribunal. Por isso vamos pedir liminarmente que se suste a criação do Solidariedade para que possam ser feitas as diligências sobre essas listas…”
Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi endossa a iniciativa: “Acho que no Direito sempre cabe recurso”, diz. “Foi uma análise administrativa burocrática que não levou em conta acusações gravíssimas. Um partido para existir tem que ter legalidade e legitimidade. Legalidade é cumprir as regras”.

O deputado-presidiário Natan Donadon (ex-PMDB-RO) pediu ao STF que atenue o seu regime de cumprimento de pena. Condenado a mais de 13 anos de cadeia e recolhido a uma cela da penitenciária da Papuda, em Brasília, ele deseja comparecer às sessões da Câmara.
Em petição assinada por seus advogados, Donadon argumenta que a Câmara não cassou o seu mandato. Continua, portanto, ostentando a condição de deputado federal. E faz questão de comparecer diariamente ao local de trabalho. Invoca o inciso 3º do artigo 55 da Constituição.
Diz o seguinte: “Perderá o mandato o deputado ou senador: que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.”
Se a Câmara não cassou Donadon e a Constituição exige que ele compareça às sessões, “o regime de cumprimento da pena deve ser compatível com a deliberação do Legislativo”, anota a petição. Os advogados falam em “execução penal diferenciada”. Na prática, querem que o deputado passe do regime fechado para o semiaberto. Desse modo, poderia frequentar a Câmara durante o dia e voltar à cadeia para dormir.
O pedido de Donadon deu entrada no STF na noite de quinta-feira (26). Nesta sexta (27), foi à mesa do ministro Luiz Roberto Barroso. O mesmo Barroso que, em decisão liminar (temporária), suspendeu os efeitos da sessão da Câmara em que os deputados, escondidos atrás do voto secreto, salvaram Donadon da cassação.
A liminar de Barroso foi expedida num mandado de segurança ajuizado pelo líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP). Na mesma petição em que pedem um regime penal mais ameno, os defensores solicitam ao Supremo a revogação da liminar, validando a votação da Câmara.
O mérito do mandado de segurança de Carlos Sampaio será decidido pelo plenário do STF. Não há data para que isso ocorra. Nesse meio tempo, o ministro Barroso terá de lidar com o paradoxo produzido pela Câmara: se Donadon é deputado, por que não autorizá-lo a frequentar as sessões da Câmara? Os colegas merecem a companhia.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

VENEZUELA, O PAÍS DAS FAVELAS, DA VIOLÊNCIA E DA ANARQUIA INSTITUCIONALIZADA PELA DITADURA COMUNISTA BOLIVARIANA.
Alguns amigos meus decidiram fazer turismo pelo Caribe e deram uma passada pela Venezuela. Como são aqui de Santa Catarina que é um dos melhores e mais equilibrados e organizados Estados brasileiros, ficaram horrorizados com o que viram na dita República Bolivariana. 
Me enviaram algumas fotos que mostram detalhes impressionantes da capital, Caracas, conforme vocês podem ver acima.
É que o ambiente em que vivem as pessoas materializa o que passa em seus cérebros. Valores éticos, morais e estéticos denotam o ambiente cultural e político em que vivem os seres humanos. Reflete também, como não poderia deixar de ser, a forma como é gerido o Estado.
Dá para notar, por exemplo, que as favelas começam no alto dos morros e se derramam sobre a cidade, envolvendo-a.
Deve-se notar que a exemplo do Brasil, as residência e edifícios possuem grades nas janelas. A diferença do que se vê por lá é que essas grades não se circunscrevem às partes térreas dos prédios, mas também são colocadas nos andares acima. Supõem-se que os assaltos e furtos provavelmente podem ser feitos por verdadeiros homens-aranha escalando as paredes. Há prédios que parecem verdadeiras prisões.
Em outra foto se nota um prédio inacabado porém habitado, o que parece ser resultado de uma ocupação de movimentos sem teto e similares que também existem na Venezuela, e foram criados pelo governo comunista bolivariano do finado caudilho Hugo Chávez.
Chávez esteve no poder durante 14 anos e o resultado de seu governo, que continua sob a ditadura de Nicolás Maduro, por ele nomeado antes de morrer, expressa-se pela faceta dramática da profusão de favelas. Em vez da pobreza diminuir, aumentou significativamente!, a mostrar que o comunismo, socialismo e similares, que no final das contas são coisas iguais, é um total desastre.
Sob o comunismo chavista-cubano, a Venezuela se transformou num dos países mais violentos do mundo. Os necrotérios recebem por dia centenas de cadáveres, vítimas de roubos, assaltos e vindita. Ou ainda como resultado das escaramuças entre os bandos do narcotráfico. Durante seu reinado, Chávez acolheu os terroristas colombianos das Farc.
Não deixa de ser irônico o fato de que a Venezuela possui as maiores jazidas petrolíferas do mundo. A Opep, inclusive, foi criada por um empresário petroleiro da Venezuela. O país possui cerca de 29 milhões de habitantes. Dispõe de clima bom, praias maravilhosas, florestas exuberantes, grande beleza natural, enfim, possui tudo de bom que um país poderia almejar. Só com o turismo a Venezuela poderia ser um país de primeiro mundo. Agregue a isso o petróleo e se teria uma potência econômica com poucos rivais.
No entanto, esse país que deveria ser altamente desenvolvido, está economicamente e socialmente esfacelado e dividido por uma insana luta de classes alimentadas pelo comunismo chavista.
Todas as instâncias estatais estão sob severo aparelhamento e controle do chavismo. Uma das fotos mostra o prédio da estatal de energia Corpoelec, vendo-se pregado acima um outdoor com a figura do finado caudilho Hugo Chávez. Há um esforça para transformar Chávez numa espécie de Perón.
Atualmente a Venezuela amarga inflação das mais altas do mundo. Houve uma brutal desvalorização do bolívar. Há escassez de produtos de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos e até mesmo de papel higiênico.
O chavismo promoveu a estatização de empresas do agronegócio, expropriou fazendas produtivas e fábricas de alimentos.
Assim, a Venezuela é o exemplo mais bem acabado de que o comunismo é uma desgraça. Lá como aqui no Brasil, o governo não fala em comunismo, mas em "socialismo do século XXI", eufemismo para esconder uma ditadura cruel e corrupta, a reprodução mais bem acabada da ditadura de Fidel Castro e seu irmão Raúl. A transformação dos países latino-americanos em repúblicas comunistas é orientada pelo Foro de São Paulo, a organização esquerdista internacional fundada por Lula e Fidel Castro em 1990. Recentemente, o Foro de S. Paulo esteve reunido na capital paulista. A grande mídia praticamente silenciou, já que comunismo e Foro de S. Paulo foram transformados, por evidente conveniência do PT, em tabus.
Na Venezuela, um dos passos decisivos para a transformação do país numa ditadura do tipo cubano aprofundou-se depois que o caudilho Hugo Chávez começou a importar médicos cubanos, da mesma forma que o governo do PT está fazendo agora aqui no Brasil.
O exemplo da Venezuela tem de ser olhado com atenção pelos brasileiros. Afinal, o chavismo é irmão siamês do PT de Lula, da Dilma e seus sequazes. 
Quem conhece muito bem a Venezuela é o marketeiro Renato Pereira, que comanda a campanha presidencial do candidato Aécio Neves. É que Pereira mergulhou fundo na realidade da Venezuela, pois foi ele quem fez a campanha do candidato oposicionista venezuelano Henrique Capriles.
Com razão, os meus amigos dizem que jamais pretendem voltar à Venezuela.
E o que acha disso tudo o marketeiro do candidato Aécio Neves?

NO BLOG UCHO.INFO

Analfabetismo cresce no Brasil e prova que o PT é embusteiro e Fernando Haddad, incompetente
Vergonha nacional – O cho.info preferiu aguardar o transcorrer desta sexta-feira (27) para, na esperança de que o governo do magistral Partido dos Trabalhadores apresentasse alguma desculpa esfarrapada para o aumento do analfabetismo no País, escrever sobre o tema. Como esperado, isso não aconteceu e contou com a conivência da grande imprensa nacional, sempre obediente, que não publicou uma só matéria mais abrangente em termos políticos sobre o assunto. Ou seja, a covardia de uns e a obediência obtusa de outros acabaram prevalecendo.
Quando decidiu tomar de assalto a maior cidade brasileira, Lula, o lobista-fugitivo, disse aos paulistanos que Fernando Haddad fora o maior ministro da Educação de todos os tempos. O prefeito, que nos bastidores é conhecido como “coxinha”, foi uma ode ao fiasco enquanto responsável pela Educação, mas a magistral mentira de Lula foi desmontada com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade é de 8,7%, o que corresponde 13,2 milhões de analfabetos. Em 2011, taxa foi de 8,6%, equivalente a 12,9 milhões de pessoas. Trata-se da primeira vez que a taxa de analfabetismo aumenta em quinze anos. A última vez que o índice cresceu em relação ao ano anterior foi em 1997.
Sempre monitorado pelo Palácio do Planalto, o IBGE explicou que a variação de 0,1 ponto percentual de 2011 para 2012 está dentro do “intervalo de confiança”, e não significa obrigatoriamente que o índice de analfabetismo aumentou, mas que se manteve.
Essa explicação do IBGE é no mínimo uma piada de péssimo gosto, se considerado o fato de que a presidente Dilma Rousseff “vendeu” o Brasil aos estrangeiros, durante sua passagem por Nova York, como sendo o país de Alice, aquele das fabulosas maravilhas.
Esse cenário caótico e inaceitável mostra que Fernando Haddad foi um fracasso como ministro da Educação, o que também pode-se dizer a respeito do seu sucessor na pasta, o petista Aloizio Mercadante, o soberbo que conseguiu pela primeira vez na história a proeza de plagiar a si mesmo.
A tropa de choque da esquerda nacional certamente reagirá com a contundência covarde e chicaneira de sempre, mas contra fatos não há argumentos. Para provar que o messianismo petista é de camelô, o Nordeste foi a região do País que registrou o maior índice de analfabetismo, 17,4%, com alta de meio ponto percentual em relação a 2011, quando bateu na casa de 16,9%. Isso mostra que o programa “Bolsa Família” é um instrumento que permite ao PT manter e aumentar o seu curral eleitoral, sem que a contrapartida (manter os filhos na escola) seja cobrada.
Dilma Rousseff, a gerentona inoperante, que gosta de incensar a última década como sendo o período em que o Brasil foi de fato descoberto, deveria deixar de lado seu costumeiro mau humor e explicar essa situação que envergonha uma nação, não sem antes ser um atentado contra a cidadania. O mais incrível é que muita gente não consegue compreender os motivos que levam dois terços da população estarem na faixa dos que recebem menos de dois salários mínimos por mês, que para os bandoleiros do poder é uma enorme conquista.

Geraldo Alckmin precisa explicar à população as inaceitáveis trapalhadas da polícia de São Paulo
Fio desencapado – Governador do mais importante estado brasileiro, Geraldo Alckmin (PSDB) precisa urgentemente dar uma explicação ao povo paulista sobre a atuação da polícia, pois há algo no setor que não bate.
Que os policiais e os tucanos da terra dos bandeirantes jamais se entenderam em uma série de assuntos todos sabem, mas muitos procedimentos do setor têm uma sequência lógica. Há dias, a Polícia Civil paulista prendeu temporariamente um cidadão boliviano sob a acusação de que ele seria o responsável pelo assassinato de sua namorada e os quatro filhos, encontrados mortos em um apartamento de Ferraz de Vasconcelos, cidade-dormitório da Grande São Paulo.
Para prender o boliviano, os policiais tomaram por base um bolo e uma jarra de suco encontrados no apartamento, suficiente para que fosse levantada a tese do envenenamento. Sem que testemunhas fossem ouvidas, o boliviano foi levado à prisão, mas a perícia concluiu que os produtos recolhidos pelos policiais não continham nenhum produto químico venenoso. A polícia não considerou a possibilidade de a morte ter ocorrido por vazamento de gás, uma vez que o morador anterior do apartamento morreu três meses antes em situação estranha.
Os policiais erraram também ao não ouvir a filha que o boliviano teve com a namorada morta, que comeu o bolo e tomou o suco e não apresentou qualquer tipo de reação. O acusado foi colocado em liberdade por determinação da Justiça de São Paulo, mas é importante salientar que o Estado terá de indenizar o boliviano por danos morais, conta que não deve ser pequena.
No contraponto, um assaltante agiu impunemente na Zona Oeste da capital paulista, obrigando motoristas a pararem seus carros mediante o uso de arma de fogo. Os assaltos ocorriam em uma curva que liga a Rodovia Raposo Tavares à Avenida Escola Politécnica. Com base em boletins de ocorrência registrados desde março passado, a polícia informou que o bandido fez mais de cinquenta vítimas, número que pode ser muito maior porque muitos dos assaltados não procuram a delegacia para comunicar o fato. Mas a polícia paulista só prendeu o abusado assaltante depois que uma moradora da região filmou o criminoso em várias ações, levando as imagens à delegacia.
Resumindo, para cometer um grave equívoco a polícia paulista precisou de algumas poucas horas, mas para prender um assaltante que agia impunemente foram precisos seis meses, além da ajuda da moradora. Só falta o governador querer que os cidadãos mantenham em suas casas equipamentos de gravação para flagrar os meliantes que a polícia ignora. Com a palavra, Geraldo Alckmin!

Opositor de Sarney, Waldir Maranhão é alvo de retaliação encomendada pelo grupo do caudilho
Dois pesos – Quem chega ao Maranhão, o mais pobre estado brasileiro, se impressiona com a quantidade de ruas, viadutos e prédios públicos batizados com o nome da família Sarney, clã político que há cinquenta anos está no poder local e que com conhecido despotismo impõe à população um apartheid verde-louro que envergonha o País. Muito além desse comportamento típico de ditadores, o de culto à própria personalidade, preocupa sobremaneira o poder que o grupo liderado pelo senador José Sarney exerce em todas as entranhas do Estado.
Nessas condições, ser adversário do grupo político que atualmente tem Roseana Sarney como governadora é assinar a própria sentença de morte, porque qualquer ato contrário aos interesses da “famiglia” é sucedido por retaliações de toda ordem. É o caso do deputado Waldir Maranhão, presidente estadual do Partido Progressista, que tem merecido a atenção deste site por marcar posição contra Sarney e seus badulaques políticos, situação que fica clara nos programas políticos que defendem “um novo olhar para um novo Maranhão”. Quem conhece minimamente o estado, que há cinco décadas existe como capitania hereditária, sabe o quanto é preciso uma mudança. Vale lembrar que o editor não apenas conhece o Maranhão, como tem parentes muito próximos que vivem no estado onde reina o desmando sarneyzista.
Após marcar posição contra Sarney e seus sequazes, Waldir Maranhão foi surpreendido por uma decisão da Justiça Eleitoral, que em breve deve formalizar pedido de quebra de seus sigilos bancário e fiscal, sob a alegação de que a contabilidade de campanha do adversário do dono do estado não fecha. Decisão no mínimo estranha, pois o mandato de Waldir Maranhão termina no próximo ano.
O ucho.info não está a defender ilegalidades, mas é preciso lembrar que se situações erradas e merecedoras de investigação existem, essas levam a marca de Sarney e companhia limitada, que no Maranhão exerce um poder impressionante e claramente antidemocrático, só perdendo para a atuação de Fidel Castro na isolada Cuba.
Enquanto retalia aqueles que o desafiam politicamente, a cúpula do grupo Sarney não explica o fato de apartamentos da família em São Paulo estarem registrados em nome de uma construtora que se responsabilizou pelo pagamento dos imóveis. E a “famiglia” se irrita quando o assunto vem à baila. De igual modo, o senador Jose Sarney atuou nos bastidores da capital federal para proibir que dados da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, rebatizada como Operação Faktor, fossem divulgados pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, que foi vítima da conhecida truculência do ex-presidente do Senado Federal. Postura semelhante é adotada quando alguém ousa questionar a contabilidade da São Luís Factoring, braço financeiro da “famiglia”.
Ora, se Sarney e companhia bela pressionam a Justiça para que a vida dos adversários seja fustigada, que permitam que o mesmo ocorra com cada um dos integrantes do clã, cujos currículos abaixo não deixam dúvidas a respeito do modus operandi que reina no vilipendiado Maranhão.
José Sarney
Filhote da ditadura, José Sarney chegou à Presidência da República no rastro da morte de Tancredo Neves. Não fosse esse incidente, entraria para a história como reles coadjuvante. A sua longa carreira política, marcada por escândalos e decisões bisonhas, se traduz no livro “Honráveis Bandidos”, que fazendo jus ao título conta as estripulias do caudilho da terra do arroz de cuxá.
Sarney Filho (ou Zequinha Sarney)
De todos os integrantes da família do ditador maranhense, Sarney Filho é o que age com mais cuidado, o que evita flagrantes ruidosos. Mesmo assim, o deputado federal pelo PV maranhense não escapa do rol de escândalos que leva a marca da família. Zequinha, como é conhecido no Maranhão o filho do caudilho-senador, é pai de dois astutos rapazes. José Adriano Cordeiro Sarney, que de 2007 a 2009, com a anuência deliberada do avô, operou no Senado como agente de empréstimos consignados. Descoberto o escândalo, a mamata foi suspensa. Gabriel José Cordeiro Sarney, que mora em um apartamento da família localizado na elegante região dos Jardins, em São Paulo, mas que está registrado em nome de uma construtora, cujo dono é amigo do clã que governa o Maranhão à sombra do despotismo.
Sarney Filho fica enfurecido quando o seu viés ambientalista de encomenda vem à baila. Mesmo filiado ao Partido Verde, Zequinha nada fez contra a Alumar, indústria de alumínio que contaminou o solo e os lençóis freáticos de São Luís. De igual modo, Sarney Filho adotou silêncio obsequioso por ocasião do “Escândalo do Babaçu”, em que Stênio Resendel, político ligado ao clã, foi acusado de receber R$ 2 milhões para permitir o desmatamento de determinadas regiões do estado, viabilizando a construção de condomínios.
Roseana Sarney
O rosário de escândalos na órbita da atual governadora do Maranhão é tamanho, que desfiá-lo exigiria tempo e espaço de sobra. Após prometer entregar 64 hospitais até o final de 2010, Roseana cumpriu parcialmente a promessa, apesar de a saúde pública no Maranhão viver uma situação degradante. Entregou apenas um e durante a campanha daquele ano prometeu outros três hospitais, elevando o número para 66. Até agora, a promessa continua sendo cumprida em lentos e enfadonhos capítulos.
Preocupada com sua imagem como política, Roseana renovou, por R$ 6 milhões, um contrato do governo estadual com o marqueteiro Duda Mendonça. Ou seja, a filha de José Sarney quer mostrar ao mundo, usando o suado dinheiro do contribuinte, aquilo que apenas fingiu fazer.
Ricardo Murad
Irmão de Jorge Murad, o primeiro-marido maranhense, Ricardo sempre foi um crítico ácido da cunhada e da família Sarney. As críticas cessaram quando Roseana Sarney chamou Ricardo Murad para fazer parte do seu governo, sempre marcado pela incompetência e por seguidos escândalos de corrupção.
Guindado ao cargo de secretário estadual da Saúde, Ricardo Murad foi encarregado de enganar o povo nas questões relacionadas à pasta, além de dar as devidas desculpas em relação aos hospitais prometidos pela cunhada.
Fernando Sarney
Engenheiro, Fernando Sarney é responsável por todos os negócios da família, inclusive pela contabilidade bisonha. Casado com a cunhada da irmã Roseana, Fernando Sarney divide com Jorge Murad, o primeiro-marido, a eminência parda do governo. Em nove de cada dez escândalos da família Sarney, o nome de Fernando aparece com certeza.
Alvo da Operação Boi Barrica, posteriormente rebatizada como Faktor, Fernando Sarney foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Acusado de fazer caixa dois na campanha da irmã, em 2006, ele sacou R$ 2 milhões em dinheiro vivo de uma conta bancária.
Durante a Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal identificou o nome de Fernando Sarney como sendo um suposto destinatário de propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa. Em outra investigação, Fernando aparece como um dos sócios da São Luís Factoring, empresa financeira que só opera com recursos das empresas da família e movimenta dezenas de milhões de reais a cada ano.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Neste fim de semana, a coluna convida os leitores a incursionar por cenários que ajudam a explicar a permanência da Itália no ranking das paragens mais sedutoras do mundo.

Comuna de Varenna

Como se pode governar um país que tem 246 espécies de queijo?, intrigava-se o presidente francês Charles de Gaulle. Como pode funcionar um governo que tem 39 ministérios?, assombram-se os brasileiros desde que Lula e Dilma resolveram multiplicar as ampliar as nulidades amontoadas no primeiro escalão. E como pode existir um país com 32 partidos políticos?, espantou-se nesta terça-feira, ao saber que o Tribunal Superior Eleitoral acabara de expedir a certidão de nascimento do PROS e do Solidariedade, mesmo quem achava que não se espantaria com mais nada.
Pelo critério da quantidade, é improvável que algum lugar do mundo tenha mais partidos que o Brasil. Pelo critério da qualidade, qualquer grotão do planeta supera o colosso sul-americano: aqui não existe um único partido de verdade. O PT pareceu que era antes de sucumbir ao excesso de cinismo. Transformou-se numa seita que tem em Lula seu único deus, faz qualquer negócio para ganhar a eleição e topa a mais sórdida aliança para manter-se no poder. O PSDB teria sido se soubesse o que é coragem e ao menos desconfiasse que o papel da oposição é fazer oposição.
O resto nem tentou providenciar carteira de identidade. A leitura dos programas, planos de ação e declarações de princípios aguça a suspeita de que o palavrório foi produzido pelo mesmo redator. Todos moram em algum ponto impreciso entre o centro e a esquerda. Se o eleitorado lhes conferir um voto de confiança, vão dar um jeito na saúde e na educação, acabar com a injustiça social e transformar o Brasil numa Noruega com praia. A prática fulmina a teoria.
Os políticos brasileiros reduziram os partidos a fontes de lucros bilionários, balcões de compra e venda de voto, usinas de negociatas, gazuas feitas sob medida para arrombadores de cofres públicos. Segundo Ciro Gomes, o PMDB é um ajuntamento de assaltantes. Apenas abriga mais ladrões que os outros, igualmente infestados de estupradores da lei. Financiadores involuntários de todas as gastanças, vítimas indefesas de todas as gatunagens, os pagadores de impostos bancam as despesas cotidianas dos partidos e abastecem a despensa incessantemente esvaziada pelos chefões das siglas desprovidas de ideias e de vergonha.
Na Alemanha , por exemplo, existem seis partidos, que cuidam da própria subsistência e estão sujeitos à cláusula de barreira: os que não alcançam um número mínimo de votos caem fora do Congresso. Foi o que aconteceu ao FDP nas eleições da semana passada. Para os alemães, aliás, 13 sindicatos de trabalhadores bastam. No País do Carnaval, os sindicatos passam de 13 mil e nenhum partido precisa ter voto para entrar na festa das verbas que mereciam destino menos abjeto.
Até siglas sem vereadores são sustentadas pelos brasileiros implacavelmente extorquidos pela Receita Federal. Dos seus bolsos saíram os R$ 286 milhões distribuídos pelo Fundo Partidário em 2012. Deles também sairão os dotes de R$ 30 milhões reservados ao PROS e ao Solidariedade. Os lesados que se queixem ao bispo, ou ao Papa Francisco.
Assim será até que o rebanho primitivo aprenda a votar com lucidez. Assim será até que o Brasil civilizado compreenda que quem só protesta em junho autoriza a imensa tribo dos gatunos a delinquir sem medo no resto do ano.

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

Prezado leitor, imagine que você possui uma empresa que vende uma commodity cujo preço é definido em dólares no mercado internacional. Agora pergunto: se esse preço sobe, seja pelo preço do produto em si, seja pelo for cambial, você acharia isso bom ou ruim?
A Petrobras deve ser, hoje, a única empresa do mundo que reclama se o preço de seu produto subir! Isso ocorre, naturalmente, porque ela não é uma empresa privada que visa ao lucro, e sim um braço político-partidário utilizado pelo governo para fins eleitorais. A presidente da estatal disse:
De três dias para cá deu uma piorada. No nosso plano de negócios, a gente trabalhava com o dólar a R$ 1,98, depois foi para R$ 2. Hoje, antes de eu vir para cá (na entrevista coletiva) estava R$ 2,26. A gente torce que ele (o dólar) volte ao patamar mais próximo de R$ 2 até segunda-feira (quando termina o terceiro trimestre e a companhia tem que fechar seu balanço trimestral).
A Petrobras prefere ver o preço do seu produto mais baixo! Pode isso? Pode, quando lembramos que a defasagem de preço, imposta pelo governo, acaba transferindo o ônus do consumidor para os acionistas da estatal. Em vez de quem consumir o petróleo e seus derivados arcar com o preço mundial maior, a própria Petrobras “mata no peito” o aumento, ainda que apresentando bilhões de prejuízo na operação.
E a presidente da empresa ainda disse que foi a Brasília se reunir com a presidente da República e o ministro do setor, mas não tratou do assunto. Vejam:
"Tive uma agenda em Brasília com o ministro Lobão (Edison Lobão, ministro de Minas e Energia) e a presidenta Dilma e eu não pude vir. Não discutimos aumento de combustível."
Pergunto: que CEO agiria assim em uma empresa privada? Por acaso Graça Foster está lutando pelos melhores interesses dos acionistas da Petrobras? Claro que não! Qualquer um que estivesse minimamente preocupado com a rentabilidade da empresa colocaria esse assunto como prioridade na pauta.
Por fim, disse Graça Foster: “O valor de mercado da Petrobras hoje não é justo”. Finalmente concordo! Apesar de uma constante deterioração em seu valor de mercado, ano após ano, decepção após decepção, acho que esse valor ainda é alto demais!
Muitos investidores ainda não acordaram para o fato duro da realidade, de que esse governo e essa gestão não ligam a mínima para o retorno financeiro sobre os investimentos realizados. A Petrobras é um instrumento político. Qual o valor econômico disso para seus acionistas? Pois é. Boa sorte para quem achar que é muito alto. Vai precisar…

A coluna de Guilherme Fiuza no GLOBO hoje está excelente. Vai direto ao ponto incômodo, porém verdadeiro, de que nossas manifestações tiveram foco difuso, equivocado. Creio que hoje quase ninguém mais alimenta esperanças vãs de que o “gigante acordou”. Fiuza foi, ainda em junho, uma das poucas vozes de bom senso que alertavam para isso.
O povo brasileiro parece aturdido, sonâmbulo, passivo diante de tanta roubalheira, mentira, engodo provenientes do governo. É lamentável constatar isso, mas devemos ser realistas. E o realismo de Fiuza é um tapa na cara dos bobocas que pensam que, a partir de agora, “tudo será diferente”. Mesmo? Vejam:
O Supremo Tribunal Federal melou a prisão dos mensaleiros, na mão grande. Como se sabe, pela primeira vez na história a corte máxima tem juízes partidários, como Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, obedientes aos seus senhores petistas. E os principais réus do mensalão, que por acaso mandam no Brasil, têm os melhores advogados de Brasília — pagos a peso de ouro com uma dinheirama que eles não precisam dizer de onde veio, mas pode-se supor. Foi com essa blitz política (disfarçada de jurídica), ou, em bom português anglo-saxão, com esse lobby, que o Brasil foi roubado de novo, à luz do dia.
E o que fizeram os brasileiros, que agora são revolucionários e esculhambam o trânsito a qualquer hora do dia para “mudar o Brasil”? Não fizeram nada. Os bravos manifestantes da Primavera Brasileira de 2013 assistiram ao novo assalto, como diria Anitta, ba-ban-do.
O golpe dos embargos infringentes foi vexaminoso. Uma manobra tosca, que embaralhou um julgamento cristalino e cindiu o direito e o bom senso — o que é uma cisão grave, mas não nesse Brasil onde civismo é jogar pedra em vidraça. Votos como o do ministro Marco Aurélio mostraram que o julgamento só poderia ser reaberto — decisão drástica — se não pairassem dúvidas sobre a legalidade dos embargos.
Pois bem: o julgamento foi reaberto em casos onde houve quatro votos contrários à sentença. E a própria decisão de reabertura teve cinco votos contrários! Não seria então o caso de entrar com embargos infringentes contra a aceitação dos embargos infringentes?
Não, não seria, porque nesse caminho de prostituição da técnica, a lógica já foi abandonada no acostamento há muito tempo, e o espírito da lei já foi pendurado na parede, ao lado de um retrato do filho do Brasil. A blitz dos advogados milionários do PT fez o STF virar as costas para a lógica e o espírito da lei. Normal. Quem está do outro lado é só o Brasil, esse pobre coitado, que não tem nada concreto para oferecer: nem cargos, nem prestígio, nem favores, nem negócios, nem mesmo a emoção de um café da manhã com José Dirceu, o astro da penumbra.
Foi comovente ver a bancada petista no Supremo, em ações grandiloquentes e tom épico, defendendo com garra um futuro tranquilo e confortável. O PT inaugurou o patriotismo privado.
Para o pobre coitado do outro lado, batizado com nome de madeira nativa (profetizando a cara de pau), o que aconteceu no Supremo Tribunal Federal é apenas o fim. Se as massas (e os gatos pingados) não sabem direito por que vão às ruas, se não é só por 20 centavos, se é por tudo — e tudo, como se sabe, é igual a nada —, a zombaria do STF contra o país inteiro, aliviando os maiores assaltantes da história da República, cujo grupo político por acaso governa o Brasil, é a causa das causas. É para inundar as ruas de gente, é para cercar os palácios da Justiça Federal em todo o território, é para, aí sim, parar tudo e avisar que isso aqui não é a casa da mãe Dilma e de seus companheiros parasitários.
Mas o que se viu por aí depois do golpe do STF? Bem, escolha a sua manifestação preferida: black blocs vaiando e ameaçando artistas de cinema na chegada ao Festival do Rio; revolucionários da Cinelândia recebendo a adesão do Batman e do Saci Pererê; ninjas, fora do eixo e fora de órbita, discutindo a relação com a polícia (decidindo o que veio primeiro, a pedra ou a pimenta); sindicalistas privatizando as ruas e decidindo quem pode ir e vir.
Enquanto isso, estoura novo escândalo na boquinha que Dilma Rousseff cultivou dentro do Ministério do Trabalho — o mensalão redivivo na farra das ONGs piratas. Mais R$ 400 milhões desviados para a turma que a presidente fingiu escorraçar em 2011, com o inesquecível Carlos Lupi, mas que na verdade protegeu, porque é dando que se recebe. Os réus que o STF acaba de refrescar fizeram escola, só não vê quem não quer. E ninguém parece querer. Não apareceu um único mascarado no horizonte para acuar os sócios do governo popular nesse novo escárnio. Eles preferem rosnar contra artistas de cinema.
Não pode haver mais dúvidas: os movimentos de protesto que levaram os brasileiros às ruas em 2013 passarão à história como a Primavera Burra.
PS: o ministro do Trabalho passa bem, os ministros infringentes idem, e os mensaleiros estão estourando champanhe com a nova disparada de Dilma no Ibope. Vêm aí mais quatro anos de sucção pacífica.











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