DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 09-9-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar gestão do presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antonio Oliveira Santos. Ele e Luiz Gil Siuffo Pereira, diretor do Sesc, são responsabilizados pelos gastos suspeitos de R$ 200 milhões em obra na Barra da Tijuca que nem tem condições de uso. Também o Tribunal de Contas da União apontou graves anomalias na operação.

…restará a guerra na Síria, se falharem todas as desculpas mágicas do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a escalada da inflação.

Primeiro senador condenado no Supremo Tribunal Federal, Ivo Cassol (PP-RO) poderá se livrar dos quatro anos e oito meses de cadeia legando que o crime está prescrito. Sua condenação ocorreu dias antes de 17 de agosto, 8 anos depois da denúncia, mas a “sentença ou acórdão condenatórios recorríveis” até agora não foi publicado, como prevê o inciso IV art.117 do Código Penal para interromper prescrição. Ele foi condenado, em decisão unânime, por fraudar licitação pública.

A relatora Cármen Lúcia (STF) disse, na sessão que o condenou, em 8 de agosto último, que o prazo prescricional acabava naquele momento.

A decisão da ministra colidiria com uma lei de autoria de Magno Malta (PR-ES), que incluiu o dispositivo no Código Penal em 2007.

O Brasil pode ficar tranquilo se declarar “guerra” aos EUA: a Bolívia mandará sementes de quinoa, o Equador dará bananas, mas a Venezuela não poderá mandar nada porque falta até papel higiênico.

Quem conhece José Dirceu desconfia dos planos públicos do ex-ministro mensaleiro de “cozinhar na prisão”: ele confia que conseguirá reduzir a pena e ganhar o semiaberto. Ou indulto, a cargo de Dilma.

Até correligionários falam mal do presidente da Câmara, Henrique Alves, pela repulsa à sessão que não cassou Natan Donadon. Criticam-no por “lavar mãos” e jogar a decisão apenas na conta do plenário.

O silêncio de Maduro na Venezuela e de Morales, na Bolívia, fala mais que cem espiões no rolo da espionagem americana no Brasil.


NO BLOG DO CORONEL

Que os Estados Unidos da América acompanham de perto o pré-sal é tema por demais conhecido, desde que, nos idos de 2009, vazaram os telegramas do Wikileaks. O Brasil, à época, prometeu um determinado marco regulatório e, depois, mudou as regras no meio do jogo, o que contrariou interesses americanos. A estratégia de postergar o projeto teria sido comandada por Dilma Rousseff, que nem mesmo era pré-candidata, com apoio de Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins. Tanto é que o projeto pré-sal, segundo declarou à imprensa a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, está dois anos atrasado.
Agora, às vésperas do leilão do campo de Libra, considerado o mais promissor, surgem denúncias de espionagem dos americanos. E um ex-diretor declara ao Fantástico que a informação privilegiada que só a Petrobras tem sobre onde há menos ou mais petróleo daria significativa vantagem a um competidor, que só iria "na certa". Sugere, assim, que é esta informação que os americanos teriam buscado via espionagem.
O que não dá para entender sobre este papinho de informação privilegiada é que a Petrobras, independente do consórcio vencedor, participará do mesmo com 30%. Faz parte do marco. E mais: a estatal está indo atrás da chinesa Sinopec e da norueguesa Statoil para montar um consórcio onde ela participaria com 40%, o que praticamente alijaria qualquer concorrente.
Enfim, existe muito mais do que uma matéria do Fantástico por detrás desta história de espionagem, onde restos de apresentações de power point perdidas na rede viram provas irrefutáveis contra um país amigo. E o depoimento de um jornalista inglês, casado com um brasileiro, vira expressão da verdade absoluta. Vejam o conteúdo panfletário e o viés ideológico da declaração do inglês ao Fantástico:
— Não é surpresa, já que a grande maioria da espionagem que o NSA faz não tem nada a ver com terrorismo. Terrorismo é só a desculpa que os Estados Unidos usam para fazer tudo que eles querem fazer. Eles usam essa sistema para fazer espionagem contra inocentes, governos aliados, e muitas empresas grandes.
Ao que parece, a real intenção do governo brasileiro é afastar os americanos do pré-sal, via mídia, por meio de factóides. Para construir um discurso e criar mais uma bandeira para as eleições de 2014. Ainda vamos ver Dilma afirmar, nos palanques, que nós mantivemos a nossa soberania e que vamos explorar o pré-sal sem eles, já que também somos uma grande potência. E não se duvide de que estas matérias no Fantástico não sejam simplesmente peças de um bem elaborado merchandising estatal. A Globo, depois que rasgou a sua história e declarou que o seu negócio é negócio, não jornalismo, é capaz de tudo, assim como a turma do PT que transformou a Petrobras nesta grande caixa preta, impenetrável até mesmo para espiões americanos.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Em artigo publicado no Globo neste domingo, o “new kid on the black bloc” Caetano Veloso tenta se explicar. Sugere que a foto para a qual posou, com um pano preto na cara, foi posta na rede à sua revelia. Parece que ele também teria sido enganado pela turma de Pablo Capilé. Acho que, nesse caso ao menos, Capilé é inocente. O texto é um daqueles primores de que ele é capaz, vazado numa linguagem caudalosa, porém ancorada no “cogito interruptus”. Volto a ele mais tarde para cobrar, como leitor, que desenvolva algumas ideias — se possível, no plano terreno. De toda sorte, noto que realizou seu intento: conseguiu ser notícia. Divirtam-se. Ah, sim: ele diz não ter ainda a certeza se é ou não anticapitalista. Pelo visto, está pensando no assunto. As alternativas existentes, como Cuba e Coreia do Norte, certamente o ajudarão a fazer uma escolha. Que bom!
Caetano precisa logo deixar claro a seus patrocinadores se acata o capitalismo (ainda que de face humana, é lógico!) ou incita os black blocs a depredar agências bancárias, por exemplo, uma vez que, segundo diz, eles “fazem parte” (não fica claro do quê…). O texto que está no site do jornal segue conforme vai abaixo, com aquele estranho começo. E a gente fica sabendo até que ele comeu sashimi. Engraçado… Black bloc, pra mim, remete mais a carne sangrando. Não adianta agora tentar tirar o corpo fora sem um pedido de desculpas. Caetano se tornou, quando menos, corresponsável moral pelo grotesco espetáculo de violência patrocinado pelos black blocs, especialmente no Rio. Na Alemanha pré-nazista (estamos longe disso; só vou ao limite para que fique bem claro do que se trata), ninguém que quisesse paz dava piscadelas aos baderneiros de Ernst Röhm. Era tão claro o que ele queria que ninguém poderia reivindicar o benefício da ignorância. O texto de Caetano Black Bloc suscita outras questões. Ficarão para outro post. Acredito que o tenha escrito para provocar o debate. Eu cumpro a sua expectativa. 
Um dia aventuroso
Agora vejo aqui que eles puseram a foto na rede e logo alguém tuitou que sou oportunista e incito a violência. Não. Entendo que Black Bloc faz parte. Mas nem anticapitalista convicto eu sou. E quero paz.
Nossa carta pedia a atenção do secretário para a necessidade de um protocolo de ação da polícia durante as manifestações. Na conversa com ele, reiteramos a necessidade do esclarecimento do que ocorreu com Amarildo; quisemos entender por que a polícia, que atirara gás e balas de borracha na multidão que se aproximava da casa de Cabral na Praia do Leblon, sumiu quando poucas dezenas depredavam bancos e lojas na Ataulfo de Paiva; sugerimos o abandono do uso de balas de borracha; exigimos que pessoas imobilizadas não mais fossem vistas apanhando. O secretário é mais inteligente se tem tempo para desenvolver suas ideias do que parece ser nos poucos segundos em que o vemos na TV. E ele parece sincero. Mais do que tudo, expõe as enormes dificuldades que enfrentará quem tente fazer a polícia passar para um patamar diferente daquele em que está há séculos. As UPPs, grande trunfo do governo estadual, são obra sua. Todos os que foram falar-lhe reconhecem quão importante é o que elas esboçam. Dói em todos que elas estejam com o prestígio ameaçado. Uma profunda necessidade de Waismann nos havia levado ali. Ele precisa que as manifestações sejam pacíficas: descobriu que a violência não é arma eficaz. O 7 de Setembro vinha sendo anunciado como um dia de grandes demonstrações. Muito poderá ter se definido nesse dia.
Estou escrevendo ao chegar em casa, de volta, não da secretaria, mas do apê da turma da Mídia Ninja. É que Sidney queria falar com alguém que estivesse mais perto dos manifestantes. Saímos da Central, ele, Olga Bronstein, Yvonne Maggie e eu, de metrô, rumo à Zona Sul. Paramos no Largo do Machado, elas seguiram de táxi, e nós dois fomos comer sashimi. Sidney estava certo de que havia uma reunião da Mídia Ninja na UFRJ e me arrastou com ele. Chegamos ao enorme prédio da universidade e ninguém sabia nos dizer onde se dava a tal reunião. Numa portaria indicada, o porteiro fez umas ligações para descobrir. Daí apareceu uma moça, bonita e elegante em sua simplicidade, e nos disse que Carioca estava num apartamento ali em frente. Sidney ainda perguntou se a reunião era lá. Não era “a” reunião, mas eles estavam lá e queriam falar conosco. Andamos com ela. Carioca nos encontrou na faixa de travessia de pedestre. Muito doce, ele foi conversando até entrarmos no apê. Tudo muito limpo e alegre. Contava que um membro do Black Bloc tinha ido à reunião da véspera e que os aconselhara a não sair no dia 7. Eles, blocs, iam, mas os outros não deviam ir. Perguntei se isso seria uma ameaça. Não parecia, ele disse. Contava mais para mostrar como os discursos dos manifestantes têm sido variados. Repetia sempre a palavra querida dos Fora do Eixo: “narrativa”. Mas a conversa dele era boa. Ele explicava o sentido de certos atos violentos, mas entendia os argumentos de Sidney. Um outro rapaz e uma outra moça estavam na sala quando chegamos. Já no meio do papo chegou uma terceira. Só a menina que nos levou até eles não é moradora. Nem mesmo ninja. Ela é da Maré e vive em Parada de Lucas. Diz que prefere ação a palavras. Mas fala muito bem. Desiludiu-se com as UPPs, nas quais tinha posto fé no início. Mas conta que o pai, morador da Maré, é defensor da inovação de Beltrame. Essa conversa foi muito reveladora da alma do Rio neste momento. Antes disso, os ninjas me pediram para gravar uma fala sobre a proibição do uso de máscaras. Eu sou apenas um velho baiano mas moro aqui há muitos anos e acho que proibir máscaras numa cidade como o Rio é violência simbólica. E sugeri que no dia 7 todos saíssem com máscaras, respondendo com beleza e sem violência. Daí eles me pediram para posar com uma camiseta preta atada ao rosto para eles mostrarem a Emma, que, segundo eles, gostou do meu texto sobre ela. Agora vejo aqui que eles puseram a foto na rede e logo alguém tuitou que sou oportunista e incito a violência. Não. Entendo que Black Bloc faz parte. Mas nem anticapitalista convicto eu sou. E quero paz.


NO BLOG DO JOSIAS

Desde que o ex-analista de inteligência americano Edward Snowden jogou o papelório secreto da NSA no ventilador, Washington mede as palavras. As autoridades americanas dizem pouco. Mas sugerem muito. Na semana passada antes de voar para o encontro do G20, na Rússia, onde encontraria uma abespinhada Dilma Rousseff, Barack Obama caprichou nas meias palavras.
Disse: “Como outros países, temos uma operação de inteligência que tenta melhorar nossa compreensão sobre o que acontece ao redor do mundo.” Acrescentou: “Da mesma forma que nossa capacidade militar é significativamente maior do que a de muitos outros países, isso também vale para nossa inteligência. Embora tenhamos os mesmos objetivos, nossos meios são significativamente maiores.”
O que Obama declarou, com outras palavras, foi o seguinte: 1) fazemos, sim. Mas outros também fazem. Quem não faz já fez. Ou ainda fará. 2) em matéria de espionagem, a diferença entre o dinheiro miúdo e o dinheiro graúdo é que este, naturalmente, espiona mais. E aquele, obviamente, não dispõe dos recursos necessários para evitar.
A julgar pelo resultado do encontro com Dilma, Obama foi à conversa munido de sua régua. A presidente brasileira anunciaria depois que, durante o meio diálogo, o colega americano comprometeu-se a dar boas explicações até esta quarta-feira (11). De duas, uma: ou Obama anda espionando Lula ou exagera no cinismo ao insinuar que não sabia e que precisa de uns dias para se informar.
Dilma afirmou aos jornalistas que quer saber tudo o que os EUA têm sobre o Brasil. “Em inglês: everything”, ela enfatizou. Supondo-se que a presidenta não seja uma criatura ingênua, pode-se depreender que ela joga para sua galera. Sabe que não terá de Obama nada além de entrelinhas e subentendidos. Também sabe que a espionagem vai continuar.
Na noite deste domingo (8), três dias antes do prazo fixado para a chegada das meias palavras de Obama, foi ao ar a penúltima palavra inteira extraída dos papéis ultrassecretos da agência de segurança americana: ‘Petrobras’. Quer dizer: antes de exigir novas explicações de Obama, Dilma deveria pensar em mandar comprar um satélite próprio e tirar do papel o plano de defesa cibernética.
Enquanto persistir a troca de segredos inteiros por explicações pela metade, a turma da NSA ganhará todos os jogos. Pior: tão cedo não surigirá outro Edward Snowden para avisar que partes da anatomia nacional foram apalpadas pela Casa Branca.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

MEDICINA DE CUBA USA MEDICAMENTOS SEM COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DE SUA EFICÁCIA. ALGUNS SÃO FEITOS COM VENENO DE ESCORPIÃO.
O peçonhento escorpião azul que existe em Cuba cujo veneno, segundo o sobrinho de Fidel Castro, tem propriedades terapêuticas contra o câncer.

Revista VEJA, desta semana está recheada de reportagens excelentes e exclusivas, como esta que revela como a medicina cubana é atrasada, na verdade um embuste e um perigo para a população. Aqui um resumo da reportagem. Vale a pena ler e compartilhar este post pois alerta as pessoas ao perigo que podem estar expostas depois que o governo do PT decidiu importar médicos da Ilha comunista. Leiam que é importante:
O escorpião-azul (em espanhol, alacrán) é um animal peçonhento só encontrado em Cuba. Desde 1995, cientistas da ilha estudam o seu veneno e garantem que é eficaz no tratamento de vários tipos de câncer. A partir dele, fabricam e comercializam os remédios Escozul e Vidatox. Outra espécie endêmica na ilha é a medicina avessa às evidências. 

Homeopatia com veneno de escorpião

Submeter os estudos a uma publicação científica é considerado traição à pátria comunista, submissão ao imperialismo americano. Não há nenhuma comprovação de que o veneno funciona. No Pubmed, a maior base de dados científica sobre saúde no mundo, não há um registro sequer sobre o tal remédio. Sua suposta eficácia é um dos muitos mitos sobre a medicina cubana criados e perpetuados pelos irmãos ditadores Fidel e Raúl Castro para enganar governos incautos como o do Brasil, que pretende contratar 4 000 médicos cubanos até o fim do ano (os primeiros 400 chegaram há duas semanas).
A mentira – e não apenas na medicina – é a principal política de estado na ilha dos irmãos Castro. A atual epidemia de cólera, por exemplo, que as autoridades não conseguem mais esconder, é controlada com um remédio homeopático. “Dar cinco gotas via oral de uma droga homeopática sem eficácia comprovada em um país onde não há tratamento adequado da água e onde a falta de higiene é regra parece uma piada de mau gosto”, diz o médico cubano Eloy González, exilado nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia de como Cuba está atrasada, a cólera foi erradicada no século XIX em vários países com o saneamento básico.
Propagandear a obsoleta medicina cubana como avançada e pioneira é indispensável para a ditadura, que depende da exportação de mão de obra do setor de saúde para se sustentar.

Vidatox: com veneno de escopião

Os missionários de jaleco são atualmente a principal fonte de divisas do regime. Em dezesseis escolas de medicina, Cuba formou neste ano mais de 10 000 doutores e outros 20 000 profissionais de outras carreiras de saúde, como enfermagem e nutrição. Seria uma notícia boa em 1959, quando a Faculdade de Medicina de Havana era uma das dez melhores do mundo. Hoje o curso é uma vergonha e está em 68º lugar no ranking de qualidade da América Latina. Com as missões no exterior, pouquíssimos médicos ficam na ilha, o que levou ao fechamento de 54 hospitais nos últimos três anos. “Antes era preciso levar lençóis, lâmpadas, comida e seringas para o hospital para ser atendido. Daqui a pouco será preciso levar também o médico e a enfermeira”, diz por telefone um morador de Havana, que preferiu não ser identificado. Não é incomum ser atendido por um jamaicano ou um estudante chinês, que falam o espanhol com dificuldade. Do site da revista Veja







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