DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 27-8-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O chanceler Antonio Patriota não recusa chance de mostrar como a política externa é feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador do Brasil em La Paz, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.

O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.

Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.

A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.

Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.

Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.

O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.

Além da simpatia do povo e da baixa qualidade da Saúde, brasileiros e cubanos dividem o desejo irrefreável de fazer compras em Miami.

O esdrúxulo esquema de contratação de médicos cubanos lembra os “escravos de ganho” no Brasil Colônia: os pequenos faz-tudo davam parte do que ganhavam ao “dono”, mas compravam a futura liberdade.

Escapou da morte, mas pegará perpétua o brasileiro José Oliveira Coutinho, 38, que matou por vingança o casal brasileiro Sczepanik com o filho de 7 anos em Omaha (EUA), em 2009. Lançou os corpos no rio.

…o senador Roger Pinto agora é o Battisti de Evo Morales.



NO BLOG DO CORONEL


A operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz para o Brasil, sem autorização do Palácio do Planalto e do Itamaraty, derrubou ontem o chanceler Antonio Patriota. Ele será substituído pelo embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Luiz Alberto Figueiredo, 58. Patriota, 59, irá para seu lugar em Nova York.
Figueiredo foi o coordenador brasileiro nas negociações da Rio+20, período em que se aproximou da presidente da República --que criticara bastante o desempenho de Patriota na preparação para o evento, ocorrido no ano passado. A demissão de Patriota ocorreu em um breve encontro, de 15 minutos, entre ele e Dilma. Oficialmente, ele apresentou sua demissão, mas na realidade sua saída foi determinada por Dilma.
Antes do encontro, o chanceler já havia sido avisado de que iria perder o cargo pelo antecessor, Celso Amorim, hoje titular da Defesa e com quem Dilma havia se reunido por uma hora e meia. Na avaliação do Palácio do Planalto, o episódio de retirada do senador da Bolívia e sua posterior fuga para o Brasil mostrou uma falta de comando de Patriota no seu ministério.
Segundo a Folha apurou, a presidente ficou muito irritada com a decisão do diplomata Eduardo Saboia, responsável pela retirada de Molina da Bolívia, e exigiu do Itamaraty uma punição ao encarregado de negócios (cargo equivalente a embaixador interino) em La Paz. Ontem à noite, o afastamento de Saboia por tempo indeterminado foi autorizado pelo ministério. Ele ficará suspenso até a conclusão de uma investigação para apurar responsabilidades.
Na avaliação do governo, houve uma "grave" quebra de hierarquia, com um servidor público desrespeitando uma decisão presidencial, o que tem de ser punido. A própria presidente já havia rejeitado, em fevereiro, proposta semelhante feita pelo próprio presidente da Bolívia, Evo Morales, para retirada de Molina por terra, mas sem a concessão de salvo-conduto, o que poderia pôr em risco a vida do político.
Por meio de nota divulgada na noite de ontem, o Planalto informou que "Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão do ministro Antonio de Aguiar Patriota". A presidente agradeceu "a dedicação e o empenho" do antigo ministro nos mais de dois anos em que permaneceu no cargo. O primeiro compromisso internacional de Figueiredo será a reunião da Unasul, no Suriname, no sábado. (Folha de São Paulo)

O concurso para o Ministério da Fazenda realizado no último domingo está na mira da oposição.Uma pergunta sobre a reforma política, que exigia que o candidato conhecesse a proposta do PT para o tema, levantou a polêmica. Organizada pela Escola Superior de Administração Fazendária, órgão do próprio Ministério da Fazenda, a pergunta da prova citava que a reforma política “ganha destaque no complexo cenário surgido das manifestações de rua que explodiram pelo Brasil” e indagava qual era a opção correta em relação à proposta de mudança no sistema eleitoral.
Entre cinco opções, a resposta correta era “O Partido dos Trabalhadores (PT), atualmente no comando do Executivo Federal e com forte bancada na Câmara dos Deputados, defende o financiamento das campanhas eleitorais com recursos públicos”. Tratava-se da única alternativa da prova citando um partido específico e, por ser a alternativa correta, quem soubesse da informação sequer precisaria ler as demais opções. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) entrará nos próximos dias com uma representação no Ministério Público para que seja movida uma ação de improbidade contra o responsável.
— Isso é uma vergonha. Estão se utilizando da máquina pública para a orientação de servidores. É assim na Fazenda e foi assim no Itamaraty durante o governo Lula. É um aparelhamento da máquina do Estado pelo partido. Isso merece uma análise detida do Ministério Público — afirmou Maia.
A prova foi aplicada para todos os 24.292 candidatos aos cargos de analista técnico-administrativo, arquiteto, contador, engenheiro e pedagogo do Ministério da Fazenda. Com 347 vagas em 16 estados, o concurso oferecia vencimentos iniciais variando de R$ 3.977,42 a R$ 5.081,18, e teve em média 70 candidatos por vaga. Em alguns estados, no entanto, essa relação chegou a 167 pessoas por vaga. Procurada nesta segunda-feira à tarde, a Escola Superior de Administração Fazendária não se pronunciou sobre o caso.
Uma outra pergunta da prova desagradou à oposição. A questão seguinte à do sistema eleitoral tratou da “realização de um eventual plebiscito acerca de reforma política que se pretende implementar”. A ideia de realização de um plebiscito foi lançada pela presidente Dilma Rousseff como resposta às manifestações das ruas, e sofreu forte reação do Congresso Nacional. Até mesmo aliados do governo consideraram a ideia de Dilma uma invasão à competência do Poder Legislativo e criticaram publicamente a presidente.
A presidente Dilma e o PT, no entanto, mesmo sabendo da inviabilidade da proposta, decidiram manter o tema em pauta diante da boa recepção demonstrada nas pesquisas de opinião pública. A questão do concurso deste domingo indagava quais eram os empecilhos apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral para a realização do mesmo. A resposta correta era “obediência à data de um ano antes da eleição para alterar as regras do jogo e a impossibilidade de alterações constitucionais serem alvo de consulta popular”.
— É o partido ocupando o Estado. As propostas encampadas pela presidente e pelo seu partido são as direcionadas na prova. Quem não estiver alinhado com eles sai com prejuízo num processo desses. As próprias pessoas que participaram do concurso e que não têm viés ideológico certamente foram prejudicadas, porque são perguntas que não dizem nada para essas pessoas, elas dizem respeito ao partido e à presidente. Agora, o ministro foi nomeado por ela. Se tiver improbidade administrativa, é dela também, porque ela é a beneficiária — defendeu Maia. ( O Globo)

O ministro Guido Mantega (Fazenda) classificou a atual turbulência cambial, que levou o dólar ao patamar de R$ 2,40, como uma "minicrise", deflagrada pela expectativa de que, com a recuperação da economia americana, haja migração de investimentos de emergentes para os EUA. A avaliação do ministro é que a mexida global é passageira e que o seu impacto sobre o Brasil será menor do que o provocado pela crise europeia, em 2011 e em 2012.
"No Brasil não caiu um tostão [do valor das reservas]. Aqui, não falta dólar, no mercado à vista sobram dólares. A desvalorização do real é no mercado futuro, onde os fundos ficam comprados [apostam na alta do dólar]." O real, contudo, tem se enfraquecido com mais intensidade do que a moeda de muitos emergentes. Em um grupo de 24 países, só fica à frente de África do Sul e Índia. Nas palavras do ministro, isso se deve a "uma virtude". (Da Folha de São Paulo)


Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, o ex-ministro José Dirceu continua muito influente dentro do partido e não precisa de cargo no comando petista para fazer articulação política, segundo o secretário de Comunicação do PT, Paulo Frateschi. Ex-presidente do partido, Dirceu está fora das chapas que disputarão o comando partidário nas eleições internas do PT deste ano, em novembro."Dirceu não precisa de nenhum cargo hoje para fazer política. Ele tem influência no partido muito grande, tem voz ativa dentro da maioria", disse Frateschi ontem, antes de assistir ao debate dos seis candidatos à presidência do PT, em São Paulo. Segundo o dirigente, a defesa de Dirceu será boa para o PT. (Valor Econômico)


NO BLOG DO NOBLAT

Tânia Monteiro e Lisandra Paraguassu, Estadão
Desgastado com a operação de "resgate" do senador boliviano Roger Pinto que provocou uma crise diplomática com a Bolívia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi obrigado nesta segunda-feira a pedir demissão. A conversa entre a presidente e o ministro foi rápida, no Palácio do Planalto.
A irritação da presidente Dilma era maior porque a quebra da hierarquia de Saboia não se resumia à operação da madrugada de domingo, 25. Há seis meses, o governo da Bolívia havia feito proposta ao governo brasileiro de que senador boliviano fosse levado de carro até a fronteira com o Brasil e deixado lá, "sem que fosse de conhecimento" do governo local. O senador teria de percorrer 1600 km, durante 22 horas, de carro, até chegar à fronteira brasileira tornando a sua liberdade um fato consumado.


Pedro Venceslau, Estadão
Após a realização do primeiro debate entre os seis candidatos à eleição para a presidência do PT, marcada para 11 de novembro, o atual presidente da sigla, Rui Falcão, afirmou que o partido já atingiu o mínimo de 171 assinaturas necessárias para protocolar um projeto de decreto legislativo para a realização de um plebiscito sobre reforma política. O projeto será protocolado nesta quarta-feira, 28, pelo líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), de acordo com Falcão.
O assunto surgiu em meio a críticas ao deputado federal Cândido Vacarezza (SP), alvo dos seis candidatos à presidência do partido no debate realizado nesta segunda-feira, 26, em São Paulo. Os representantes de todas as correntes petistas condenaram o fato dele ter aceitado o convite do PMDB para coordenar um grupo de trabalho sobre reforma política da Câmara dos Deputados. Vaccarezza chegou a ser desautorizado pela bancada do PT, mas não sofreu nenhuma punição.


Chico de Gois, O Globo
A Comissão de Ética da Presidência decidiu nesta segunda-feira fazer uma advertência ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, por utilizar um jatinho da Força Aérea Brasileia (FAB) para ir ao Rio ver o jogo final do Brasil na Copa das Confederações, em junho. Garibaldi estava no Ceará, em um evento oficial e, numa sexta-feira, foi ao Rio e passou o fim de semana para poder assistir ao jogo.
A comissão também decidiu arquivar um procedimento instalado para investigar se a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, havia se excedido ao acusar a oposição de ser responsável pelos boatos que geraram pânico entre beneficiários do Bolsa Família. A Polícia Federal não conseguiu apurar de onde partiram as notícias que fizeram milhares de pessoas correrem às agências da Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar os recursos.


Vinicius Sassine, O Globo
O Tribunal de Contas da União (TCU) começou a investigar o modelo de contratação dos médicos cubanos adotado pelo governo brasileiro no programa Mais Médicos. A triangulação utilizada, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e os repasses aos cubanos de valores inferiores aos pagos aos outros profissionais do programa são objeto de uma diligência iniciada na última sexta-feira, quando o TCU cobrou diversos documentos do Ministério da Saúde.
O titular da pasta, Alexandre Padilha, tentou se antecipar à cobrança e esteve nesta segunda-feira com o presidente do tribunal, Augusto Nardes. Padilha, porém, não apresentou os principais documentos solicitados: a papelada que embasou o termo de cooperação assinado entre o Ministério da Saúde e a Opas.



NO BLOG DO REINALDO





NO BLOG BRASIL ACIMA DE TUDO


Por Silvio Grimaldo de Camargo (*)

A decisão do governo federal de trazer médicos cubanos ao Brasil é apenas uma manobra do Foro de São Paulo para financiar a indústria de “missões humanitárias” de Havana.
Em entrevista exibida pela Globo News em 2009, Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores, diagnosticava: “O que explica a confusão da América Latina é o Foro de São Paulo”. E ele tinha razão!
O Foro de São Paulo é uma organização que reúne de maneira promíscua partidos políticos legais, organizações terroristas e grupos narcotraficantes. Ele foi fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro, que prometiam reconquistar na América Latina o que se havia perdido no Leste Europeu. Seu objetivo era traçar estratégias comuns e lançar “novos esforços de intercâmbio e de unidade de ação como alicerces de uma América Latina livre, justa e soberana”. A unidade estratégica dessas organizações visava tomar o poder em todo o continente, criando uma frente de governos socialistas em oposição aos Estados Unidos. Hoje, duas décadas depois, o Foro de São Paulo governa 16 países, nos quais aplica a mesma agenda de aparelhamento do Estado, de limitação das liberdades civis, de relaxamento no combate ao narcotráfico, de perseguição à oposição e à imprensa livre.
O “Plan de Acción” aprovado e publicado nas atas do seu 19.º Encontro, ocorrido em São Paulo no começo deste mês, confirma e reforça o pacto estratégico e o compromisso solidário estabelecidos 23 anos atrás. Os efeitos práticos dessa solidariedade política ficam claros quando observamos a submissão do governo petista às diretrizes do Foro, em detrimento dos interesses nacionais, como ilustram alguns casos da nossa política recente.Read more (leia mais)






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA