DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 20-8-2013

NO BLOG DO CORONEL

Depois da denúncia feita no Blog Construindo Pensamentos, pelo blogueiro Yasha Galazzi, de que o "Mais Médicos" havia selecionado um chileno processado por exercício ilegal da profissão, agora O Globo denuncia que também foram selecionados médicos acusados por tráfico de drogas e homicídio culposo, entre outros. Leia aqui.

Acusado de “chicana” por Joaquim Barbosa, o ministro Ricardo Lewandowski defendeu a diminuição da pena fixada ao ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ). O próprio Lewandowski tinha prescrevido pena mais rígida no julgamento do ano passado, mas teria se arrependido.
No ano passado, o plenário condenou o ex-parlamentar pelo recebimento de mensalão em dezembro de 2003, quando vigorava a atual lei para corrupção passiva, com penas mais rígidas. Lewandowski disse que leu melhor o processo e encontrou recebimento de propina pelo ex-parlamentar em 2002, quando vigorava uma lei menos severa.
Nenhum ministro concordou com o argumento de Lewandowski na sessão. A expectativa é que ele usou o caso de Rodrigues para, mais tarde, usar o mesmo artifício para defender o núcleo central da quadrilha, formada pelos petistas mais graduados. Mas a tendência é que o plenário não diminua as penas dos réus com base nesta tese.
Em especial no caso de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, a tese não se encaixaria perfeitamente. Isso porque ele foi condenado por corrupção ativa em crime continuado. O STF considerou apenas a data da última propina, paga na vigência da lei mais recente. Depois, aumentou a pena, devido ao número de repetições do crime. Ou seja, para o chefe das quadrilha do Mensalão do PT, a data inicial da prática não importa para a fixação da pena.
Depois de julgado o recurso de Bispo Rodrigues, a expectativa é que, amanhã, o plenário analise a situação do operador do mensalão, Marcos Valério, e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.(Com informações de O Globo)

No final de julho, Dilma correu para São Paulo e deu R$ 8 bilhões para o prefeito Haddad recuperar a popularidade. Mesmo assim, o poste número dois cancelou as principais obras do Arco do Futuro, a grande promessa do "homem novo" que iria comandar a maior cidade do país. Hoje, a presidente volta à região para dar R$ 2,1 bilhões para os prefeitos petistas da região. Enquanto isso, meia dúzia de gangsters do PMDB vendem apoio em troca de cargos, de onde surrupiam dinheiro público, sob a vista grossa do PT. Vide Petrobras Internacional e mais recentemente o Ministério da Agricultura. No mundo real, o empresário continua pagando 10% de multa no FGTS, os municípios mendigam verbas a que têm direito, o dólar dispara, a inflação cresce e a confiança no país desaparece.


NO BLOG DO NOBLAT

O ministro Joaquim tem comprovado saber jurídico. Se não fosse isso, ele não teria construído o sólido relatório sobre a complexa Ação Penal 470 e nem teria conseguido ser acompanhado pelos seus pares. Eleitor do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, ele demonstrou o maior dos valores que um juiz precisa ter: separar suas preferências políticas do julgamento da ação.
O ministro Joaquim Barbosa tem educação de berço, no que é o mais relevante: seus pais o ensinaram o valor da educação e da acumulação do conhecimento num país, e numa geração, que deixou pobres e negros fora da escola. Para perseguir os sonhos plantados na casa que nasceu é que ele foi tão longe.
Poderia ter ficado em qualquer dos bons cargos que atingiu: gráfico do Senado, oficial de chancelaria. Mas o filho do pedreiro quis atravessar outras fronteiras, aprender várias línguas, fazer mestrado, doutorado, viver em outros países e entender o mundo.
A admiração que tenho por sua trajetória de vida e sua obstinação; a coincidência que tenho com várias de suas avaliações sobre o Brasil não me fazem apoiar todos os seus atos e palavras. Também não gostei do conflito entre ele e o ministro Ricardo Lewandowski. “Chicana” é uma palavra que o meio jurídico abomina.
Demorar-se em falas excessivamente longas que nada acrescentam de novo, e, na maioria das vezes, para acompanhar o relator, é um hábito que o ministro Lewandowski deveria abandonar. Isso protela o que já foi exaustivamente discutido.
Pelo tempo dedicado ao julgamento dessa ação não se pode dizer que o Supremo Tribunal, ou seu presidente, tenha tido pressa. Tudo está sendo feito no devido processo legal. Quando era revisor, era natural que o ministro Lewandowski convocasse tanta atenção para si, seus pensamentos e votos. Agora, o alongamento não faz sentido.
Sei que a economia tem assuntos aos quais eu deveria dar atenção. A pauta está cheia. O dólar dispara, a confiança dos empresários cai, o fluxo de capitais se inverte. São esses os temas preferenciais deste espaço.
Mesmo assim, me ponho a falar de Joaquim Barbosa. O detonador da escolha para o tema de hoje foi a coluna de ontem do meu colega e amigo Ricardo Noblat. Dela discordo tão profundamente que quis registrar.
Ele disse que “falta a Joaquim grande conhecimento de assunto de Direito” e citou como fonte, “a opinião quase unânime de juristas de primeira linha que preferem não se identificar”. Neste ponto, falha o jornalista Ricardo Noblat. Acusação grave fazem estes “juristas quase unânimes”, mas sobre eles recai o manto protetor do anonimato.
E estas fontes, protegidas, não explicam como pessoa sem grande conhecimento de Direito consegue o apoio, nos seus votos, de jurista do patamar de um Celso de Mello, o decano do STF. Isso para ficar apenas em um exemplo.
Noblat sustenta que Joaquim foi escolhido por sua cor. É louvável que o ex-presidente Lula tenha procurado ver os talentos invisíveis. Fernando Henrique procurou uma mulher e isso não desmerece a jurista Ellen Gracie. Países com diversidade — e que discriminam por cor e gênero — devem buscar deliberadamente o fim da hegemonia dos homens brancos nas instâncias de poder.
Já discordei várias vezes do presidente do STF, mas mais profundamente me divorcio das frases de Noblat: “há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para reagir à discriminação”.
Como já escrevi várias vezes neste espaço: acho que o racismo brasileiro é o problema; e ele tem causado sofrimento demais aos negros, e apequenado o destino do Brasil.

Bruno Villas Bôas, O Globo
De membro do famoso Brics (acrônimo criado para Brasil, Rússia, Índia e China), seleta relação dos países com grande potencial de crescimento feita pelo banco Goldman Sachs, o Brasil foi incluído pelo banco de investimento Morgan Stanley em um novo grupo de emergentes que tem uma história menos empolgante para contar: o dos “Cinco Frágeis”.
São países que têm em comum as moedas mais vulneráveis às mudanças na dinâmica da economia mundial, marcada agora pela expectativa de redução do programa de recompra de títulos públicos americanos, os chamados treasuries. O novo grupo é integrado também por Turquia, Indonésia, Índia e África do Sul.
Em relatório aos clientes, o Morgan Stanley avaliou que os cinco países têm dois principais fatores em comum: um elevado déficit em conta corrente — o saldo das transações entre um país e o resto do mundo — e um nível relativamente alto de inflação ao consumidor.



NO BLOG DO JOSIAS

Depois que Eduardo Cunha passou a circular pelos salões do Planalto e Renan Calheiros recuou da decisão de levar a voto os vetos presidenciais tóxicos, uma cascavel do PP animou-se a analisar a movimentação das víboras do PMDB:
“O apreço da Dilma pelo Renan ficou claro no dia em que ela tentou fazer do Edison Lobão presidente do Senado. Quanto ao Eduardo Cunha, ela não queria vê-lo nem pintado de ouro. Os dois pediam mais diálogo. E ela insinuava que precisavam era de interrogatório. De repente, viraram os três mosqueteiros. Dizem que é altruísmo. Tudo pelo Brasil. Isso costuma dar em CPI.”


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM


Num artigo enxuto e objetivo, o economista Rodrigo Constantino foi ao ponto em seu blog no site da revista Veja, ao comentar a disparada do dólar e o tenebroso contexto de crise econômica que turva o horizonte da Nação. Compara o governo do PT a uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão e o inverno inclemente chegou, como não poderia deixar de ser, pegando a cigarra sem qualquer tipo de agasalho.
O blog do Rodrigo Constantino que estreou recentemente no site de Veja, preencheu uma importante lacuna no que tange a comentários e análises econômicas no âmbito da grande mídia. Apesar de ser economista, Rodrigo Constantino consegue falar de economia sem abusar do “economês” e não hesita em meter o dedo na ferida. Não segue a cartilha politicamente correta e não patina no texto, como fazem os ditos jornalistas de economia em sua maioria mais especializados em louvar o desgoverno do PT. 
Por isso vale a pena visitar diariamente o blog de Constantino. Leiam:
Mais um dia de nervosismo no mercado de câmbio brasileiro. Apesar de novas intervenções do Banco Central, a moeda se desvalorizou e fechou com o dólar acima de R$ 2,41. A velocidade da desvalorização, somada às tentativas do governo de segura-la, demonstra que há elevado grau de tensão por parte dos investidores.
Parte – somente parte – do problema se deve a fatores externos. O dólar, na esteira da recuperação da economia americana e consequente expectativa de retirada dos estímulos monetários do Fed, tem se valorizado frente a outras moedas também. Mas não na mesma magnitude do real. Abaixo, a valorização do dólar em relação a alguma moedas, no ano de 2013:
Como se pode ver, nossa moeda perdeu bem mais que as outras, e em curto espaço de tempo. Se formos analisar os últimos 3 meses apenas, o quadro é mais impressionante ainda. Temos a má companhia da África do Sul e da Índia, que chegou a adotar controle de capital. São os patinhos feios do mercado, pois tinham pilares de areia, frágeis. Já os países latino-americanos da Aliança do Pacífico, que levaram mais a sério o compromisso com os fundamentos macroeconômicos – responsabilidade fiscal, meta de inflação e abertura comercial – sofreram impacto, mas em magnitude bem menor.
Não adianta buscar culpados lá fora. O Brasil está pagando parte do preço de seus erros no passado. A perda do controle sobre a inflação, o excesso de intervenção arbitrária em diversos setores da economia, a expansão contínua dos gastos públicos e do crédito estatal, os malabarismos contábeis, tudo isso contribuiu – e muito – para a perda de confiança dos investidores. Tensos, eles partem em retirada no primeiro sinal de deterioração do cenário externo para os países emergentes.
O Brasil não fez nenhuma reforma estrutural importante, como a previdenciária, trabalhista ou tributária, que reduzisse o “Custo Brasil” e permitisse aumento de nossa produtividade. Foi uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão, esquecendo que o inverno, um dia, chega. Parece que os primeiros sinais do frio já começaram a chegar, e nossa cigarra não tem um só casaco… Do blog de Rodrigo Constantino

Acima, os jovens comunistas da Universidade Federal de Ouro Preto numa manifestação. Abaixo a entrada do auditório da Ufop com um grande cartaz que exalta o comunismo.
O juiz da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira, suspendeu ontem, liminarmente, o funcionamento do Centro de Difusão do Comunismo (CDC), da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), até o julgamento final de ação popular apresentada pelo advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho em agosto. De acordo com o juiz, a administração “não pode disponibilizar bens públicos para a difusão de doutrinas político-partidárias por mais relevantes que sejam historicamente”.
Com a concessão da tutela antecipada, a Ufop fica impedida de dar prosseguimento “à execução de toda e qualquer decisão ou ato administrativo tendente a dar seguimento às atividades do Centro de Difusão do Comunismo, como, e não exclusivamente, a contratação de professores, a concessão do bolsas de estudos, disponibilização de dependências, compra de material e insumos e divulgação institucional de objetivos e atividades do programa”. E não fica só nisso. A universidade está proibida ainda de fazer qualquer pagamento em relação à atividade, como funcionários e professores, e terá que dar publicidade à decisão judicial.
Na ação popular, o advogado Pinto de Carvalho alega que o programa, sob o pretexto da autonomia universitária, fere os princípios da moralidade e da legalidade da administração pública, prevista na Constituição, ao usar recursos públicos para divulgar ideologia político-partidária. Mesmo depois de ouvir a universidade, o juiz acatou a alegação do advogado, ao admitir que o programa prioriza uma ideologia, que ofende o pluralismo político, previsto constitucionalmente.
“Não bastasse a justificativa e os fundamentos do Centro de Difusão do Comunismo, o símbolo usado pela Universidade Federal de Outro Preto para divulgá-lo é precisamente aquele, universalmente, associados aos partidos comunistas, ou seja, uma foice e um martelo; este símbolo, com pequenas variações, usados pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Comunista Brasileiro (PCB)”, disse Vale Madeira. Nas informações, requisitadas pela Justiça, a Ufop disse que seu programa é ligado à Pro-Reitoria de Extensão e tem como objetivo “lutar por sua sociedade além do capital”. 
MULTA 
Na decisão, o juiz Vale Madeira poupou a Ufop apenas do pagamento de multa, em caso de descumprimento da determinação. Ele afirmou que isso se deve à ausência de antecedente de não atendimento à ordem judicial. A Ufop reagiu ao tomar conhecimento da decisão, publicada anteontem. Por meio de nota, esclareceu que o Centro de Difusão do Comunismo não é “um programa acadêmico com objetivos político-partidários, e sim, trata-se de extensão, vinculado ao Curso de Serviço Social, para organizar e articular quatro ações de extensão (dois cursos e dois projetos) e oferecê-las de forma gratuita a toda a comunidade, que se insere no programa por livre escolha”.
Para a Ufop, a autonomia universitária “foi ferida de morte” com a decisão judicial, além do que, as instâncias que aprovaram e acompanharam o programa, criado em 2012, foram “completamente ignoradas e achincalhadas”. A nota acrescenta que “o pluralismo de idéias próprio a uma instituição federal de ensino público foi jogado no lixo e, pasmem, utilizado contra o programa, acusado de cercear o debate”. A instituição lembrou ainda que “inúmeros alunos bolsistas envolvidos no programa com ações de ensino, pesquisa e extensão ficarão sem receber suas bolsas, o que compromete a sua permanência na universidade”. A Ufop aguarda notificação da Justiça para decidir se recorrerá da decisão.
ADVOGADO MANDA VER!
A ação popular movida pelo advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho é a terceira que ele propõe contra a União, em apenas dois meses. Na primeira delas, ele questionou editais do Ministério da Cultura que previam a participação exclusiva de negros em projetos nas áreas de cinema, literatura e pesquisa. A alegação era que as exigências tinham cunho racista por excluir outras etnias. A ação foi julgada procedente pela 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão, a mesma que julga a ação contra o CDC. O segundo processo foi contra estatal do setor de energia. Pedro Leonel conseguiu na Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís impedir que a empresa pague pela compra de uma usina nos Estados Unidos. O advogado afirma já contabilizar mais de 300 ações contra o governo federal. “O que me move é o exercício da cidadania”, argumenta.Do site UAI/Diários Associados de MG


NO BLOG UCHO.INFO

Ministra Cármen Lúcia tem obrigação de julgar o escândalo que envolve Lewandowski, Dilma e o PT

Força total – Os brasileiros precisam pressionar a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, que decidirá nos próximos dias se investigará ou não a ação do ministro Ricardo Lewandowski no caso do sumiço de documentos que comprometiam o PT e a campanha de Dilma Vana Rousseff.

A um juiz, independentemente da instância em que atua, não cabe a prerrogativa de decidir se uma transgressão deve ou não ser julgada. Cabe ao magistrado cumprir o que determina a legislação vigente, sem privilégio de qualquer natureza, investigando os fatos e punindo os culpados de forma exemplar.
No caso de decidir pela não investigação do escândalo, a ministra concordará com o crime e poderá ser tratada como cúmplice de um caso absurdo, em que Lewandowski usurpou do poder. Essa é a interpretação rasa do caso em questão, que não pode ser tratado com nenhuma dose de benevolência.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades responsáveis, Ricardo Lewandowski já estaria preso, uma vez que é inconcebível que um juiz elimine documentos que comprometem pessoas com as quais mantém relacionamento. Fosse bem intencionado, Lewandowski teria se declarado impedido de julgar o caso envolvendo Dilma e o Partido dos Trabalhadores.
O comportamento, altamente condenável, reforça as especulações de que Lewandowski atua na mais alta Corte da Justiça como braço avançado do PT. Depois ninguém entende porque o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, perde a paciência com Lewandowski e o acusa de fazer chicana.


NO BLOG ALERTA TOTAL


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
As famílias brasileiras estão com 45% da renda anual comprometida com dívidas. Trata-se do maior nível nunca antes visto na história deste País (como diria o Presidentro $talinácio). O problema pode ficar ainda pior, com alto risco de calote forçado, se os juros continuarem a subir (o que é bem provável) junto com um aumento do desemprego e dos índices de preço ao consumidor. Eis o cenário que só a esquizofrênica equipe econômica de Dilma Rousseff tem a cara de pau de classificar de positivo.
Nessa conjuntura perigosa, de nada serve a estulta sinceridade do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do Presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, ao admitirem, publicamente, que não sabem onde vai parar o dólar. O BC do B e o Tesouro Nacional devem fazer hoje mais um esforço inútil de torrar uns US$ 4 bilhões das reservas cambiais brasileiras para tentar segurar a alta da moeda globalitária frente ao irreal Real.
Na previsão psicológica do mercado paralelo, o dólar já está acima de R$ 2,50 há muito tempo. O dólar pode chegar, rapidamente, a R$ 2,70 ou mais. Pouca gente dá bola para a bravata do presidente do BC do B, quando ele ameaça que “quem apostar em movimentos unidirecionais da moeda pode ter de arcar com perdas”. O causador concreto da oscilação cambial de agora é a completa falta de confiança dos investidores na economia interna.
Trocar Mantega por qualquer um não resolve. A única “solução” para acalmar os investidores nervosos seria a ida de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda. A Presidente Dilma Rousseff não recebe bem a ideia de um ministro mais poderoso que ela, com independência, e que pode até lhe roubar uma candidatura presidencial. Até Lula já deu sinal verde para a saída do afilhado Mantega. Mas, como o governo e o próprio ministro demoram a tomar uma decisão, o pirão econômico desanda.
Todo mundo já sabe que o Poder Real Mundial não quer mais o PT governando o Brasil. Por isso, ocorre tanta instabilidade por aqui, além dos erros primários de condução econômica da petralhada no poder. O perigo, para o futuro do Brasil, é que a marketagem política da Oligarquia Financeira Transnacional consiga fabricar um nome “alternativo” para vencer a eleição de 2014, sendo o mais do mesmo. Marina Silva e Aécio Neves são os perfis ideais para o ilusionismo eleitoral.
A onda de insatisfação geral com tudo, e contra todos os políticos, tem tudo para que o Brasil repita a velha fórmula de colocar no imperial poder presidencial um novo personagem que será algo novo, porém idêntico na essência a tudo de velho a que estamos acostumados. A crise econômica, sempre fabricada artificialmente neste País rico, vai ajudar a compor o cenário do teatrinho das mudanças que se transformam na mesma coisa.
Agora, o que mais desespera a petralhada é que a crise atual tem o objetivo tático de acabar com eles e tirá-los do poder. Dilma, Lula e a companheirada serão passageiros da agonia de um desgoverno até o final de 2014. Quem deseja trocá-los quer apenas botar no Palácio do Planalto um personagem socialista Fabiano mais light. E PT saudações!
E na hora do desespero, acontece o de sempre. A petralhada solta nas ruas e nas redes sociais seus Pit-buls radicalóides e o chamado quarto elemento do crime organizado (que promove desde aumento de crimes comuns até a incitação de badernas políticas bem focadas). O negócio vai ficar animado até 2014 acabar com eles...
Previsão para esta quarta...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.



NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO

Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos. Mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: o mal está sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, infelizmente, quando se trata de política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do “pega um, pega geral”.
Mas a última flor nascida no orquidário nacional de escândalos, e que já recebeu o nome genérico de cartel Siemens ─ uma maciça conspiração para fraudar licitações públicas, sobretudo em São Paulo e na área ferroviária ─, passou de muito a mera prática da hipocrisia. No caso, quem está na gerência do orquidário é o PSDB, o único grupo político brasileiro ao qual se pode chamar de partido da oposição, e que há anos critica a corrupção frenética praticada nos governos do PT. Só que, em vez de ficar acusando o adversário por delinquências que parecem não tentá-lo, o PSDB foi pego numa demonstração de que pode ser atraído, e muito, por elas ─ ou seja, ficou dando ao Brasil lições de moral sobre os vícios do PT, em público, e praticando precisamente esses mesmos vícios, em particular.  Clique para continuar lendo







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