DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-7-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Em meio à crise instaurada no Parlamento, somada à queda de sua popularidade, a presidenta Dilma está em pânico com os rumos que poderá tomar a votação do novo Código de Mineração, que já recebeu 500 emendas na comissão especial. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) foi delegado a monitorar os trabalhos e tentar evitar repetição do “balcão de negócios” que tomou o Congresso na MP dos Portos.

Dilma tem razão quando atribui aos protestos o desejo do povo de “querer mais”: dados do Portal da Transparência revelam que o governo federal gastou até agora R$12,1 bilhões com o Bolsa Família – enquanto a Saúde recebeu R$9,8 bilhões. O ministério das Cidades recebeu ainda menos – R$897 milhões, sendo R$6,4 milhões para abastecimento e esgoto em pequenos municípios. O programa de transferência de renda consumiu R$20,2 bilhões em 2012.

Mais 450 mil famílias entraram para o programa este ano, sendo a Bahia, governada pelo petista Jacques Wagner, eterna líder do ranking.

A violência entre jovens de 15 a 29 anos cresceu 414%, como mostra o Mapa da Violência 2013, divulgado sexta (19). Entre 2000 e 2010, o Maranhão registrou aumento de 398,5% em vítimas de arma de fogo. 

Para Luiz Pitiman (PMDB-DF), dar aposentadoria especial aos garçons não impacta nas contas da previdência, já que a categoria não é tão numerosa e o salário é menos da metade do teto do INSS (R$ 4.100).

A CCJ da Câmara aprovou projeto de Ricardo Tripoli (PSDB-SP) que criminaliza condutas contra cães e gatos. O texto, um tanto exagerado, prevê 3 a 5 anos de prisão até para a inocente brincadeira de crianças, que atiça cães: “pega, pega, ts, ts”, por “promover a luta entre animais”.

Esse era o lema dos pilotos da Força Expedicionária Brasileira durante a II Guerra Mundial ao estabelecer recorde destruindo 1,3 mil veículos, 250 composições de trem, 25 pontes e 85% da munição alemã.

É o que merecem políticos desavergonhados que utilizam aviões das Forças Armadas Brasileiras (FAB), que conquistou respeito mundial, para ir a jogos de futebol, casamentos ou para passear com cães.


NO BLOG DO CORONEL

Ricardo Berzoini está sendo cotado e é o sonho de consumo dos petistas para assumir as Relações Institucionais da Dilma, no lugar de Ideli Salvatti. Seria o responsável pela articulação política. Este papel, hoje, está sendo realizado informalmente por Aloízio Mercadante. Este trio, quando cuidou de "articulação política" promoveu o que ficou conhecido como o Escândalo dos Aloprados. Querem lembrar como foi?
Em 15 de setembro de 2006, a Polícia Federal prendeu dois petistas que tentavam negociar um falso dossiê para envolver os tucanos José Serra, então candidato a presidente, e Geraldo Alckmin, que disputava o governo de São Paulo, no caso dos sanguessugas. O escândalo, que o então presidente Lula atribuiu a um 'bando de aloprados', atingiu em cheio o adversário de Alckmin na corrida eleitoral de 2006, Aloizio Mercadante: Hamilton Lacerda, seu secretário de Comunicações, foi filmado entrando com uma mala no hotel onde a transação seria feita, ao preço de 1,7 milhão de reais. O coordenador-geral da campanha à reeleição de Lula e presidente do PT em 2006, eraRicardo Berzoini, que foi afastado do comitê após o escândalo e licenciou-se da presidência do PT. A PF colheu 51 depoimentos, realizou 28 diligências, ordenou 5 prisões temporárias, quebrou sigilos bancários e telefônicos, mas não chegou a lugar nenhum. Em 2011, VEJA resolveu o mistério, com base no depoimento de um dos aloprados, Expedito Veloso. Ele confidenciou a colegas de partido que o mentor e um dos arrecadadores do dinheiro para a montagem da farsa foi de fato Mercadante, hoje ministro da Educação, em parceria "inclusive financeira" com Orestes Quércia, também adversário de Alckmin em 2006. Veloso disse mais: que a atual ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não só sabia do dossiê como foi incumbida de divulgá-lo.

Na chegada à reunião do Diretório Nacional, ontem, em Brasília, o ex- presidente José Eduardo Dutra foi um dos poucos a defender Vaccarezza, afirmando que é impossível fazer plebiscito agora. Ele defendeu que seja aprovada a proposta da OAB sobre reforma política, que proíbe financiamento por empresas, por exemplo. Ao contrário do discurso do PT, Dutra disse que concorda com Vaccarezza de que não é possível realizar um plebiscito este ano.
— Plebiscito é inviável e comissão da Câmara existe desde 1995 (sem resultados). O mais viável, é fazer uma mobilização para aprovar a proposta da OAB. Esta proposta tem eleição em dois turnos, com votação primeiro na lista e depois no candidato. Esta proposta dá tempo de aprovar até outubro, para valer em 2014 — disse Dutra.
Na saída, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), foi quem anunciou a aprovação da carta de Guimarães como posição do Diretório. Ele disse que o PT vai apoiar todas as propostas em discussão, como a da OAB. — O PT reafirmou no Diretório a posição de apoio ao plebiscito. E entendemos que a nota da bancada já resolvia o assunto — disse Wellington Dias.
Além da nota de Guimarães, 39 deputados divulgaram nota de apoio ao deputado Henrique Fontana (PT-RS), a quem preferiam como representante do PT. Como não foi escolhido por Henrique Alves para coordenar a comissão especial, Fontana saiu do grupo e foi substituído por Berzoini.
Ontem, no twitter, o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), saiu em defesa de Vaccarezza. — Se Fontana fosse o coordenador, seria difícil alguém participar. O PMDB, por exemplo, não participaria — disse Eduardo Cunha. Em tom irônico, ele lembrou que Fontana foi relator da reforma política em outra comissão, por dois anos, e não conseguiu aprovar texto algum. ( O Globo)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, comprou um apartamento em Miami (EUA), no ano passado, usando uma empresa que abriu para obter benefícios fiscais no futuro. O valor do imóvel é estimado no mercado entre R$ 546 mil e R$ 1 milhão. O ministro, que pagou o apartamento à vista em maio de 2012, não quis informar seu valor real.
Ao criar uma empresa para realizar a transação, Barbosa diminuiu o custo dos impostos que eventualmente seus herdeiros terão que recolher nos EUA para efetuar a transferência do imóvel depois da morte do ministro. De acordo com a legislação em vigor, o Estado da Flórida poderia ficar com até 48% do valor do imóvel na hora da transferência para os herdeiros se ele fosse registrado em nome do presidente do STF. Como o apartamento foi adquirido por uma pessoa jurídica, não haveria cobrança de imposto. As ações da empresa poderiam ser transferidas aos herdeiros sem tocar na propriedade do imóvel.
Dois corretores de imóveis em Miami e dois advogados brasileiros disseram à Folha que o procedimento é perfeitamente legal e costuma ser adotado por outros brasileiros que investem em Miami. Se Barbosa ou seus herdeiros quiserem vender o imóvel, porém, o custo será maior do que se ele tivesse registrado o apartamento em seu nome. Empresas pagam 35% sobre os eventuais lucros. Pessoas físicas recolhem 15%.
Outra vantagem da escolha de Barbosa é a discrição. Nos registros públicos da Flórida, quem aparece como proprietário do apartamento é sua empresa, que foi batizada como Assas JB Corp., e não ele. A empresa foi criada em maio de 2012, poucos dias antes da compra do apartamento, e o endereço de Barbosa em Brasília aparece como sua sede nos documentos públicos examinados pela Folha. O apartamento de Barbosa tem 73 metros quadrados, um quarto, sala, cozinha e banheiro. Ele fica no 22º andar de um edifício que faz parte de um condomínio de alto padrão, composto por três torres às margens do rio Miami, na região central da cidade. 
'MEIOS DE SOBRA'
Por meio de sua assessoria de imprensa, Barbosa afirmou que a aquisição do apartamento foi feita "em conformidade com a lei norte-americana" e disse que a constituição da empresa foi recomendada por um advogado contratado para a transação. O ministro afirmou que incluiu a empresa e o imóvel em sua declaração de Imposto de Renda à Receita Federal no Brasil. Segundo ele, o apartamento foi adquirido com economias acumuladas em 25 anos e também declaradas.
Barbosa disse que, como ministro do STF, professor universitário e procurador da República, sempre recebeu salários acima da média do país e sempre teve o hábito de poupar parte de seus ganhos. "Tenho, portanto, meios de sobra para adquirir imóvel desse porte", afirmou. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT

Ninguém é mais direitista do que um ex-esquerdista. Talvez porque a desilusão com as promessas nunca realizadas da esquerda se misture com a necessidade do novo direitista de exorcizar seu passado, de se autopunir pela sua ingenuidade.
Para repudiar o que era, o ex-esquerdista precisa arrasar o que era. Como está também arrasando o seu passado, a sua juventude e o tempo que perdeu acreditando em coisas como igualdade, solidariedade e a redenção da humanidade, não admira que sua crítica à esquerda seja tão ácida. Está lamentando a si mesmo, o que só aumenta sua raiva.
O adágio, tão repetido, segundo o qual quem não é de esquerda até uma certa idade não tem coração e quem não é de direita depois não tem cérebro, equipara a migração da esquerda para a direita como uma conquista da sabedoria.
Idealismo, crença em justiça social etc. seriam coisas que iríamos largando pelo caminho rumo à maturidade, junto com outras baboseiras juvenis. Não se tem notícia de uma migração ao contrário, de direitistas que voltam a ser esquerdistas, até como uma forma de recuperar a juventude.
E esquerdistas que continuam esquerdistas apesar de já terem idade para se darem conta do engano são alvos prioritários do escárnio dos convertidos. Ainda têm coração, os inocentes.


Os neoconservadores que levaram a política externa americana a sucessivos desastres nos últimos anos têm este nome porque muitos deles foram trotskistas na juventude. Abandonaram o internacionalismo trotskista e inauguraram o ultranacionalismo do “século americano”, e continuam influentes, mesmo sob o governo do Obama.
Os ex-trotskistas odeiam o que foram um dia, e seu conservadorismo ativo é uma forma de expiação. Caso notório de conversão foi a do escritor John dos Passos, ex-comunista e autor de alguns livros memoráveis de crítica social, que acabou seus dias quase como uma caricatura de direitista americano, com bandeira na frente da casa e tudo.
Para quem ainda se considera de esquerda, apesar das desilusões e de um coração combalido, o rancor dos convertidos tem seu lado positivo. Mostra que a esquerda ainda existe, logo chateia. Ou chateia, logo existe.

Luis Fernando Veríssimo é escritor.


Fábio Fabrini, Estadão
Nomeado há seis anos para o Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Raimundo Carreiro envelheceu, sem truque de beleza ou matemática, só quatro de lá para cá. Depois de assumir o cargo, conseguiu na Justiça mudar sua data de nascimento de setembro de 1946 para setembro de 1948 e, assim, esticar em dois anos a permanência na corte, tida como o "céu" de políticos e servidores públicos em fim de carreira.
O comando do TCU é definido anualmente numa eleição pró-forma, que ratifica acordo de cavalheiros previamente costurado. O presidente exerce mandato de um ano, renovado sempre por mais um. Pela tradição, o escolhido é sempre o ministro mais antigo de casa que ainda não exerceu a função.
O próximo da fila é Aroldo Cedraz, que tomou posse em janeiro de 2007, dois meses antes de Carreiro, e sucederá a Augusto Nardes no período 2015-2016. Em seguida, será a vez de Carreiro, que, com nova certidão de nascimento, tirou a cadeira de José Múcio Monteiro. "Pode ser consequência (assumir a presidência), mas não que o objetivo seja esse", diz Carreiro.




NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM


Os editoriais do jornal O Estado de S. Paulo ainda continuam sendo os melhores da grande mídia brasileira. No que tange à qualidade dos textos o Estadão supera todos os seus concorrentes, bem como no conteúdo, ainda que os articulistas tenham medo de escrever a palavra "comunismo". Preferem sempre o eufemismo "bolivariano", termo cunhado pelo finado tiranete Hugo Chávez, que designa a versão do comunismo na atualidade e que também atende pelo apelido de "socialismo do século XXI".
A única diferença do comunismo do século XXI para o velho comunismo é que os governos comunistas agora têm como sócios os grande grupos empresariais, e a liberdade individual é solapada por meio dos ditames do pensamento politicamente correto, o que antes dependia exclusivamente da ação das baionetas e dos calabouços. No plano institucional as "reformas" são feitas por meio de instituições democráticas como "plebiscitos" e "assembléias constituintes". Em outras palavras, a trolha bolivariana é introduzida de forma terna e suave. Todavia, quando a nova estratégia falha os comunistas fazem um retorno ao passado.
Daqui deste raquítico veículo de comunicação, um blog independente e que não está abrigado em nenhum portal da grande mídia, aproveito para enviar à equipe editorialista do Estadão uma sugestão: a abordagem dessa praga que se alastra sobre a América Latina, denominada "socialismo do século XXI. A propósito, a partir dos dia 31 deste mês de julho, todos os partidos esquerdistas estarão reunidos no Foro de São Paulo, que realiza seu encontro num hotel da capital paulista. Está aí, portanto, uma bela pauta.
A ideia me ocorre em razão do editorial do Estadão deste domingo intitulado "A chanchada do Mercosul", que tem como protagonistas de relevo Dilma Rousseff e sua inseparável amiga Cristina Kirchner. Transcrevo:
Caudatários de uma ideologia em que a farsa substitui a história, os dirigentes de Brasil, Argentina, Venezuela e Uruguai acreditaram que fosse possível, na base do caradurismo, adulterar a narrativa dos acontecimentos para legitimar a entrada dos venezuelanos no Mercosul. Tal como na Rússia stalinista, em que personagens inconvenientes para a história oficial eram apagados das fotos, o Paraguai, que se opunha ao ingresso da Venezuela, foi "apagado" do bloco sul-americano, como se suas objeções nunca tivessem existido. Agora que o objetivo foi plenamente atingido - a Venezuela não apenas é membro do grupo, como o preside -, o Paraguai foi convidado a reaparecer na foto do Mercosul, para completar o roteiro burlesco costurado pela vanguarda bolivariana. Mas os paraguaios, teimosos, se recusam a participar dessa chanchada.
O Paraguai, sócio-fundador do Mercosul, foi suspenso do bloco em 29 de junho de 2012, como punição por ter afastado o presidente Fernando Lugo do cargo, num julgamento político que, embora relâmpago, não contrariou nenhum item da Constituição do país. Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) enviada ao Paraguai logo após o episódio constatou a normalidade democrática. Em seguida, o Conselho da OEA avaliou o assunto e a maioria dos embaixadores corroborou o relatório da missão, descartando, portanto, que tenha havido um "golpe".
Mas nada disso serenou o discurso inflamado da presidente Dilma Rousseff e de sua colega argentina, Cristina Kirchner. Ambas acusaram o Congresso paraguaio de ter promovido uma "ruptura da ordem democrática". Ao insistir nesse ponto, sem dúvida falacioso, Dilma e Cristina estavam construindo o argumento para afastar o Paraguai do Mercosul e, assim, permitir a entrada da Venezuela.
Trocando em miúdos, Brasil e Argentina, em nome da defesa da democracia, patrocinaram um atentado contra as instituições do Mercosul para favorecer um regime cujo autoritarismo é a principal marca. O tratado do bloco exige o voto unânime de seus fundadores para aceitar novos sócios. Como o Congresso paraguaio dava todas as indicações de que não aprovaria o ingresso da Venezuela chavista, Dilma e Cristina aproveitaram a oportunidade da crise política paraguaia para, num passe de mágica, eliminar o voto do país. Enquanto os paraguaios estavam suspensos, Brasil, Argentina e Uruguai abriram as portas do Mercosul para os venezuelanos, numa decisão cuja legalidade é obviamente contestável.
A situação esdrúxula criada pelos compromissos ideológicos de Dilma e Cristina com o bolivarianismo tende a paralisar um Mercosul já claudicante. A suspensão do Paraguai termina no próximo dia 15 de agosto, data da posse do presidente eleito Horacio Cartes, conforme ficou acertado em recente cúpula dos integrantes da união aduaneira. Mas o Senado do Paraguai já decidiu oficialmente que não reconhece o ingresso da Venezuela. Desse modo, o Mercosul - cujas decisões muitas vezes dependem de unanimidade - fará reuniões em que o presidente paraguaio não está autorizado, por seu Congresso, a nem sequer admitir a presença do colega venezuelano.
Não bastasse isso, enquanto o Paraguai cumpria a suspensão, a Venezuela assumiu a presidência do Mercosul - justamente na vez dos paraguaios. Os demais sócios argumentaram que, por estar de castigo, o Paraguai não poderia ocupar o posto. Atropelado, restou ao país exercer seu direito de espernear. "As últimas decisões do Mercosul não se ajustam ao direito internacional", declarou o chanceler paraguaio, José Félix Fernández, recorrendo a uma obviedade para dizer que seu país não aceitará, nas atuais circunstâncias, retornar ao bloco. Cartes, o presidente eleito, também já avisou que será difícil retomar a normalidade do Mercosul enquanto a Venezuela estiver nele. Pode ser que tudo afinal se ajeite, já que o poder do Paraguai é muito limitado, mas o fato é que a atual crise escancarou de vez a mediocridade do Mercosul. Do site do Estadão


Eleuses Paiva (PSD-SP), médico e deputado, organiza a resistência à proposta governista e afirma que o programa Mais Médicos é uma medida eleitoreira que colocará em risco tratamento da população de baixa renda no interior do país.
Um dos principais opositores no Congresso Nacional ao Mais Médicos, programa anunciado pelo governo federal para salvar a saúde pública do país importando profissionais estrangeiros, o deputado Eleuses Paiva (PSD-SP) afirma que a medida tenta camuflar a verdadeira intenção do governo: “É um balão de ensaio para trazer 25 000 médicos de Cuba.”
Professor e integrante do setor de medicina nuclear do Hospital de Base de São José do Rio Preto e do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o deputado afirma que as universidades de medicina do país “estão de luto” e ataca o ministro Aloizio Mercadante, que, apesar de ser titular da Educação, assumiu o papel de articulador do governo no Congresso: “Ele não entende nada do assunto”. Leia trechos da entrevista ao site de VEJA:
Como o programa Mais Médicos foi recebido pelo Congresso? Essa medida é tão constrangedora que não tem nenhum deputado da área de saúde do PT participando da comissão [que analisa o tema]. Ninguém aceitou ir para um desgaste desse. A discussão é autoritária, não dá para negociar. Alguns parlamentares, a pedido do Ministério da Saúde, querem discutir o tempo de atuação no SUS [de dois anos, de acordo com a proposta], se diminui para um ano ou para seis meses. O ponto é que a forma de fazer essa discussão não é por meio de medida provisória, por ato autoritário. A forma de fazer a discussão é dentro das universidades, no Conselho Nacional de Educação.O que o senhor achou da mudança de discurso quando o governo falou em trazer médicos espanhóis e portugueses? Esse balão de ensaio realmente é para trazer médico cubano. Há quatro anos, a Venezuela teve a importação de 25 000 médicos cubanos pelo governo Hugo Chávez. A Federação Médica Venezuelana nos disse que tinha sérias dúvidas se essas pessoas eram médicas de verdade, porque as condutas profissionais que elas tomavam eram absurdas. É justamente esse acordo que nós desconfiamos que o governo brasileiro esteja fazendo, porque esses médicos têm um contrato com o governo venezuelano que acaba agora. Eles estão retornando para Cuba e são justamente os 25 000 que estavam trazendo para o Brasil quando nós os emparedamos. Baseado nisso, o ministro [Alexandre] Padilha, que é uma pessoa muito boa para desviar a rota, diz que vai trazer profissionais portugueses e espanhóis. A notícia que nós temos, e que provavelmente o ministro dará, é que serão dez portugueses, vinte espanhóis e 25 000 médicos cubanos. O foco da discussão, na realidade, é médico cubano. É isso que ele está tentando trazer. Clique AQUI para ler toda a entrevista que é importante



NO BLOG ALERTA TOTAL


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

O Brasil é um País corrupto e subdesenvolvido que venda o almoço para tentar comprar a janta, mas ainda termina devendo na operação, por falta de Política (definir o que fazer, de preferência, corretamente). O Brasil também é uma nação naturalmente rica que é mantida artificialmente na miséria por um velho esquema de poder globalitário.
A pergunta é: por que aceitamos este jogo? Somos ignorantes, otários ou safados - cultural, histórica e civilizatoriamente falando? Será que devemos dar razão ao imortal Nelson Rodrigues, quando ele reclamava que “o brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte”. Aliás, releia o artigo deste Alerta Total: Até quando seremos tão canalhas?
Momento ótimo para tocar neste assunto, já que o Brasil se prepara para a festiva chegada do Papa que é pop (e dizem, não poupa ninguém politicamente errado). No seu discurso na Jornada Mundial da Juventude, Francisco já tem programado um recado estratégico. Na visão do líder católico, a religião precisa dialogar com a Política. Certamente, o Pontífice prega isto sabendo que a religião exerce uma influência muito mais profunda sobre a sociedade e os indivíduos que a tradicional política.
Nestes tempos de crise generalizada, parece que virou moda mandar fazer a tal da Política (definir o que fazer, de preferência, corretamente). O chefão Luiz Inácio Lula da Silva, em palestra recente para estudantes em uma universidade federal, fez essa recomendação, inclusive para quem estiver puto da vida com tudo, com todos e até com ele mesmo e a Dilma: “Faça-se Política”.
Claro, tal recomendação divina do Lula não tem a mesma força do companheiro Deus, quando proclamou “Faça-se a Luz” e, segundo Nelson Rodrigues, foi criado o Fla-Flu (a maior divergência política da história do futebol antes mesmo de o mundo ter sido criado e ter alguma História para ser contada).
Irrelevando essa brincadeira de extremo mau gosto os princípios sagrados da religião – mas ponderando que é melhor perder os amigos que a anedota no País da Piada Pronta -, é mesmo essencial fazer Política (definir o que fazer, de preferência, corretamente). O problema é que o Brasil nunca define um Projeto para si. Fica sempre naquela doença do “amanhã a gente faz”, e nada acontece para melhorar.
Ano que vem tem eleições. Será que algo vai realmente mudar em termos de representatividade, sob o efeito salutar dos protestos nas ruas que devem continuar? A hipótese mais sincera e provável de ser concretizada é que pouco mudará. Praticamente nada mudará nas regras eleitorais e nas máquinas de cassino (tão confiáveis quanto Deus, segundo a Justiça eleitoral) que nos farão, pela vontade antidemocrática do voto obrigatório, escolher quem vai nos representar no parlamento, nos governos estaduais e no trono imperioso da falsa República tupiniquim.
Embora nunca estivessem com os deles tão apertadinhos, os políticos estão confiantes. Na cínica fórmula de quem já está mamando na teta da politicagem, o modo mais simples de transformar a aparente má vontade do eleitorado é investir ainda mais pesado na máquina eleitoreira.
Aliás, nunca falta dinheiro para esse negócio que movimenta e desperdiça bilhões e cada dois anos... E aqueles que desejam se apresentar como “alternativa a tudo que aí está” já têm pronto o discurso de que não são políticos tradicionais, porém prometem consertar e sanear as coisas”.
Enquanto isso, a Vaccarezza está indo para o brejo. O Partido da Traição já trabalha contra a Presidenta Dilma Rousseff da Silva. A reeleição dela não será fácil nem com a vaca tossindo. Dilma foi jogada para baixo da carne seca porque não sabe fazer Política. Desde seu nada cândido tocador da reforma política, até seu péssimo trato com tantos ministros (alguns dos quais com quem sequer despachou até hoje).
Rola até a fofoca de que a Dilma só despacha, no sobe e desce do elevador presidencial, com seu ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General José Elito. Se a Dilma trata assim quem cuida da área de inteligência do governo, imagina o que ela não faz com aqueles a quem ela já até xingou de “burro”, na rispidez de uma reunião, como Moreira Franco (ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos). Ainda bem que os despachos são acontecem no banheiro...
O problema escatológico é que a Dilma está (ou é) politicamente perdida. O azar é que o País está pior que ela. Por negarmos a Política de verdade, sem definir um projeto para o Brasil, estamos condenados a ser a “Vanguarda do Atraso”. Só temos saída Política se revertermos, urgentemente, a histórica falta de investimento em defesa, infraestrutura, educação, ciência & tecnologia. Sem isto somos Impotência. País sem futuro!
O Brasil só tem solução se implantar uma Política baseada no espírito empreendedor, desenvolvimentista, realmente democrático, e com mecanismos de controle para coibir a corrupção (conatural ao ser humano que pratica os sete pecados capitais).
Será possível fazer dessa “Política” a nossa “Religião” para tornar o Brasil uma Nação Divina? E, perguntamos novamente: até quando seremos tão canalhas e não fazemos o dever de casa? 

Pura Politicagem
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


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