DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 11-7-2013
NO TRANSPARÊNCIA BRASIL
Fim do privilegio de foro: equívoco que beneficiará os corruptos
Em meio às diversas medidas precipitadas que passaram a ser propostas a partir do momento em que os políticos brasileiros foram desancados nas manifestações de rua, reaparece a ideia de eliminar o privilégio de foro para deputados, senadores e outros ocupantes de cargos públicos.
Não havendo privilégio de foro, os processos contra esses políticos correrão na primeira instância, seja nas Justiças estaduais, seja na Justiça Federal. Se condenados, recorrerão aos Tribunais de Justiça ou aos Tribunais Federais.
Se os recursos a essas instâncias forem negados, recorrerão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outras palavras, se os processos nos tribunais superiores já demoram anos e anos para se concluírem, levá-los para a primeira instância só fará aumentar ainda mais esses tempos.
Pode-se ter certeza de que, se condenações já são difíceis hoje, se tornarão praticamente impossíveis caso o privilégio de foro for eliminado.
Uma consequência direta da medida será o cancelamento de todos os processos que atualmente correm no STF e sua remessa aos níveis inferiores da Justiça. Por exemplo, o processo do Mensalão, o processo do Mensalão mineiro, os processos contra o deputado Paulo Maluf etc. etc.
Pode-se ter certeza de que, na hipótese de aprovação dessa ideia despropositada, nenhum dos réus desses e de outros processos cabeludos será punido em tempo finito.
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O senador José Pimentel (PT-CE) foi o relator que sepultou o projeto 138, que endurecia as regras para uso de aviões da FAB. A proposta do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que pretendia organizar e limitar o uso de aeronaves, chegou a ser aprovada nas comissões de Defesa do Consumidor e Relações Exteriores, mas foi barrada pelo PT na Comissão de Constituição e Justiça, último passo antes do plenário.
O projeto limitaria o uso da FAB aos chefes dos Três Poderes, o vice, o presidente da Câmara e ministros de Estado. Todos os 39.
Quem foi o “jênio” que inventou uma greve nos serviços públicos que a população “massacrou” em protestos nas ruas?
O governo federal enfrenta dificuldades para viabilizar seu programa de concessões de rodovias, em um país de economia estagnada que neutraliza obstinadamente o interesse de investidores. Quem investiu no setor no Rio Grande do Sul se deu mal: o governador Tarso Genro (PT) rompeu contratos e criou uma nova estatal para cobrar pedágios e distribuir cargos à companheirada. E as rodovias foram abandonadas.
Após o desmonte das rodovias, o gaúcho Tarso Genro assumiu o posto de principal líder da “vanguarda do atraso” na gestão pública nacional.
Além de cartazes apoiando Dilma na greve de hoje, sindicatos pelegos e assemelhados vão colher assinaturas para manifesto pró-plebiscito.
O Planalto desafiou o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), a impedir que seu partido votasse a proposta de Orçamento Impositivo. Foi inútil: Alves é obediente ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).
O deputado ex-BBB Jean Wyllys (PSOL-RJ) deu um duro danado no recesso de janeiro: gastou quase R$ 5 mil em passagens aéreas, R$ 4 mil alugando carro e R$ 717 em gasolina, num total de R$ 20,5 mil.
Foi até engraçado observar o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), constrangido, ao lado do antecessor Celso Amorim, ontem, no Congresso. Têm em comum o esporte de falar mal um do outro.
Lula, que se gabava de poder emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional terá que engolir a advertência do FMI de que o Brasil terá que conter a inflação a todo custo, para não precisar de novo… do FMI.
…Lula, que esteve em Brasília para reunião secreta com Dilma, virou uma espécie de “Espírito Santo”: está em toda parte, mas ninguém vê.
NO BLOG DO NOBLAT
Pelo País, portos, hospitais e refinarias podem parar
Estadão
Organizações sindicais de todo o País vão aderir à greve geral e prometem parar capitais como Porto Alegre, Salvador e Manaus. Portos, indústrias, comércios e até hospitais terão as atividades suspensas nesta quinta-feira, 11. Em Pernambuco, três vias que dão acesso ao Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, serão fechadas. Na área, há 150 empresas e 75 mil trabalhadores. A meta é parar o porto com “piquetes democráticos”, diz Ricardo Marques, da Força Sindical.
O Hospital de Clínicas de Curitiba será paralisado a partir das 6h30. Somente serão realizados atendimentos de emergência. No Paraná, haverá bloqueios nas Rodovias BR-277 e BR-376 a partir das 8h. Volvo, Volkswagen e Renault serão palco de protestos.
Acordo de centrais sindicais exclui o 'Fora, Dilma' de protestos
Pedro Venceslau, Ricardo Chapola e Roldão Arruda, Estadão
Temendo que o "Dia Nacional de Lutas" — protestos em todo o País marcados para esta quinta-feira, 11, organizados por centrais sindicais e organizações de classe —, se transformasse em um grande ato contra a presidente Dilma Rousseff, a CUT, que é ligada ao PT, convocou uma reunião de emergência ontem para pressionar a Força Sindical a poupar o governo federal. Em troca, propôs que a defesa do plebiscito para a reforma política, uma bandeira do PT e do governo, também ficasse fora do palanque unificado, que vai reunir dirigentes das centrais na Avenida Paulista hoje.
O acordo foi fechado e chancelado por todas as centrais. Sem ele, a manifestação corria sério risco de se transformar em um cabo de guerra entre sindicalistas. O governo temia críticas ácidas a Dilma. "No carro de som, onde estarão os presidentes das centrais, e nas faixas conjuntas não entrarão o ‘Fora, Dilma’, o ‘Fica, Dilma’ ou a reforma política. O centro da pauta é a questão trabalhista. Mas os militantes cutistas levarão cartazes em defesa da reforma política, da taxação das grandes fortunas e da reforma tributária", resumiu Vagner Freitas, presidente da CUT.
Um dia após rejeição, Senado aprova redução de número de suplentes
Cristiane Jungblut, Júnia Gama e Maria Lima, O Globo
Após a má repercussão da decisão do Senado de derrubar PEC que proibia senadores de escolherem seus parentes como suplentes, senadores aprovaram, sem votos contrários, nesta quarta-feira, medida semelhante, porém com algumas alterações importantes, que garantem aos suplentes o direito de “herdar” permanentemente o mandato dos titulares.
A partir de uma manobra regimental, o Senado apreciou uma emenda de autoria do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que restringe as mudanças em relação aos suplentes. A única abstenção foi de Edison Lobão Filho (PMDB-MA), suplente de seu pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia acertado com os líderes dos partidos votar na sessão desta quarta-feira.
Câmara nem sequer cria grupo para analisar reforma política
Eduardo Bresciani, Estadão
O grupo criado para elaborar uma reforma política nem sequer foi instalado ontem pela Câmara por uma disputa interna no PT. Os partidos, que rejeitaram a proposta de plebiscito da presidente Dilma Rousseff, já sinalizam não haver entendimento possível para mudanças na legislação sobre os dois principais pontos: sistema de votação e financiamento de campanhas.
A possibilidade real do grupo é trabalhar em propostas que promovam remendos no sistema atual, acabando com as coligações em eleições proporcionais, promovendo a coincidência dos pleitos e encerrando a possibilidade de reeleição para cargos no executivo, inclusive presidência da República. Mesmo essas mudanças menos drásticas em relação ao modelo atual aconteceriam somente a partir de 2016.
Congresso desiste de apreciar 1,7 mil vetos presidenciais
Ricardo Brito e Débora Álvares, Estadão
Os líderes do Congresso Nacional decidiram na tarde desta quarta-feira, 10, que os 1,7 mil vetos presidenciais que estão pendentes de apreciação não vão ser votados, ao menos por ora, pelos parlamentares. A justificativa é que o Parlamento não quer mexer em matérias que possam causar impacto fiscal ao governo justamente no momento de crise econômica internacional.
Entre os vetos pendentes, está o que acaba com o fator previdenciário, o que poderia causar um rombo de, pelo menos, R$ 3 bilhões aos cofres públicos, segundo estimativa das centrais sindicais. Na prática, esses vetos vão ficar em um "limbo legislativo", uma vez que eles não vão trancar a pauta do plenário do Congresso.
Na saída da reunião com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), elogiou a postura da oposição em concordar com esse acordo. "Todos percebemos que você tem um conjunto de vetos que, se derrubados, teriam graves repercussões fiscais. Portanto, eu acho que, de maneira prudente, nós evitamos fazer uma disputa em cima desses temas.", afirmou.
Lei popular com apoio de 700 mil poderá ser aceita, com internet
Débora Álvares e Ricardo Brito, Estadão
Por 55 votos a favor e nenhum contrário, o plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira, 10, em segundo turno, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz para a metade o número de adesões de eleitores necessárias à apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular.
O total de assinaturas exigido para que um projeto de lei de iniciativa popular possa ser aceito e tramitar no Congresso, segundo o texto, cairia do atual 1% do eleitorado nacional para 0,5% — de 1,4 milhão para cerca de 700 mil pessoas, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que contabiliza total de 140 milhões de votantes. A proposta abre, além disso, a possibilidade de se coletar assinaturas pela internet, o que tende a tornar bem mais fácil levar adiante tais iniciativas. O texto segue agora para a Câmara.
A proposta aprovada estabelece, também, que propostas de emenda à Constituição (PECs) possam ser apresentadas por cidadãos — hipótese que não é contemplada atualmente pela Constituição. No caso da iniciativa de apresentar uma PEC, será necessário o apoio de 1% do eleitorado nacional, 1,4 milhão de pessoas, distribuídas em pelo menos cinco Estados.
Copom eleva taxa básica de juros para 8,5% ao ano
Gabriela Valente, O Globo
Numa decisão já esperada pela maioria do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou ontem os juros básicos de 8% para 8,5% ao ano. Os diretores do Banco Central optaram unanimemente pelo aumento da Selic em 0,5 ponto percentual, apesar do baixo ritmo de crescimento do país, para evitar que a alta do dólar contamine as expectativas de inflação no ano que vem.
Para manter a estratégia de aperto monetário, os integrantes da cúpula do BC tiveram de pesar prós e contras. De um lado, estavam dados que desencorajavam a terceira alta seguida dos juros ou, pelo menos, poderiam referendar um aumento mais modesto, como o fraco desempenho da produção industrial, a perda de fôlego da geração de emprego e, principalmente, a queda da inflação no curto prazo. Os índices têm surpreendido positivamente por causa do corte nas tarifas de transporte público. Os economistas do mercado já começam a refazer suas contas e preveem inflação de 5,81% neste ano.
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Governo sofre revés em votação dos royalties
Ricardo Della Coletta e Eduardo Bresciani, Estadão
O governo sofreu, na noite desta quarta-feira, 10, um revés na Câmara dos Deputados. O PT e o PMDB comandaram uma manobra para tentar priorizar a análise, artigo por artigo, do texto que destina os royalties do petróleo para a educação e para a saúde que foi modificado pelo Senado no início de julho.
O objetivo da ação era tentar evitar que o plenário apreciasse o relatório do deputado e líder do PDT na Casa, André Figueiredo (CE), que destinava 50% da totalidade do Fundo Social do petróleo para a saúde e para a educação. Com 217 votos contrários e 165 favoráveis, porém, o requerimento saiu derrotado.
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Senado aprova projeto que deduz valor de aluguel no IR
O Globo
Para tentar diminuir o déficit habitacional, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) criou um projeto de lei, aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado ontem, que prevê que as despesas com aluguel ou financiamento da casa própria de até R$ 20 mil por ano sejam deduzidas do Imposto de Renda (IR).
A presidente Dilma Rousseff também anunciou ontem que os municípios com menos de 50 mil habitantes poderão participar do programa de moradia popular “Minha casa, minha vida”, sem a exigência atual de seleção. O anúncio foi feito durante a 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
NO BLOG DO JOSIAS
Bloco de Dilma entra em colapso no Congresso
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