DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 22-6-2013

NA FOLHA DE SÃO PAULO 
22/06/2013 - 03h40

Pacote contra seca tarda a chegar aos 10 milhões de afetados


 

AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL AO INTERIOR DO CEARÁ
NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR

Anunciado há dois meses pela presidente Dilma Rousseff, o último pacote de medidas contra a seca, estimado em R$ 9 bilhões, demora a chegar ao semiárido.

A entrega de milho atrasou, cisternas estão abandonadas ou apresentam problemas, a oferta de carros-pipa não teve o aumento prometido e apenas 30% dos recursos para perfuração de poços foram liberados.
Diante da maior seca dos últimos 50 anos, que afeta dez milhões de pessoas em 1.418 municípios do norte de Minas Gerais e do Nordeste, foram as poucas chuvas que aliviaram a situação. As precipitações fizeram crescer vegetação rasteira que alimentou os rebanhos, mas foram insuficientes para que houvesse colheita.
Para alimentar os animais, o governo havia prometido enviar 340 mil toneladas de milho em abril e maio.
Nesses dois meses, só 151 mil toneladas (44% do total) foram repassadas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Outras 138 mil toneladas foram enviadas em junho.
Em dez cidades do interior do Ceará que a Folha visitou há duas semanas, produtores rurais diziam que o milho ainda não havia chegado.
Na Bahia, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura também relatou atraso, sobretudo por falhas no transporte e distribuição, sob responsabilidade dos Estados. E, quando o milho chega, há menos do que o previsto.
"Minha cota seria de 20 sacos de milho, mas falaram que só vou ter dez", disse o produtor Francisco Pinheiro, 34, de Milhã (311 km de Fortaleza). Ele e seu pai disseram ter vendido gado a preços baixos porque não tinham alimento para os animais.
CHUVAS
A previsão é que haja ainda menos chuva no semiárido no segundo semestre deste ano. Por isso, a chuva registrada até agora foi importante para encher cisternas.
O governo prometeu entregar 130 mil cisternas até julho e mais 110 mil até dezembro. Há, contudo, problemas nas cisternas de plástico que estão sendo entregues.
Em Canindé (118 km de Fortaleza), a reportagem localizou um depósito com cerca de 200 cisternas expostas ao calor. E moradores, que foram orientados a cavar buracos para as cisternas, esperam pela instalação há mais de três meses. "Gastei R$ 200 para cavar e até hoje a cisterna não veio", diz o agricultor Joaquim da Silva, 73.
Sem chuva, as cisternas dependerão de carros-pipa contratados pelo Exército para distribuir água.
Em abril, havia 4.746 carros-pipa em 777 cidades. Dilma prometeu ampliar a operação em 30%, para 6.170 carros-pipa. Dois meses depois, o Exército tem 5.220 carros-pipa contratados em 808 cidades --aumento de 10%.
A maior fatia do pacote (35%, ou R$ 3,1 bilhões) era uma estimativa de quanto o Planalto deixaria de arrecadar até 2016, ao renegociar a dívida de 700 mil produtores. Foram atendidos 39 mil produtores, com dívidas de R$ 510 milhões, apenas 16% do previsto.


Editoria de Arte/Folhapress

22/06/2013 - 03h39

Jogo contra a Itália define rumo da seleção e da organização da Copa das Confederações


MARCEL RIZZO
MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A SALVADOR

O jogo entre Brasil e Itália, hoje às 16h, na Fonte Nova, define muito mais do que o primeiro lugar do Grupo A na Copa das Confederações.
O que acontecer dentro e fora do campo ditará os rumos da seleção e do Brasil como organizador de eventos.
No gramado, o time precisa empatar ou ganhar para escapar de um confronto com a Espanha na semifinal.
Fora do estádio, a Fifa e as autoridades brasileiras medem as consequências das manifestações que têm ocorrido por todo o Brasil.
Nesta semana, enquanto Uruguai e Nigéria duelavam na Fonte Nova, manifestantes apedrejaram dois ônibus da Fifa e o hotel onde funcionários estão hospedados.
A organização diz que pretende manter o evento no país, assim como a Copa. Mas novos atos de violência podem desencadear um plano B.
A entidade já trabalha com alternativas para realizar longe do país as semifinais e a decisão da Copa das Confederações, evento que serve como teste para o Mundial.
A Fifa trava uma batalha velada com o governo federal, assim como a CBF discute quase diariamente com o COL (Comitê Organizador Local), ambos presididos por José Maria Marin.
Só quem está em paz é a equipe de Luiz Felipe Scolari, que venceu os dois primeiros duelos e não sofreu gols.
Se passar em primeiro do grupo, a equipe fará a semifinal em Belo Horizonte. Caso fique em segundo, jogará em Fortaleza.



NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Dilma tem a faca e o queijo: a Reforma Política

Na opinião de industriais cearenses, a presidente Dilma pode fazer do limão uma limonada.
Ela tem a mesma grande chance – que também tiveram, ao tomar posse, FHC e Lula – de aproveitar o povo nas ruas para encaminhar ao Congresso Nacional a proposta da sonhada Reforma Política.
Uma iniciativa assim, dizem os industriais, unirá o povo e o Governo.
A Reforma Política – mãe de todas as reformas – sepultará os partidos de aluguel, seus líderes e seus negócios, consolidará as legendas com votos e tornará a corrupção uma perigosa aventura.
Se tomar essa iniciativa, a presidente Dilma atrairá o apoio das ruas.
As manifestações difusas de agora passarão a ser de pressão sobre o Congresso pela aprovação da Reforma Política.

Corrupção: o Brasil é diferente

É por meio da política que, organizadas e sob o império da Lei, vivem as sociedades democráticas.
Nelas, nada se faz fora da política, para o bem e para o mal.
Quando agentes da política trocam o lícito pelo ilícito, são punidos na forma do que determina a legislação. Pelo menos é assim nas avançadas democracias.
Não tem sido assim, porém, no Brasil.
Em que cadeia brasileira está preso o político que desviou para o seu bolso o dinheiro público?
Ou o banqueiro que enganou a clientela?
Ou o milionário sonegador de impostos?
Nos EUA, só para citar um caso, há vários deles na cadeia, cumprindo pena de dezenas de anos.
No Brasil ainda não é assim.
Por que?


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O QUE ROLA NA INTERNET

Foto

Brasileiros fazem
protestos de apoio 
em 15 países

Cerca de 40 mil pessoas de 15 países confirmaram participação, nas redes sociais, em protestos neste fim de semana para apoiar as manifestações que se alastraram pelo Brasil nas últimas semanas. Os protestos são organizados, tudo pela internet, por brasileiros que vivem no exterior. Estão programadas manifestações pacíficas em países europeus e outros como Estados Unidos, Austrália, Chile e até Japão.

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Sem fronteiras

Intitulado “Democracia Não Tem Fronteiras”, o movimento “apartidário” critica abusos do poder público e pede educação, saúde e transporte.

Nos conformes

Diferentemente do Brasil, os protestos no exterior tem horário para começar e terminar e autorização do governo local para acontecer.

Primeiro mundo

Na maioria dos países, os manifestantes se responsabilizam por atos de vandalismo e por deixar o local limpo, do jeito que o encontraram.

Atentos e alerta

O Clube Militar diz que as manifestações “expressam majoritariamente o grito dos que estão indignados com o descaso”, há “interesses inconfessáveis” de vândalos, e que está “acompanhando os fatos”.

Nem precisa desenhar

A manobra política é mais velha que “o velho do Restelo”, de Camões: para unir ou amedrontar um povo em crise cria-se um “inimigo interno” – os judeus de Hitler, por exemplo, – ou um “inimigo externo” – os “imperialistas da CIA” na América Latina. O resto é História.

Relação de Dilma
com Lula enfrenta
séria crise

Nunca esteve tão ruim o relacionamento da presidenta Dilma com o ex-presidente Lula, e azedou muito após ela recusar sua sugestão de substituir o ministro Guido Mantega (Fazenda) pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cuja inteligência o fascina. Durante a conversa entre os dois, esta semana, em São Paulo, Lula não lhe fez sugestões para enfrentar as manifestações, o que a desapontou.

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Incoerência

Dilma ficou surpresa com a sugestão de Lula para demitir Mantega: o próprio Lula a pressionou a não fazê-lo quando ela o quis, em 2012.

Sobrou para João

Dilma também achou que o marqueteiro João Santana, como a Agência Brasileira de Inteligência, deveria tê-la avisado das manifestações.

Deixa pra depois

Com medo de que os protestos pelo país tomem dimensões ainda maiores, parlamentares do PT tem defendido o adiamento da votação de projetos polêmicos ou que impliquem em gastos públicos.

Voz do povo

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) atribui os protestos à dificuldade dos políticos em ouvir o povo: “Quando o poder não chama as pessoas a opinar, por referendo ou plebiscito, elas vem sem serem convidadas”.

Pensando bem...

...se o Brasil vive a “revolução do Facebook”, Mark Zuckerberg para presidente, já!


NO BLOG DO NOBLAT

PEC 37 é alvo de novo protesto em SP neste sábado

O Globo
Um novo protesto em São Paulo foi convocado por uma rede social para este sábado, 22, às 15h, na avenida Paulista. Desta vez o alvo é a PEC 37, proposta de emenda à Constituição que tramita no Congresso e limita o poder de investigação do Ministério Público.
O tema já vinha sendo mote das manifestações recentes pelo país. "Sou contra a PEC 37. Porque só beneficia os criminosos", diz o texto que convoca para a manifestação, que não indica o grupo organizador da manifestação.


Criação de emprego formal tem pior mês de maio em 21 anos

Geralda Doca, O Globo
O mercado formal de trabalho registrou no mês passado a geração líquida (admissões menos demissões) de 72.028 empregos, o menor resultado dos últimos 21 anos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o nível do emprego com carteira assinada caiu 48,4%. Nos cinco primeiros meses deste ano, foram abertas 669.279 vagas, considerando os ajustes (dados fornecidos pelas empresas fora do prazo), queda de 23,7% em relação ao resultado obtido entre janeiro e maio de 2012, quando forma gerados 877.909 empregos.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelam que no mês passado houve piora das contratações em todos os setores da economia e fechamento de postos em vários estados, principalmente do Norte e do Nordeste. Chama atenção o resultado negativo da construção civil, que fechou 1.877 vagas. No mesmo período do ano passado, o setor respondeu por um saldo líquido de 14.886 postos.



Inflação cede este mês, mas estoura a meta oficial e atinge 6,67%

Sérgio Vieira, O Globo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,38% em junho e ficou abaixo do resultado de maio, cuja taxa foi 0,46%, apontou o IBGE nesta sexta-feira. Mas, considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,67%, situando-se acima dos 6,46% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Com este resultado, a inflação no acumulado dos últimos 12 meses fica acima do teto da meta do governo (6,5%). Em junho de 2012 a taxa havia ficado em 0,18%.
Mais uma vez, os remédios e os alimentos foram os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA-15 de maio para junho. Com 0,65%, após terem aumentado 2,94% em maio, os remédios, refletindo reajuste vigente desde 4 de abril, completaram alta de 4,85% neste primeiro semestre do ano. Segundo Daniel Cunha, analista da XP Investimentos, os alimentos já estão promovendo uma importante desinflação no índice de preços e tem sido os destaques no atual alívio no IPCA quando comparado aos níveis observados no inicio do ano.



Renúncia fiscal cresce oito vezes em 2013

Lu Aiko Otta, Estadão
Apenas nos dois primeiros meses do ano, o governo deixou de arrecadar R$ 1,6 bilhão com o programa de desoneração da folha salarial, mostra levantamento da Receita Federal obtido pelo Estado.
A cifra equivale a 43% de toda a renúncia fiscal registrada nesse programa no ano passado, que atingiu R$ 3,7 bilhões. É oito vezes mais do que o que se deixou de arrecadar no primeiro bimestre de 2012, que foi R$ 198 milhões.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Analiso o discurso de Dilma – Conforme previ, presidente usa protestos para anunciar inflexão à esquerda de seu governo; se tudo der certo para ela e para o PT e errado para o país, teremos um governo tutelado por “conselhos populares”, formados por gente eleita por ninguém

Tudo indica que haverá um esforço do PT e do governo Dilma para que se efetive justamente o que eu temia: uma democracia tutelada por “movimentos populares”, de que o Poder Executivo federal passa a ser um “organizador”, com uma inflexão do PT mais à esquerda. Pior: os petistas tentarão usar esses supostos “representantes do povo” para pressionar o Congresso e o Judiciário. Vão se esforçar para usar esses falsos representantes do povo para, por exemplo, aprovar uma reforma política que só interessa ao PT. Mais: Dilma tentará fazer de conta que o problema é dos outros, não dela. Pode dar tudo errado? Até pode. Mas o plano é péssimo. Os setores do jornalismo que, por alguma razão estúpida, ou uma soma delas, flertou com o Bebê de Rosemary podem se arrepender. Algumas considerações prévias antes de entrar no mérito.
Tenho sido um duro crítico de muitos, de quase todos, os aspectos do movimento que tomou as ruas. Vocês conhecem também a minha visão a respeito. Numa síntese rápida, resta evidente que os grupos de extrema esquerda, a começar do Movimento Passe Live, em parceria com o petismo e com amplos setores da imprensa — não se trata de conspiração, mas de identidade de valores —, tentaram criar o caos em São Paulo. O tiro saiu pela culatra, e o balaço caiu no colo de Dilma Rousseff. Por isso ela teve de se manifestar. Fizemos nesta sexta um debate na VEJA.com. Estávamos lá Augusto Nunes, Marco Antonio Villa, Ricardo Setti e eu. Daqui a pouco, o vídeo estará no ar. Resta evidente que sou, dentre os quatro, o mais pessimista. Embora eu reconheça que, em São Paulo e em boa parte do país, a esquerda porra-louca — justamente aquela amada por setores do jornalismo — tenha perdido o monopólio da manifestação, não acho que o saldo seja positivo para o país. Num texto que escrevi na manhã de ontem, afirmei aquele que seria um dos efeitos negativos desses eventos. Reproduzo trecho:
 “O lulo-petismo é a única força de massa — ou, se quiserem, no jargão característico, “movimento de massa” — verdadeiramente organizada no país. Por “organização”, entenda-se uma vinculação orgânica com aparelhos sindicais, no campo e nas cidades, capazes de mobilizar recursos e pessoas para atuar em várias frentes. O método do Movimento Passe Livre, ora premiado com a decisão da redução das tarifas — e não restava às autoridades alternativa, a não ser a demonização diária nas TVs —, força uma reciclagem do petismo pela esquerda; convida o partido a uma espécie de volta às origens; introduz um suposto viés de frescor que vem das ruas (que, na verdade, é bolor), do qual o partido andava um tanto distante, agora que se tornou também uma gigantesca burocracia de ocupação do estado.
Aos petistas, não custa muita coisa mudar a chave, não!, da atual posição, vamos dizer assim, mais à direita (em relação a seus marcos anteriores), próxima da social-democracia, para outra mais próxima de seu passado.”
Antes eu comente o discurso de Dilma, cuja íntegra segue abaixo, reproduzo mais um trecho do meu texto de ontem:
“Entendam, minhas caras, meus caros: eu sei que gente que não tolera mais a corrupção, a impunidade, a bandalheira e a incompetência engrossou as passeatas do Movimento Passe Livre. E o fez por bons motivos. Há entre os manifestantes até mesmo aqueles que foram protestar em frente ao prédio de Lula. Nada disso, no entanto, muda o caráter do que se viu nas ruas ou anula o fato de que o método premiado é danoso para o regime democrático. O que queremos? Uma democracia tutelada por supostos “conselhos populares”?
Muito bem. Agora vamos à fala da presidente. Eu a reproduzo em vermelho e comento em azul. Dou destaque a alguns trechos.
Minhas amigas e meus amigos,
Todos nós, brasileiras e brasileiros, estamos acompanhando, com muita atenção, as manifestações que ocorrem no país. Elas mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar.
Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas, se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder.
Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia.
O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.
Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de lutar por mais qualidade de vida, de defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.
O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos. Essa violência, promovida por uma pequena minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático. Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Todas as instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro dos limites da lei, toda forma de violência e vandalismo.
Com equilíbrio e serenidade, porém, com firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de todos. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem.
Essa é a primeira parte do discurso. Dilma condenou o vandalismo e a arruaça. É claro que fez bem, mas não há como elogiar por isso, uma vez que o contrário seria impossível. Imaginem uma presidente da República que dissesse: “É isso aí, moçada! O negócio é ir para o pau!”. Impossível, certo?
Mas já há um traço preocupante. Segundo Dilma, essa “nova energia” pode superar limitações políticas e econômicas. As políticas, vá lá, podem até ser superadas, uma vez que costumam derivar de acordos, entendimentos. Se isso não significar atropelar as instituições, tudo certo. Mas pode significar isso também, como se verá adiante. Já as econômicas… Eu não gosto de gente que se refere a fatos sociais falando em “energia”. Para mim, “energia” é coisa de eletricista, engenheiro elétrico, física… Na sociedade, querer lidar com “energias” quase sempre significa ceder a movimentos de pressão que fazem da própria gritaria fonte de sua legitimidade. Vamos à segunda parte.
Brasileiras e brasileiros,
As manifestações dessa semana trouxeram importantes lições: as tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor destas manifestações para produzir mais mudanças, mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira.
A minha geração lutou muito para que a voz das ruas fosse ouvida. Muitos foram perseguidos, torturados e morreram por isso. A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.
Sou a presidenta de todos os brasileiros, dos que se manifestam e dos que não se manifestam. A mensagem direta das ruas é pacífica e democrática.
Ela reivindica um combate sistemático à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Todos me conhecem. Disso eu não abro mão.
Esta mensagem exige serviços públicos de mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento de saúde de qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo; ela quer mais segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem mudar.
Dou uma parada aqui. Como se nota, ela trata do assunto como se fosse um problema dos outros, não dela; como se isso dissesse respeito aos demais entes da federação, não o governo federal. As críticas à corrupção, ficou evidente, eram especialmente dirigidas à área federal, sim, senhores! Agora vem o primeiro pulo do gato — ou da gata. Prestem atenção.
Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos.
Dilma se coloca, assim, como a líder de um movimento que vai convocar os outros Poderes. Apresenta-se como senhora e dona de uma agenda. Reivindicações que foram dirigidas especialmente ao Executivo serão divididas com os demais. Huuummm. Vamos seguir.
O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Vamos ver que diabo será o tal plano. Imaginar que o governo federal possa planejar a mobilidade nas cidades é conversa mole para boi dormir. O máximo que pode fazer é conceder ou linhas de empréstimo ou incentivos fiscais para que elas operem reformas importantes na área. Não está claro o que quer dizer. Uma coisa é certa: vão querer meter a mão grande em São Paulo, território que a presidente já percebeu andar um tanto hostil ao PT. Aí vêm os 100% dos recursos do petróleo para a educação e a polêmica importação de “milhares de médicos do exterior”. Até aqui, estamos na fase dos malabarismo e da alegoria de mão. São medidas de tal sorte descoladas entre si que o conjunto parece ser um arranjo de última hora. É agora que a coisa engrossa.
Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente.
Vamos ver. Esse negócio é só episódico, ou Dilma vai mesmo querer governar com os “conselhos populares”? É só brincadeirinha, ou Mayara Vivian, a tal do Movimento Passe Livre, valerá tanto quanto uma penca de deputados ou senadores? É só para ver se dá uma esfriada nos ânimos, ou vamos nos aproximar um pouquinho mais do bolivarianismo? O governo já faz a interlocução com essa turma, por intermédio de Gilberto Carvalho. Como vai funcionar? De agora em diante, ou o Congresso faz o que querem os movimentos, ou eles param a Paulista, a Getúlio Vargas e o que mais lhes der na telha? Vai piorar.
Brasileiras e brasileiros,
Precisamos oxigenar o nosso sistema político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis à influência da sociedade. É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar.
Em princípio parece bom. Se for para para submeter o Parlamento e a Justiça a comissariados do povo, aí é ruim. E é o que se vai tentar.
Quero contribuir para a construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular. É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático. Temos de fazer um esforço para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais abrangentes sobre os seus representantes.
A reforma política que quer o PT é uma estrovenga autoritária, destinada a eternizar os petistas no poder. O partido quer, por exemplo, o financiamento público de campanha, que corresponde a mais uma assalto ao bolso do contribuinte. Já expliquei aqui por quê. Imaginem o Passe Livre e seus amiguinhos a parar a Paulista em nome do… financiamento público. Ah, sim: se preciso, os valentes podem ser mobilizados em defesa do “controle da mídia”.
Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à Informação, sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos os poderes da República e instâncias federativas. Ela é um poderoso instrumento do cidadão para fiscalizar o uso correto do dinheiro público. Aliás, a melhor forma de combater a corrupção é com transparência e rigor
Certo! Os petistas poderiam explicar por que se tornaram patrocinadores da PEC 37, que retira poder de investigação do Ministério Público.
Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e os governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação.
Na realidade, nós ampliamos bastante os gastos com Saúde e Educação, e vamos ampliar cada vez mais. Confio que o Congresso Nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação.
Não posso deixar de mencionar um tema muito importante, que tem a ver com a nossa alma e o nosso jeito de ser. O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e vai fazer uma grande Copa.
Eu não concordo com o raciocínio que opõe estádios a hospitais. As coisas não funcionam assim por razões que não cabem neste texto. Negar, no entanto, que exista uma montanha de dinheiro público na Copa é absurdo. Não só isso: o governo criou um regime especial para a execução de obras, fora da Lei de Licitações.
Minhas amigas e meus amigos,
Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram pacificamente às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com a violência e a arruaça.
Será sempre em paz, com liberdade e democracia que vamos continuar construindo juntos este nosso grande país.
Boa noite!
Faltou dizer como é que o governo federal pretende combater a violência e a arruaça. Se quiser, tem em mãos uma porção de mecanismos. Vamos ver. Não sei se as providências que Dilma diz que vai adotar mudará o ânimo das manifestações. Depois de alguns dias, é natural que haja um refluxo — afinal, não vivemos numa tirania árabe. De uma coisa não tenho dúvida: se Dilma e o PT forem bem-sucedidos, do seu ponto de vista, nas medidas anunciadas, o Brasil ficará pior. Muito pior. E menos democrático também.
A trilha sonora deste filme é a que segue abaixo.

Texto publicado originalmente às 23h21 desta sexta.
Por Reinaldo Azevedo



NO BLOG DO CORONEL

Alckmin controla violência e MPL abandona protestos.

Foi nítida a virada. Enquanto a violência existiu nas ruas, com a culpa sendo jogada para a Polícia Militar de São Paulo e para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Movimento do Passe Livre atuava fortemente, pegando todas as pautas possíveis, além da tarifa zero. Quem não viu a geógrafa pilhada anunciando que agora lutariam contra o "latifúndio urbano"? Quando mudou? Quando a PM protegeu os manifestantes, mas deixou que os mesmos fossem contidos pela Guarda Municipal do PT, diante da Prefeitura Municipal. Quando a virada do MPL se consolidou? Quando as bandeiras do PT foram queimadas na rua por manifestantes pacíficos e ordeiros, aqueles que estavam na rua "sem partido". Ora, o MPL é cobra criada pelo PT. É braço do PT. Só foi para a rua para desgastar Geraldo Alckmin, tendo em vista que Fernando Haddad contava que, ao fim e cabo, conseguiria algum subsídio federal para reduzir a passagem. Articulado ao movimento, José Eduardo Cardozo, este penoso Ministro da Justiça, aproveitou a bagunça criada pelo MPL para também atacar Alckmin, já que é candidato a enfrentá-lo em 2014. Ao ver que o plano havia fracassado, o MPL, de forma pelega e rasteira, deu coletiva para dizer que, lá na alma, era PT e que estava doendo muito ver o seu partido apanhando nas ruas dos manifestantes pacíficos, até mesmo de carteiros e não existe nada mais povo e mais honesto que esta categoria. O MPL voltou a ser mais aquele. Aquele apêndice do PT, só que desta vez pegou o ônibus errado.

Escória do PT culpa direita e mídia pela violência.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou ontem que a imprensa estimulou indiretamente as recentes manifestações pelo país. "É verdade que a classe política paga o preço por isso. Mas é verdade também que houve um certo tipo de abordagem, de estímulo ao longo do tempo", disse Carvalho. "A imprensa teve um papel nesse sentido, de estimular um tipo de moralismo no sentido despolitizado e um tipo de antipolítica que leva a isso que está acontecendo também", completou. 
Ainda de acordo com o ministro, "aqueles que o tempo todo verbalizaram esse tipo de posição também têm responsabilidade por esse aspecto destrutivo que está aí". "Não adianta virem agora celebrar só a manifestação e não se darem conta que também são responsáveis por isso que está ocorrendo." 
Em seu blog, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no processo do mensalão por corrupção ativa e formação de quadrilha, disse que "há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias". Ele também citou a mídia, que, segundo ele, dá "amplo apoio" aos setores que "procuram mobilizar abertamente sua base social de oposição para ir às ruas".
"Para tanto, inclusive explorando as palavras de ordem contra a corrupção, a PEC 37 [que limita a capacidade de investigação do Ministério Público], contra os partidos, dando continuidade a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura", escreveu o petista.
Já Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT, escreveu em seu blog "que a direita tem pressa em mudar a pauta das manifestações, em direção a Dilma e ao PT". "O problema é que esta politização de direita pode esvaziar o caráter espontâneo e a legitimidade do movimento; além de produzir um efeito convocatório sobre as bases sociais do lulismo, do petismo e da esquerda brasileira", afirmou Pomar.(Folha de São Paulo)

NO BLOG DO JOSIAS

Vizinhança do Rio reage a Dilma com ‘vaiaço’

Rio de Janeiro, Barra da Tijuca. Com uma filmadora enfiada dentro do celular, o morador de um edifício registrou o calor com que Dilma Rousseff foi recebida na noite passada ao entrar nos lares da vizinhança pela porta da televisão. Em meio a um acender e apagar de luzes, vaiaram-na com fervor patriótico.
Dilma interrompeu o Jornal Nacional para falar sobre a onda de protestos que ganhou as ruas há 14 dias. A fita começou a ser gravada no finalzinho de sua fala. Os apupos continuaram mesmo depois que Patrícia Poeta retomou a apresentação nada poética do noticiário do dia, apinhado de protestos e badernas.
São mesmo infindáveis as serventias da internet. Já se sabia que, com um computador, um programa adequado e uma banda larga, qualquer um pode editar seus próprios livros e ou fazer seus próprios CDs. Verifica-se agora que, sem sair de casa, pode-se também registrar um vaiaço à presidente da República.
Ninguém depende mais de grandes estruturas para fazer o que quiser –inclusive convocar mega-passeatas. O mundo tornou-se um lugar inseguro, muito inseguro, inseguríssimo para os políticos.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA VEJA REVELA: FUNCIONÁRIOS DO MINISTRO GILBERTO CARVALHO INCENTIVARAM A BADERNA EM BRASÍLIA!
Como em todos os finais de semana a revista Veja chega às bancas neste sábado trazendo reportagens e artigos exclusivos fazendo aquele necessário contraste com o jornalismo "militante" que teve verdadeiros orgasmos ideológicos quanto a idiotia esquerdista quis transformar São Paulo numa praça de guerra. 
Entretanto, numa surpreendente virada até a bandeira do PT foi queimada por manifestantes irados com a presença de estandartes vermelhões que começaram a emergir mostrando a verdadeira cara do MPL. O fato é que nesta sexta feira a tromba do jornalismo militante murchou. Há um verdadeiro clima de velório nas redações, segundo se comenta entre "coleguinhas".
É nesse clima que chega a Veja para infernizar a vida dos chefes de reportagem dos jornalões e emissoras de rádio e televisão que serão obrigados a correr atrás do prejuízo, ou seja, os furos que comumente Veja aplica semanalmente nesses jornalistas de araque, paus mandados de Lula e Zé Dirceu e do psicótico comuno-nazista e ex-jornalista José Falcão.
A capa da revista, com se pode constatar, é dedicada ao inusitado movimento que incendeia o Brasil e que faz surgir multidões até mesmo em pequenas cidades do interior do país. 
A reportagem-bomba da revista não poderia ser mais bombástica: "Funcionários do ministro Gilberto Carvalho incentivaram a baderna em Brasília". Gilberto Carvalho, a quem os íntimos chamam de Gilbertinho, é uma espécie de espião de Lula dentro do Palácio do Planalto.
Esse homem de semblante soturno e aspecto retrô, evoca sempre a imagem de faxineiro de sacristia. Atribui-se a ele a missão de estabelecer a ponte entre os ditos "movimentos sociais" e o governo petista. 
Quem vê Gilbertinho, com sua fala mansa, vê pouco ou quase nada. Ninguém ousaria imaginar que a onda de selvageria e terrorismo que varreu Brasília na noite de quinta-feira tivesse o incentivo dos funcionários desse ministro da Dilma e assessor direto de Lula, conforme a reportagem de Veja.
Ainda vinculada à reportagem de capa, outra especial de Veja revela quem são e como agem os vândalos. Trata-se de matéria importante e descurada pela maioria da grande mídia cujos jornalistas estão mais preocupados em mistificar os fatos em favor do PT.
Portanto, vale a pena comprar Veja, em mais uma edição histórica.


NO BLOG ALERTA TOTAL

A chuva no molhado e o fim da Era Lula-Dilma

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net 
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

Com certeza, Luiz Inácio Lula da Silva lamenta e chora a perda do monopólio de mobilização das massas que sempre lhe conferiu legitimidade e poder político efetivo. Lula já tinha perdido, com o câncer na laringe, o potencial de sua voz.
Lula agora perde a própria liberdade, e só pode circular de carro blindado, com filme preto no vidro, pois não pode mais aparecer em público sem o risco de tomar vaia. A manifestação de quarta-feira à noite, quando 600 jovens protestaram na porta do apartamento dele, em São Bernardo do Campo, gritando “desce, ladrão”, é o ápice da desmoralização de Lula.
Dilma choveu no molhado ontem à noite em seu pronunciamento. É nulo o efeito prático de sua fala marketeiramente escrita, lida no teleprompter como uma apresentadora de televisão sem texto próprio. Patético escutar Dilma alegar que está ouvindo a voz das ruas, mas, como mãe severa, advertir que não vai tolerar as arruaças.
Como de costume no Brasil, a questão política, novamente, se transforma em questão de polícia. E com direito à cínica repressão da petralhada. O Governo Dilma já acabou sem ter começado. As mobilizações populares, originalmente incitadas por ONGs financiadas pela grana do socialismo fabiano transnacional, abrirão o caminho para retirar o PT do poder.
O PT já está irremediavelmente condenado. A grande dúvida é se os comparsas do PMDB serão “saídos” junto com a petralhada, ou se, como de costume, sustentarão e futura coalizão que ocupará o poder no Brasil, a partir de janeiro de 2015...
Uma coisa a fala da Dilma deixou implícita: o PT vai partir para a reação. Tudo indica, o partido terá de acelerar o processo “revolucionário”... O risco é o fusca deles, com motor de ferrari, bater a 300 km/h no muro da História, pois o Brasil já cansou do Governo do Crime Organizado.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.





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