DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 09-6-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Datafolha: Dilma perde popularidade

Foto
POPULARIDADE DE DILMA CAIU OITO PONTOS PERCENTUAIS
A presidenta Dilma Rousseff caiu oito pontos percentuais no últimos três meses na pesquisa de popularidade do Datafolha. Divulgado hoje (8) pelo jornal Folha de São Paulo, o estudo foi feito na quinta (6) e na sexta-feira (7). A pesquisa revela que 57%  dos brasileiros ouvidos consideram bom ou ótimo o governo da petista. Esse índice era de 65% em março. Trata-se da primeira queda significativa de popularidade da Dilma, desde o começo do seu mandato. Segundo a pesquisa, o percentual de pessoas que consideram o governo regular subiu de 27% para 33% e o índice daqueles que avaliam a gestão como ruim ou péssima saltou de 7% para 9%.

Sai de baixo

Dilma recebeu em primeira mão a informação da queda de 4 a 8 pontos percentuais na aprovação do seu desempenho, dependendo da classe social, e o motivo é o retorno da inflação. Madame ficou nervosíssima.

À luta

Com o PT-CE negando-lhe apoio para governador, o líder do PMDB, Eunício Oliveira, é uma bomba-relógio contra o governo, no Senado.

Pensando bem...

... o diabo parece que está gostando do que Dilma prometeu fazer com ele “quando é hora de eleição”.

Na cozinha com Dilma

A Presidência da República vai gastar nas cozinhas até R$74,2 mil com freezer, fornos, 9 batedeiras, 9 liquidificadores e, epa!, faca elétrica.

Produtor é quem sofre

O deputado Fábio Trad (PMDB-MS) critica a demarcação de terras de índios: “O governo tem mais de 30 mil hectares de terras confiscadas de traficantes de drogas. Por que não assenta os índios nelas?”.

Pensando bem...

... com escândalos torrando dinheiro público desde a era Palocci, a Caixa não é Econômica faz tempo.


NO BLOG DO NOBLAT

FRASE DO DIA
"Se auxílio-alimentação é para alimentar, como pode ser pago retroativo a nove anos, a pessoas vivas e, ainda, com altos salários?" (Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), sobre o benefício concedido aos ministros do TCU)


Justiça abre processo contra Dirceu por improbidade

Estadão
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (foto abaixo) sofreu mais um revés. Depois de seis anos, a Justiça Federal em Brasília abriu o primeiro processo de improbidade administrativa contra ele. Outros 20 réus do mensalão, além de Dirceu, também respondem ao mesmo processo.
O objetivo da ação de improbidade proposta pelo Ministério Público é recuperar o dinheiro que teria sido desviado pelo esquema de compra de votos, em troca de apoio parlamentar, no governo Lula. O escândalo veio à tona em 2005. Dirceu foi apontado pelo Supremo como "mandante" do mensalão e condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.



Família S/A: políticos empregam parentes até em partidos políticos

Chico de Gois, O Globo
Se fosse possível resumir em uma mesma denominação todas as siglas partidárias em atividade atualmente no país, talvez um bom nome fosse Partido da Família S/A. De Norte a Sul do país, os partidos políticos brasileiros de todos os tamanhos são dominados por grupos familiares que, em muitos casos, são bem remunerados para comandar essas legendas e fazer todo tipo de negociação — da política a arranjos financeiros.
Levantamento realizado pelo GLOBO nos 30 partidos registrados oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou pelo menos 150 parentes em cargos de direção nas legendas. São cônjuges, irmãos, pais, tios, primos que ocupam os principais postos de comando, como presidentes, vice-presidentes, secretários-gerais e tesoureiros. E muitos deles fazem dos partidos sua principal fonte de sustento, tornando-se políticos profissionais. Nos partidos menores, com pagamento em dinheiro público do Fundo Partidário, clãs familiares tornam-se os verdadeiros donos das siglas, dominando-as por mais de 20 anos.



4,2 mil escolas nunca conseguiram atingir sua meta do Ideb

Ana Caroline Moreno, G1
O Brasil tem 4.283 escolas públicas que desde 2007, primeiro ano em que foi possível avaliar a evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), jamais conseguiram atingir suas metas individuais calculadas pelo governo federal.
Os cálculos do levantamento incluem apenas as escolas de ensino fundamental que tiveram o Ideb calculado nestes três anos. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados do último Ideb divulgados pelo Ministério da Educação, 1.828 escolas não conseguiram atingir a meta dos primeiros anos do ensino fundamental, 2.232 escolas ficaram abaixo da projeção nas turmas dos anos finais do fundamental e 223 escolas tiveram índices abaixo do esperado em 2007, 2009 e 2011 tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais do ensino fundamental.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Para certa imprensa, 70 mil evangélicos valem menos do que mil maconheiros

Na quarta-feira, como vimos, 70 mil evangélicos, segundo números da PM do Distrito Federal, se reuniram em Brasília. Em coro, disseram “não ao controle” da mídia, pediram cadeia para os mensaleiros, rechaçaram a tentativa de manietar o Supremo e o Ministério Público, defenderam a liberdade de expressão e, claro!, como não?, defenderam os valores da “família tradicional” — isto é, opuseram-se ao casamento gay — e repudiaram a legalização do aborto. Esses dois últimos itens da pauta, no entanto, bastaram para que o evento fosse cassado do noticiário. Jornalistas — profissionais de imprensa pagos para revelar o que sabem, veem e apuram — decidiram que lhes cabia atuar como censores. Melhor para os mensaleiros. Melhor para os que querem um STF de joelhos. Melhor para os que quer defendem um MP inerme. Melhor para os que lutam pela volta da censura de estado. Na cabeça oca da militância, se alguém é contra o aborto ou casamento gay, deve ser banido do mundo dos vivos. Já a Marcha da Maconha em São Paulo… Quanta diferença!
Ao longo do dia de ontem, portais deram ampla cobertura ao evento, que foi parar nos jornais. Atenção! Com muita boa vontade, mas muita mesmo, pode-se dizer que mil pessoas participaram de algum modo do acontecimento. Com um pouco de rigor, constata-se que não mais do que 200 marcharam. Não obstante, tiveram direito à interdição de parte da pista da Paulista. O que eles querem? A legalização da maconha. “Ah, essa pauta e boa!” E então aqueles 200 conseguem o destaque que 70 mil evangélicos não tiveram. Não custa notar: em Brasília, em coro, aqueles muitos milhares disseram “não” à legalização das drogas.
Já escrevi isso aqui e reitero: ao jornalismo informativo, em casos assim, não cabe gostar ou não gostar de quem está na praça — desde que seja uma manifestação pacífica, dentro das regras acordadas do estado democrático e de direito. E foi o que se viu no encontro dos evangélicos. Não houve um só incidente, nada, zero! Mais: o evento em Brasília aconteceu num dia útil. Milhares de pessoas certamente deixaram de ir ao trabalho, terão desconto em seu salário, para dizer o que pensam. Não estavam lá pedindo benesses ao Estado, não! Ao contrário: faziam um sacrifício pessoal para expressar um ponto de vista.
Mas a imprensa é contra algumas daquelas proposições. E já não lhe basta, se for o caso, escrever contra. É preciso também fazer de conta que nada existiu — ou coisa pior: uma reportagem do Estadão Online pôs na boca do pastor Silas Malafaia o que ele não falou, a saber: que a união gay é crime. Não disse isso; não disse nada nem perto disso. Repudiou que sua opinião, contrária à união, seja criminalizada.
Dos maconheiros, não se cobra nem mesmo um mínimo de coerência, na hipótese, claro!, de que a erva e a coerência sejam compatíveis. Os que marcham dizem querer a legalização da maconha e argumentam, de forma estúpida, que isso contribuiria para diminuir a violência do tráfico. Ora, se só essa substância for legalizada, é evidente que a violência continuará por conta das outras drogas. Logo, uma manifestação em favor da legalização da maconha, com esse argumento, será sempre uma manifestação em favor da legalização de todas as drogas, sem exceção. Que país do mundo fez essa escolha? Nenhum!
“Bloco do Atraso”
Neste ano, a marcha teve um tal “Bloco do Atraso”. Algumas pessoas desfilaram com máscaras de políticos que atuaram contra a militância dos maconheiros, com destaque para o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) e para a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Pois é… Eu e o PT não somos exatamente substâncias compatíveis, não é?, mas me resta dar os parabéns à ministra Gleisi por estar sendo hostilizada por maconheiros. Acho que honra a biografia da política e, sem dúvida, da mãe de duas crianças. A ministra entrou no radar da turma da Esquadrilha da Fumaça por ter se manifestado contra a descriminação e por ter negociado no Congresso o apoio à proposta de Osmar Terra, que criou novos marcos para a política de combate às drogas.
Volto ao ponto
Os evangélicos são muitos milhões no Brasil. No que concerne aos valores, compõem com os católicos a esmagadora maioria da população. Talvez essas maiorias devam se fazer ouvir de um modo mais específico. Se alguns veículos de comunicação insistem em ignorá-los ou hostiliza-los, talvez devam reagir, então, também como consumidores dos produtos que esses veículos oferecem.
Setores da imprensa perderam completamente a noção do que seja interesse público. A exemplo do que faziam antigos jornais de esquerda, sua tarefa passou a ser “conscientizar” o leitor, segundo uma cartilha ideológica. Essa moderna cartilha, é evidente, não traz a linguagem militante dos tempos idos: socialismo, luta de classes, burguesia, povo… Não! Hoje, é preciso aceitar a pauta das ditas “minorais oprimidas” e se submeter a seus caprichos. Só assim, dizem, é possível ser… livre. Ou por outra: o preço da liberdade passou a ser a ser a submissão a uma agenda.
Até alguns vagabundos que decidem parar a cidade para protestar contra um aumento de R$ 0,20 (0,10 para estudantes) na passagem de ônibus são tratados como pensadores de um novo tempo. A maioria que se dane!
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO CORONEL


A herança maldita da Dilma.

Os incentivos dados pelo governo da presidente Dilma Rousseff para turbinar a economia - ainda sem muito efeito - vão custar caro para o próximo governo. As sucessivas desonerações e repasses para o BNDES têm impacto sobre as arrecadação para além de 2014 e, segundo especialistas, quando combinados com despesas elevadas, podem se transformar numa herança indesejada. Cálculos feitos pelo GLOBO, com base nas principais renúncias fiscais e nos custos com o BNDES, mostram que o novo governo deixará de contar com cerca de R$ 50 bilhões em seu primeiro ano. Assim, a piora nas contas públicas, um dos motivos citados pela agência de classificação de riscos S&P para pôr a avaliação do Brasil em perspectiva negativa, tende a se acentuar.
No caso da desoneração da folha de pagamento de mais de 50 setores e produtos, embora oficialmente tenha data para acabar (dezembro de 2014), tem caráter permanente, segundo o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega. A medida gera renúncia anual acima de R$ 20 bilhões. Há ainda o impacto de ações como a redução de tributos sobre a cesta básica, de R$ 7,3 bilhões por ano; sobre tarifas de transporte público, de R$ 1,2 bilhão; o aumento das faixas de enquadramento das empresas no Simples, mais R$ 5,3 bilhões; e mudanças na regra do regime do lucro presumido, de R$ 1 bilhão. Juntas, as medidas representam renúncia de R$ 34,8 bilhões, sendo que o número pode ficar maior considerando que o governo também vem utilizando tributos regulatórios como o IPI e o IOF para calibrar o mercado e adotando incentivos temporários com reflexo nas contas de 2015, como o Reporto e o Plano Nacional de Banda Larga.
Os especialistas reconhecem que os incentivos têm um papel importante para dar mais competitividade à indústria nacional e elevar os investimentos, mas alegam que o governo age de maneira errática - reduzindo tributos temporariamente e depois prorrogando, como fez com o setor automotivo. E não atua na contenção de despesas. O resultado disso aparece no superávit fiscal primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública), que vem sendo cumprido com manobras como a antecipação de dividendos de estatais:
- Não sei o real valor do superávit primário, pois a cada ano o governo tem feito maquiagem contábil. É como se eu vendesse os meus salários pra mim mesmo e, com o resultado, vou gastar, normalmente em bobagem, isso é uma artimanha - afirma o economista Joaquim Elói Cirne de Toledo. - O ( resultado) fiscal é a grande preocupação para o futuro. E os incentivos do governo não têm conseguido fazer a economia reagir - disse Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Outra conta salgada vem de subsídios a operações do BNDES. Em 2012, o valor chegou a R$ 12,7 bilhões e, diz o economista Mansueto Almeida, do Ipea, deve se manter alto. O dinheiro do Tesouro é captado no mercado com juro maior que o cobrado pelo banco de fomento. Isso gera um custo e o Tesouro acaba pagando essa diferença. Ou seja, arca com a equalização de parte dos empréstimos do banco.
Almeida lembra que, em 2009, só R$ 44 bilhões em empréstimos do BNDES eram passíveis de equalização pelo Tesouro. Já este ano o montante é de R$ 320 bilhões. A preocupação com isso já levou o Ministério da Fazenda a editar uma portaria no final do ano passado na qual os subsídios apurados em 2013 e 2014 só precisam ser ressarcidos ao BNDES em 2015.
- Isso significa que boa parte dessa despesa está sendo postergada para o próximo governo, que vai assumir num cenário de superávit primário menor, despesas correntes elevadas e baixa arrecadação. Ele praticamente não terá espaço fiscal - explica Almeida. Felipe Salto, da Tendências Consultoria, estima que o custo com os subsídios do BNDES ficará em torno de R$ 15 bilhões para os próximos anos: - A herança será o desequilíbrio fiscal. A política fiscal pode prejudicar a redução da dívida. A meta de superávit primário deste ano é de R$ 155,9 bilhões (3,2% do PIB), mas o governo adiantou que abaterá R$ 45 bilhões do total e propôs esforço menor de estados e municípios. ( O Globo)

POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:26:00



NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

O general Newton Cruz mostrou há 30 anos como funciona o ‘controle social da mídia’ com que sonha a seita lulopetista

De passagem pela Argentina, entre um e outro olhar 171 na direção da companheira Cristina Kirchner, Lula festejou a ofensiva liberticida concebida para sufocar financeiramente o Grupo Clarín. “Podem vir todos os jornais, todos os canais de televisão que quiserem que não poderão negar o apoio que este governo tem”, caprichou na bravata ao discursar na inauguração de uma universidade controlada por sindicalistas. Na continuação do palavrório, sonhou acordado com a ressurreição da censura à imprensa no Brasil, disfarçada de “controle social da mídia” ou “regulamentação dos meios de comunicação”.
“Faz dois anos e meio que deixei o governo”, choramingou o ex-presidente que ainda não desencarnou do Planalto. “Eu pensei que a nossa imprensa, no Brasil, fosse parar de falar mal de mim. Mas hoje falam mal de mim e da Dilma. Às vezes, eu tenho a impressão de que a imprensa está exilada dentro de nosso país. Está isolada. Quando nos criticam, dizem que é democracia, mas quando nós os criticamos dizem que estão sendo atacados”. (Segundo o Glossário da Novilíngua Lulopetista, “falar mal”  quer dizer divulgar, denunciar, investigar ou comentar escândalos protagonizados por militantes ou aliados do PT. Exemplo: “Faz 195 dias que alguns jornalistas falam mal de Lula e Rose”).
Dias depois da performance dedicada à viúva-de-tango, o palanque ambulante retomou no Peru o tema recorrente. Entre uma palestra de 100 mil dólares e uma conversa encomendada por benfeitores de campanhas eleitorais, o camelô de empreiteiro concedeu uma entrevista ao La Republica ─ e não perdeu a chance de reiterar a advertência: “Os companheiros da comunicação devem compreender que um canal de TV é concessão do Estado. E não se pode usar uma concessão para atuar como partido político. Não pode inventar fatos. Tem de contar a verdade”. (O alvo era o jornalismo independente. Ruim de mira, Lula acertou a testa da TV Brasil, o pé das emissoras do companheiro José Sarney e o fígado do jornal do parceiro Fernando Collor.)
Passados quase 30 anos, o ex-presidente ─ quem diria ─ invoca argumentos semelhantes aos utilizados pelo general Newton Cruz, então comandante militar do Planalto, para inaugurar em 17 de dezembro de 1983 o que o PT batizaria tempos depois de ‘controle social da mídia’. A estreia da censura com codinome ocorreu durante a entrevista coletiva convocada pelo general para prestar contas à nação sobre as medidas de emergência em vigor desde 19 de outubro daquele ano. Em tese, haviam sido decretadas “para preservar a ordem pública” em Brasília. Na prática, pretendiam inibir as manifestações populares que reivindicavam o restabelecimento das eleições diretas.
Já no começo da entrevista, o repórter Honório Dantas, da Rádio Planalto, fez a pergunta óbvia: o regime democrático sofrera um retrocesso? Como tem ensinado nos últimos anos o ex-jornalista Rui Falcão, o chefe militar achou que aquilo não era de interesse público. E partiu para o berreiro de botequim:
“Que retrocesso coisa nenhuma! Que retrocesso? É constitucional. O que é democracia? Democracia é a aplicação da lei! A lei foi aplicada! Então, não houve retrocesso. Que modifique a lei, então. Que retrocesso coisa nenhuma! Isso daí é reproduzido em centenas de jornais, atinge milhões de brasileiros, uma única fonte dizendo falsidades! Atinge milhões de brasileiros e mais ainda: cada jornal reproduz como se fosse uma notícia sua! Vale dizer, sai de uma maneira num jornal, sai de outra maneira em outro jornal! Isso aí fica espalhado no Brasil todo! Fonte? Uma única – e falsidade!”
Resumo da gritaria: a culpa era da imprensa. Que, além de espalhar mentiras, também se atrevia a afrontar um patriota fardado, atesta a continuação do incidente inverossímil. Parece ficção. A gravação prova que é tudo verdade. O militar que os colegas chamavam de “Nini” (e o presidente João Figueiredo promoveu a “nosso Mussolini”) mostrou como funciona a censura com que sonham os lulopetistas.
Para ensinar que jornalistas não devem perturbar autoridades com perguntas incômodas, muito menos discordar do que diz a voz do poder, o entrevistado primeiro ordenou que o radialista calasse a boca ─ e sublinhou a ordem com um empurrão. Como o entrevistador continuou a falar, o entrevistado enlaçou com um braço o pescoço do inimigo e exigiu aos berros que pedisse desculpas. Nada como uma boa gravata para deixar claro que imprensa séria é imprensa a favor.
Depois da exibição do vídeo histórico no Jornal Nacional, o ex-metalúrgico que comandava o PT oposicionista declarou-se inconformado com o “comportamento antidemocrático” do general. Hoje, bastaria meia hora de conversa para que Lula e Nini descobrissem que são amigos de infância. Os intolerantes ─ todos ─ nasceram uns para os outros.


NO BLOG ALERTA TOTAL

O pretérito do presente sem futuro

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

O passado infernizando o presente é uma tortura psicológica para todo mundo Quem não comete pequenos ou grandes erros e pecados do qual se arrepende no presente ou vai reclamar dele no futuro como prevê o Eclesiastes, na Bíblia?:
“Lembra-te do teu Criador nos dias de sua juventude, antes que venham os anos e os maus dias nos quais dirá: ´Não sinto prazer neles´. Antes que o pó retorne à terra para ser o que era e o sopro da vida retorne a Deus, que o deu. Vaidade das Vaidades – diz o Eclesiastes – tudo é Vaidade”.
"Tenho que provar quase diariamente que o que eu faço hoje não tem nada ver com o meu passado". A frase não é de nenhum famoso político petista. Mas sim de Xuxa Meneguel. Foi dita na Justiça, para reclamar dos transtornos causados pelo programa Atualíssima, da Rede Bandeirantes, ao divulgar fotos dela nua, nos tempos de modelo em começo de carreira.

A Band acabou condenada a indenizar Xuxa em R$ 1,1 milhão por danos morais e uso de imagem sem autorização. Mas a decisão final do caso ainda depende do julgamento de um recurso no Supremo Tribunal Federal. A emissora tem tudo para sair derrotada, porque a Rainha dos Baixinhos, por sua popularidade e poder, não pode sair mal dessa história.

"Tenho que provar quase diariamente que o que eu faço hoje não tem nada ver com o meu passado". Quem podia plagiar Xuxa, roubando-lhe a frase, é José Dirceu de Oliveira e Silva. Mas ele não cometerá tal crime. O pobre condenado no julgamento do Mensalão já estuda como processar a revista Veja e seu editor Otávio Cabral. Dirceu está PT da vida, e com toda razão.

A revista desta semana “traz reportagem sobre a mais completa e surpreendente biografia do petista, as aventuras, traições, amores e tramoias do líder estudantil bonitão e mulherengo que virou o segundo homem mais poderoso da República - e que agora se encontra a caminho da prisão”.

A matéria faz a promoção do livro que Otávio Cabral escreveu sobre o autoproclamado gênio petista. Tem tudo para fazer sucesso, entre os opositores do PT, a obra “Dirceu – A Biografia (Record, 364 páginas). Custa a merreca de R$ 39,90 ou 27 reais na versão digital. Cabral analisou 15 000 páginas de documentos garimpados no acervo de nove arquivos. Entrevistou 63 pessoas, anônimas e públicas.

PT da vida com a Veja, Dirceu faz uma casuística volta ao passado para detonar aqueles de quem tem mais raiva ideológica: os militares e o regime de 1964. Em post no seu Blog do Zé, o poderoso advogado e consultor de empresas detona: “Todo apoio à iniciativa do governo federal de investigar as 23 denúncias de violações dos direitos humanos em instalações das Forças Armadas. A criação de um grupo de trabalho com esta finalidade, inclusive, já foi determinada pela Secretaria de Direitos Humanos”.

Dirceu tem chances (remotas) de passar um tempo na cadeia, apesar da condenação do Mensalão. Por isso, psicologicamente, ignora que foi um dos maiores beneficiados pela Lei de Anistia que faz de tudo para derrubar. Dá para entender a postura dele, pois sabe que tem um futuro tranquilo pela frente, com as riquezas que acumulou na vida política. Para ele, dane-se o conselho do Eclesiastes. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, e PT saudações...

Enquanto isso, todos os brasileiros e brasileiras se danam. A permanente prisão ao passado faz com que Brasil não consiga viver o momento presente e fique condenado a ser um país sem futuro.

Coisa Feia


 Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

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