DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-5-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA

Coelce trabalha contra o Ceará, diz empresário

Luciano Cavalcante, um dos grandes empresários do setor imobiliário de Fortaleza, está a construir um hotel de bandeira Ibis na Praia de Iracema.
Mas essa construção só tem sido possível porque sua empresa alugou um gerador de energia.
“É inacreditável que a Coelce – que, sem concorrência, distribui a energia elétrica em todo o Ceará – não tenha a mínima condição de executar o serviço que lhe cabe: ligar a luz de um imóvel” – afirma ele em tom de revolta.
E acrescenta:
“Ao mesmo tempo em que o Governo do Estado trabalha para atrair indústrias, a Coelce toma o sentido contrário, pois sua incapacidade de atender aos pedidos de ligação de energia afasta as empresas do Ceará”.
Luciano Cavalcante finaliza:
“O Governo trabalha a favor; a Coelce trabalha contra”.

À espera da tecnologia 4G

Até o dia 15 de junho, início da Copa das Confederações, as operadoras de telefonia celular deverão instalar a tecnologia 4G nas cidades-sede.
Em Fortaleza, uma das sedes, isso ainda não aconteceu.
E se aconteceu, não funciona.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Lula constrange o 
PT a apoiar o filho 
de Jader no Pará

O ex-presidente Lula pressiona o PT do Pará a apoiar Helder Barbalho para o governo estadual, no próximo ano. Ele é filho do deputado Jader Barbalho (PMDB), cuja ficha na política é marcada por inúmeras denúncias por corrupções, algemas e condenações. O PT do Pará resiste, lembrando inclusive o erro cometido no Recife em 2010, quando a interferência de Lula resultou no esfacelamento do partido.

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Vai topar

Apesar da resistência, o ex-presidente Lula manda tanto no partido que o apoio ao filho de Jáder, mesmo envergonhado, deve ser confirmado.

Deu no que deu

No Recife, a manobra de Lula favoreceu a vitória do candidato do governador Eduardo Campos (PSB), que depois deu as costas ao PT.

Velho conhecido

Deputado federal, Jáder Barbalho é réu no Supremo Tribunal Federal em quatro processos, de falsidade ideológica à formação de quadrilha.

PT cria caso
para tentar
‘libertar’ do PMDB

A insatisfação do PMDB com o PT é correspondida em idêntica intensidade. O partido de Lula continua inconformado com o fato de o PMDB presidir o Senado e a Câmara dos Deputados, o que para eles torna o governo “refém” do senador Renan Calheiros (AL) e do deputado Henrique Alves (RN). “Nós queremos tudo”, diz um dirigente petista, sobre a ocupação dos cargos mais importantes da República.

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Tá feia a coisa

As divergências entre PT e PMDB são ainda mais graves em pelo menos doze estados, o que está minando as relações dos partidos.

Se a moda pega...

Depois da Venezuela, agora é a Bolívia ameaçada de ficar sem papel higiênico. A estatal Papelbol não dá conta e poderá importar o produto.

Ele não sabia

O ministro Joaquim Barbosa não sabia que havia duas advogadas grávidas aguardando para fazer sustação oral, em casos apreciados no Conselho Nacional de Justiça, terça, por isso não lhes deu preferência.

Novo slogan

Antes foi a saúva para o escritor Mário de Andrade, em “Macunaíma”. Agora ou o Brasil acaba com a violência ou ela acaba com o Brasil.

NO BLOG DO NOBLAT

Tudo que é sólido desmancha no ar, por Ricardo Noblat

Na verdade, pouco de sólido havia na história inventada pela Caixa Econômica Federal, e avalizada pelo governo, sobre a corrida à caça do tesouro do Bolsa Família.
A corrida: nos dias 18 e 19 últimos, um milhão de clientes do Bolsa invadiram agências da Caixa e depredaram caixas eletrônicos em 13 Estados estimulados por boatos que garantiam o fim do programa ou o pagamento de uma parcela extra.

 A Caixa disse que adiantou dinheiro no sábado 18 para pagar a multidão de aflitos, e assim controlar o tumulto. Essa mesma informação foi repetida pelo vice-presidente da Caixa em entrevista ao “Bom dia, Brasil” na segunda-feira, dia 20.
Mentira! A primeira.
Gênese da mentira: a Caixa descobrira que 692 mil famílias possuíam mais de um cadastro. Decidiu deixá-las com o mais antigo deles. Na sexta-feira 17, depositou na conta de todos os clientes do programa a mesada que deveria ser sacada a partir do dia seguinte.
Não avisou a ninguém.
O presidente da Caixa e o vice-presidente disseram que apenas na segunda-feira 20 ficaram sabendo do adiantamento do dinheiro feito no dia 17.
Quer dizer: a área técnica da Caixa adiantou o dinheiro sem avisá-los - e sem avisar aos bolsistas. E mesmo diante da corrida às agências nos dias 18 e 19 não os avisou sobre o que fizera.
Muito menos o presidente e o vice telefonaram no fim de semana para a área técnica da Caixa interessados em saber o que poderia ter provocado a confusão em 13 Estados.
Improvável que tenha sido assim.
O mais provável é que estejamos aí diante da segunda mentira.
Avancemos para a terceira: o presidente da Caixa confessou que escondeu do distinto público entre os dias 20 e 24 que o dinheiro do Bolsa fora depositado no dia 17 e não no dia 18. E que há cinco dias ele já sabia disso.
Procedera assim para se inteirar em detalhes sobre o que ocorrera. Sem pressa, naturalmente.
Menos. Menos. Bem menos!
Uma hora se reunião seria mais do que o suficiente para ele se inteirar sobre os detalhes da lambança promovida por seus subordinados.
Para que serviram, pois, os cinco dias de silêncio do presidente da Caixa?
Ora, para que a ministra dos Direitos Humanos atribuísse à oposição o boato sobre o fim do Bolsa Família; Dilma chamasse os autores do boato de “desumanos e criminosos”; o ministro da Justiça falasse que por trás de tudo havia uma “grande orquestração”; Lula debitasse o boato na conta de “gente do mal”; e Ruy Falcão, presidente do PT, tratasse o episódio como “terrorismo eleitoral”.
O ministro da Justiça afirmou peremptório: “Não tenho dúvidas de que foi cometido um crime. Ou mais de um crime”.
O período em que a oposição foi posta na berlinda e sob suspeição teria durado mais se a Folha de S. Paulo, na sexta-feira 24, não esbarrasse numa dona de casa da região metropolitana de Fortaleza. Ela disse que sacara o dinheiro do Bolsa na sexta-feira dia 17.
- Levei um susto. A Caixa nunca pagara antecipadamente. A notícia se espalhou. E deve ter sido isso que provocou toda aquela confusão.
Havia mais uma mentira a ser jogada na mesa pelo governo: o boato sobre o fim do Bolsa teria sido disseminado por uma agência de telemarketing do Rio de Janeiro.
Na mesma sexta-feira 24, a Polícia Federal espalhou a notícia sobre a agência de telemarketing. Anteontem, dia 28, a notícia começou a se desmanchar.
Conclusões?
Tire as suas.

Desembargadora que analisa caso G7 denuncia ameaça

Ricardo Brandt e Itaan Arruda, Estadão
A desembargadora Denise Castelo Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, que analisa o inquérito da operação G7 sobre o suposto cartel de empresários que teria fraudado contratos públicos com a participação de integrantes do primeiro escalão, do governo Tião Viana (PT), enviou um comunicado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma ameaça sofrida por ela e um suposto plano para matá-la, relatado por um preso do Estado. A desembargadora solicitou segurança pessoal e pediu que os pedidos de liberdade dos acusados sejam julgados em Brasília.
No documento, a desembargadora relata que na tarde de segunda-feira, 27, foi comunicada pela juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais do Acre, sobre um "possível planejamento" para matá-la. Um criminoso detido no presídio da Papudinha, onde estão 13 dos 15 presos do inquérito da G7, afirmou à juíza Luana Campos ter ouvido comentários sobre um suposto atentado.


PF diz que não descartou investigação sobre telemarketing

O Globo
Após informar que a hipótese sobre o envolvimento de uma central de telemarketing na difusão dos boatos do Bolsa Família perdera força, a Polícia Federal alegou nesta quarta-feira que a informação não procede. Em mensagem enviada ao GLOBO por meio de sua assessoria, a PF diz que “não mudou a versão do caso”.
“Desde o início das apurações, a PF não descarta nenhuma linha investigativa no inquérito que apura os boatos envolvendo o Programa Bolsa Família”, diz o texto.


Metrô superlotado de SP reflete o caos do transporte público no País

Estadão
As cenas do metrô superlotado em São Paulo chamam a atenção da imprensa estrangeira. A Agência de notícias Reuters distribuiu uma série de imagens dos trens lotados no horário de pico, destacando que a maior cidade brasileira enfrenta "alguns dos piores engarrafamentos do mundo".
A agência diz que, na cidade com 20 milhões de habitantes, muitos passageiros gastam até três horas para percorrer distâncias de aproximadamente 14 quilômetros na área mais rica e principal centro financeiro do País. O trânsito da cidade de São Paulo é um dos piores do mundo, comparável ao de Bangcoc (Tailândia), Pequim e Xangai (China), Cairo(Egito), Calcutá e Chennai (Índia) e Jacarta (Indonésia).


Copom eleva taxa básica de juros para 8% ao ano

Gabriela Valente, O Globo
No dia em que o IBGE revelou que a economia cresceu apenas 0,6% no primeiro trimestre, abaixo das expectativas de analistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu o mercado financeiro com um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica (Selic), que passou de 7,5% para 8% ao ano.
A decisão de acelerar a elevação dos juros foi tomada por unanimidade pela cúpula do Banco Central para conter a inflação, que acumula uma alta de 6,49% nos últimos 12 meses. O teto da meta do governo é 6,5%.
“O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, afirmaram os diretores do BC em comunicado divulgado após o encontro. Diante da decisão, alguns especialistas já alertam para o risco de um quadro próximo à estagflação: baixo crescimento com inflação alta.


Deputados aprovam lei para 'legalizar' dólares na Argentina

G1
A Câmara de Deputados da Argentina aprovou na noite desta quarta-feira o projeto que legaliza os dólares adquiridos no câmbio negro e que busca recuperar divisas fora do sistema através de um mecanismo que permitirá investir no setor energético e no imobiliário.
A votação, que tornou a lei efetiva, obteve 130 votos a favor e 107 contra. 'Esta lei é para mobilizar ativos argentinos, seja em imóveis urbanos ou em investimentos em infraestrutura ou energia', disse o deputado governista Roberto Feletti, presidente da Comissão de Orçamento e Fazenda.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

CEF e o Bolsa Família – Moral da fábula dilmo-petista: os inocentes eram culpados, mas os culpados são inocentes

O ridículo, no caso que envolve a Caixa Econômica Federal e a bagunça gerada pelo pagamento dos benefícios do Bolsa Família, parece não ter fim. Nesta quarta, a presidente Dilma Rousseff, imaginem vocês!, emitiu uma nota oficial para afirmar que nada muda na direção da instituição financeira e que a “a diretoria é formada por técnicos íntegros e comprometidos com as diretrizes da CEF, com seus clientes e com os beneficiários de programas tão importantes para o Brasil, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida”.
Ah, bom, se é assim…
Façamos, pois, uma síntese da história, à qual Dilma, finalmente, empresta, então, uma moral. E a moral da história é a seguinte: quando não se conhecia a origem da confusão, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) houve por bem culpar a oposição, com aquela clarividência que, a gente nota, ela traz, de hábito, estampada na testa. Já o ministro José Eduardo Cardozo, o Garboso, e a presidente Dilma preferiram apontar uma conspirata. Para a governanta, o responsável, além de “desumano”, era também “criminoso”.
Muito bem! Agora já se sabe — embora seja frenética a busca de um bode expiatório — que foi a própria CEF a responsável pela confusão. Menos do que o boato do fim do benefício, o que pegou mesmo foi a informação — e se tratava de um fato parcialmente verdadeiro — de que havia um “dinheiro a mais” na conta… E havia: a antecipação do pagamento de maio.
Com a informação em mãos — apurada pela imprensa (reportagem da Folha), não pelo governo ou pela própria CEF —, os “desumanos” e “criminosos” de antes viram heróis. E não pode haver, convenham, melhor síntese do petismo do que essa. Esse episódio, já que tem uma moral da história, assume mesmo o tom de uma fábula — do subgênero perverso. E sua síntese é esta: “Os inocentes, se nossos inimigos, são criminosos; os culpados, se nossos aliados, são virtuosos”. Ou ainda: “Os adversários são sempre culpados, mesmo quando inocentes; os aliados são sempre inocentes, mesmo quando culpados”.
Quem estranha? Voltemos ao caso do mensalão e dos mensaleiros, que estão por aí, para escândalo do bom senso, atacando o Supremo Tribunal Federal. A impressão que se tem é que o país não foi vítima do maior escândalo da história republicana; os protagonistas dos atos criminosos é que teriam sido vítimas, coitados!, de um tribunal de exceção. Se bem que, convenham, a coisa faz sentido: aqueles que, no fundo, odeiam o processo democrático acabam se sentindo perseguidos por suas regras e por suas leis. É um vexame!
Por Reinaldo Azevedo


A Caixa e o povo: Collor faz lobby, e banco oficial dá R$ 1 milhão em patrocínio para o ASA de Arapiraca

Quando o professor Marco Antônio Villa, vocês já devem ter notado nos debates da VEJA.com, recorre a uma metáfora (ou, na verdade, a uma metonímia) para se referir à grande massa, faz o quê? Fala na “torcida do Flamengo”… Sim, tive de cobrar dele, né?, nesta quarta-feira: “Pô, Villa, por que você não troca pela torcida do Corinthians? Afinal, somos todos paulistas, hehe…”. Mas vá convencer um santista disso a esta altura… Tá. Não insisto. Na verdade, Villa tem agora uma saída: o ASA de Arapiraca!
E isso mesmo! A CEF, como vocês sabem, é uma das patrocinadoras do Coringão. Se havia alguma suspeita de privilégio — apesar da massa movimentada por aquele distintivo, que Villa não cita! —, agora não há mais. Leiam o que informa Bernardo Mello Franco na Folha
O senador Fernando Collor (PTB-AL) usou seu prestígio político no governo Dilma Rousseff para intermediar um patrocínio de R$ 1 milhão da Caixa Econômica Federal ao clube ASA de Arapiraca, do interior de Alagoas. A equipe está na Série B do Campeonato Brasileiro de futebol e nunca disputou a primeira divisão. No Estado, as maiores torcidas são dos times do Sudeste. Collor, que não é da direção do clube, fez reuniões com dirigentes da Caixa e chegou a assinar o contrato de patrocínio ao lado do gerente nacional de marketing do banco, Gerson Bordignon.
O ato foi celebrado anteontem, no intervalo da partida em que o Asa foi derrotado por 3 a 0 pelo Palmeiras. O site do senador afirma que ele “intermediou” e “assegurou” o patrocínio. O lobby foi exaltado por veículos das Organizações Arnon de Mello, da família de Collor.
(…)
Collor assina, como testemunha, contrato de patrocínio entre a CEF e o ASA de Arapiraca
Por Reinaldo Azevedo


BC não elevou a Selic para baixar a inflação, mas para tentar elevar a credibilidade de Dilma e a sua própria

A presidente Dilma Rousseff cometeu uma grande bobagem na reunião dos Brics, no fim de março, ao opor medidas de combate à inflação ao crescimento econômico, sugerindo — depois ela tentou negar — que este tinha prioridade sobre aquele. A frase: “Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar a doença, é complicado. Vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado. Isso eu acho que é uma política superada”. Depois começou um esforço danado para demonstrar que a imprensa é que estava imaginando coisas. O fato é que se entendeu que estávamos diante de um governo leniente com a inflação. A credibilidade do Banco Central, que já não estava lá essas coisas, sofreu um novo arranhão. Bem, de lá pra cá, a economia insiste em crescer abaixo das expectativas, a inflação se mostra renitente, o governo esgotou seus truques, e não restou, no arcabouço dado, outra coisa a fazer que não… elevar a taxa de juros!!!
Houve um ciclo de queda da taxa, mês a mês, de julho de 2011 (12,5%) a outubro do ano passado, quando chegou a 7,25%, assim se mantendo até março passado, mês da declaração infeliz. Em abril, houve elevação de 0,25 ponto e, agora, de 0,5 ponto, voltando aos 8% de julho de 2012. É importante destacar que o BC tomou a decisão de elevar a taxa acima do que apostava o próprio mercado (0,25) no dia em que o IBGE divulgou o crescimento sofrível, decepcionante, do primeiro trimestre: 0,6% sobre o trimestre anterior — apostava-se em 1%. A indústria amargou número especialmente ruim. Bem, então é preciso voltar àquela Dilma que discursou nos Brics, confrontando a sua fala com a decisão do BC.
Parece que o Copom resolveu dar uma resposta aos chamados mercados. Uma relação convencional de ação e reação recomendaria a elevação mínima possível ou até elevação nenhuma. Com o crescimento ruim que se anuncia, poder-se-ia perguntar por que elevar os juros, medida que caminha, como é evidente, na contramão do… crescimento. Porque o BC — e, é possível, o próprio governo — decidiu passar uma mensagem diferente, ou mesmo contrária, àquela emitida pela presidente no encontro dos Brics: a inflação é que é a prioridade. Ponto! Fez-se uma opção pela credibilidade.
Vamos ver. Elevação de taxa Selic demora para chegar aos consumidores. As donas Gilsilenes e os seus Wandersons não têm a menor noção do que isso significa. Já a inflação… Ocorre que a inflação que mais incomoda os pobres, a dos alimentos, não sofrerá impacto nenhum nos próximos meses. O mesmo vale para a de bens duráveis e serviços. Em suma: o BC não elevou a taxa com o intuito de baixar a inflação no mês que vem porque isso não acontece. Com o desemprego baixo, ainda que o consumo tenha sido refreado, a verdade é que há gente querendo comprar, e o país produz menos e a preços mais elevados do que seria desejável.
O Brasil vive um quadro de crescimento baixo, inflação alta, déficit fiscal, déficit externo… e alta ansiedade porque se julgava que o governo não estava nem aí. Afinal, se o consumo é a âncora do modelo, seria preservado a qualquer custo. Foi a mensagem que Dilma passou em março. O estoque de popularidade e de credibilidade da presidente junto aos mais pobres — e isto é apenas um fato — não exibe sinais de baixa. A inflação acima da meta ainda não corroeu a sua imagem.
Mas é, sim, impressionante o desgaste da presidente junto às elites econômicas — e NÃO EMPREGO aqui a palavra “elite” em sentido pejorativo, não. De certo modo, a imagem de Dilma tem sofrido uma reversão, voltando a ser a daquela senhora dos primeiros tempos, que parecia mais ser autoritária do que ter autoridade. A elevação da taxa de juros, menos do que baixar a inflação — se ela cair, não será por isso; não com uma taxa a 8% ou 8,25% — vem para tentar recompor a imagem da presidente junto a esses setores. Certamente se considera por lá que essas forças têm um poder irradiador nada desprezível. Entre outras coisas, elas podem começar a se interessar por outros postulantes à Presidência.
Algum impacto no consumo dos mais pobres — pequeno, quase nada — a elevação da Selic há de ter em alguns meses (se a inflação cair, repito, não será por isso; caso a taxa salte para 12%, aí seria outra conversa). Mas o assunto não estará sendo debatido amanhã nas ruas. Ainda que os de menor renda viessem a sentir um efeito imediato, Dilma tem gordura para queimar. Já com aqueles outros setores, os, como chamarei?, grandesoperadores da economia propriamente, a coisa não anda nada bem. O BC elevou a Selic para ver se eleva a credibilidade da presidente, e a sua própria, com essa turma.
Por Reinaldo Azevedo



NO BLOG DO CORONEL


Por que o Ministério Público Federal não está investigando a lambança da Bolsa Família?

O MPF está em luta aberta com a Polícia Federal para não perder o seu poder de investigação, o que ocorrerá se for aprovada a PEC 37. No entanto, um escândalo ocorre com o maior programa social do país, envolvendo acusações infundadas por parte de membros do Governo Federal, mentiras oficiais em rede nacional por parte de dirigentes da Caixa, decisão do governo de colocar uma pedra sobre o assunto e onde está o MPF? Por que não organizou uma força-tarefa para atuar em todo o Brasil? Por que não está, como sempre faz, ululando na mídia, banhando de holofotes os seus jovens integrantes em busca de fama? Será que o MPF só sabe investigar pequenos produtores rurais e pequenos comerciantes, além de políticos de oposição? Quando é para peitar o Governo Federal o MPF recua? O que é mesmo mais perigoso para o país? Um MPF chapa branca, politiqueiro, covarde ou a Polícia Federal? E não me venham com explicações em juridiquês. Quando o MPF quer, ele faz. Por que não está investigando a lambança da Bolsa Família?
Será efeito da PEC 37? Estará havendo um grande acordão para livrar os réus do Mensalão?
Hoje Dora Kramer publica o seguinte trecho em sua coluna, que é estarrecedor...
"Não ajuda. Os argumentos apresentados pelo procurador-geral Roberto Gurgel para contestar os embargos de declaração dos advogados dos réus do mensalão são qualificados como "muito fracos" no Supremo Tribunal Federal. Uma peça única "genérica", na expressão de um ministro. Em miúdos, significa que Gurgel deixou passar uma oportunidade de contribuir para a rejeição dos embargos. Não quer dizer que por isso serão aceitos. Mas, se recusados, não o serão devido às contrarrazões do procurador".

TCU denuncia: Dilma gastou R$ 22,4 bilhões em maquiagem...das contas públicas.
As manobras contábeis feitas pelo governo no apagar das luzes de 2012 para garantir o cumprimento da meta de superavit primário do ano passado receberam ontem duras críticas oficiais. O TCU (Tribunal de Contas da União) considerou a chamada "contabilidade criativa", por unanimidade, um dos principais problemas das contas do segundo ano do governo Dilma Rousseff --que foram aprovadas com um total de 22 ressalvas.
A criação de receitas "atípicas", conforme o tribunal, já havia danificado a credibilidade da política fiscal junto a agentes do mercado. O superavit primário, que é a economia para pagar juros da dívida pública, é o indicador oficial básico para aferir a situação fiscal do governo. Para o ministro-relator do processo, José Jorge, as manobras podem "fulminar" a utilidade do indicador.
Nos últimos três dias de 2012, a equipe econômica do governo promoveu uma série de operações triangulares, consideradas "atípicas" pelo TCU, envolvendo a Caixa Econômica Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Fundo Soberano Brasileiro --uma espécie de poupança criada em 2008 voltada para bancar projetos estratégicos do país. Ao todo, R$ 22,4 bilhões foram levantados de forma "extraordinária e atípica".
O TCU não afirma que as manobras foram ilegais, mas o relator foi assertivo ao dizer que o governo teve a intenção deliberada de mascarar as contas públicas. "Não sei se é maquiagem, porque a maquiagem, pelo menos nas mulheres, é sempre feito para melhorar", disse, em entrevista após a apresentação de seu relatório. Já neste ano, nos primeiros quatro meses o superavit primário caiu 40% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 26,9 bilhões, impactado pelo aumento das despesas.(Folha de São Paulo)

Dilma manda esconder a verdade sobre o que ocorreu na lambança da Bolsa Família.

O governo federal se negou a divulgar informações detalhadas sobre o pagamento adiantado do Bolsa Família, que pode ter originado os boatos sobre o fim do programa e a corrida aos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal no dia 18 passado. Questionados pela Folha em relação a pontos ainda obscuros do episódio, tanto o banco como o Ministério do Desenvolvimento Social afirmaram que não responderiam as perguntas. Foram requisitados os documentos internos que oficializaram a liberação, tanto no dia 17 (sexta-feira) quanto, se houver, no dia 18 (sábado). A Folha pediu ainda nome e cargo das pessoas que tomaram a decisão, assim como quem foi informado dela.
Segundo o governo, essa decisão, apesar de envolver a disponibilização de R$ 2 bilhões e a alteração do principal programa social do país, foi tomada de maneira independente por um grupo de técnicos, sem conhecimento da cúpula dos órgãos. Não foi informada ainda, apesar de pedida, a norma que possibilita a esses funcionários ter essa autonomia.
Para essa e as outras perguntas, o banco respondeu, por meio de sua assessoria de comunicação: "A Caixa informa que o posicionamento do banco foi realizado durante entrevista coletiva e por meio de nota de imprensa". O ministério foi em linha similar, ao dizer que as "questões já foram esclarecidas na [entrevista] coletiva do presidente da Caixa".(Folha de São Paulo)

Paulo Henrique Amorim condenado a pagar R$ 100 mil para Gilmar Mendes. Paga ou vai preso.

O apresentador e blogueiro Paulo Henrique Amorim terá que pagar R$ 100 mil de indenização ao ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi condenado em duas ações por danos morais movidas pelo magistrado. O dinheiro, a pedido de Mendes, terá que ser depositado na conta da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Diamantino, no Mato Grosso.
Numa das ações, Amorim foi condenado por texto publicado em 2008 que falava sobre os dois habeas corpus que Mendes deu para libertar o banqueiro Daniel Dantas, preso naquele ano na Operação Satiagraha. O magistrado era presidente do STF. O blogueiro dizia que Mendes "transformou o Supremo Tribunal Federal num balcão de negócios". O advogado do apresentador afirmou, na defesa, que não havia ofensa e sim "livre expressão intelectual, artística, científica e de comunicação" de Amorim. 
A juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de Brasília, não acolheu os argumentos. Na sentença, ela diz que Amorim "não relatou fato verídico" e que "a ofensa à honra e à dignidade do autor [Mendes] é patente e seu prejuízo, evidente". Nesta ação, Amorim foi condenado a pagar R$ 50 mil.
No segundo processo, o blogueiro foi condenado a desembolsar mais R$ 50 mil por ter publicado uma nota com o título "O Cartão Dantas Diamond". Nela, afirmava que "comprar um dossiê" custaria R$ 25 mil, "comprar um jornalista", de R$ 7 mil a R$ 15 mil, "comprar um delegado da PF", R$ 1 milhão, e "ser comparsa do presidente do STF - não tem preço".
O advogado Cesar Klouri, representante de Amorim, diz que vai recorrer da decisão. "A condenação é extremamente excessiva. O que o Paulo reproduziu no seu blog, com a sua maneira peculiar e característica de exercer o jornalismo, nada mais foi do que outros veículos fizeram." Para Klouri, "a mídia digital tem uma característica especial, irreverente no tratamento, acentuada com relação à crítica, sobretudo com relação a personagens públicos".(Folha Poder)


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

ALIANÇA DO PACÍFICO DETONA O VERGONHOSO LOBBY DO ITAMARATY PARA COLOCAR A VENEZUELA E MERCOSUL NO BLOCO E ACOLHE O PARAGUAI. ZERO PARA OS COMUNISTAS BOLIVARIANOS!


Charge do cartunista paraguaio Caló resume tudo: a nau bolivariana começa a afundar, o que não deixa de ser uma excelente notícia.

A VII Cúpula da Aliança do Pacífico que se realizou em Cali, na Colômbia concluiu-se com uma declaração de 15 acordos concretos, destacando-se o ingresso do Paraguai do bloco, anunciado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, na declaração final da Cúpula. O presidente colombiano qualificou esses instrumento de integração como o “motor de desenvolvimento econômico da América Latina”, anota o diário ABC Color do Paraguai.
Como se sabe, o Paraguai foi expulso do Mercosul por um manobra levada a efeito pela Dilma e seus comparsas bolivarianos, como represália pelo impeachment do bispo comunista Fernando Lugo, defenestrado da presidência do Paraguai em processo eminentemente constitucional. Aliás, recentemente esse país realizou eleições democráticas elegendo como novo presidente o empresário Horácio Cartes.
O que soa tragicômico é o looby que o Brasil montou através do Itamaraty tentando colocar o Mercosul como observador do bloco da Aliança do Pacífico, o que não foi aceito pelos membros do bloco e que isso só seria possível em nível de países. Segundo fonte do ABC Color, “quiseram introduzir a Venezuela, e isso desagradou os membros da Aliança.”
E o pior de tudo foi que a articulação comandada pelo Brasil tentou impedir a entrada do Paraguai, invocando a cláusula democrática do Mercosul e da bolivariana Unasul.
Em compensação, o governo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto, deu um forte apoio à entrada do Paraguai.
O cartoon acima, que acaba de ser enviado ao blog por leitor do Paraguai, resume bem o que está acontecendo em termos geopolíticos na América Latina, ou seja, o bombardeamento do Mercosul e demais organismos multilaterais bolivarianos liderados pela Venezuela e Brasil. 
Está aí mais um ingrediente importante para o discurso da oposição no Brasil, mormente quando as estatísticas do próprio governo da Dilma e do Lula mostram que a economia brasileira desce ladeira a baixo enquanto os países que não fazem parte da idiotia comuno-bolivariana criam um importante bloco econômico que tem tudo para fazer do Mercosul e assemelhados apenas tigres de papel. 
Transcrevo a matéria do site do ABC Color no original em espanhol. Leiam:
Peña Nieto, Juan Santos, Humala e Piñera: fora bolivarianos!

La VII Cumbre de la Alianza del Pacífico concluyó ayer tras dos días de deliberaciones en el Club Campestre de la ciudad de Cali. Los mandatarios cerraron el encuentro con una declaración de 15 acuerdos concretos, entre los que se destaca el ingreso de nuestro país al bloque, anunciado por el presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, en la declaración final de la Cumbre. El mandatario colombiano calificó al instrumento de integración como el “motor de desarrollo económico de América Latina”.
Lobby brasileño contra ingreso paraguayo 
Fuentes diplomáticas comentaron en Cali que el Brasil había solicitado que el Mercosur sea observador del bloque, pero la petición fue denegada.
La respuesta de la Alianza fue que solo pueden ser admitidos observadores por países y no por bloques. “Les dijeron que no. Solo a nivel de países. Quisieron meterle a Venezuela, y eso les molestó”, reseñó nuestro informante.
Además, el miércoles trascendió en esta urbe caleña que Brasil pidió que la Alianza del Pacífico rechace la membresía como observador del Paraguay, alegando las cláusulas democráticas del Mercosur y la de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), de la que Chile, Colombia y Perú también son miembros.
La diplomacia de Itamaraty pretendió alegar la suspensión de Paraguay de todos los foros de integración en la región, tras el juicio político que destituyó al presidente Fernando Lugo en junio de 2012.
En un breve diálogo con ABC al culminar la Cumbre, el canciller de México, José Antonio Meade, expresó que los países de la Alianza “están muy contentos y agradecidos de que Paraguay forme parte” como observador del bloque económico.
El gobierno de Enrique Peña Nieto dio un fuerte apoyo para que nuestro país ingrese a la Alianza, un bloque que representa el 50% del comercio de la región, con exportaciones por US$ 556.000 millones e importaciones por 551.000 millones en el 2012.
En palabras del presidente de Colombia, los cuatro países que conforman la Alianza del Pacífico reúnen 210 millones de habitantes, representan más de la tercera parte del producto interno bruto de América Latina y juntos se constituyen en la octava economía del mundo.
Por su parte, el presidente de Chile, Sebastián Piñera, dijo que el compromiso de los países socios es que comparten valores comunes como la democracia, el respeto de los derechos humanos, la libertad económica, “y que son estos los principios que nos guían en la Alianza del Pacífico”.
En rueda de prensa realizada al término de la cumbre, el presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, dijo que la cumbre avanzó mucho para que la Alianza del Pacífico sea una “integración real y sin retóricas, con resultados concretos que lleguen y tengan un impacto positivo en el bienestar de nuestros pueblo, el empleo formal en los ciudadanos”.
Anunció que se decidió “el avance en la desgravación arancelaria de todo el universo de bienes y al menos un 50% tendrá arancel cero desde la entrada en vigencia de un acuerdo el próximo 30 de junio”.
Acuerdos
En el marco de la VII Cumbre de la Alianza, Colombia, Chile, México y Perú acordaron eliminar los aranceles para el 90 por ciento de sus productos con el objetivo de aumentar el libre comercio entre ellos y conquistar conjuntamente los mercados del Asia Pacífico, aumentando las exportaciones y atrayendo más inversión extranjera.
La decisión contrasta con el proteccionismo de algunas de las mayores economías de la región, lo que recordó a algunos funcionarios presentes que podría calificarse del “renacer” de los tratados de libre comercio, especialmente rechazados desde el 2005 en la Cumbre de las Américas en Mar del Plata, cuando la influencia del presidente venezolano Hugo Chávez encontró el fundamental apoyo del extinto presidente argentino Néstor Kirchner para rechazar el área de libre comercio de las Américas impulsado por Estados Unidos.
Colombia recibió además la presidencia pro témpore en esta cumbre de Cali. Do site do jornal paraguaio ABC Collor




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