DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 16-4-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Dilma prometeu 800 centros de Artes
e Esportes, mas só 3 foram entregues

O DEM adiantou nesta segunda-feira (15) à Coluna alguns trechos do 'Promessômetro' de Dilma. Segundo o partido, um exemplo de promessa não cumprida pela presidenta Dilma Rousseff seria a construção de 800 Centros de Artes e Esportes Unificados. Trata-se de equipamento público estruturado para integrar atividades e serviços culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital. Em nota, a legenda explica que, mesmo integrando o PAC, com recursos previstos de R$ 1,6 bilhão, em dois anos de mandato da Dilma, apenas R$ 78 milhões foram aplicados - valor equivalente a 39 Centros. Porém, o site do Ministério da Cultura, órgão responsável pelo projeto, revela que apenas três unidades foram concluídas. O "Promessômetro" de Dilma é uma ferramenta criada pelo DEM para monitorar o cumprimento das promessas de campanha da presidente Dilma.

Dias quer convocação de Aguinaldo

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu nesta segunda-feira (15) a convocação do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) para que explique, diante dos parlamentares, a existência de um esquema de empresas de fachada, controladas por ex-servidores do Ministério, que atuavam em contratos para construção de casas populares, no âmbito do programa “Minha Casa Minha Vida”. A denúncia é do jornal O Globo, que apontou ainda a empresa RCA Assessoria em Controle de Obras e Serviços como sendo o centro do esquema. Com sede em São Paulo, a empresa apresenta números invejáveis como, por exemplo, atuação em 24 estados, mil municípios e garantia de entrega de 80 mil casas.




PT: Eduardo,
aquele que foi 
sem nunca ter sido

O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, pode entrar para a história como o “candidato Viúva Porcina”, aquele que foi sem nunca ter sido, segundo admitiram dirigentes do PT, em off, a esta coluna. Tudo seria uma genial armação do ex-presidente Lula: chamando-se atenção para Campos, um candidato de limitadas chances, falar-se-á menos sobre o nome do PSDB, Aécio Neves, verdadeiro representante da oposição.

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Rabo exposto

Um dos principais indícios da armação seria a permanência no governo do ministro Fernando Bezerra (Integração), unha e carne com Campos.

Brizola Neto 
prestes a pedir
seguro-desemprego

Com patrimônio declarado de R$ 129 mil, um dos menores de um ex-ministro, o suplente de deputado Brizola Neto (RJ) enfrenta dificuldades financeiras típicas de um desempregado. Ele recebe ajuda de parentes porque não tem renda. E torce para um deputado federal ser convidado para cargo no Executivo: primeiro suplente, assumiria o mandato. Ou terá de recorrer ao seguro-desemprego que dirigiu como ministro.

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Correção não basta

Brizola fez fama de ministro honesto, avesso a esquemas. Caiu porque ousou enfrentar Carlos Lupi, antecessor sem a mesma reputação.

Urucubaca no tribunal

A presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Mariano, suspendeu pagamentos à construtora Lopes Marinho, sucessora da Delta na obra da lâmina 4 do seu anexo: a área construída é menor que a contratada.

NO BLOG DO NOBLAT

Alunos do Norte e NE têm 4 anos de atraso em relação aos do Sudeste

Ocimara Balmant, Estadão
Alunos de Estados das Regiões Norte e Nordeste do Brasil têm quatro anos de atraso na aprendizagem em relação aos estudantes do Sul e Sudeste do País. Os dados são de um levantamento da Fundação Lemann, feito com base em microdados da Prova Brasil, e mostram o percentual de alunos de escolas públicas que obtiveram pontuação considerada adequada no exame.
Os resultados apontam que, ao fim do ensino fundamental, no 9.º ano, os estudantes que moram em Alagoas, no Maranhão e no Amapá sabem menos português e matemática do que aqueles que estão terminando o 5.º ano na rede pública de Estados como Minas Gerais, Distrito Federal e Santa Catarina.



País poderia economizar R$ 500 mi com eólicas

Renée Pereira e Wellington Bahnemann, Estadão
O Brasil poderia ter economizado cerca de R$ 500 milhões em 2012 se os parques eólicos construídos no Nordeste estivessem em operação. Desde meados do ano passado, novas usinas com capacidade para gerar 622 megawatts (MW) - potência suficiente para abastecer 1,1 milhão de residências durante um mês - estão paradas por falta de linha de transmissão.
Se estivessem funcionando, o País poderia poupar mais água nos reservatórios e usar menos termoelétricas a óleo combustível e diesel, caras e poluentes. Segundo cálculos da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), apenas em dezembro, as centrais eólicas em operação foram responsáveis por evitar outros R$ 500 milhões em Encargos por Razão de Segurança Energética (ESS) para cobrir o custo das térmicas.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

O terrorismo transforma o humano em coisa para que possa matá-lo sem remorso. Ou: Considerações sobre uma foto

Resolvi manter este post no alto da homepage por mais algum tempo
As tragédias sempre têm uma foto, uma imagem, que viram uma espécie de emblema. Para mim, a do atentado ocorrido em Boston, nesta segunda, é esta, de John Tlumacki (The Boston Globe/Getty Images).
 
Roland Barthes escreveu um ensaio sobre fotografia no qual afirma que as imagens têm o que ele chamava “puncta” (plural da palavra latina “punctum”). São os “pontos”, não necessariamente centrais, que atraem o nosso olhar. Um dado muitas vezes periférico da imagem acaba dizendo mais sobre o evento retratado do que as evidências escancaradas.
Voltemos à foto. Chama a atenção, de imediato, a composição da cena em vermelho e negro. Parte desse vermelho é o sangue das vítimas, também da mulher retratada. Nota-se que um naco foi arrancado de sua perna, logo abaixo do joelho. As partes visíveis de seu corpo estão lanhadas; a blusa, rasgada. Os artefatos explosivos certamente continham pregos — ou algo semelhante — para ferir também os que estivessem a uma distância razoável da explosão. No canto superior esquerdo, há uma pessoa deitada.
Tudo isso é constatável à primeira vista. Mas a síntese da tragédia não está nessa composição horrível. Há coisas ainda mais terríveis — que são, estas sim, a síntese da miséria moral terrorista.
Seus olhos miram o nada. Seus olhos estão voltados para a incompreensão. Seus olhos são a expressão da catatonia. Ela se confronta com a ausência de sentido. Eu me arriscaria a dizer que, no momento desse flagrante, essa pobre mulher não sentia dor, tristeza, preocupação, ódio, melancolia… Sua alma a abandonara por um instante.
Em estado de choque, podemos ficar literalmente anestesiados — a dor física só chega depois, quando recobramos algum domínio sobre o nosso corpo. O sofrimento moral, por sua vez, requer uma articulação com a linguagem e com a consciência de quem nós somos. Só temos a chance de nos consolar se encontramos o repertório com que expressar a nossa dor. Sem isso, sofremos, sim, mas quase como bichos.
A vida, no entanto, insiste. E aí o meu olhar se desloca para a sua mão direita (a esquerda, presume-se, fala a mesma linguagem). Elas estão pregadas no chão. Ela não quer deitar. Como o animal acuado, mantém-se ereta, dentro do possível, porque, mesmo sem entender o que se passa, mesmo sem saber por que coisa foi colhida, não quer morrer. Vai até o limite de sua força.
No pé deste post, publico outras imagens da tragédia. Há, até agora, apenas especulações a respeito. Ninguém reivindicou a autoria do atentado. Ninguém sabe se há motivação política. Isso importa? Importa, sim, para o futuro e para o tratamento policial que se dará em questão. No que diz respeito à essência do ato, não faz diferença se os autores falam em nome de uma causa ou apenas se consideram injustiçados pelo mundo e querem se vingar.
Todos os crimes são, afinal de contas, crimes, mas é claro que se pode fazer uma hierarquia na escala da abjeção. O terrorismo é o mais asqueroso deles, pouco importam a sua natureza, a sua causa ou as suas justificativas. Não obstante, nestes dias, há intelectuais que flertam abertamente com suas possíveis virtudes; que veem em atos dessa natureza uma expressão, ainda que um tanto distorcida, do humanismo. É o caso do intelectual marxista esloveno Slavoj Zizek, que sai fazendo a sua cantilena maldita mundo afora, encontrando eco, inclusive, em universidades dos EUA, que já passaram pelo 11 de Setembro.
No Brasil, Zizek e sua tese ganharam uma resenha elogiosa assinada pelo professor da USP Vladimir Safatle. O texto foi publicado no Estadão — sim, no Estadão! — no dia 11 de janeiro de 2009. E eu jamais deixarei que vocês se esqueçam disso, que o Estadão se esqueça disso e que o próprio Safatle se esqueça disso. A cada vez que eu vir uma foto como a daquela mulher e as que se seguem abaixo, farei com que vocês se lembrem disso, com que o Estadão se lembre disso e com que Safatle se lembre disso. É bom notar: terroristas costumam armar suas bombas em aparelhos clandestinos, fétidos, escondidos de toda gente. Intelectuais que justificam seus crimes costumam estar nas universidades, nas bibliotecas e escrevendo em jornais.
O terrorismo desumaniza o outro para que possa matá-lo sem remorso — mais ou menos como o professor Satafle, em certo artigo, desumanizou o feto, chamando-se de “parasita”, para tentar convencer o seu leitor que legalizar o aborto é uma postura correta e moralmente aceitável.
As vítimas do terror, como evidencia aquela foto, são transformadas em “coisas”. Por alguns instantes, não sentem nada, nem dor nem paixões. Grudam, como animais acuados, os membros no chão, num último esforço para que a vida não as abandone. 
Homem ferido é socorrido por equipes de regaste, após a explosão na maratona de Boston (Foto: Charles Krupa/AP)
Homem é socorrido por equipes de resgate, após ser atingido por uma das bombas na maratona de Boston (Foto: Jim Rogash/Getty Images/AFP)
Equipes de resgate socorrem feridos após a explosão na maratona de Boston (Foto: Charles Krupa/AP)
 Texto publicado originalmente às 20h32 desta segunda
Por Reinaldo Azevedo


Farra com os aviões da FAB: Cadê o Ministério Público, antes tão severo com o governo FHC?

Reportagem publicada ontem pelo Estadão evidenciou o uso absolutamente abusivo de jatinhos da FAB pelo primeiro escalão do governo Dilma. Trata-se de um disparate. As tentativas de explicação, então, são grotescas! O mais criativo na resposta foi José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça. Ainda acho que ele estava tentando tirar um sarro da reportagem. Já falo a respeito. Antes, quero apelar à memória dos leitores que já acompanhavam assuntos parecidos no governo FHC e trazer uma informação aos leitores mais jovens (muitos milhares neste blog). Lembram-se dos procuradores Luiz Francisco e Guilherme Schelb, os dois Torquemadas ao tempo em que os tucanos estavam no Planalto? Sumiram, não é? Por onde andarão? E cadê os outros representantes do Ministério Público?
Em dois anos de governo Dilma, as 18 aeronaves que podem servir aos ministros voaram 10,8 mil horas, em 5,8 mil voos. Perfizeram 8 milhões de quilômetros. Dava par ir à Lua e voltar 10 vezes. Alexandre Padilha, ministro da Saúde, fez 469 voos; em segundo lugar, vem Cardozo, com 353. Ninguém descobriu, até agora, o que faz Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, mas ele aparece em terceiro lugar na lista, com 317. O levantamento vai até fevereiro.
Vejam bem: dois anos e 2 meses de governo somam 789 dias. Descontem-se, no período, 208 entre sábados e domingos (e olhem que dou de barato os feriados). Sobram 581 de trabalho. Padilha viajou 469 vezes. A sua média mensal foi de 20 mil quilômetros. O Estadão faz uma comparação interessante: para tentar desarmar as bombas-relógio mundo afora, Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, percorre a média mensal de 32 mil quilômetros.
Não esqueci dos dois representantes do MP, não. Já chego lá. Ao se explicar ao jornal, Padilha lembrou que é o gestor do SUS e que tem de ir aonde o problema está. Tudo muito certo, tudo muito bem! Mas por que a maioria de suas viagens tem São Paulo como destino? Justamente onde ele tem fincadas as ruas raízes políticas e cujo governo, se tudo sair como espera (não adiante negar), ele pretende disputar? Aí a explicação começa a ficar ruim, né?
E onde está o Ministério Público? Ministros do governo FHC tiveram de responder a ações de improbidade por muito menos do que isso. E que se note: nem estou entrando no mérito do que se fez antes. Estou apenas constatando a diferença de tratamento. “Ué, mas os ministros de Dilma não estavam trabalhando?”  O terceiro maior useiro dos aviões, Fernando Pimentel, fez a maioria de suas viagens para… Belo Horizonte.
CardozoE o ministro da Justiça, o que apresentou a desculpa mais ousada e original (já falo a respeito)? Reproduzo trecho de reportagem do Estadão:
“A FAB também foi buscar ministro no retorno de evento que celebrou os dez anos do PT no poder, em 20 do mês passado, em São Paulo. Naquele dia, uma quarta-feira, José Eduardo Cardozo (PT) despachou em Brasília até as 17h, viajando em seguida para a festa. Não pediu o benefício na ida, mas, segundo as planilhas da Aeronáutica, usou um na volta, no dia seguinte, às 15h.”
Ou ainda:
“Ocupa o segundo lugar no pódio o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele decolou 353 vezes a bordo da frota da Aeronáutica, muitas vezes para destinos onde não teve compromissos de sua pasta. Sua viagem deste ano para o carnaval paulistano é um exemplo: ida e volta taxiados pela Força Aérea, no período que coincidiu com sua passagem pelo camarote no Anhembi.”
A desculpaCardozo explicou tudo direitinho. Aprendemos com o professor — também apontado como pré-candidato ao governo de São Paulo — que ele viaja muito para nosso bem e para preservar o patrimônio público. Afirmou: “O uso de aeronave da FAB, nos casos em que ocorreu, não ofende a lei e a moralidade. Até porque os aviões necessitam voar determinadas horas para sua correta manutenção”. Ah, bom!
Na lista dos que mais requisitam aeronaves, está até Celso Amorim, hoje ministro da Defesa. É o sexto, com 279 viagens. Por quê? Vai ver anda cuidando pessoalmente das nossas fronteiras…
A farra já custou R$ 44,8 milhões ao bolso dos brasileiros. E o Ministério Público, até agora, silenciou.  
Por Reinaldo Azevedo


O MP e o poder de investigação – Decida, ministro Lewandowski!

Há dias vimos representantes do Ministério Público protestando contra a PEC 37, que retira do Ministério Público o poder de fazer investigação… Pois é.
A matéria está parada no STF. E o responsável é o ministro Ricardo Lewandowski. Em dezembro do ano passado, ele pediu vista de um habeas corpus impetrado pela defesa de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de matar o prefeito Celso Daniel. A defesa de Sombra pede que o processo seja anulado, alegando que o MP não poderia ter conduzido a investigação.
Seria conveniente que Lewandowski, afinal, dissesse  o que acha para que os demais ministros se pronunciassem, o que poderia colaborar para que os deputados tomassem uma decisão.
Nota – Ainda que existam alguns procuradores destrambelhados e ainda que o MP seja ideologizado demais para o meu gosto, é evidente que sou contra a PEC 37. Eu critico é o vazamento de investigação — e sou favorável a que a imprensa publique o que sabe porque não é ela a guardiã do sigilo. Quem tem de mantê-lo, quando é o caso, é o MP, não os jornalistas.
Vamos lá, ministro! Acho que o senhor já teve tempo de refletir a respeito.

Parabéns a Patriota, que superou o umbral da vergonha!

Vergonhosa, de fazer corar, a declaração que vi no Jornal Nacional de Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores do Brasil, sobre a eleição na Venezuela. Sim, ele estava envergonhado, mas sabem como é… Ultimamente, os umbrais da vergonha são ultrapassados no Brasil em questões até menos relevantes do que essa.
Afirmou o nosso chanceler: “Felicito o presidente Maduro pela sua vitória e, ahhhnnn, aqui reafirmamos a disposição de seguirmos trabalhando muito estreitamente com o governo venezuelano”.
A fala está aqui. entre 1min25s e 1min43s. É ruim, hein? Se a causa fosse mais fácil, Patriota teria se esmerado no estilo e nem teria flexionado o verbo da oração completiva nominal reduzida de infinitivo. É opcional, sim, mas é uma questão de estilo, que faz diferença na diplomacia. Tartamudeando, falou qualquer coisa, de qualquer jeito.
Dilma, claro!, telefonou para o ditador Nicolás Maduro. Mas não teve de pôr o carão na televisão. Patriota, um destemido, resolveu pagar o mico.
O ministro sabe muito bem em que condições se realizaram as eleições no país. Tem plena consciência de que não foram nem limpas nem livres. Viu uma disputa com óbvios indícios de fraude ter seu resultado proclamado. Mas está lá, oferecendo-se como mais um esbirro da ditadura.
O Itamaraty nunca foi obrigado a descer tão baixo.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM


Os protestos denunciando a fraude nas eleições presidenciais na Venezuela espalham-se como um rastilho de pólvora por toda a Venezuela. 
Nesta noite houve um enorme panelaço. Os seguidores do candidato Henrique Capriles estão nas ruas de toda a Venezuela como nunca hove nesses 14 anos de ditadura chavista. Exigem a recontagem dos votos e contestam a investidura de Nicolás Maduro com presidente do país.
As informações procedentes da Venezuela mostram que o protesto dos cidadãos toma conta do país. Grupos furiosos gritam slogans contra o governo chavista e contra a fraude eleitoral que se tornou evidente.
O protesto também se amplia por meio das redes sociais. No Facebook foi criada uma página de denúncia da fraude onde se encontram fotos chocantes de manipulação do pleito de domingo. Fotos mostram centenas de urnas sendo lançadas num barranco, como mostra a foto abaixo:



Clique AQUI para ver mais fotos e vídeos em página do Facebook


NO BLOG UCHO.INFO

Proposta do governo para o salário mínimo de 2014 é um atentado contra a dignidade humana

Falta de vergonha – Sem saber como combater a crise econômica e muito menos o que o futuro reserva aos brasileiros, o governo da presidente Dilma Rousseff está empenhado na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que trata do Orçamento da União de 2014 e será enviada ao Congresso Nacional em breve. De acordo com a proposta, divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Ministério do Planejamento, o governo dos trabalhadores pretende elevar o salário mínimo, que saltaria dos atuais R$ 678 para R$ 719,48, logo no primeiro dia do próximo ano.

O aumento proposto pelo governo do PT ao salário mínimo é tão ridículo quanto o concedido em 2012 e que elevou o piso nacional para irrisórios R$ 678. O aumento de R$ 41,48 representa R$ 6,12% do mínimo atual, em um país onde a inflação acumulada nos últimos doze meses bateu na casa dos 6,59%, acima do teto da meta fixada pelo governo.
Essa proposta não apenas beira a utopia, mas atropela os discursos passados do PT, que sempre defendeu os números sugeridos pelo Dieese, que no último cálculo considerou um salário ideal, capaz de atender às necessidades básicas do trabalhador, o valor de R$ 2.824,92. Ou seja, o que o Planalto propõe para 2014 corresponde a 25% do mínimo sugerido pelo Dieese para este mês de abril.
Se tomada por base a inflação real, não a divulgada pelo governo, o aumento do salário mínimo para o próximo ano é um atentado contra a humanidade. O Palácio do Planalto tem se apoiado nos discursos embusteiros sobre a redução da miséria, mas é inimaginável sobreviver com R$ 678 sem enfrentar pelo menos alguns lampejos de miséria. A situação piora quando o salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga.
O mais absurdo está no fato de que os políticos do PT fazem pose quando falam de transferência de renda e combate à pobreza, não sem antes insistirem na tese de transformar o consumo interno em arma para liquidar a crise econômica.
Não há político que consiga expressivos índices de aprovação popular à sombra de um salário que garante a compra de uma reles cesta básica e o direito de usar o transporte público duas vezes ao dia. Isso mostra que as pesquisas de opinião que apontam a aprovação recorde de Dilma não traduzem a realidade dos fatos e confirmam a eficácia das esmolas sociais na formação de obedientes currais eleitorais, mesmo o governo negando essa possibilidade.

Geraldo Alckmin deveria afastar chefe da Casa Civil enquanto Polícia Federal investiga denúncias

Melhor assim – Governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin precisa tomar uma providência em relação ao secretário Edson Aparecido, chefe da Casa Civil do governo paulista, mesmo que seja para poupá-lo. Durante a Operação Fratelli, a Polícia Federal descobriu um elo entre Edson Aparecido e fraudes em licitações em 78 prefeituras do interior paulista.

Osvaldo Ferreira Filho, que foi assessor especial e braço direito de Aparecido, está entre as treze pessoas presas pela PF, que o aponta como o elo entre a Demop, empreiteira de Scamatti que está no centro do escândalo, e as prefeituras.
A Demop atua em quase todas as cidades do noroeste do Estado e a maioria da das licitações que deram à empreiteira vários contratos com prefeituras está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público.
O próprio Edson Aparecido foi flagrado no esquema e, de acordo com documentos da operação policial, ele “manteria estreito contato com alta autoridade do governo do Estado, o que facilitaria a atuação do grupo apontado como criminoso para a liberação de recursos”.
Caso o PSDB queira manter o discurso crítica em relação ao Palácio do Planalto, Alckmin deve afastar temporariamente o seu secretário até o final das investigações, o que evitaria que o Palácio dos Bandeirantes fosse alvo do contra-ataque petista, que está de olho no governo de São Paulo e já se movimenta nos bastidores para abocanhá-lo em 2014.
O eventual afastamento de Aparecido não pode ser considerado uma condenação antecipada, pois trata-se de uma demonstração de transparência por parte do governo paulista e que serviria para preservar o currículo do próprio secretário, que pode ser inocente e ficar exposto aos ataques dos adversários.
É bom lembrar que o então presidente Itamar Franco tomou atitude idêntica com seu amigo de longa data Henrique Hargreaves, que deixou o cargo por alguns meses enquanto eram investigadas as denúncias contra ele. Nada constatado, Hargreaves retornou ao comando da Casa Civil da Presidência.




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