DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-3-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


O mundo está desabando, mas a 
política segue firme. Até quando?

Foto
Em tempos de extrema violência, a sociedade nada mais tem a fazer, a não se se lamentar e chorar mortos. A criminalidade vem crescendo a olhos vistos, tal qual a crueldade de quem faz parte dela. Não se pode negar; já passou da hora de uma atitude ser tomada e há de ser enérgica. Os acontecimentos diários, por vezes nos fazem esquecer que quem tem coragem ou sangue frio de fazer mal ao próximo ainda é um ser humano, não um animal, mesmo que os animais não mereçam tal comparação. Tendo visto tudo isso, os governantes se ocupam de questões menores. Partidos estão mais preocupados em saber se os seus estão em debandada, do que se há um condenado por algum crime brutal à solta nas ruas por falta de leis eficazes.Leia mais no artigo de Carlos Chagas.

‘Marcha’ pagou
R$ 70 de cachê
a manifestantes

Além de sinais exteriores de opulência, como banners, bandeirolas e balões com os materiais mais caros do mercado, organizadores de “marcha” de sindicalistas, ontem, em Brasília, recrutaram milhares de pessoas na periferia do DF para fazer número, em troca de lanches, boné, camiseta e cachê de R$ 70,00. Estima-se que a “marcha” de mais de 40 mil participantes custou pelo menos R$ 3,2 milhões.

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Quem paga

Há em Brasília escritórios que oferecem “manifestantes profissionais”, pagos com dinheiro do imposto sindical e de convênios do governo.

Excursão

Uma centena de ônibus utilizados no transporte dos “manifestantes”, entre a periferia do DF e Brasília, custou entre R$ 600 e R$ 900 cada.

Dinheiro a rodo

Custou ao menos R$ 140 cada um dos dois mil banners em material sintético, pendurados em postes de Brasília pelas centrais sindicais.

Na fila

Com internet censurada na ilha, os cubanos só souberam da morte de Hugo Chávez ontem, na edição impressa do jornal oficial “Granma”.

No Rio, despreparo
da prefeitura
agravou o caos

A prefeitura do Rio de Janeiro emitiu alerta de chuva “ocasionalmente forte” 20 minutos antes do dilúvio que matou 4 pessoas e inundou os locais de sempre na cidade, alguns conhecidos há mais de cem anos. O estatal Inmet alertou a mesma chuva à Defesa Civil do Rio, mas sem o índice pluviométrico de um mês em meia hora, “difícil de prever, mas previsível com calorão”, disse-nos ontem um meteorologista federal.

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Dane-se o contribuinte

Autoridades cariocas confiam nas orações, nas sirenes de alerta em morros e na paciência dos contribuintes para permanecerem impunes.

Ninguém merece

O lixo atômico do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, garantiu que Chávez “ressuscitará”, como Jesus e o imã muçulmano Mahdi. Na Síria, talvez.

Além da dívida

Para Dilma, a morte de Hugo Chávez deixa “um vazio”. Não se referia ao “vazio” de US$ 3,6 bilhões no cofre Petrobras, valor do calote do fanfarrão na obra conjunta da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Homens doendo

O ministro Joaquim Barbosa, que descarregou suas dores nas costas de Felipe Recondo, repórter conhecido pelo elegância no trato, deveria colar um adesivo na toga: “Não se aproxime, hoje está doendo muito.”

Protocolo ignorado

Outro gesto de Joaquim Barbosa, terça (5), desagradou magistrados: na posse do novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Carlos Alberto, ele deixou o recinto antes da presidenta da República.

Papai viajou

O ex-bispo tarado e ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo aproveitou o enterro do “amigo” Hugo Chávez, para faltar a (mais um) teste de paternidade exigido pela Justiça, informou a rádio 650 AM.

Você decide

A boa notícia: Guido Mantega (Fazenda) garante que a economia “está em recuperação”. A má: respira por aparelhos made in China.

NO BLOG DO NOBLAT

Mapa da Violência 2013: Brasil mantém alta taxa de homicídios

Jaílton Carvalho, O Globo
O Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo, divulgado nesta quarta-feira, informa que 36.792 pessoas foram assassinadas a tiros em 2010. O número é superior aos 36.624 assassinatos anotados em 2009 e mantém o país com uma taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, a oitava pior marca entre 100 nações com estatísticas consideradas relativamente confiáveis sobre o assunto.
Entre os estados que apresentaram as mais altas taxas de homicídios estão Alagoas com 55,3, Espírito Santo com 39,4, Pará com 34,6, Bahia com 34,4 e Paraíba com 32,8. Pará, Alagoas, Bahia e a Paraíba estão entre os cinco estados também que mais sofreram com o aumento da violência na década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2%, Alagoas 215%, Bahia 195% e Paraíba 184,2%. Neste grupo está ainda o Maranhão com a disparada da matança em 282,2% entre o ano 2000 e 2010.



Negros assassinados são quase três vezes mais do que brancos

Jaílton de Carvalho, O Globo
O número de negros assassinados é quase três vezes maior que o de brancos mortos por armas de fogo, revela o Mapa da Violência 2013, divulgado nesta quarta-feira. Pelo levantamento, em 2010 foram assassinados a tiros 26.049 negros e 10.428 brancos.
A discrepância aparece também nos dados proporcionais. As taxas de mortes violentas são de 26,8 para cada 100 mil negros e de 11,5 para cada 100 mil brancos. "Morrem proporcionalmente vítimas de arma de fogo 133% mais negros que brancos", informa o estudo.



Dirceu pede autorização do STF para ir ao enterro de Chávez

Carolina Brígido, O Globo
Condenado no processo do mensalão e proibido de deixar o país, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para comparecer ao enterro do presidente Hugo Chávez, na Venezuela.
Após o julgamento, Dirceu foi obrigado a entregar o passaporte ao tribunal, bem como os outros 24 condenados no processo. O pedido será analisado pelo relator do caso e presidente da Corte, o ministro Joaquim Barbosa.
A defesa de Dirceu explica que a decisão tomada por Barbosa no ano passado foi a proibição de deixar o país sem prévio conhecimento e autorização do tribunal. Os advogados fizeram o pedido “em caráter de urgência”, já que o enterro acontece na próxima sexta-feira. Caso a autorização seja concedida, o ex-ministro da Casa Civil estaria de volta ao Brasil 24 horas após o funeral.

Foto: Marcos Alves / O Globo

Aliados de Renan vão compor Conselho de Ética do Senado

O Globo
O PMDB e partidos governistas indicaram uma tropa de choque para o Conselho de Ética do Senado, que poderá, eventualmente, discutir uma representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). No dia da eleição de Renan, a oposição anunciou que, se o Supremo Tribunal Federal aceitar a denúncia contra o senador, eles acionariam o Conselho de Ética.
Na linha de frente estão senadores experientes do PMDB, como o presidente em exercício do partido, Waldir Raupp (RR), e o ex-líder do governo Romero Jucá (RO), além de João Alberto (MA) e Sérgio Souza (PR). João Alberto deve presidir o colegiado. O líder do PTB, Gim Argelo (DF), aliado de Renan, foi indicado.

Bruno admite morte de Eliza para tentar diminuir pena

Ezequiel Fagundes, O Globo
Para fugir de uma pena de mais de 40 anos de cadeia, o que sepultaria de vez qualquer chance de retorno aos gramados, o goleiro Bruno Fernandes, 28 anos, partiu para um ataque calculado. Falou até quando foi conveniente no terceiro dia de julgamento dele e de sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues sobre a morte da modelo Eliza Samudio.
Depois, ficou calado diante do bombardeio de perguntas do Ministério Público (MP). Quando resolveu quebrar o silêncio, admitiu a morte da modelo, mas jogou a culpa do assassinato, ocorrido em 2010, no colo de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, transferindo para ele todas as ações em sua carreira e até na vida particular.
- Ele arcava com as despesas, administrava meu dinheiro, minhas contas bancárias. Ele tinha as senhas das minhas contas. Eu pedia dinheiro para o Macarrão para sair ou fazer festas. Nossa relação era de amizade forte, quase irmãos. Quando parei de conversar com Eliza, ele (Macarrão) passou a conviver com ela - disse Bruno.




NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Não! Chávez não era metade gênio e metade idiota. Era cem por cento idiota, além de comandar um governo infiltrado pelo terrorismo e pelo narcotráfico


Foi-se o pistoleiro maluco! Que a Venezuela reencontre o caminho da democracia
A morte de Hugo Chávez revela que estamos vivendo dias um tanto sombrios. Os valores da democracia estão em crise. Basta ler o noticiário para constatá-lo. Chego à conclusão de que os idiotas e os simpatizantes de tiranias supostamente virtuosas estão no comando de alguns veículos da imprensa, ainda que eles próprios dependam vitalmente da liberdade. Por que escrevo isso? Vamos ver.
A antiga pauta de esquerda — a revolução socialista — foi definitivamente aposentada. Assumiu, ao longo do tempo, uma nova configuração, bem mais fragmentada. Vivemos sob o signo da reparação das chamadas “injustiças históricas”: com os pobres, com os negros, com os indígenas, com as mulheres, com os gays, com os quilombolas, com a natureza… Escolham aí. A cada pouco surge uma nova “minoria” — sociologicamente falando — disposta a impor a sua pauta como precondição para a justiça universal. É evidente que não tenho nada contra a justiça, ora bolas! Por que não seria eu também um homem tão bom quanto os ciclistas, por exemplo? É claro que sou! É alguém me falar do bem, do belo e do justo, e estou dentro, estou com os bacanas.
Se todo mundo quer um mundo perfeito, não serei eu a ficar fora dessa festa. A questão é saber como essas reparações todas serão realizadas no âmbito da democracia, de uma sociedade de direito, que respeite os direitos individuais. Governar com ditadura é fácil; com democracia é que é o “x” do problema.
Cansei de ler nestes dois dias alguns raciocínios perigosos. Eles consistem basicamente na aceitação tácita de que a melhoria de alguns indicadores sociais na Venezuela — e houve — estão atreladas ao “modelo” inventado por Hugo Chávez. O desemprego, com efeito, caiu de 14,5% em 1999, quando ele chegou ao poder, para 8% no ano passado. Mas também chegou a 18% em 2003, no seu quinto ano de governo. Já a inflação era de 29,9% em 1998, quando ele foi eleito pela primeira vez, e chegou a 33% no ano passado. O seu menor índice foi em 2001, com 12%. O IDH subiu de 0,656 para 0,735 em 2011 e passou, por exemplo, o do Brasil.
Não é segredo para ninguém que Chávez usou o dinheiro farto do petróleo para empreender um forte programa assistencialista. E é esse assistencialismo que garante a adesão entusiasmada dos mais pobres a seu governo. Também é claro as ditas elites tradicionais da Venezuela estavam entre as mais corruptas e socialmente insensíveis do mundo — o que acaba facilitando a emergência de líderes com o seu perfil. Vale para a Venezuela, a Bolívia, o Equador… Mas a rapacidade das ditas-cujas justifica o modelo bolivariano?
Chávez tomou, sim, iniciativas que minoraram o sofrimento dos mais pobres. Isso não está em debate. A questão é saber por que ele precisava da ditadura. A questão é saber por que ele precisava apelar a um regime de força. Essas perguntas não têm resposta porque simplesmente a pantomima bolivariana era desnecessária. Lula também tentou impor alguns instrumentos de exceção no Brasil. Não conseguiu — não ainda ao menos. E nada impediu o petismo de levar adiante a sua lenda.
O presente que corrói o futuroChávez transformou a Venezuela no, se me permitem, país da manocultura do petróleo. Estão lá 25% das reservas mundiais do óleo. Enquanto ele for uma matriz energética — e será ainda muito tempo —, é evidente que o país contará com dinheiro para manter as políticas assistencialistas, ainda que produza muito menos do que pode. Notem: essas políticas não são um mal em si. Mas para que futuro apontam quando se tornam um fim em si mesmas?
Apontam para o desastre. Chávez acabou com o que havia de agricultura de ponta na Venezuela, por exemplo. O país não produz mais comida. Expropriou empresas estrangeiras, espantou o capital privado e transformou milhões de venezuelanos em estado-dependentes. Sem a diversificação da economia — impossível no regime bolivariano —, assim continuarão. O petróleo responde por 50% das receitas do governo e constitui quase 100% da receita de exportação. Nas palavras do economista venezuelano Moisés Naim ao Wall Street Journal: “Nunca um líder latino-americano perdeu tanto dinheiro, gastou tão mal os recursos e usou de maneira tão incorreta o poder que lhe foi dado”. Na mosca!
Os tontosNão, senhores! O autoritarismo de Chávez não era uma espécie de mal necessário a justificar, então, um bem — a saber: a redução da pobreza e a diminuição da desigualdade. Esse e um juízo delinquente e está na raiz, diga-se, das exegeses malandras sobre o 54 anos da ditadura cubana. Durante décadas, o suposto bem-estar social de Cuba serviu para ocultar os crimes dos irmãos Castro. Pelo menos cem mil pessoas morreram (17 mil fuziladas; as demais tentando fugir da ilha) sob o silêncio cúmplice do resto do mundo para que se construísse por lá aquele paraíso…
Mas os tempos — e então volto ao ponto central deste texto — andam simpáticos às ideias de reparação a qualquer preço. Se Chávez sucedeu as ditas “elites insensíveis” de antes, então tudo lhe seria permitido, inclusive a violação dos fundamentos mais comezinhos da democracia e, não custa notar, do direito internacional. Nem mesmo se pergunta o óbvio: como poderia estar hoje a Venezuela se ele não tivesse destroçado a economia do país? Os ditos programas sociais poderiam estar em vigência, certo? Por que não? Talvez houvesse menos venezuelanos trabalhando para órgãos estatais ou dependentes da ajuda oficial. Certamente o povo seria mais livre.
Chávez distribuiu, sim, parte da riqueza do petróleo por intermédio desses programas, com os quais cevou o eleitorado. Mas roubou, e por muitos anos, o futuro do país, que terá de ser reconstruído — a começar das instituições.
Exportador da “revolução” e importador do terrorCumpre lembrar, ainda, do Chávez “exportador da revolução”. Meteu as patas no Equador, na Bolívia e até na Argentina. Enviou uma mala com US$ 800 mil para ajudar a financiar a primeira eleição de Cristina Kirchner. Inspirou a tentativa de golpe em Honduras e depois tentou articular, com a ajuda do Brasil, uma guerra civil naquele país. Armou, isto ficou comprovado, os narcoterroristas das Farc, da Colômbia, e se fez seu interlocutor privilegiado. Em Caracas, há uma praça com o nome do fundador do grupo: Manuel Marulanda. Atenção! Quando o coronel tentou dar um golpe na Venezuela, em 1992, os narcoterroristas lhe enviaram 100 mil pesos — mais ou menos US$ 50 mil à época. No poder, o ditador repassou para os bandidos estupendos US$ 300 milhões. As informações estavam no laptop do terrorista morto Raúl Reyes.
É pouco? Chávez celebrou acordos de cooperação militar E NUCLEAR com o Irã, e o Hezbollah, movimento terrorista baseado no Líbano e que é satélite do país dos aiatolás, estabeleceu uma base de operações na Venezuela.
As relações do estado venezuelano com o narcotráfico também já estão mais do que evidenciadas. Em abril do ano passado, o juiz Eladio Aponte Aponte, da Corte Suprema do país, fugiu para a Costa Rica. Pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes. Confessou que, a pedido do governo, atuou para proteger o narcotráfico. Nada menos de metade da cocaína que entra nos EUA tem origem na Venezuela. Leiam trecho de reportagem de O Globo de 7 de maio de 2012
[o juiz] deu como exemplo um caso no qual está envolvido um ex-adido militar venezuelano no Brasil, o tenente-coronel Pedro José Maggino Belicchi. Segundo o juiz-delator, Maggino Belicchi integra a rede militar que há anos utiliza quartéis da IVª Divisão Blindada do Exército da Venezuela como bases logísticas para transporte de pasta-base e de cocaína exportadas por facções da Farc, a narcoguerrilha colombiana. O tenente-coronel foi preso em flagrante no dia 16 de novembro de 2005, com outros militares, transportando 2,2 toneladas de cocaína em um caminhão do Exército (placa EJ-746).
Na presidência da Suprema Corte, Aponte Aponte diz ter recebido e atendido aos apelos da Presidência da República, do Ministério da Defesa e do organismo venezuelano de repressão a drogas para liberar Magino Belicchi e os demais militares envolvidos. Faz parte da rotina judicial venezuelana, ele contou na entrevista à televisão da Costa Rica.
O general Henry de Jesus Rangel Silva, citado pelo juiz-delator, comandou a Quarta Divisão Blindada, uma das unidades mais importantes do Exército venezuelano. Desde 2008, ele figura na lista oficial de narcotraficantes vinculados às Farc colombianas e cujos bens e contas bancárias estão interditados pelo governo dos Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez decidiu condecorá-lo em público e promovê-lo ao cargo de ministro da Defesa. “Rangel Silva é atacado”, justificou Chávez em discurso.
(…)
EncerrandoAlguns indicadores sociais da Venezuela melhoraram, sim. É obrigação dos governos. O mesmo se deu em países que se mantiveram no rumo democrático. A ditadura, pois, foi uma escolha de Chávez e de sua camarilha que independe dessa ou daquela medidas.
O cem por cento idiota deixa um país com as instituições em frangalhos, com a economia combalida, com uma inflação da ordem de 30%, infiltrado pelo terrorismo e pelo narcotráfico. O homem que morre, reitero, merece piedade, como qualquer um. O ditador, no entanto, nunca deveria ter existido. A América Latina está mais sã. Agora é preciso desalojar, pela via democrática e pela luta política, a camarilha criminosa que está no poder.
Por Reinaldo Azevedo



Chalita contratou outro amigão que não deixou setor privado. Seria um método?

Leiam o que informam Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credendio, na Folha Online:
Um amigo do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) que ele indicou para assessorar a diretoria da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) foi sócio de uma empresa que tinha interesse em fazer negócios com o governo estadual. Alexandre Eduardo de Freitas, um professor de educação física que era diretor da academia de ginástica que Chalita frequentava, trabalhou no governo durante pouco mais de um ano, de abril de 2004 a junho de 2005, quando Chalita era o secretário estadual da Educação.
Freitas foi assessor da diretoria executiva da FDE e ganhava R$ 10,6 mil por mês. Seis meses depois de sua saída, a fundação contratou por R$ 2,45 milhões, e sem licitação, uma empresa da qual Freitas tinha sido sócio até recentemente, a EAB (Editoras Associadas do Brasil), para fornecer software educativo. Freitas ajudou a fundar essa empresa em 2003 e deixou de ser sócio em janeiro de 2005, quando faltavam poucos meses para ele deixar o governo estadual e o contrato milionário da fundação com a empresa ser assinado.
A editora foi criada pelo empresário Chaim Zaher, que na época era dono do grupo educacional COC e agora está sob investigação do Ministério Público de São Paulo sob suspeita de ter pago despesas pessoais de Chalita no período em que ele foi secretário, entre 2002 e 2006. O deputado é alvo de 11 inquéritos abertos a partir de depoimentos do analista de sistemas Roberto Grobman, que foi sócio de outra empresa ligada ao COC e diz ter atuado como assessor informal de Chalita na Secretaria da Educação. O deputado nega ter indicado Freitas para favorecer negócios privados.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Vídeo mostra Feliciano pedindo senha do cartão de fiel

No Globo:
Em vídeo que circula pelas redes sociais, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), indicado para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, recolhe doações de fiéis da Assembleia de Deus, na Catedral do Avivamento, sua igreja. Feliciano aceita doações de motocicletas, pede cheques, dinheiro e anuncia recompensas divinas. Em determinado momento, com um cartão na mão, ele diz: “
É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus é ruim.”
Logo em seguida, um fiel tetraplégico anuncia que vai doar R$ 1.000. O pastor, então, diz: “Ele veio como murmurador. Vai voltar como o homem mais abençoado da festa. Eu ainda vou pregar com você por aí, garoto”.
As cenas de recolhimento de dinheiro prosseguem. Marco Feliciano afirma que R$ 500 é o suficiente: “Tem mais (dinheiro) aqui na frente? Glória a Jesus!”, diz ele, pegando um cheque. “Deixa eu ver o sobrenome dele. Feliz de Souza (risos). Mais um (cheque). Amém, amém. Tem gente que diz: ‘Pastor, pastor, R$ 1.000 eu não aguento’. Traga R$ 500. Você só não pode é perder a benção. Quem crê dá um jeito.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO CORONEL

Para a Dilma, não adianta só falar. Tem que desenhar.

Primeiro, Dilma disse que não havia cadastro para os beneficiários dos programas sociais criados pelo PSDB. Não só havia, como havia um decreto-lei detalhando até os formulários. Veja abaixo:

O decreto que instituia o cadastramento único para os programas sociais do Governo Federal foi promulgado em 24 de julho de 2001. E, abaixo, como anexo ao decreto,  foram divulgados os formulários, que comprovam que o cadastro era completíssimo e totalmente informatizado, associado ao banco de dados do SUS. Até hoje a Caixa utiliza o CADÚnico criado pelos tucanos.
Até hoje, o partido da quadrilha do Mensalão afirma que criou a Bolsa Família, assim, do nada! Uma mentira histórica. Vejam, abaixo, o texto do decreto que criou a Bolsa Família. Olhem bem de onde surgiu o programa cover do PT. Efetivamente, a jóia da coroa ptista é apenas a unificação dos programas tucanos. Isso está escrito na lei abaixo, assinada por Lula, o maior estelionatário eleitoral da história deste país.

Hoje, no Senado, Aécio Neves disse o óbvio, conforme comprovado acima:

"Vi na declaração da presidente uma insistência em dizer que o Bolsa Família não foi feito em uma canetada. Certamente não foi em uma canetada. Foi um decreto presidencial, e não custa aqui refrescar a memória dos brasileiros, decreto assinado pelo presidente Lula, que, na verdade, incorporava os programas criados pelo presidente Fernando Henrique. Basta olhar o site da Presidência da República, o decreto está lá, ele fez, na verdade, a unificação desses e de outros programas criados no governo anterior."

POST PUBLICADO ORIGINALMENTE ONTEM, ÀS 22:23


NO BLOG DO ALUÍZIO AMORIM

NO RITMO ATUAL, PIB PER CAPITA DO BRASIL SÓ CHEGARÁ AO PATAMAR DOS ESTADOS UNIDOS NO ANO DE 2180!

Se o Brasil mantiver o ritmo médio de crescimento das últimas três décadas (1980-2011), de 0,93% ao ano, PIB per capita do país – soma dos bens e serviços dividida pelo número de habitantes – só chegará ao patamar atual dos Estados Unidos no fim do século 22, mais especificamente, no ano 2180. O desempenho brasileiro, neste período, ficou abaixo da média da América Latina (1,25%), e só conseguiu superar o da Argentina, da Colômbia e da Venezuela (cuja economia encolheu). É o que aponta um estudo coordenado pelo economista Ronald Hillbrecht, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e financiado pelo Instituto Millenium.

A situação não muda muito se for levado em conta apenas o período 2000-2011, em que a expansão média da economia brasileira foi de 2,24%. Nesse caso, o Brasil permanece abaixo da média da América Latina, que foi de 2,30%, e é ultrapassado pela Colômbia (2,68%), ficando à frente apenas de Argentina (2,15%) e Venezuela (1,48%). A equiparação com os Estados Unidos viria 40 anos antes.

— O crescimento do país nos anos 2000 deixou as pessoas em geral com um sentimento positivo, mas o resto do mundo cresceu mais rapidamente. O Brasil está se movendo para frente, mas ficando para trás — afirma o pesquisador.
Hillbrecht argumenta que o fato de o país ser de grande porte deveria favorecer um crescimento mais rápido, devido à maior capacidade de incorporar mão de obra ociosa ao mercado.

— Era de se esperar que o país pudesse crescer a taxas semelhantes à da China, que neste período de 1980 a 2011 foi de 7,36%. Mas não estamos acumulando capital na forma de poupança doméstica nem estamos conseguindo atrair investimentos estrangeiros no nível necessário, porque o ambiente de negócios no país tem uma das piores avaliações do mundo, segundo os indicadores do Banco Mundial — analisa.

País tem um dos piores ambientes de negócios do mundo
Segundo dados do projeto “Doing Business” da instituição internacional, o Brasil está em 121º lugar, entre 185 países, no que se refere à facilidade para iniciar um novo negócio. A situação é pior nos indicadores que se referem a obtenção de licenças de construção (131º lugar) e pagamento de tributos (154º lugar). O principal problema do país, segundo o economista, é a falta de competitividade no mercado, ocasionada pelo que chama de “capitalismo de compadres”.
“Capitalismo de compadres é a organização econômica de uma sociedade onde o sucesso de empresas depende dos laços e proximidade com o governo. Estes laços proporcionam uma série de privilégios a estas empresas, como acesso a subsídios, incentivos fiscais e outras formas de transferências, facilidade de obter contratos vantajosos com o governo, proteção contra competição doméstica e estrangeira”, explica o pesquisador, no estudo.

— As entidades que representam o setor produtivo deveriam cobrar firmemente mudanças por parte do governo, mas o que vemos não é isso. Este sistema funciona como uma barreira à entrada de novas empresas nos mercados, dificultando o empreendedorismo e reduzindo inovação — afirmou Hillbrecht.
O pesquisador se diz otimista sobre mudanças no médio prazo, se houver uma ampla reforma dos “mecanismos de controle” dos negócios:

— A forma como o governo intervém pode ser boa ou ruim, dependendo do setor, mas o aparato regulatório do Brasil é ruim desde sempre. Para atrair os investimentos que precisamos, é necessário, por exemplo, que os investidores tenham uma taxa de retorno compatível com o nível do risco que estão assumindo. No caso das obras de infraestrutura, o governo fixa um retorno de 5,5%, em média, enquanto em países como a Inglaterra, esta chega a até 15%. Leia MAIS










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