DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-03-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Contrato da Caixa, barrado na Justiça, levou o dinheiro público a pagar o Pato

FotoPATO NO CORINTHIANS: OPERAÇÃO CASADA
FotoCOSTA: TUCANO-PETISTA
A compra do passe do atacante brasileiro Alexandre Pato, que jogava no Milan, da Itália, foi praticamente casada com a assinatura do patrocínio da Caixa com o Corinthians, no valor aproximado da transferência: R$ 40 milhões. O "timão" vai receber essa quantia anualmente. O patrocínio foi mínimo chancelado pelo ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians, e acertado pela agência de propaganda Nova/SB, que atende à Caixa e da qual participa o expoente petista Marcos Flora. A agência fatura R$ 600 milhões no contrato com a Caixa, celebrado desde o início do governo Lula, em 2003. Seu presidente, Bob Vieira da Costa, é um "case" de sobrevivência política: ex-ministro de FHC, a quem coube inclusive discriminar - na gestão da verba publicitária governamental - veículos de comunicação que criticavam a gestão tucana ou abriam espaço a políticos do PT, ele virou o tucano que mais fatura com negócios da gestão pettista. Foi só se associar a Marcos Flora para Vieira da Costa correr para o abraço com o petismo. Mas, baseado numa ação popular, o juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, estragou e revelou farra, determinando a suspensão do pagamento do patrocínio da Caixa ao Corinthians. A ação popular foi ajuizada pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o pagamento é lesivo ao patrimônio público da União. Segundo Beiriz, a Caixa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, estaria gastando com publicidade inócua e destituída de caráter informativo, em desacordo com o art. 37 da Constituição Federal.



MEC dobra verba
de propaganda
após licitação

O Tribunal de Contas da União achou tudo muito esquisito e sustou a licitação para agência de propaganda do Ministério da Educação. Até as flores do cerrado sabiam que a vitória seria da baiana Link. Mas a ganância venceu o medo e a verba de R$30 milhões, considerada modesta pelas gigantes do setor, que a esnobaram, dobrou para R$60 milhões após o termino da licitação. Virou piada no cafezinho do TCU.

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‘Ioiô’ do PSB

Conhecido como “metralhadora giratória”, Ciro Gomes ganhou apelido de “ioiô” de tanto que vai-e-volta nas críticas e afagos a aliados.

Luz no túnel

O bicheiro Carlinhos Cachoeira está esperançoso que anulará as provas que o fizeram passar nove meses na prisão, sobretudo após decisão da Suprema Corte que obriga transcrição integral de grampos.


Na fila

Cortes no orçamento dos EUA podem afetar o tempo de espera dos brasileiros por visto americano. Segundo o jornal Daily News, poderá haver cortes no pessoal dos consulados, inclusive na Índia e na China.

NO BLOG DO NOBLAT

Estímulos sem resposta

Míriam Leitão, O Globo
O magérrimo PIB de 0,9% representa um fracasso maior do que parece. Fracassaram todas as medidas de estímulo, algumas boas, como a queda dos juros, outras que criaram tratamento desigual dentro da economia, com subsídios e vantagens distribuídas a escolhidos.
O PIB per capita foi zero. O investimento caiu 4%. Olhando para frente, 2013 será melhor do que 2012. O que se discute é quanto melhor.
Na quinta-feira à noite, passando perto de um grupo de economistas reunidos numa livraria do Rio, perguntei a Silvia Matos, do Ibre/FGV:
— Que número sairá amanhã?
— 0,9% — respondeu.
Ela fez essa afirmação categórica porque estudou os dados que levam ao cálculo do PIB e chegou à conclusão de que esse era o número. Isso mostra que o IBGE fez com independência sua conta, apesar de trazer uma má notícia. Serve de consolo.
Nossa vizinha Argentina tem um instituto de pesquisa que, por ordem do governo, tem que torturar os números para que saiam como o governo quer. É um alívio saber que os índices do IBGE são previsíveis e respeitados.
Olhando para 2013, houve nas últimas semanas uma série de previsões otimistas, de que o Brasil poderia crescer até 4%. Essa é a estimativa de Nilson Teixeira, do Credit Suisse, que foi muito criticado pelo ministro Guido Mantega, no ano passado, que afirmou que era piada sua previsão de 1% para 2012. Não foi piada, foi o que aconteceu.

Setor agropecuário teve a maior retração.


Outro otimista é Octávio de Barros, do Bradesco, mas sua estimativa de 3,5% entrou em viés de baixa, ontem. A consultoria inglesa Capital Economics cortou sua projeção de 3,5% para 3%, a mesma do HSBC. A Austin Rating manteve 3,7%. Entre os mais cautelosos, estão a Rosenberg & Associados, que prevê 2,5%, e a Gradual, em torno de 2%.
Sobre 2012, o PIB do quarto trimestre, quando anualizado, dá um crescimento de 2,4%, segundo Rafael Bacciotti, da Tendências. É um número bem menor do que dizia o governo: o país terminaria o ano crescendo 4%.
A atividade ficou abaixo do esperado e o carregamento estatístico para este ano será menor, de 0,7%. Teremos que remar muito para chegar a um PIB 4%. Esse carregamento funciona assim: mesmo que o país fique estagnado ao longo do ano, ele terá, na média, um PIB 0,7% maior que a média de 2012.
O que foi pior em 2012 foi a queda de 4% do investimento. Foi a segunda queda anual e se igualou a 2009, que foi ano de crise. A indústria encolheu e também voltou a 2009. A maior retração foi a da agropecuária, e o melhor desempenho foi o dos serviços. A taxa de poupança caiu para 14,8% do PIB, e o investimento desceu a 18,1%.
Leia a íntegra em Estímulos sem resposta

A herança maldita

Ruy Fabiano
A reeleição foi a verdadeira herança maldita da Era FHC, saboreada, no entanto, pelos sucessores como bendita e definitiva.
Desde então, nos três âmbitos em que se aplica – prefeituras, governos estaduais e presidência da república -, condiciona praticamente todos os atos de governança.
A síntese pode ser reducionista, mas é real: o primeiro mandato faz caixa para o segundo e este consiste em pagar o resto da conta e preparar a sucessão para um aliado.
Uma tragédia político-administrativa: em vez dos “50 anos em 5”, de Juscelino Kubitschek, temos algo como oito anos em um – é o tempo de relativa autonomia, sem condicionantes eleitorais, em que se pode ousar alguma coisa.
Dilma teve a infelicidade de, nesse período, ver-se obrigada a demitir, por denúncias de corrupção, nada menos que seis ministros. Lula lamentou, na ocasião, que estivesse sendo pautada pela mídia, mas esta apenas registrou fatos – e estes se encarregaram de impor seus primeiros atos.


O resultado é que a máquina do Estado, não habituada a trabalhar sob padrões estritamente técnicos, parou; licitações foram suspensas e a agenda de obras não foi cumprida. Dilma tornou-se mais refém ainda de sua base.
Passado esse período em que, em tese, poderia ser mais independente, começaram as articulações internas na base governista com vistas à sucessão. Nessa circunstância, o presidente (prefeito ou governador) age tendo em vista sua recondução. Eis então que o fisiologismo se exacerba.
A base se divide – ou forja uma divisão, o que dá no mesmo -, em face da sucessão. No caso presente, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, avisa que será candidato contra Dilma, provocando reações no aliado PT.
Campos pode não ser um candidato nacionalmente competitivo, mas faz um estrago na principal base eleitoral do lulismo, o Nordeste, que garantiu a eleição de Dilma.
Leia na integra em A herança maldita

Diretório do PT aprova resolução pelo marco regulatório da mídia

Flávio Freire, O Globo
Em resolução inédita aprovada no encontro do Diretório Nacional nesta sexta-feira, o PT distribuiu ao fim do encontro documento em que exige o que chama de "democratização da mídia". O tema não estava na pauta da reunião e foi incorporado a partir de propostas apresentadas hoje por dirigentes do partido reunidos em Fortaleza, no Ceará.
No documento, o PT pede ao governo a reconsideração do Ministério das Comunicações para que dê início à criação do marco regulatório, revisão do pacote de isenções concedidos às empresas de telecomunicações e reinicie o processo de recuperação da Telebras.

Brasil perde posto de 6ª economia do mundo

Ronaldo D'Ercole, O Globo
Além de colocar o país no fim da fila entre as principais economias emergentes, o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 fez o Brasil perder para o Reino Unido o posto de sexta maior economia do mundo. Mesmo tendo crescido apenas 0,2%, diante de uma expansão de 0,9% do Brasil, a economia britânica recuperou a posição que havia perdido um ano antes, devolvendo aos brasileiros o sétimo lugar na lista.
De acordo com levantamento do banco WestLb, o conjunto de riquezas geradas no Reino Unido em 2012 alcançou a cifra de US$ 2,44 trilhões, contra US$ 2,25 trilhões do PIB brasileiro. No fim de 2011, o Brasil ostentava um PIB de US$ 2,47 trilhões, pouco mais que os US$ 2,43 trilhões dos britânicos.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

PT defende em resolução censura à imprensa, e Rui Falcão convida jornalistas a apoiar proposta. Exagero? Então leiam!

Agora é para valer. O Diretório Nacional do PT divulgou uma resolução nesta sexta em que defende um “novo marco regulatório das comunicações”, que vem a ser o outro nome do “controle da mídia”, mera perífrase para se referir à censura. Eles são petistas e não desistem nunca.
O governo Lula tentou, mais de uma vez, criar mecanismos para censurar a imprensa. Deu com os burros n’água. Dilma Rousseff, até outro dia, dava sinais de que não entraria nessa. Nunca se sabe. Também até outro dia, ela reconhecia em FHC o arquiteto do Real e coisa e tal. Há duas semanas, vem esculhambando o tucano. Lula decidiu antecipar o calendário eleitoral e impôs à presidente uma agenda. Emparedada por más notícias e pelo pibinho, ela não teve como fugir. De todo modo, é pouco provável que ceda a esse aspecto da agenda em particular. Mas os petistas já encontraram uma saída. E Rui Falcão, presidente do PT,  deixou claro que espera contar com a colaboração dos jornalistas em seu projeto de censura. Ele quer ver os coleguinhas botando a corda no pescoço para que um de seus estafetas possa puxá-la quando necessário.
Na resolução, escreve o PT (em vermelho):
(…) o DN [Diretório Nacional] conclama nossa militância a coletar, este ano, mais de 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular. O PT se associará à campanha por um Projeto de Lei de Iniciativa Popular em favor de um novo marco regulatório das comunicações, tal como proposto pela CUT, pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e outras entidades.
(…)
Não percam de vista o tal Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). Já volto a ele. Antes, vou me fixar em outros aspectos. O PT sabe que o governo federal, de moto próprio, não criará mecanismos oficiais de censura, como quer o partido. Então é preciso recorrer à galera. O petismo pretende apresentar uma emenda de iniciativa popular. É só uma forma de tirar o peso das costas de Dilma. É claro que, se o governo quisesse, impediria que uma porcaria como essa (entre outras) constasse da resolução. Mas sabem como é.. Dilma não vai ela mesma censurar a imprensa, mas permite que seu partido lance uma proposta cujo objetivo esse. Faz sentido! A presidente manteve, por exemplo, o pornográfico esquema de financiamento estatal da imprensa suja, cujos objetivos mais do que declarados são puxar o saco do governo, atacar a oposição e difamar o jornalismo independente.
O governo permite, assim, que a investida petista contra a liberdade de expressão seja lavada por uma suposta emenda de iniciativa popular.
Ao defender a tal regulamentação, Rui Falcão afirmou:
“Nós aprovamos um documento que enfatiza de novo a questão do alargamento da liberdade de expressão. Peço para vocês, jornalistas, que enfatizem essa questão. Ela nada tem a ver com censura ou controle (da mídia). Mas pode ampliar o mercado (de trabalho), garantir que vocês possam ter um código de ética reconhecido pelas empresas. Para que vocês não tenham uma matéria eventualmente adulterada ou mesmo apurar matérias que fraudem a consciência de vocês”.
É asqueroso!
É mentira! A regulamentação que os petistas e uma penca de movimentos de esquerda defendem agride, sim, frontalmente a liberdade de expressão, constitui censura e busca o controle de conteúdo da informação. Falcão poderia dizer o que significa “apurar matérias que fraudem a consciência” dos jornalistas. Vamos a um exemplo: digamos que um petista ladrão seja flagrado roubando o Banco do Brasil. Caberia a um jornalista eventualmente filiado ao PT alegar escrúpulo de consciência se escalado para fazer uma reportagem a respeito?
Vejam que coisa: o pedido de Falcão aos jornalistas, em que ele nega a pretensão da censura e do controle, já circula por aí. Que tal, então, a gente entrar no mérito do que diz a resolução? Lá está que o petismo usará como referência de sua luta o que foi “proposto pela CUT, pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC)…” Ok! A íntegra da  proposta do tal fórum, encampada pelo partido, está aqui. Destaco abaixo, em vermelho, alguns mimos do texto. Comento em azul.
O FNDC reivindica que este Marco Regulatório leve efetivamente à regulação da mídia, e contenha, também, mecanismos de controle, pela sociedade, do seu conteúdo e da extrapolação de audiência que facilita a existência dos oligopólios da comunicação que desrespeitam a pluralidade e diversidade cultural.
Viram? A “sociedade” teria “mecanismos de controle do conteúdo” do que é veiculado. Mas quem é “a sociedade”? Ora, todos sabemos! Trata-se de ONGs, sindicatos, associações disso e daquilo, movimento sociais, todos aqueles grupos que são controlados pelo… PT! Mas isso é pouco: seria preciso evitar a “extrapolação de audiência”. Se uma emissora, por exemplo, começasse a ter telespectadores demais, seria preciso dar um jeito de cortar suas asinhas. Como? Sei lá! O tal fórum dá uma pista de como seria esse “mecanismo de controle”. Leiam.
O FNDC propõe inclusão, na estrutura das empresas de Rádio e TV, de mecanismos que estimulem e permitam o controle público sobre a programação, como conselhos com participação da sociedade, conselhos editorais e serviços de ouvidoria.
A exemplo do que acontece na Venezuela chavista, rádios e TVs seriam comandados por “conselhos” populares, entenderam? Uma miríade de ONGs e movimentos sociais — tudo franja do petismo — decidiria a pauta do Jornal Nacional. O PT também não abre mão da possibilidade de punir jornalistas rebeldes. Mais uma proposta:
O FNDC propõe a criação de mecanismos de controle público, tais como conselhos de comunicação municipais e estaduais, agências reguladoras, ombudsman e Conselho Federal dos Jornalistas.
As emissoras ficariam sujeitas a essa borrasca de conselheiros, e os jornalistas, individualmente, seriam monitorados pelo Conselho Federal de Jornalismo — proposta já repudiada pela sociedade. O PT já arrumou um laranja para apresentar o texto. O órgão teria competência, imaginem só, para cassar a licença de jornalistas.
PublicidadeO fórum também está preocupado com as criancinhas, é certo!. No que diz respeito à publicidade, prega:
Quanto à influência da publicidade nas relações de consumo e na construção de subjetividade, em especial no período da infância, o FNDC defende:
- A necessidade de resgatar a plenitude do desenvolvimento da criança em virtude do assédio do mercado, fortalecendo os valores da infância, priorizando o ato de brincar e não o objeto, o brinquedo anunciado.
- Que as reais necessidades da criança sejam contempladas quanto à preservação da saúde, inclusive quando são evidentes os apelos publicitários para o consumo de alimentos inadequados e prejudiciais como gorduras trans e outros, camuflados em elaboradas mensagens publicitária
s.
Eu sempre fico fascinado com o verbo “resgatar”. Dá a ideia de que vivíamos no Éden antes de essa porcaria de capitalismo vir dar nas nossas terras. Digam-me cá: jogar pião, como joguei (e sou bom nisso até hoje, como constatei outro dia; sei fazer o bicho “dormir” na fieira… Alguns leitores, a esta altura, hão de perguntar: “Do que fala esse Reinaldo?”), é superior a brincar no iPad? Por quê? Uma criança, não sendo “assediada pelo mercado”, será assediada por quem? Por pedagogos do partido? Trata-se de uma linguagem rançosa, boçal, velha, que expressa uma concepção de educação que é prima pobre da doutrinação, que já é uma lástima. Mas entendo essas almas: depois de submeter os meios de comunicação à censura dos “conselhos populares”, o PT quer golpear também a sua receita publicitária. Quanto mais dependentes eles forem da Petrobras, do Banco do Brasil, da CEF e do próprio governo federal, melhor!
Se vocês lerem a íntegra da proposta que o PT tomou como modelo em sua resolução, encontrarão lá a reivindicação para que o estado passe a financiar as produções comunitárias. E quem é a “comunidade”? Bidu! A turma do partido. Faltasse besteira, lá vai outra: o fórum quer a volta da obrigatoriedade do diploma de jornalista.
Mas por quê?O PT chegou ao poder com a “mídia” que está aí — ou quase. Digo “quase” porque, na média, o jornalismo brasileiro já foi mais crítico, menos sabujo, mais independente, menos atrelado à pauta do partido do poder, mais corajoso, menos pusilânime diante daqueles que se querem “os donos do povo”. Quando na oposição, o partido jamais falou em controlar a imprensa. Ela lhe era útil, e o partido foi uma fonte inesgotável de dossiês e denúncias contra seus adversários. Algumas chegaram a ser estupidamente veiculadas pela imprensa, sem qualquer comprovação, tal era a intimidade do partido com jornalistas.
Hoje, essa imprensa, com importantes exceções honrosas, está muito mais rendida ao poder. Mesmo assim, isso parece pouco ao PT. O partido está em seu terceiro mandato no governo federal; tem chances imensas de conquistar o quarto mandato. Desde que as eleições diretas foram reinstituídas no país, é a agremiação mais bem-sucedida: venceu três das seis disputas… Tudo o mais constante, em 2015, serão quatro de sete. 
Cumpre, então, perguntar: que diabo de mal a imprensa livre faz ao PT? Em que prejudica os seus anseios? Ao contrário: até Lula reconhece ser ele próprio produto da liberdade de imprensa. Por que a sanha autoritária, a volúpia da censura? A resposta é óbvia: o partido quer o poder absoluto. Isso não significa que pretenda, sei lá, pôr a oposição na clandestinidade. Ele só quer torná-la irrelevante, demonizando aqueles que não se submetem à sua vontade. Lembram-se daquele blogueiro lulista que chegou a sugerir que reportagens procurassem identificar os que consideravam o governo ruim ou péssimo? É fascismo na veia!
Notem, ademais, que o “controle da mídia” voltou a ser pauta urgente e inegociável para os petistas depois da condenação dos mensaleiros. Eles não querem uma imprensa que possa, enfim, vigiar os seus corruptos, os seus peculatários, os seus quadrilheiros.
EncerroMas Rui Falcão, mesmo assim, quer o apoio dos jornalistas para a proposta. Diz que é tudo em favor do mercado de trabalho e da liberdade de expressão. O PT deu uma prova recente do que entende por pluralidade e imprensa livre: mandou seus bate-paus para a rua para xingar e agredir Yoani Sánchez. Na reunião que organizou a tramoia contra a blogueira, estava um homem de Gilberto Carvalho, que vem a ser um dos dois braços esquerdos de Dilma Rousseff.

Financial Times ironiza “Guido, o vidente” e diz que ele insiste em tocar seu disco quebrado

Xiii… O Financial Times vai ver a bronca que vai levar da Dilma. Outro dia a Economist criticou Guido Mantega, e a presidente quase mandar invadir a Inglaterra… Agora é o Financial Times! Pô, o pessoal daquela ilha tá a fim de sacanear Banânia, é? Leiam o que publica a VEJA.com.
O jornal britânico Financial Times aproveitou o resultado frustrante do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2012 para ironizar o governo – sobretudo a figura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teima em fazer previsões inatingíveis para a economia brasileira. “O Brasil vai crescer entre 3% e 4% em 2013! E isso quem diz é Guido Mantega, o ministro da Fazenda, também conhecido como ‘Guido, o Vidente’, então deve ser verdade”, informava o site do jornal, em artigo cujo título era “O disco quebrado de Guido Mantega”.
Segundo o FT, o otimismo persistente do ministro não tem colaborado para a melhora da credibilidade do governo. “É compreensível que o Mantega esteja na defensiva depois que o IBGE publicou outro conjunto de dados frustrantes nesta sexta”, escreveu o jornal, ressaltando também a importante queda na taxa de poupança e investimentos na economia brasileira, mostrada também pelo IBGE. A taxa de poupança ficou em 14,8% do PIB, ante o porcentual de 17,2% em 2011. Já a de investimentos terminou o ano em 18,1% do PIB, ante 19,3% no ano anterior.
O jornal afirma que os resultados de 2012 mostram a realidade que muitos temiam que ocorresse: ao cortar gastos públicos para equilibrar as contas, em vez de reduzir as despesas correntes e o tamanho da máquina pública, o governo acabou prejudicando os investimentos e afugentando os empresários. “O Brasil deu início a uma série de iniciativas para impulsionar o investimento de novo, mas todas deram pouco ou nenhum resultado”, diz o FT. “Nada disso, no entanto, tirará o sorriso da cara de Mantega”.
Bons ventos - A crítica do FT se refere às declarações do ministro nesta sexta-feira, após uma conversa com a presidente Dilma na noite de quinta-feira. Mantega demonstrou otimismo – em alguns momentos exagerado – com a situação atual da economia brasileira. Para ele, os dados preliminares do primeiro trimestre mostram um nível de atividade em recuperação, repetindo o desempenho do quarto trimestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,62% do terceiro para o quarto trimestre de 2012. O ministro espremeu os dados e reforçou que as vendas no varejo continuam em alta.
O consumo foi o modelo de crescimento escolhido pelo governo para empurrar a expansão da economia brasileira nos últimos anos, mas a estratégia parece mostrar sinais de esgotamento. No segundo semestre do ano passado, houve uma perda constante no indicador, que teve retração de 0,5% em dezembro ante novembro. Mesmo assim, fechou em 8,4% no ano, segundo o IBGE. Mas, como no início do ano passado, quando previu um crescimento robusto, o tal “pibão” que a presidente Dilma tanto cobra, Mantega repetiu o discurso agora. “O crescimento para este ano ficará entre 3 e 4%”, afirmou.
Desde o segundo governo de Getúlio Vargas, em 1951, a média de crescimento do biênio inicial de Dilma Rousseff só é melhor que o mesmo período de Fernando Collor de Mello, quando a economia brasileira estava em recessão. Para se defender, Mantega afirma que não é correto fazer comparação com o passado, principalmente porque desde 2003 os governos Lula e Dilma elevaram o patamar de crescimento médio da economia brasileira. “Criamos condições para que o crescimento volte ao patamar de 4%”, reforçou. 

NO BLOG DO CORONEL

PT insiste em trazer "carniceiros" cubanos para o Brasil.

Vejam, abaixo, a esperteza petista. Trazer médicos formados fora do país para atuar no Brasil. Não falam em Cuba, mas o objetivo é este. E que médicos são estes, que para exercerem a profissão precisam de monitores? A vida dos brasileiros virou lixo? Estes médicos cubanos informarão que farão "estágio" no corpo dos pacientes do SUS?
 
O Ministério da Saúde quer a ajuda de universidades federais para viabilizar a importação de médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior. A ideia é conceder um registro profissional provisório de dois anos a quem for trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS), em áreas remotas ou na periferia das grandes cidades, onde o governo avalia que faltam médicos. As universidades iriam supervisionar os médicos, numa espécie de tutoria.
 
A proposta foi apresentada a reitores na quarta-feira, no MEC, em reunião com representantes das duas pastas, incluindo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O governo estuda lançar editais indicando os países de onde viriam os médicos. Estão na mira Portugal e Espanha, que sofrem com a crise econômica. Os editais seriam para barrar profissionais de universidades que o governo considera de baixa qualidade. Dependendo do país, os médicos fariam curso para aprender português.
 
A reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Angela Paiva Cruz, diz que não ficou claro quando o governo pretende adotar a proposta. Segundo ela, a participação de universidades se dará voluntariamente, por adesão: — Só vamos aderir se houver professores disponíveis para serem supervisores e tutores. (O Globo)


Ninguém confia no modelo econômico do petismo.

Em 100% das avaliações sobre os motivos pelos quais o nosso PIB cresceu menos de 1% está a falta de confiança no modelo econômico do PT, que inibe e impede os investimentos privados. Não há segurança jurídica. Não há regras claras. Com isso, crescemos menos que outros países emergentes e mesmo que países com economias maduras. Da mesma forma, perdido na compra de votos do bolsismo e afundado na corrupção das obras públicas, o país não consegue investir o mínimo para o país crescer. O Brasil do PT aplicou apenas 18,1% do PIB em investimentos. China e Índia investiram, respectivamente, 35% e 45% do PIB.  E que o PT não fale em distribuição de renda: em 2012, a renda per capita aumentou risíveis 0,1%, estacionando R$ 22,4 mil por habitante.





NO BLOG UCHO.INFO

Calvário da Petrobras mostra que Lula é mitômano incurável e a última década foi excelente para o PT

Descendo a ladeira – Dez entre dez brasileiros que pensam têm o mesmo desejo de consumo. Morar no país onde vivem Lula, Dilma Rousseff e Guido Mantega. Messiânico, oráculo do Senhor, redentor de todos os terráqueos, derradeira salvação do universo, Luiz Inácio da Silva continua alimentando-se no cocho da mitomania e afirmando que a última década foi a melhor de todas na história do Brasil. O País entrou em uma crise complexa e de difícil solução, mas Lula, o magnânimo, crê que o Brasil foi descoberto em 1º de janeiro de 2003. Ele é a versão contemporânea de Cabral.

Dilma Rousseff, apresentada ao eleitorado como a garantia de continuidade, tem cumprido aquilo que seu inventor prometeu. Continuar com o fiasco que todos conhecem. A “gerentona” inoperante tem certeza que sabe de tudo e continua dando o palpite final na economia do País. Cada vez mais se aproximando do retrocesso, o Brasil não tem mais como culpar a crise internacional pelos desacertos de um governo de incompetentes.
Ainda ministro da Fazenda, o petista ítalo-brasileiro Guido Mantega arrisca previsões sobre o crescimento econômico todo início de ano, mas ao final é vergonhosamente desmentido pelos números. Para quem previu crescimento de 4,5% do PIB em 2012, Mantega foi cômico ao justificar o avanço de 0,9% da economia no ano passado. Disse o ministro que a economia está se recuperando e em ritmo de crescimento.
Quando Lula, com o apoio de Dilma e Mantega, decidiu inundar o País com carros novos, este site alertou para o perigo da medida, pois uma frota gigantesca, assim com apenas um carro, é movida a combustível. Crendo ser o xeique tupiniquim do petróleo, o ex-metalúrgico não considerou o fato de a Petrobras ter limites de produção de gasolina, sem contar que o governo ignora a necessidade de criar incentivos para o aumento da produção de etanol.
Obrigada a importar gasolina e vender o produto no mercado interno a preço subsidiado, a Petrobras vem enfrentando sérias dificuldades financeiras, sem contar os escândalos de corrupção que a “companheirada” patrocinou na estatal ao longo dos últimos dez anos. O que mostra que a última década foi a melhor de todas para a quadrilha em que se transformou o PT.
Para que o leitor entenda essa virtuosidade vermelha que Lula alardeia em todos os cantos, a Petrobras perdeu nos dois primeiros meses do ano R$ 53,9 bilhões em seu valor de mercado. Esse montante é maior do que a estatal petrolífera perdeu, também em valor de mercado, em 2012 – R$ 36,7 bilhões -, segundo a consultoria Economatica. A maior perda da Petrobras foi registrada em 2008, quando a empresa viu evaporar R$ 205,9 bilhões do seu valor.
Desde o final de 2010, a petrolífera brasileira perdeu R$ 179,3 bilhões em valor de mercado, despencando de R$ 380,2 bilhões para R$ 200,9 bilhões, valor apurado na quinta-feira (28).
Considerando que Lula é o maior de todos os sabidos e sua soberba o impede de aceitar o desafio feito pelo editor para um debate de uma hora ou mais, sem ajuda de assessores e anotações, que nos explique o milagre da última década brasileira ou dê a localização do país de Alice, aquele das maravilhas, onde ele, Dilma e Mantega vivem e são felizes.


Crise econômica mostra que o governo do PT é caso de polícia e que Lula precisa de camisa de força

Sem solução – Avesso ao contraditório, Luiz Inácio da Silva extrapola em sua verborragia quando se vê ameaçado pela realidade brasileira, chegando ao cúmulo de classificar de “imbecil” um formador de opinião. Como essa acusação foi dirigida àqueles que forma opinião que não interessa a Lula, o ex-metalúrgico recebeu do editor do ucho.info resposta à altura.

Abusado e acreditando ser a derradeira salvação do universo, Lula em seus discursos prefere afirmar que seus adversários sentem inveja. É inimaginável que qualquer ser humano são consiga sentir inveja de alguém que sofre de mitomania e, suas próprias palavras, de imbecilidade.
Diferentemente do que afirma Lula e todos os petistas, a última década foi uma das piores da história brasileira. O ex-presidente não apenas conseguiu desarrumar a economia, mas jogar no lixo o esforço hercúleo de uma nação que buscou o Norte da dignidade. A década que Lula insistem de forma mentirosa, em classificar como a da prosperidade, é a década perdida, que exigirá de cada brasileiro pelo menos cinquenta anos de labuta para ter seus estragos apagados.
A confiança do consumidor está em queda, o que explica a preocupação dos comerciantes, que se decepcionaram com as vendas de final de ano. A inflação está em alta, a inadimplência cresce, o endividamento é preocupante, a arrecadação tributária é recorde, mas a crise econômica permanece.
É importante considerar que os elevados índices de aprovação de Lula e Dilma acompanharam a mesma linha crescente da confiança do consumidor. Com a desconfiança do consumidor, a aprovação de Dilma pode cair na próxima pesquisa de opinião.
O Palácio do Planalto insiste em não investir no setor de infraestrutura e fazer reformas de longo prazo, mas consegue abrir os cofres públicos para despejar fortunas na construção de estádios. Em outras palavras, os gênios do PT conseguem a proeza de caminhar na contramão da lógica e ainda bater no peito, como se fossem uma legião de Aladins incompreendidos.
A política cambial, totalmente indefinida, tem afugentado os investidores estrangeiros e piorado a já grave situação da indústria brasileira, principalmente o setor de exportação. Essa dura realidade pode ser conferida no último resultado da balança comercial verde-loura, que encerrou o mês de fevereiro com déficit de US$ 1,276 bilhão, o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no início da década de 90. Até então, o pior resultado para o mês de fevereiro foi registrado em 1997, quando o déficit da balança comercial foi de US$ 1,194 bilhão. Em fevereiro, as exportações somaram US$ 15,551 bilhões e as importações, US$ 16,827 bilhões.
O mais recente dado da economia brasileira – agonizante, é bom lembrar – explica o que acontece em um país que se assemelha a uma embarcação de grande porte, sem morto e leme, em mar continuamente revolto. O consumo ainda é considerado alto, mas o suprimento do mercado está sendo continua e progressivamente dominado pelos produtos estrangeiros.
O mais interessante nessa epopeia, uma verdadeira ode à mentira e à incompetência, é que qualquer crítica ao PT e ao semideus Lula desencadeia uma onda de reações covardes e criminosas por parte da horda amestrada, como se o partido fosse um agrupamento de monges e superdotados no âmbito da inteligência e do raciocínio. Por todos os escândalos de corrupção que patrocinou na última década, o PT mostra diuturnamente que é um caso de polícia.







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