DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 26-02-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Mensaleiros 
querem prazo
maior para recurso

Os réus condenados no processo do mensalão devem pedir prazo maior ao Supremo Tribunal Federal para apresentarem recursos, após a publicação do acórdão da sentença que os condenou inclusive à prisão. O advogado Alberto Toron, que defende o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), considera “sub-humano” o prazo de apenas cinco dias para exame de duas mil páginas e apresentação de embargos.

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Dosimetria

Na fase de exame dos embargos, os ministros do STF podem revisar e até reduzir a dosimetria das sentenças. Ou reafirmá-las integralmente.

Estaca zero

A CBF reabriu a análise sobre o local onde a Seleção Brasileira vai treinar por dois meses, às vésperas da Copa do Mundo, para fugir das cerrações na Granja Comari. Brasília e Fortaleza estão no páreo.

Esforço concentrado

O Planalto trabalha a todo vapor para aprovar a MP dos Portos, que estabelece marco regulatório para o setor. Os portuários ameaçam dificultar a descarga de produtos brasileiros se não houver acordo.

NO BLOG DO NOBLAT

Quase metade dos médicos do país não tem especialização

Vivian Carrer Elias, Veja
Quase metade dos médicos em atividade no Brasil não possui um título de especialista, que é emitido por sociedade de especialidade ou obtido com a conclusão de residência médica. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), as regiões do país que concentram o menor número de profissionais, como a Norte e a Nordeste, são as mesmas que possuem menos médicos especializados.
O CFM considera esse dado "preocupante", já que, mesmo sem nenhuma especialização, os médicos podem exercer qualquer ramo da medicina, o que acaba expondo a população a um atendimento menos qualificado.

Promotora boliviana rejeita usar confissão de corintiano

O Globo
O depoimento prestado nesta segunda-feira na Vara de Infância e da Juventude de Guarulhos pelo jovem H.A.M., de 17 anos, não terá efeito sobre o processo contra os 12 corintianos que seguem presos em Oruro, na Bolívia, indiciados pelo assassinato de um torcedor do San José durante partida entre o Corinthians e o clube local, pela Copa Libertadores.
Quem afirma isso é a promotora boliviana Abigail Saba, responsável pelo caso. "Qualquer pessoa que queira declarar, que tenha conhecimento sobre o acontecido, tem que se apresentar na justiça boliviana. Caso contrário, não podemos fazer nada", disse ela, em entrevista ao SporTV.

Manobra contábil infla lucro do BNDES em R$ 2,38 bi

Henrique Gomes Batista, O Globo
Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de dezembro de 2012 elevou contabilmente o lucro anual do BNDES em R$ 2,380 bilhões. Mesmo assim, o ganho foi de R$ 8,183 bilhões, 9,6% inferior ao de 2011 (R$ 9,048 bilhões), na segunda queda consecutiva. Se a regra contábil do BNDES fosse a mesma dos demais bancos, o lucro teria sido de R$ 5,803 bilhões, 35,9% menor.
“O lucro líquido individual e consolidado do exercício e semestre, findos em 31 de dezembro de 2012, está aumentado em R$ 2.380 milhões, após os efeitos tributários”, diz nota da KPMG, que fez a auditoria do resultado do BNDES, considerando a regra geral. Mas a instituição afirma que, pela nova norma, os números do banco são corretos.




NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Acusador de Chalita diz ter visto “malas de dinheiro”. Ou: “Ética relativa e semiótica”

Por José Ernesto Credendio e Mario Cesar Carvalho, na Folha:
O analista Roberto Leandro Grobman, 41, afirmou em entrevista à Folha ter presenciado a chegada de malas de dinheiro ao apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. As malas, diz ele, foram levadas ao apartamento pela advogada Marcia Alvim, uma das principais assessoras de Chalita. Na época, Grobman mantinha relacionamento com ela. “Vi Marcia trazendo malas de dinheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava.” A Folha revelou no sábado que o Ministério Público instaurou 11 inquéritos para investigar Chalita por enriquecimento ilícito, corrupção e fraude em licitação a partir de depoimentos de Grobman. Ele diz que era assessor informal de Chalita na secretaria, com telefone, e-mail e cartão do Estado. Apresentou fotos de viagem oficial que fez com Chalita e Marcia a Paris, para evento da Unesco.
O inícioMontei a empresa Interactive com Nilson Curti, superintendente do COC [grupo educacional privado], em 1999. Em 2003, fui apresentado por Chaim Zaher [ex-dono do grupo COC] a Chalita. Fui trabalhar na secretaria e tinha sala, e-mail e cartão do governo.
EstratégiaChaim colocou pessoas de sua confiança em cargos estratégicos. O Milton Dias Leme, na diretoria da Fundação para o Desenvolvimento da Educação [FDE], o Farid Mauad, diretor da COC, no Conselho Estadual da Educação, e eu na secretaria. Era para a gente direcionar contratos do governo com o COC.
(…)
As malasEu ficava no apartamento de Higienópolis acompanhando a reforma. Vi a Marcia Alvim trazendo malas de dinheiro, eram malas de propagandista, de couro, grandes, grossas. Ficavam guardadas no armário espelhado em frente ao banheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava, pagava o estúdio do programa de TV. Também levavam o dinheiro na sala do Paulo Barbosa [braço direito de Chalita, adjunto na época] na secretaria. Ele guardava num cofre verde do lado esquerdo da mesa.
O rompimentoEle já tinha feito toda a reforma no apartamento [em Higienópolis] com dinheiro do empresariado. Eu fazia vista grossa, mas aí a Márcia me falou que ele tinha comprado o apartamento no Rio. Foi o que me fez brigar com ele. Eu fui falar que não era ético e ele respondeu que a ética é relativa, que podia provar isso para mim pela semiótica, que eu deveria calar a boca. Me senti humilhado.
(…)
Chalita negaA assessoria de Gabriel Chalita diz que é falsa a informação de que uma assessora do deputado, Marcia Alvim, recebia dinheiro em malas. Em nota, Chalita diz que Roberto Grobman não apresentou esse dado nos depoimentos que deu aos promotores. Segundo a nota, “isso mostra que esse senhor está desesperado, já que não apresentou nenhuma prova nos quatro depoimentos já prestados. Ele será processado civil e criminalmente por mais essa acusação”. Mais aqui.
Por Reinaldo Azevedo

Três dias depois de Ciro Gomes ter atacado Eduardo Campos, Dilma recebe Cid, o irmão, no Palácio

Em estratégia articulada com seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff começa a atuar para minar as pretensões do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, de se tornar seu possível adversário em 2014. Em meio a confrontos explícitos de duas alas do PSB, Dilma recebe hoje o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), no Planalto.
O encontro ocorre quarenta e oito horas depois das declarações do ex-ministro Ciro Gomes, que é irmão de Cid e criticou Campos (PSB), dizendo não ver nele um político preparado para comandar o Brasil. Lula também vai se reunir com Cid, na quinta-feira, em Fortaleza. Quer o apoio do governador para a reeleição de Dilma.
“Eduardo Campos, Aécio e Marina não têm nenhuma proposta, nenhuma visão”, afirmou o polêmico Ciro Gomes à rádio “Verdes Mares” no sábado, desqualificando também o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-ministra Marina Silva (Rede Sustentabilidade), outros potenciais adversários de Dilma.
Apesar de muito irritado, Campos preferiu não polemizar com o correligionário. “Discordo da opinião dele e essa não é a opinião do partido”, reagiu o presidente do PSB ontem, depois de fazer palestra na abertura de seminário promovido pela revista Carta Capital, no Recife, com o tema “Nordeste: como enfrentar as dores do crescimento”.
“Isso não é nenhuma novidade. Ele (Ciro) vem falando isso, só que desta vez falou em relação a Dilma, a Aécio, a Marina, a todos”, desconversou Eduardo Campos. O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, lamentou o que definiu como “opinião desinformada” de Ciro sobre Eduardo Campos.
Indagado se o caminho de Ciro será a saída do PSB, Campos observou que o partido é democrático e as pessoas têm o direito de ter suas opiniões. “Mas o debate sobre o que o partido vai fazer ou deixar de fazer deve ser travado no momento certo, nas instâncias certas”, ponderou.
Apesar de a cúpula do PSB classificar a crítica de Ciro como “voz isolada no partido”, há uma ala da legenda dominada pelos irmãos Gomes. Nesse cenário, a ação de Lula e Dilma dá força política a Cid e Ciro justamente no momento em que Eduardo Campos começa a se movimentar para a sucessão de 2014.
O jogo, porém, não é tão simples assim. Dois ministros ouvidos pelo Estado consideraram arriscada a estratégia de prestigiar os irmãos Gomes como contraponto ao governador de Pernambuco e disseram que Lula e a presidente vão agir “no fio da navalha” para não melindrar nenhum dos lados do PSB, que integra a base aliada.
(…) 
Por Reinaldo Azevedo

Casos de dengue triplicam em 2013, mas ministro do PT, que é nosso “brother”, não tem nada com isso…

Definitivamente, não vivemos tempos convencionais. Há fatos que parecem se dar numa realidade paralela. A ligeireza com que os petistas, com o beneplácito da imprensa, se livram de suas responsabilidades e transferem culpas é um troço assombroso. O exemplo que chega às raias da poesia é Fernando Haddad. Ele já decidiu que não vai mostrar a cara enquanto chover na cidade de São Paulo. Seus secretários vêm a público, culpam Gilberto Kassab, que é seu aliado — parece parte de uma combinação, o que explica o ex-prefeito não reagir —, e prometem soluções. Haddad, de fato, não faz chover. Mas por que a culpa seria do outro?  “Ah, porque faltaram obras…” Quando é que todas as obras contra enchentes serão feitas? Para “resolver”, só fazendo Stálin voltar do inferno para forçar que alguns milhões, debaixo de porrete, como era de costume, deixassem áreas inundáveis e de risco.  Mas não quero me perder nesse particular.
Os casos de dengue triplicaram em 2013. O combate à infestação tem, sim, uma dimensão municipal. Todos sabem disso.  Mas a coordenação é, como também é sabido, federal. Logo, constatado o desastre, o mínimo que se deve fazer é cobrar uma providência do governo. É o que faz com qualquer partido. O PT está no poder há dez anos. Quem não se lembra dos “mata-mosquitos” perseguindo o tucano José Serra em 2002? A situação era muito menos grave do que agora, e a imprensa foi a primeira a jogar os casos de dengue nas costas do Ministério da Saúde — e do candidato.
Vi Alexandre Padilha no Jornal Nacional. Ele está abaixo, numa notícia do Estadão. Para falar o quê? Para nos advertir. Como quem não tivesse nada a ver com o peixe nem com o mosquito, ele advertiu que a coisa está só no começo, dando a entender que vai piorar. No fim das contas, voltamos àquele padrão: é culpa do vasinho, do pneu, da caixa d’água…
Sim, isso tudo conta, mas é evidente que há uma supestimação desses fatores. Ainda que se zerem dos quintais os criadouros de mosquito, eles estarão logo ali, na aguinha que fica parada nas plantas, nas poças d’água que se formam. E os malditos voam, não é? É CLARO QUE AINDA NÃO SE CONSEGUIU FAZER UM TRABALHO ADEQUADO DE SAÚDE PÚBLICA NESSA ÁREA. Mas nada se deve cobrar de Padilha. Fosse tucano, estaria no paredão. Ele é nosso mano, é nosso “brother”, também está preocupado. Se lastimo o tratamento da imprensa, parabenizo o ministro pela eficiência de sua assessoria. Vi a reportagem, li alguns textos, e me senti tentado a achar que eu sou mais responsável pelo combate à dengue do que ele próprio. Isso é que é exercício de cidadania! 
Leiam o que informa o Estadão Online, por Lígia Formenti:
O número de casos de dengue triplicou em 2013 quando comparado com o mesmo período do ano passado. Até agora, foram confirmados 204.650 pacientes com a doença. Em 2012, foram 70.489. A epidemia já atinge os Estados do Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul , Mato Grosso e Goiás.
“A luta está só começando”, advertiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Além do aumento de casos, o Ministério da Saúde alerta que o número de cidades com criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresceu de forma significativa.
O mais recente Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que em janeiro 267 municípios apresentavam situação de risco para a dengue. Ano passado, 146 estavam nesta situação. O número de municípios classificados como em nível de alerta também subiu de 384 para 487.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO CORONEL

PT arranca R$ 10 mil por empreiteiro em jantar. Garantia é que a "sobremesa" será ótima!

O diretório municipal do PT de São Paulo fez ontem um jantar com empresários, a maioria da construção civil, para arrecadar recursos para pagar dívidas da campanha da campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Cada um dos convites custava R$ 10 mil e a expectativa do partido era de arrecadar cerca de R$ 1 milhão. A campanha petista terminou com uma dívida de R$ 25,9 milhões.
 
 
Secretários municipais participaram do jantar, como Jilmar Tatto (Transportes) e Simão Pedro (Serviços). "Fizemos um esforço para convidar os empresários", disse Simão Pedro, fazendo a ressalva, em seguida, de que era um evento do partido e não da prefeitura. O jantar foi realizado no restaurante Leopolldo, no Itaim, bairro nobre da capital. O PT não permitiu que o Valor acompanhasse o evento e não deu informações sobre os participantes nem sobre quantos convites foram vendidos.
 
De acordo com o tesoureiro do diretório, vereador Alfredinho, os recursos arrecadados serão usados para quitar parte da dívida eleitoral. "Só vai ao jantar quem tem muito dinheiro", brincou. No início da tarde o tesoureiro havia informado que o PT colocaria à venda 200 convites, ao custo de R$ 5 mil cada - metade do preço a que foram vendidos. Os convites foram oferecidos aos "tradicionais doadores" de campanha, segundo Alfredinho. "Tivemos a felicidade de conseguir ajuda para saldar a dívida", afirmou o petista.
 
Segundo Alfredinho, a vitória de Haddad teve pouca influência na arrecadação depois da eleição. "Não sentimos muita diferença. Os fornecedores são os de sempre". O tesoureiro não revelou quais doadores ajudaram depois das eleições. "Combinamos com os doadores de revelar o nome apenas na prestação de contas que será entregue ao TRE. Vamos manter a ética", disse. Depois do fim da campanha, o diretório municipal assumiu a dívida. Segundo o tesoureiro da campanha, Chico Macena, o diretório nacional do PT pagou cerca de 20% da dívida. "O nacional já deu entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões", disse Macena, que é secretário de Subprefeituras.
 
A campanha de Haddad arrecadou R$ 42 milhões e gastou R$ 67,9 milhões. A maior parte da receita foi recebida por meio de doação oculta. A dívida de R$ 30 milhões com a Polis Propaganda e Marketing, do marqueteiro João Santana, ainda não foi totalmente paga, segundo Alfredinho(Valor Econômico)



NO BLOG DO JOSIAS


O setor elétrico brasileiro vive um paradoxo. Neste mês de fevereiro começou a vigorar, sob fanfarras, o desconto médio de 20% nas contas de luz, conforme prometera Dilma Rousseff. Simultaneamente, as distribuidoras de energia elétrica pedem em Brasília autorização para reajustar suas tarifas. O governo diz ‘não’. E busca em segredo uma saída para cobrir um rombo bilionário das empresas.
Deve-se o buraco aos caprichos da natureza. Embora o período seja de águas, chove pouco no Brasil. Em consequência, os reservatórios das hidrelétricas estão abaixo do razoável. Para evitar apagões e racionamentos, acionaram-se as usinas térmicas. O problema é que, além de ser ambientalmente suja, a energia térmica é mais cara. Resultado: subiram os custos das distribuidoras.
Pela lei, as empresas podem repassar essa elevação de custos aos consumidores. Precisam, porém, de autorização da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica. Algo que só costuma ocorrer uma vez por ano, quando são repactuadas as tarifas. Em casos de ameaça à saúde financeira, as empresas podem requerer revisões extraordinárias. É o que várias delas resolveram fazer agora.
Acionadas, as autoridades do setor elétrico negam-se, por ora, a autorizar os reajustes. Por duas razões: 1) a elevação de tarifas mastigaria um pedaço do desconto trombeteado por Dilma. 2) os reajustes jogariam gasolina nos já incendiados índices da inflação. Como ainda não inventaram a mágica de retirar cartolas de dentro dos coelhos, o buraco na escrituração das empresas cresce na proporção direta da embromação de Brasília.
A primeira vítima da encrenca é a transparência. Sonega-se ao brasileiro o tamanho do rombo. Na semana passada, o presidente de uma grande distribuidora de energia da região Sudeste informou em reunião do conselho que o uso das térmicas abrirá neste ano uma fenda de algo como R$ 25 bilhões na escrituração das empresas do setor.
Um secretario estadual de energia ouvido pelo repórter estimou que o vermelho no balanço das distribuidoras deve roçar os R$ 10 bilhões já em março. Mantidas em operação as térmicas, a cifra dobraria até julho. O blog apurou no Ministério de Minas e Energia que a Eletropaulo informou ao governo o seguinte: apenas no mês de janeiro, o uso da energia térmica custou à empresa um passivo de cerca R$ 1 bilhão.
Em negociações que se intensificaram na semana passada e serão retomadas nesta segunda-feira (25), empresas e governo buscam uma saída. Em meio às conversas reluzem dois vocábulos: Tesouro Nacional. Sim, isso mesmo. Um das alternativas que se encontram sobre a mesa é a injeção de dinheiro do contribuinte nas empresas.  Nada a ver com os mais de R$ 8 bilhões que o governo gastará para implementar a poda nas contas de luz. Será dinheiro novo.
Se Dilma Rousseff não der meia-volta, terminará virando gestora de um contra-senso: num instante em que o governo deveria recomendar comedimento aos consumidores de energia, estimula-se o esbanjamento de milhares de megawatts que escasseiam nas hidrelétricas. Não se pode exigir da presidente que faça chover. Mas pode-se pedir a ela que se abstenha de mandar a lógica ao raio que a parta.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Depois do pobre que vira classe média sem sair da pobreza, o Brasil Maravilha inventou o ex-miserável que continua paupérrimo. Vai acabar inventando o mendigo magnata

Para o governo, os mendigos de São Paulo estão acima da classe média
Às vésperas da celebração dos 10 anos da Descoberta dos Cofres Federais, a presidente da República animou a quermesse do PT com outra notícia assombrosa: falta muito pouco para a completa erradicação da miséria em território nacional. “Mais 2,5 milhões de brasileiras e brasileiros estão deixando a extrema pobreza”, informou Dilma Rousseff em 17 de fevereiro.
Eram os últimos indigentes cadastrados pelo governo federal. Graças aos trocados distribuídos pelo programa Brasil Carinhoso, todos passaram a ganhar R$ 71 por mês. E só é miserável quem ganha menos de R$ 70. Passou disso, é pobre. Nesta segunda-feira, depois de cumprimentar-se pela façanha, Dilma reiterou que o miserável-brasileiro só não é uma espécie extinta porque cerca de 500 mil famílias em situação de pobreza extrema estão fora do cadastro do  Bolsa-Família.
Como nem sabe quem são, quantos são e onde moram esses miseráveis recalcitrantes, o governo não pôde transferi-los para a divisão superior. “O Estado não deve esperar que essas pessoas em situação de pobreza extrema batam à nossa porta para que nós os encontremos”, repetiu no Café com a Presidenta. Até dezembro de 2014, prometeu, o governo encontrará um por um.
Queiram ou não, estejam onde estiverem ─ num cafundó da Amazônia ou no mais remoto grotão do Centro-Oeste ─, todos serão obrigados a subir na vida. Enquanto isso, perguntam os que não perderam o juízo, que tal resolver a situação dos incontáveis pedintes visíveis a olho nu, o dia inteiro, nas esquinas mais movimentadas de todo o país?
O que espera a supergerente de araque para estender os braços do governo às mãos de crianças que vendem balas, jovens com malabares, adultos que limpam parabrisas sem pedir licença, mulheres que sobraçam bebês, velhos hemiplégicos e outros passageiros do último vagão? Porque não são miseráveis, informam os especialistas em ilusionismo estatístico a serviço dos farsantes no poder.
Desde maio de 2012, por decisão do Planalto, vigora a pirâmide social redesenhada pelo ministro Wellington Moreira Franco, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Segundo esse monumento ao cinismo, a faixa dos miseráveis abrange quem ganha individualmente entre zero e R$ 70 reais. A pobreza vai de R$ 71 a R$ 250. A classe média começa em R$ 251 e a acaba em R$ 850.
Os que embolsam mais de R$ 851 são ricos, e é nessa categoria que se enquadram milhares de seres andrajosos que plantam de manhã à noite nos principais cruzamentos de São Paulo. Esmolando oito horas por dia, cada um ganha de R$ 35 a R$ 40. Quase todos rondam os R$ 1.200 por mês. São, portanto, pedintes de classe média. Caso melhorem a produtividade, logo serão mendigos milionários.
Os analfabetos são quase 13 milhões, há mais de 30 milhões de analfabetos funcionais, a rede de ensino público está em frangalhos. Metade da população não tem acesso a serviços básicos de saneamento, o sistema de saúde pública é indecente. As três refeições diárias prometidas por Lula em fevereiro de 2003 nunca desceram do palanque, um oceano de desvalidos tenta sobreviver com dois reais e alguns centavos por dia.
De costas para o mundo real, os vigaristas no comando seguem fazendo de conta que o Primeiríssimo Mundo é aqui. O pior é que uma imensidão de vítimas do embuste parece acreditar na existência do Brasil Maravilha registrado em cartório. E vota nos gigolôs da miséria com a expressão satisfeita de quem vive numa Noruega com muito sol e Carnaval.
Essa parceria entre a esperteza e a ignorância faz milagres. Depois de inventar o pobre que sobe para a classe média sem sair da pobreza, inventou agora o ex-miserável que não tem onde cair morto. Vai acabar inventando o mendigo magnata.


NO BLOG DO ALUÍZIO AMORIM

CHINÊS DO "COMITÊ DO POVO" PERDE VOO E ENDOIDA EM AEROPORTO TRANSFORMANDO-SE EM VIRAL NA WEB.



O vídeo acima, que se transformou num viral na internet, mostra o ataque de fúria com que foi tomado um funcionário chinês num aeroporto.

Na sequência do ano novo chinês, Yan Likun, um executivo de empresa de mineração e membro do Comitê de Política Consultiva do Povo Chinês (CPPCC), um conselho consultivo do governo, chegou ao Aeroporto Kunming Changshi, na Província de Yunnan, para pegar um voo de volta para Cantão com sua esposa e dois filhos.

Mas a família chegou tarde demais e perdeu o avião. Yan deciu usar as duas horas para o próximo voo para um café tranquilo com sua família. Mas ao voltarem para o portão de embarque, descobriram que tinham perdido o segundo voo, conforme relata o Daily Telegraph.

Foi quando Yan teve um acesso de fúria, depois de discutir com funcionários do aeroporto. Em seguida endoidou quebrando um teclado, uma mesa e destruindo dois monitores de computador - tudo capturado por câmeras de segurança.

Uma multidão, incluindo a equipe de segurança do aeroporto, reuniu-se atrás de um cordão de isolamento, mas nenhuma tentativa foi feita para conter o enfurecido viajante que continuou dando vazão à sua ira.

Yan foi suspenso pela empresaa de mineração e o CCPPC ameaçou com punição, segundo relata o jornal The Guardian.

Todavia, os usuários da rede social Sina Weibo não se intimidaram, conforme relata a imprensa londrina, observando que os chineses estão cada vez mais revoltados com o comportamento de seus políticos - especialmente os membros do Comitê Consultivo do Povo, que são vistos como tendo enriquecido com base negociatasDo site da revista Time


NO BLOG UCHO.INFO

Após consentir com bordel na cabeceira de Congonhas, Kassab pode ganhar Secretaria de Aviação

Perderam o juízo – Para manter seu projeto de reeleição, a presidente Dilma Rousseff terá de abandonar de vez o discurso que fez em 2010, garantindo que a equipe de governo teria caráter eminentemente técnico. Como o Mensalão do PT já tinha sido substituído pelo loteamento político da Esplanada dos Ministérios, Dilma não teve outra saída que não dar continuidade ao esquema monta por Lula, que lhe garantiu apoio no Congresso Nacional.

Com a eleição do companheiro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, Dilma terá de abrir espaço em seu governo para acomodar os que apoiaram o candidato imposto por Lula. Um dos que se bandearam para o lado de Haddad e que continuará sendo beneficiado é Gilberto Kassab, ex-prefeito paulistano e presidente nacional do PSD. Na administração da capital dos paulistas, o grupo de Kassab ficou com o setor de turismo. Um negócio considerável, se considerado o fato de que, além dos eventos habituais, em 2014 a cidade será palco de jogos da Copa do Mundo da FIFA.
Gilberto Kassab, que migrou para a base de apoio ao Palácio do Planalto, já conseguiu da presidente um ministério para o seu PSD. A pasta da Micro e Pequena Empresa, que anteriormente foi oferecida à empresária Luiza Trajano (Magazine Luiza), em breve será comandada por Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo e até então aliado de Geraldo Alckmin. Ou seja, Kassab e Lula se uniram para dar uma rasteira no PSDB e em Alckmin.
De acordo com o jornalista Claudio Humberto, Kassab pode abocanhar também a Secretaria de Aviação Civil, que comanda a ANAC e a Infraero. Em outras palavras, Dilma já não se recorda da promessa que fez sobre a qualificação técnica dos assessores.
Os integrantes do PSD por certo dirão que alguém com conhecimento do setor assumirá a tal secretaria, mas se, enquanto prefeito da maior cidade brasileira, Gilberto Kassab não teve pulso para impedir a construção de um bordel vertical na cabeceira do Aeroporto de Congonhas, o que colaborou sobremaneira para o trágico acidente com o avião da TAM, não será agora que ele encontrará um aliado da sua legenda que entenda de aviação.
Kassab, que é engenheiro e tem por obrigação profissional saber que o tal bordel atrapalha pousos e decolagens, deveria estar entre os acusados pelo maior acidente aéreo da aviação civil brasileira, mas as autoridades preferiram não enxergar o óbvio, culpando os pilotos da aeronave, mortos no acidente, e pinçando alguns inocentes para dar veracidade à farsa que foi desenhada na Casa Civil por ocasião dos fatos. É o caso de Denise Abreu, ex-diretora jurídica da ANAC, acusada de ter autorizado a liberação da pista do Aeroporto de Congonhas, assunto que é de total responsabilidade da Infraero, ou seja, do governo federal.
Se de fato a Secretaria de Aviação Civil ciar no colo de Gilberto Kassab, a presidente Dilma estará fazendo o mesmo que colocar um tocador de pandeiro no comando de um submarino nuclear. Enfim…
Leia abaixo trecho da matéria que explica os danos provocados pelo bordel à beira de Congonhas à aviação brasileira ou clique para conferir a íntegra
Qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento sobre aviação, sabe que uma aeronave, quanto maior e mais pesada, precisa de espaço para pousar. Ou seja, em pistas longas pousam grandes e pesadas aeronaves. Pois bem, a pista do aeroporto de Congonhas, que passava por reformas e não estava completamente pronta, foi tecnicamente encurtada por causa de um prédio construído ilegalmente em uma das cabeceiras.
Para que a extensão da pista possa ser utilizada em sua totalidade, seja em condições normais ou de emergência, durante a aproximação da aeronave nada pode existir no meio do caminho que atrapalhe esse procedimento. Caso contrário, a pista encurtará tecnicamente, pois pousar não arremessar uma aeronave no solo.
No caminho do Airbus da TAM, assim como de tantas outras aeronaves, tinha um prédio onde funcionava, sem alvará, uma casa de prostituição de luxo, o “Bahamas”. Como a construção era ilegal, a prefeitura de São Paulo se apressou e arrumou uma forma de escapar da culpa. Para complicar o cenário, a reforma da pista, que é de responsabilidade da Infraero, colaborou sobremaneira para o acidente.
Considerando que a Infraero é um órgão federal e os temas da aviação civil são decididos também no Palácio do Planalto, Lula também tratou de escapar da culpa. E nos bastidores o jogo foi sujo e covarde para que o Planalto ficasse de fora das investigações. E fazemos tal afirmação com plena convicção, sem medo de errar, pois na imprensa brasileira poucos são os profissionais que conhecem a fundo os bastidores do maior acidente aéreo da aviação brasileira como o editor doucho.info.
Legalmente o hotel não poderia ter sido construído naquele local por causa da interferência do barulho das aeronaves, mas a verdade é que atrapalha o procedimento de aproximação e tecnicamente encurta a pista e aumenta o risco de acidente. Em dia de chuva, qualquer pouso de um Airbus ou Boeing 737, por exemplo, a aeronave escorrega mais ou menos. Quanto menor for a pista, mesmo que tecnicamente, maiores são as dificuldades para frear a aeronave.
Um trágico acidente sem culpados não existe. Era preciso, então, arrumar um culpado. A primeira solução, covarde, foi despejar sobre o piloto e o co-piloto do Airbus a culpa pelo acidente. Afinal, eles estavam mortos e não reclamariam. Como isso foi insuficiente para convencer a opinião pública e as autoridades envolvidas na investigação, a culpa precisava ser personificada. Foi quando entrou em cena a então diretora jurídica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, que foi incluída no rol dos culpados de forma também covarde.
A alegação apresentada é que Denise Abreu havia liberado a pista do aeroporto de Congonhas, cujas ranhuras no solo que garantem o atrito com os pneus das aeronaves não estavam concluídas. E com a chuva a pista de Congonhas, tecnicamente mais curta, ficou como um piso ensaboado. É inimaginável, até mesmo no reino dos absurdos, que a diretora jurídica de uma agência reguladora, como é a Anac, tenha competência e poder para liberar uma pista, responsabilidade que cabe à Infraero. Denise Abreu é inocente, mas os covardes lhe impingiram a fantasia da culpa.
A tropa de choque montada para tirar o governo federal da culpa pelo trágico acidente atuou sem limites e intimidou muita gente. E mesmo que menos numerosa, continua agindo até hoje. No processo judicial do caso, há absurdos inimagináveis que desrespeitam o ordenamento jurídico e processual.
Não custa reforçar que o ucho.info não faz jornalismo de encomenda, não é balcão de negócios, não defende culpado ou corrupto por dinheiro algum. Apenas cumprimos o papel que nos cabe, o de revelar os fatos como realmente são, unindo-os quando necessário e levando o leitor à reflexão sobre a realidade de um país que caminha na direção da ilógica e do desmando, apenas porque está em marcha um projeto totalitarista de poder.













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