DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 22-02-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Dinheiro no lixo

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas com a Universidade de Munique (Alemanha) coloca a Venezuela em último lugar para fazer negócios na América Latina. Mas o governo petista não desiste.

Plantão remunerado

Chama-se Wesley Caçador o 'militóide' que ameaçou “mapear” o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), na visita de Yoani Sánchez à Câmara. Era horário de trabalho, e ele deveria estar na Secretaria de Administração Pública do DF, onde “morde” uma assessoria.

NO BLOG DO NOBLAT

Ponderar é preciso (Ou a cartilha do PT)

Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
Quem conta um conto aumenta ou diminui os pontos como melhor lhe convém. Assim faz o PT em seu relato sobre os dez anos do partido no poder, "gloriosos" notadamente se comparados ao período "desastroso" do PSDB.
Obviamente nem tudo é glória, mas também nem tudo é desastre.
Um governo que renegociou a dívida externa de modo a recuperar a confiabilidade internacional do Brasil, que conferiu sentido concreto aos conceitos de estabilidade monetária, de responsabilidade fiscal, essenciais para a organização do País, profissionalizou a direção da Petrobrás, extinguiu feudos políticos dos mais tradicionais ao mesmo tempo em que abria as portas da telefonia à população, não pode ser considerado exatamente catastrófico.
Tampouco pode ser visto apenas sob o prisma do puro esplendor um governo que desmoralizou o conceito de ética, escarneceu das normas de conduta, ignorou as regras do jogo eleitoral, passou a mão na cabeça dos piores tipos, achou que poderia comprar impunemente apoio de partidos no Congresso, desconstruiu as agências reguladoras, pôs em risco a Petrobrás, maquiou dados públicos como naquele passado de descrédito mundial e, na véspera de completar 10 anos no poder e 33 de fundação, teve a antiga cúpula condenada à prisão.
A cartilha comemorativa é um elogio à mistificação: da capa com desenho que remete às velhas imagens do realismo socialista a distorções grosseiras conforme demonstrado em trabalho de Gustavo Patu na edição de ontem da Folha de S. Paulo.
No "mentirômetro" há versões falsas sobre vários assuntos: posição do Brasil no ranking das economias do mundo, o crescimento do PIB por habitante nos últimos anos, a desigualdade social, a redução da taxa de pobreza e a inflação.
Ninguém espera que o PT vá esconder seus bem feitos e exaltar os malfeitos, bem como não seria de se imaginar que o partido enaltecesse o adversário.
Um pouco de comedimento e maturidade, contudo, daria ao PT um ganho no campo da honestidade, onde anda precisando se recuperar. Mas à ponderação que confere credibilidade aos discursos, o partido preferiu apresentar-se infalível.


Dirceu: ‘Lei da Ficha Limpa é completamente absurda’

Edu Vial, O Globo
O ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, surpreendeu uma plateia de aproximadamente cem militantes petistas de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, na noite desta quinta-feira, ao criticar a Lei da Ficha Limpa:
— Criaram a Lei da Ficha Limpa, que é uma lei completamente absurda. Porque ela retroagiu. No Brasil, pela Constituição, você só pode ser considerado culpado quando transitado em julgado na última instância... Só que, agora, vale na segunda instância. Até mesmo quando é na primeira instância, já está eliminado.



Senado aprova requerimento de Collor para TCU investigar Gurgel

Maria Lima Carolina Brígido, O Globo
Em votação-relâmpago e simbólica, o senador Fernando Collor (PTB-AL) conseguiu aprovar nesta quinta-feira requerimento de sua autoria pedindo que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria especial para investigar a participação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na compra de 1.200 tablets.
Em sua cruzada contra Gurgel, Collor o acusa de ter comandado uma licitação direcionada , no valor de R$3 milhões, no final de 2012. Gurgel nega que houve direcionamento na compra e não descarta que o pedido de investigação seja um tipo de retaliação ao seu trabalho.
Aproveitando o plenário praticamente vazio, Collor pediu que o presidente da Mesa no momento, Jorge Viana (PT-AC), colocasse seu requerimento em votação, o que foi feito. Além de Collor e Viana, quatro senadores estavam em plenário - Ana Amélia (PP-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Wellington Dias (PT-PI) e Garibaldi Alves (PMDB-RN) . Como não houve manifestação em contrário, o requerimento foi aprovado. Agora o pedido será encaminhado ao TCU.



Um novo apartamento para a família de Marcos Valério

O Globo
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 40 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 2,7 milhões, o operador do mensalão, Marcos Valério, comprou um novo apartamento para a família, por R$ 1,1 milhão. A compra e a mudança para o imóvel ocorreram na última segunda-feira, segundo duas pessoas que participaram da negociação, ouvidas pelo GLOBO.
Valério está com os bens bloqueados, bem como as contas bancárias da época do escândalo do mensalão. Com isso, a nova aquisição deve ser alvo de investigação da Procuradoria Geral da República (PGR), que já apura as circunstâncias em que foram adquiridos novos bens de Valério e família que não estão bloqueados pela Justiça e poderão vir a ser usados para ressarcir prejuízos aos cofres públicos.



Justiça decide desconsiderar laudo que culpava filho de Eike Batista

Fábio Grellet, Estadão
O Tribunal de Justiça do Rio decidiu nesta quinta-feira desconsiderar o laudo pericial segundo o qual Thor Batista (foto abaixo), filho do empresário Eike Batista, trafegava a 135 km/h quando atropelou e matou o ajudante de caminheiro Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, que pedalava pela rodovia Washington Luís, em março de 2012.
Foi com base nesse laudo que o Ministério Público denunciou Thor por homicídio culposo (sem intenção de matar), pois a velocidade máxima permitida na rodovia é de 110 km/h. Thor dirigia uma Mercedes Benz McLaren.
O laudo, produzido por um perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), só foi apresentado e anexado ao processo durante uma audiência realizada em 13 de dezembro passado. Os advogados de Thor pediram que o documento fosse desconsiderado porque, segundo eles, deveria constar do processo desde que ele foi proposto, e não durante seu trâmite. Por dois votos a um, os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ concordaram com o pedido. Ainda pode haver recurso do Ministério Público ou da família de Wanderson.



Procon encontra 100 Kg de alimentos vencidos no Copacabana Palace

Agência Brasil
O Hotel Copacabana Palace, um dos mais tradicionais e luxuosos da capital fluminense, foi alvo de uma operação do Procon-RJ, que encontrou nas três cozinhas do estabelecimento mais de 100 quilos de alimentos fora da data de validade e até mesmo em decomposição.
Os fiscais apreenderam 10 quilos de peixes, 20 quilos de carne, além de queijos, pães, rolinhos primavera e pastas. Na ação, o responsável pelas cozinhas foi encaminhado à 12ª Delegacia de Polícia (Copacababana) por flagrante delito. O hotel será autuado e poderá receber multa inicial de cerca de R$ 270 mil.

Aliados têm 80% das verbas de anúncios da Casa Rosada

Janaína Figueiredo, O Globo
Em 2012, ano em que a Casa Rosada travou uma inacabada guerra judicial com o Clarín, maior grupo de meios de comunicação na Argentina, o governo Kirchner destinou 80% dos recursos da publicidade oficial a nove empresas do setor claramente alinhadas com suas políticas.
De acordo com informações publicadas ontem pelo jornal “La Nación”, no ano passado o Executivo injetou US$ 380 milhões em canais de TV, rádios e jornais, o que representa um aumento de 43% em relação a 2011.

Calçada da Fama: Desesperados e aproveitadores

Sérgio de Paulo Pacheco, leitor
Não existe oposição como não existe governo e situação, o que temos é um bando de desesperados de um lado e outro bando de aproveitadores e desonestos de outro.
Fato é que o PT nunca teve - já se disse isso milhares de vêzes - um programa de governo se limitando a ter um projeto de poder que trouxe como conseqüencia um modelo esgotado.
Por outro lado, essa oposição - ou, pelo menos, o que se entende como tal - também não consegue acender seus faróis, se é que os tem, para ver mais adiante, mais à frente, não indo além das reminiscências de um governo que já passou, o de FHC.
Se essas forem as únicas opções do país, estamos mal.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Gilberto Carvalho prometeu: “Em 2013, o bicho vai pegar!” Hoje, eles só nos xingam; Amanhã, começarão a nos espancar. E certo jornalismo dirá: “Normal! Lado e outro lado! O lado que bate e o lado que apanha. É a democracia!”

Está em curso uma evidente degradação da democracia brasileira — e, com ele, estão em pleno naufrágio setores importantes da imprensa. É espantosa a quantidade de barbaridades que se leem, veem e ouvem quando cotejadas com os fundamentos de uma sociedade democrática. Desde que me interesso por isso — comecei a ler jornais aos 14 anos —, não me lembro de nada parecido. Já vou tratar da questão de fundo. Vamos ao fato que me empurrou para ele. Ontem, no fim da tarde e começo da noite, a blogueira cubana Yoani Sánchez  deveria ter feito um bate-papo com blogueiros na Livraria Cultura da Paulista, em São Paulo, mediado pela jornalista Barbara Gancia, e depois autografar exemplares do livro “De Cuba, com carinho”. Mais uma vez, o evento se frustrou.
Lá estavam os militantes do PC do B, do PT e afins para impedi-la de falar. O evento teve de ser cancelado pela simples e óbvia razão de que os brucutus não a deixavam falar. Um dos idiotas que babavam levantou um cartaz: “Cuba, único país com vacina contra o câncer”. Deve ser aquela que foi ministrada a Hugo Chávez… É com esse tipo de imbecis que estamos lidando. A embaixada de Cuba em Brasília deve estar satisfeita. O funcionário de Gilberto Carvalho deve estar satisfeito. O próprio Gilberto Carvalho deve estar satisfeitíssimo. Desta vez, o PT não devolveu a Fidel Castro, como fez em 2007, dois dissidentes cubanos. Desta feita, uma crítica do regime cubano foi agredida aqui mesmo. É claro que as pessoas responsáveis pela passagem de Yoani pelo Brasil merecem o troféu “Incompetentes do Ano” — e talvez seja coisa ainda pior do que incompetência; já chego lá. Quero me ater agora à imprensa.
Ando com a impressão de que, com as exceções de sempre, desapareceu dos jornais, sites, revistas etc. a figura do editor. O que faz um editor — sem que isso deixe de ser, também, tarefa do repórter? Zela pela qualidade da informação, pelo rigor da apuração jornalística e, é evidente!, pela linha editorial do veículo no qual trabalha. “Que linha editorial é essa?” Cada um tem — e deve ter — a sua. No geral, os veículos da grande imprensa, incluindo as TVs, estão comprometidos, ao menos dos seus princípios declarados, com o regime democrático, a pluralidade, a economia de mercado, os direitos individuais, essas coisas. Mas podem ser, e são, infiltrados. Quantas vezes, na minha vida de editor, recusei reportagens que estavam nitidamente pautadas por lobbies ideológicos! Na maioria das vezes, não se tratava de má-fé do repórter. É que as esquerdas são muito hábeis em mobilizar jornalistas. Por quê? Porque sabem mexer com seu senso de “justiça social”. Cabia ao editor corrigir rumos. Hoje… Parece que vivemos o tempo do “escreveu, publicou”, pouco importa o quê. A principal degradação é de valores.
Voltemos a Yoani. Cansei de ver nas TVs e de ler em jornais e sites que as manifestações têm dois lados: os que são contra a blogueira e os que são a favor dela, mais ou menos como forças legítimas e iguais, porém de sinal trocado, que se expressam democraticamente. Alto lá! As coisas não são assim! Eis a degradação de valores. Eis a degradação da democracia. Apoiar alguém que tem o direito de falar e impedir o exercício desse direito não são posturas análogas  opostas.
Não é legítimo nem legal impedir que o outro fale. Ao contrário: trata-se de um constrangimento previsto no Código Penal e de uma afronta ao Artigo V da Constituição brasileira. Tolerar que arruaceiros, que baderneiros, que brucutus, que vigaristas impeçam o exercício de um direito é ser conivente com uma crime. Uma coisa é eventualmente discordar de Yoani; outra, distinta, é impedi-la de falar. Eu os convido a ler com atenção algumas notícias. Eu os convido a ficar atentos a certas abordagens dos noticiários de TV.
Não estamos diante de uma partida de futebol, em que é legitimo que os dois lados disputem a bola. Mesmo assim, só existe jogo porque há regras — ou os contendores sairiam na porrada, não é? E há juiz para aplicá-las. E todos reconhecem a sua autoridade. Nesse caso, um dos lados não tem legitimidade nenhuma porque seu objetivo é impedir a partida.
DesordemQuem quer que tenha cuidado da agenda de Yoani no Brasil — e espero que ela tenha mais sorte nos demais países; certamente terá — cometeu uma série de erros e mesmo de desatinos, especialmente depois que VEJA noticiou, já desde a manhã de sábado, que uma súcia, com apoio objetivo de um auxiliar de Gilberto Carvalho, estava organizando a baderna.
A blogueira cubana jamais deveria ter sido exposta à agressão desse bando. Os mecanismos que fazem do Brasil uma democracia de direito deveriam ter sido acionados para assegurar a ela o direito de falar. Afinal, era evidente que vagabundos que defendem corruptos, ladrões, peculatários e quadrilheiros se organizassem para constranger pessoas de bem. Em parte, isso se explica porque houve um esforço para despolitizar a figura da blogueira cubana, tentando fazer dela alguém também palatável às esquerdas — daí o fato de o senador Eduardo Suplicy aparecer como um cicerone. Acontece que os nossos “cubaneiros”, bucaneiros da ideologia, não têm certas sutilezas.  
A vacina contra o câncer — este realmente sem cura — da intolerância é a imposição da lei.
Como disse o professor Marco Antonio Villa num e-mail que me enviou, Gilberto Carvalho está cumprindo uma promessa. E o ministro prometeu: “Em 2013, o bicho vai pegar”.  Hoje, eles apenas nos xingam. Amanhã, começam a nos espancar. E é bem capaz de certo jornalismo noticiar tudo na base do “lado” e “outro lado”, o lado que bate e o lado que apanha… Tudo coisa da democracia…
Por Reinaldo Azevedo

“Trocamos José Dirceu por Yoani”

Cartaz exibido na Livraria Cultura, onde Yoani Sánchez se encontrou com blogueiros.
Eu apoio a troca.
Dirceu gosta de ditaduras, certo? Que fique numa ditadura, ué. Yoani gosta de democracia. Podemos, ao menos por enquanto, oferecer isso a ela, ainda que os dinossauros tentem provar o contrário.
Por Reinaldo Azevedo

Procurador chama de “risível” suspeita levantada por Collor

Por Márcio Falcão, na Folha Online:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou de “risível” a suspeita levantada pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) de que o Ministério Público cometeu irregularidades na compra de 1.200 tablets. Gurgel não descartou a possibilidade de que seja uma “retaliação” por sua atuação. Nesta quinta-feira (21), o Senado aprovou pedido de Collor para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue se a licitação para a compra dos equipamentos foi direcionada para beneficiar uma empresa. Senado aprova pedido de Collor para que TCU investigue procurador
“Isso chega a ser risível. Não a decisão do Senado, claro. O MPF fez uma licitação para iPads, especificamente para a marca, sem qualquer direcionamento, como aliás já fizeram diversos órgãos do governo. Um dos precedentes mais recentes é do Ministério de Minas e Energia, em procedimento já aprovado pelo TCU”, disse. Gurgel disse que a investigação é “legítima”, mas não descartou que seja represália pela movimentação contra senadores.
“A única coisa que digo é que a imprensa tem dito isso [retaliação]. Nos mais diversos órgãos de imprensa o que se vê é que haveria toda uma série de manobras, de retaliação em razão da atuação do procurador-geral É uma das possibilidades”, afirmou. Segundo o procurador-geral, o Ministério Público “está absolutamente certo da absoluta legalidade do procedimento que adotou e aguarda a auditoria do tribunal de contas”.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

‘A bolsa é para a escola’, por Carlos Alberto Sardenberg


PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Os programas tipo Bolsa Família nasceram no âmbito do Banco Mundial ─ e aqui no Brasil com o trabalho de Cristovam Buarque ─ com base numa teoria precisa.
O primeiro ponto foi a análise, em diversos países, dos programas que entregavam bens e serviços diretamente às famílias pobres (alimentos, roupas, remédios, material escolar, instrumentos de trabalho etc). O governo comprava e distribuía.
Já viu. Havia problemas de eficiência e de corrupção. Estudos mostraram que, do dinheiro aplicado na América Latina, a metade se perdia na burocracia e na roubalheira.
Melhor mandar o dinheiro direto para as famílias. Mas isso bastaria? A resposta foi não, com base na seguinte avaliação: as famílias não conseguem escapar da pobreza porque suas crianças não frequentam a escolas. E não frequentam porque precisam trabalhar (na lavoura ou nas cidades, caso dos meninos) e cuidar dos outros irmãos, caso das meninas. Apostando que crianças com educação básica têm mais oportunidade de conseguir empregos bons, a ideia é clara: é preciso pagar para as famílias manterem as crianças na escola. Daí o nome oficial do programa no Banco Mundial: Transferência de Renda com Condicionalidade. O cartão de saque do dinheiro contra o boletim escolar.
Parece óbvio, mas houve forte debate. Muita gente dizia que pais e mães gastariam o dinheiro em cachaça, cigarros, jogos e coisas para eles mesmos, usando os filhos apenas como fonte de renda. O bom-senso sugeria o contrário. As pessoas não são idiotas nem perversas, sabem do que precisam.
Havia também uma crítica política, curiosamente partindo da esquerda. Dizia que distribuir dinheiro era puro assistencialismo, esmola e, pior, prática eleitoreira dos coronéis para manter o povo pobre e ignorante. Mas essa é outra das teses que a esquerda no poder jogou no lixo.
O fato é que se começou com programas experimentais na América Central, com patrocínio do Banco Mundial, e funcionou muito bem. Nos anos 90, a ideia se espalhava pela América Latina. No Brasil, com o nome de Bolsa Escola (designação introduzida por Cristovam Buarque) apareceu em 1994, em Campinas, e logo depois em Brasília (com Buarque governador). Foi ampliado para nível nacional no governo FHC, em projeto liderado por Ruth Cardoso. Surgiram ainda por aqui programas paralelos, como vale-transporte e bolsa gás. Lula juntou tudo no Bolsa Família, que passou a ampliar.
Não se trata, pois, de dar dinheiro aos pobres. Se fosse apenas isso, seria mesmo caridade pública sem efeitos no combate duradouro à pobreza. Trata-se de colocar e manter as crianças na escola, ou seja, abrir a oportunidade para esses meninos e meninas escaparem da pobreza.
No México, aliás, o programa chama-se Oportunidades e o dinheiro entregue à família aumenta na medida em que a criança progride na escola. Vai até a universidade. Há também uma poupança depositada na conta de crianças, que podem sacar o dinheiro quando se formam no ensino médio.
Em muitos lugares, há limitação no número de bolsas por família, com dois objetivos: estimular o controle da natalidade (ou reduzir o número de filhos) e desestimular a acomodação dos pais. Também se introduziram outras condicionalidades, como a frequência das mães nos postos de saúde, especialmente para o acompanhamento pré-natal e parto, e das crianças, para as vacinas. Ao boletim escolar acrescenta-se a carteirinha do ambulatório.
Resumindo, o programa funciona no curto prazo ─ ao dar um alívio imediato às famílias mais pobres ─ e no médio e longo prazos, com a escola.
Mas há uma tentação perversa. Como o programa funciona imediatamente, assim que a família recebe o primeiro cartão eletrônico, há um estimulo para que os políticos se empenhem em distribuir cada vez mais bolsas. É voto na veia. Ao mesmo tempo, esse viés populista desestimula a cobrança da condicionalidade. Pela regra, se as crianças desaparecem da escola ou não progridem, a bolsa deve ser cancelada. Mas isso pode tirar votos, logo, é melhor afrouxar os controles.
Resumindo: há o risco, sim, de um belo programa social se transformar numa prática populista. Quando os governantes começam a se orgulhar do crescente número de bolsas distribuídas e nem se lembram de mostrar os resultados escolares e índices de saúde, a proposta já virou eleitoral.
E quer saber? Ter todos os pobres recebendo dinheiro do governo não significa que acabou a pobreza. É o contrário, é sinal de que a economia não consegue gerar educação, emprego e renda para essa gente. O fim da pobreza depende de dois outros indicadores: crianças e jovens nas escolas e qualidade do ensino.


NO BLOG UCHO.INFO

No meio da tarde desta quinta-feira, dia normal de trabalho, o plenário do Senado abrigava três senadores

Caso de cadeia – Para que não nos acusem de proteger o Senado Federal e dedicar à Câmara dos Deputados doses de intransigência, abordamos nesta matéria o que acontece costumeiramente no Congresso Nacional, em ambas as Casas legislativas, nas tardes das quintas-feiras. A famosa debandada generalizada.

Enquanto o brasileiro trabalhava sob o sol a pino das 15h25, para inclusive sustentar a classe política, no plenário do Senado, que realizava a chamada Ordem do Dia, estavam presentes apenas três senadores. Considerando que a Casa abriga 81 senadores, apenas 3,7% do contingente de parlamentares estavam a postos. Um verdadeiro atentado contra a democracia, não sem antes configurar um deboche com os contribuintes.
Em qualquer empresa privada brasileira, nesse horário os funcionários estão à plena carga, pois do contrário o olho da rua é serventia da casa. No mundo da política, onde uma minoria é mais igual que o restante da população, a vadiagem é consentida e remunerada.
O clima de constrangimento no plenário do Senado era tamanho, que, meia hora mais tarde, o senador Wellington Dias, do PT piauiense, reclamou com indignação do número de parlamentares presentes à sessão que naquele instante era plenária.
Cada senador, assim como cada deputado, custa aos brasileiros US$ 7,5 milhões por ano. E igualmente ao que ocorre na Câmara, no Senado os parlamentares trabalham efetivamente, na melhor das hipóteses, 120 dias por ano. Isso significa que cada senador custa ao erário US$ 62,5 mil por dia trabalhado. Como a tarde desta quinta-feira pode ser classificada como perdida em termos de produção parlamentar, o Senado conseguiu a enorme proeza de ajudar o Brasil a arremessar pela janela do descaso US$ 2,5 milhões.
Para quem desconhece o real funcionamento do Congresso, afirmamos que esse valor é pouca letra. E explicamos a razão. Certa vez, enquanto tramitava no Congresso o projeto do Novo Código Civil, a troca de um “e” por um “ou” em determinado artigo custou a bagatela de R$ 3 milhões. No âmbito das comparações, o estrago desta ensolarada tarde de quinta-feira não foi tão grande assim. O Senado mandou pelo ralo pouco menos do que a última das vogais, o “e”, “ou”, para os mais exigentes, financiou o ócio oficial com o dinheiro público. Mas o que são R$ 5 milhões em um país onde o salário mínimo vale a fortuna de R$ 678?
Mesmo diante dessa sequência de absurdos, há no Brasil quem acredita que o comodismo é sinônimo de esperteza.



Braveza política de Lula é coisa típica de covarde sem escrúpulos que pensa ter descoberto o Brasil

Fulanização do ridículo – Nada pode ser mais degradante na política do que um ex-presidente que ignora a importância do cargo ocupado e continua a fazer bobagem nos bastidores, como se o mundo lhe pertencesse. Não carece de qualquer explicação para que se perceba que nos referimos a Luiz Inácio da Silva, o fujão que agora deu para ser boçal.

Durante a festa realizada em São Paulo na noite de quarta-feira (20) para comemorar os 33 anos do PT e os dez anos em que o partido está no poder, Lula destilou sua conhecida soberba, ignorando os adversários e, como sempre, fazendo zombarias com o PSDB, mais precisamente com o senador Aécio Neves, provável candidato do partido para disputar a Presidência da República em 2014.
O ser humano precisa compreender que Lula nada tem de divindade, pelo contrário, está mais próximo de lúcifer, e que como tal ataca quando se sente ameaçado. É a reação típica de um animal que diante do perigo precisa sobreviver.
Os ataques de Lula são tão falsos quanto os mísseis que a União Soviética exibia em paradas militares durante a Guerra Fria. Enquanto se mostra um suicida político diante de câmeras – microfone ele não quer ver pela frente –, Lula exala fraqueza e preocupação. Está a cargo de Lula, não de Dilma Rousseff, a condução da reforma ministerial que estava marcada para fevereiro e foi transferida para março. O ex-metalúrgico trabalha para incluir nessa reforma o Partido da República, que foi escorraçado da Esplanada dos Ministérios no vácuo do escândalo protagonizado por Alfredo Nascimento, então ministro dos Transportes.
A ideia de Lula e Dilma é cooptar o PR novamente, desta vez entregando ao senador Blairo Maggi o Ministério da Agricultura. Essa estratégia mostra que Lula quer tirar o PR de uma possível aliança com Aécio Neves ou Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, ambos de olho no Palácio do Planalto, reduzindo o risco do projeto de reeleição da “gerentona” inoperante. Ou seja, aquele espetáculo de herói bêbado de botequim que Lula protagonizou durante a festa petista não passou de uma encenação barata, uma ópera bufa.
O retorno do PR ao governo de Dilma Rousseff deixa claro mais uma vez que o Palácio do Planalto não se incomoda com corrupção e não tem problemas em conviver com corruptos, desde esses vendam sua consciência. Não se trata de impingir corrupção ao currículo de Blairo Maggi, mas o senador mato-grossense é padrinho político de Luiz Antonio Pagot, o ex-diretor do Dnit que ameaçou detonar o PT durante a CPI do Cachoeira e misteriosamente acabou abraçando o silêncio.
A ópera de bordel ganha seu capítulo derradeiro com o fato de que as negociações com o PR passam obrigatoriamente por Valdemar Costa Neto, deputado federal por São Paulo que em breve perderá o mandato na esteira de condenação no processo do Mensalão do PT. Esse é o partido que, segundo Lula, revolucionou o País e descobriu o Brasil em 1º de janeiro de 2003. Como se Lula tivesse Aladim e Messias como avôs e Pedro Álvares Cabral, como padrinho de batismo.

Em 2004 petistas tentaram comprar dossiê contra Kassab, que agora, sem vergonha, é aliado de Lula

(Foto: Jorge Araújo - Folhapress)
Faces lenhosas – Muito além de ser a arte da incoerência, a política é o mundo dos desavergonhados. Muitos podem nos questionar, mas a história é a prova maior de tal afirmação. E quando o assunto é falta de vergonha, Lula, nesse caso com excesso de mérito, é doutor honoris causa.
Lula atacou durante anos a fio o senador-caudilho José Sarney, de quem hoje á o mais íntimo dos amigos. Lula atacou Fernando Collor sem piedade, a ponto de tirá-lo do Palácio do Planalto, mas hoje é aliado do destemperado senador por Alagoas. O pior vexame ocorreu recentemente, com Lula juntando-se a Paulo Maluf, seu histórico e figadal inimigo. Mas o ex-metalúrgico é o último herdeiro direto de Messias e por isso pode tudo. Assim pensa ele.
O desavergonhado só existe porque se alimenta no coxo da desfaçatez. Alguns podem entender como uma ousadia redundante, mas qualquer exagero é sempre pouco no mundo da política.
Até recentemente, Gilberto Kassab (PSD) era aliado de José Serra e adversário de Lula e do PT. Como bom embusteiro, Kassab fingiu que rompeu com Lula e subiu no palanque de Serra durante a corrida à prefeitura paulistana. Na verdade, o ex-prefeito era um espião petista na campanha tucana. E os salamaleques de Lula, Dilma e Fernando Haddad na direção de Kassab não deixam dúvidas a respeito do assunto.
Pois bem, alguém dirá que nesse enredo não há novidade. Sim, é verdade, mas há um capítulo novo nesse rocambole político. Em 2004, quando José Serra concorria à prefeitura de São Paulo e tinha Marta Suplicy como oponente, o PT se interessou em produzir um dossiê contra o vice do tucano, não por acaso o mesmo Gilberto Kassab.
Queriam alguns petistas – não se sabe se falando oficialmente ou por conta própria – despejar R$ 100 mil na produção de um dossiê que atingisse Kassab e arruinasse a campanha de José Serra ainda no primeiro turno daquela eleição. O objetivo dos petistas àquela época era desvendar os segredos de um imbróglio policial ocorrido na Rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior paulista, que acabou na delegacia e teve dois seguranças de um outrora distribuidor de combustíveis no alvo da polêmica.
O episódio tinha conexão direta com a CPI dos Combustíveis, que tramitou na Câmara, em Brasília, na época em que Gilberto Kassab. Para a sorte do ex-prefeito o ucho.info não é usina de dossiês, mas um site de notícias respeitado em todo o País pelos brasileiros de bem, o que não é o caso da classe política, formada em sua maioria por pessoas do mal.
Neste noticioso trabalha-se muito, quase sem parar, mas sobra tempo para tomar um antiácido, pois ver Kassab e Lula juntos por uma causa nada nobre provoca azia. Em tempo: se alguém sussurrar a palavra Major ao lado de Kassab, ele certamente desmaia.







 NO BLOG ALERTA TOTAL

Amiga Rosemary foi omitida como parte do séquito de Lula, em viagem a Cuba, no jatinho de empreiteira

Exclusivo – Rosemary Nóvoa Noronha foi uma das acompanhantes especiais de Luiz Inácio Lula da Silva na viagem que o ex-Presidente fez no final do mês de janeiro, a Cuba, para participar da III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo – uma festinha comunista que celebrou os 160 anos do nascimento do político e escritor cubano Jose Martí. Sinal de que Rose continua muito prestigiada pelo Bem Amado Lula a ex-chefe de gabinete do “Escritório” da Presidência da República em São Paulo - forçada a se “exonerar a pedido”, após denunciada por corrupção, tráfico de influência e formação de quadrilha na Operação Porto Seguro.

O “tio Lula” (conforme fofocas grampeadas revelam que Rose tratava o amigo e chefe do coração) levou sua comitiva a Cuba no jatinho emprestado pela Odebrecht – uma das apoiadoras do Instituto Lula. A discretíssima presença de Rose na viagem – que não foi registrada pela mídia – era assunto ontem de tricotagem entre senadores da oposição e seus assessores, durante o discurso anti-petista do presidenciável tucano Aécio Neves. Os comentários mais maldosos destacavam que Rose ainda teria um passaporte diplomático – mesmo estando formalmente fora do governo.

O Rosegate é um assunto que sumiu do noticiário como um passe de mágica. O caso corre na Justiça Federal cheio de “segredos” como se Rose fosse uma potencial ré com direito a foro privilegiado. A cada 15 dias ela se apresenta ao Judiciário. Rose foi apontada pela Polícia Federal como o “braço político” de um esquema que fraudava pareceres ou criava vantagens para empresários corruptos em negócios com o governo Lula-Dilma. Rose só não foi presa inicialmente por sua intimidade com o poderoso Lula. Em um país institucionalmente normal, Lula seria automaticamente convidado pelo Ministério Público Federal a prestar esclarecimentos sobre sua relação política e e, eventualmente, de negócios - com a querida Rosemary.

A viagem de Lula (com ou sem Rose) a Cuba teria importância alguma se ele não tivesse encontrado com os irmãos Fidel e Raúl Castro. Também teria relevância nenhuma o fato dele e o presidente cubano fizeram às obras de ampliação do Porto Mariel – tocada pela Odebrecht com financiamento capimunista do BNDES brasileiro. Agora, depois do atentado moral promovido pela petralhada contra a blogueira Yoani Sánchez, fica evidente que os companheiros do Foro de São Paulo (Lula, Fidel e Raúl) articularam a vergonhosa e covarde tentativa de desmoralização de uma opositora do regime ditatorial da Ilha da Fantasia comunista.

Como Lula nunca age diretamente, escalou seu fiel escudeiro Gilberto Carvalho para coordenar, nos bastidores, o jogo-imundo contra Yoani. Senadores já sabem que existem documentos comprovando que o ato contra Yoani foi organizado por um assessor de confiança de Carvalho: Ricardo Poppi Martins, coordenador de novas mídias da Secretaria-Geral da Presidência. Como o governo consegue tudo que quer no Congresso – todo dominado pelo PMDB de Renan Calheiros e Henrique Alves -, o ditatorial ato anti-Yoani é apenas um dos muitos escândalos a cair no esquecimento, em breve.

Enquanto tudo é esfriado, nos bastidores, ficam cada vez mais fortes os rumores de que Luiz Inácio Lula da Silva pensa mesmo em disputar o governo do Estado de São Paulo, em 2014. Factóide ou não, plantado pelos petistas – para efeito de contra-informação e desbunde da ineficiente oposição -, Lula consegue se manter em evidência, como ontem, em seus 36 minutinhos de ataques aos adversários na festinha de dez anos de governo do PT, no auditório do Hotel Holliday In, na zona Norte de São Paulo.

Em uma prova de que o crime compensa no Brasil, brilharam na festa os condenados no mensalão José Dirceu, José Genoino, Delúcio Soares e João Paulo Cunha. Formou-se uma longa fila de puxa-sacos para cumprimentar Dirceu. A Juventude do PT (a mesma que fez terror contra a cubana Yoani) estampou até uma camisetinha em homenagem ao companheiro Zé. Em cima da foto dele estava escrito “Golpe das Elites”. Embaixo, “Inocente” .

E para todo mundo fica a dúvida cruel: Será que Dirceu vai realmente cumprir os 10 anos e 10 meses de cadeia a que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal? Dirceu comentou ontem que ele e nenhum de seus companheiros vão presos. Dirceu comentou que ele é o PT e o PT é o Brasil. Desafiou: "quem serão os juizinhos que terão coragem de prendê-lo?". Se isto acontecer, segundo palavras de Dirceu, "vamos fazer uma revolução". Na bravata, Dirceu ressaltou que o Brasil caminha para o verdadeiro socialismo, em um processo irreversível. Dirceu comemorou com amigos o fato de "Lula agora estar claramente compromissado com o socialismo".

Menos inocente que o fanatismo político-religioso dos petistas foi o hediondo discurso do presidente do PT. Rui Falcão repetiu a insistente pregação a favor de um controle midiático pelo Estado (igual ao adotado na Argentina, no Equador, na Venezuela e em Cuba. Falcão vociferou: “É inadiável o alargamento da liberdade de expressão no país. O alargamento da democracia nos meios de comunicação tal como está previsto nos artigos da Constituição e que esperam há anos por uma regulamentação”.

Este ponto fraco do PT foi bem explorado ontem pelo discurso do presidenciável tucano Aécio Neves: “Setores do PT estimulam a intolerância com o instrumento de política. Tentam cercear a liberdade de imprensa. E atacam e desqualificam seus os críticos. Transformam em alvo aqueles que tem coragem de apontar erros. E reduz o Congresso a homologador de Medidas Provisórias”.

O problema do PSDB e do resto da suposta oposição é chover no molhado. Todos caem facilmente na armadilha retórica do PT (que sempre desqualifica quem se opõe ao partido e a seus líderes máximos Lula, Dirceu & cia. Não se aponta uma alternativa concreta, clara, objetiva e viável ao plano petista. Enfim, tudo indica que vamos para a sucessão de 2014 com uma reedição da tradicional falta de um projeto para o Brasil.
Eis o jogo que interessa à perpetuação do Governo do Crime Organizado no Brasil.

Águia arrepiada

A desandada brasileira para a esquerda aloprada e radical preocupa os Estados Unidos da América.

Os norte-americanos detestaram as negociações brasileiras para compra de armamentos russos.

E temem que o Brasil siga o mesmo estágio da Venezuela, Argentina e Equador, na linha de um retrocesso democrático.

Esses preocupantes comentários já circulam nos meios diplomáticos... 









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