DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 20-02-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Deputado ataca a conivência do
governo nos ataques a Yoani Sanchez

FotoO EPUTADO ONYX LORENZONI TAMBÉM CRITICOU O PT
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) criticou nesta terça-feira (19) os ataques à blogueira Yoani Sanchez, e a "conivência do governo brasileiro" aos ataques sofridos por ela. A declaração foi feita do Plenário da Câmara: “O governo do partido dos trabalhadores protegeu, acarinhou, acobertou o assassino condenado pela justiça italiana, Cesare Battisti, e assassina a democracia brasileira ao não proteger Yoani Sánchez. Que pena que a democracia brasileira se presta neste momento para dar respeito e abrigo a um bandido chamado Fidel Castro e se nega a proteger uma jovem indefesa que tem como única arma a palavra e seu sonho de liberdade”.

Dilma ignora mensaleiro e Falcão, do PT

Orlando Brito
FotoGENOINO LANÇA UM OLHAR PIDÃO PARA DILMA, RUI FALCÃO DISFARÇA, MAS NÃO HOUVE CUMPRIMENTOS
A presidenta Dilma Ropusseff não deu a mínima para duas presenças ilustres no PT na cerimônia de anúncio de medidas do plano Brasil sem Miséria, nesta terça-feira, no Palácio do Planalto. Ela não olhou e nem mesmo encorajou a aproximação do deputado mensaleiro José Genoino (PT-SP) e do presidente nacional do partido, Rui Falcão, aquele que decidiu não aplicar os artigos do Estatuto do PT que punem com expulsão filiados condenados por malfeitorias com dinheiro público. A companhia da dupla certamente não faz bem à presidenta Dilma.




Exemplo do CNJ

O ministro Joaquim Barbosa discute no CNJ a proibição de patrocínio privado de eventos com magistrados. A AGU deve seguir seus passos.

Estelionato

A polícia investiga se sites de abaixo-assinados online “superfaturam” adesões. “Robô” virtual inscreveria emails sem autorização dos donos.

De pai para filho

O Panamericano anunciou prejuízo gigante de R$ 602 milhões, mas os sócios se fizeram de mortos – o BTG Pactual, em geral cruel com perdedores de dinheiro, e a Caixa, que exibiu lucro de R$ 6,1 bilhões. Suspeita-se de esquema para abafar histórias sobre o salvamento do banco de Silvio Santos na calada da noite, com dinheiro da Viúva.

Tucanos atordoados

No seminário promovido pelo PSDB, ontem, cochichou-se mais sobre a eventual candidatura do pernambucano Eduardo Campos (PSB) à presidência da República, do que sobre a do tucano Aécio Neves (MG).

Censura, não

O ex-jornalista Franklin Martins, que foi ministro da Propaganda de Lula, esteve outra vez com a presidenta Dilma. Tenta convencê-la a apoiar iniciativas de “controle da mídia”, que ela já rejeitou.

Abuso de poder

Mais de 180 passageiros do vôo TAM 3704, São Paulo-Brasília, foram rendidos no destino por policiais federais, e submetidos a revista. É que o colega e deputado Protógenes Queiroz, a bordo, acusava o suposto sumiço de um tablet. Cidadão comum teria direito a idêntica operação?

Pensando bem...

...no vexame contra Yoani Sánchez, os EUA entraram com a “CIA” e o PT com a “Bahia dos Porcos”.

NO BLOG DO NOBLAT


Os democratas precisam mostrar a Yoani que o Brasil não é Cuba

Blog de Augusto Nunes
O vídeo [abaixo] ilustra a reportagem publicada pelo jornal italiano La Stampa que resume o primeiro dia de Yoani Sánchez no Brasil. São 4min10 exemplarmente pedagógicos.
A selvageria dos patrulheiros alugados colide frontalmente com a serenidade da blogueira cubana. As cenas de primitivismo explícito protagonizadas por revolucionários de galinheiro contrasta penosamente com a silenciosa aula de dignidade ministrada pela visitante.
Ouçam as palavras de ordem berradas pela turma das cavernas. Confrontem a gritaria desconexa com as observações sensatas da mulher sem medo. E reconheçam: o país que pensa tem o dever de envergonhar-se desse grotão cafajeste que Yoani foi obrigada a contemplar minutos depois do desembarque.
O que há com os democratas brasileiros que se deixam dobrar por um punhado de baderneiros sem causa nem cérebro?, estaria perguntando Nelson Rodrigues. O que esperam os políticos eleitos pela oposição para formarem escoltas que garantam a Yoani, fisicamente, o direito à palavra?
Baianos e pernambucanos perderam uma boa chance de deixar claro que o Brasil não é Cuba. Nem será, precisa saber a visitante antes de seguir viagem.
Nesta quarta-feira, ela conhecerá a maior metrópole do país. Cumpre aos brasileiros de São Paulo mostrar-lhe que, apesar do PT, do PCdoB e de outras velharias ideológicas, a democracia continua em vigor. E não será revogada.


Justiça cassa mandato do presidente da Câmara de Belo Horizonte

Marcelo Portela, Estadão
A Justiça Eleitoral cassou o mandato do presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), e declarou o político inelegível por oito anos. Ele foi condenado, em sentença divulgada nesta terça-feira, 19, pela acusação de abuso de poder político e econômico por ter, na eleição do ano passado, superado em quase R$ 1 milhão a média de gasto com a publicidade oficial do Legislativo mineiro, que também presidiu na última legislatura.
De acordo com inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), a Câmara gastou com publicidade oficial, entre 2009 e 2011, um total de R$ 5,6 milhões, o que representa uma média de R$ 1,8 milhões por ano. Em 2012, quando disputou a reeleição, o parlamentar autorizou gastos de quase R$ 2,8 milhões.


Valor mínimo do Bolsa Família subirá a R$ 70

O Globo
O governo federal anunciou, ontem, que vai ampliar o Programa Brasil sem Miséria. A partir de 18 de março, o valor mínimo pago por pessoa a cadastrados no Bolsa Família subirá de R$ 36 para R$ 70. De acordo com o governo, 2,5 milhões de pessoas que recebem abaixo dessa quantia — seja somente de benefício ou pela soma dele com outra fonte de renda — terão o complemento e poderão, assim, sair da condição de extrema miséria.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a complementação da renda custará aos cofres públicos R$ 773 milhões somente este ano. O valor gasto com o Bolsa Família tem aumentado no governo Dilma Rousseff. Em 2010, último ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, R$ 14 bilhões foram destinados ao programa. A previsão para 2013 é de investir R$ 23 bilhões.

Yoani responde em seu blog a protestos no Brasil

O Globo
Depois de cancelar oficialmente alguns dos eventos programados para esta terça-feira e de afirmar em uma coletiva de imprensa que “passou por uma situação de risco”, a blogueira e dissidente cubana Yoani Sánchez respondeu aos “atos de repúdio” que viveu no Brasil em seu blog Generación Y.
De acordo com ela, as manifestações foram causadas por “alguns adeptos incondicionais do governo cubano”, que exibiam uma lista de mentiras sobre ela.
“O grupo de extremistas que impediu a projeção do filme de Dado Galvão em Feira de Santana era algo mais que alguns poucos adeptos incondicionais do governo cubano. Todos tinham, por exemplo, o mesmo documento, impresso e colorido, com lista de mentiras sobre mim, todas maniqueistas e fáceis de rebater em um simples conversa. Repetiam um roteiro idêntico e batido, sem ter a menor intenção de escutar a resposta que eu pudesse dar”, disse, em seu blog.




Violência nos EUA cria mercado de materiais escolares blindados

O Globo
Mochilas estampadas com imagem de princesas ou de super-heróis fazem parte da rotina de qualquer escola, seja aqui no Brasil ou em qualquer outro país. Mas, nos Estados Unidos, onde sucessivos massacres com armas de fogo em instituições de ensino deixam pais, professores e alunos cada dia mais acuados, modelos semelhantes têm agora um diferencial assustador: a blindagem.
De olho no filão surgido com o aumento da violência, pelo menos meia dúzia de empresas americanas estão produzindo materiais escolares à prova de balas. Uma delas, a Amendment II, anunciou que as vendas triplicaram após a tragédia ocorrida em dezembro de 2012, na cidade de Connecticut, quando um jovem de 20 anos matou 26 pessoas dentro de uma escola primária.



ONU lança alerta sobre impacto de produtos químicos do dia a dia

BBC Brasil
Componentes químicos artificiais presentes no nosso dia a dia podem ter um impacto significativo no sistema hormonal, favorecendo o desenvolvimento de doenças, de problemas de fertilidade e males congênitos, informa um estudo da ONU divulgado nesta terça-feira.
O estudo diz que o número de químicos EDCs - químicos com efeitos endocrinológicos, na sigla em inglês - aumentou "dramaticamente" entre 2000 e 2012, e muitos não são testados quanto a seus efeitos na saúde humana e na vida selvagem.

Os donos do Senado

Marco Antonio Villa, O Globo
A República brasileira nasceu sob a égide do coronelismo. O federalismo entregou aos mandões locais parcela considerável do poder que, no Império, era exercido diretamente da Corte. Isto explica a rápida consolidação do novo regime justamente onde não havia republicanos.
Para os coronéis pouca importava se o Brasil era uma monarquia ou uma república. O que interessava era ter as mãos livres para poder controlar o poder local e exercê-lo de acordo com seus interesses.
Mesmo durante as ditaduras do Estado Novo e militar, o poder local continuou forte, intocado. A centralização não chegou a afetar seus privilégios. Se não eram ouvidos nas decisões, também não foram prejudicados. E quando os regimes entraram em crise, na “nova ordem” lá estavam os coronéis.
Foram, ao longo do tempo, se modernizando. Se adaptaram aos novos ventos econômicos e ao Estado criado a partir de 1930.
O fim do regime militar, paradoxalmente, acabou dando nova vida aos coronéis. Eles entenderam que o Congresso Nacional seria — como está sendo nas últimas três décadas — o espaço privilegiado para obter vantagens, negociando seu apoio a qualquer tipo de governo, em troca da manutenção do controle local.
Mais ainda, a ampliação do Estado e de seus recursos permitiu, como nunca, se locupletar com os bancos e empresas estatais, os recursos do orçamento federal e, mais recentemente, com os programas assistenciais.
A modernização econômica e as transformações sociais não levaram a nenhuma alteração dos métodos coronelísticos. A essência ficou preservada. Se no começo da República queriam nomear o delegado da sua cidade, hoje almejam uma diretoria da Petrobras.
A aparência tosca foi substituída por ternos bem cortados e por uma tentativa de refinamento — que, é importante lembrar, não atingiu os cabelos e suas ridículas tinturas, ora acaju, ora preto graúna.
Não há nenhuma democracia consolidada que tenha a presença familiar existente no Brasil. Melhor explicando: em todos os estados, especialmente nos mais pobres, a política é um assunto de família.
É rotineiro encontrar um mesmo sobrenome em diversas instâncias do Legislativo, assim como do Executivo e do Judiciário. Entre nós, Montesquieu foi tropicalizado e assumiu ares macunaímicos, o equilíbrio entre os poderes foi substituído pelo equilíbrio entre as famílias.
Um, entre tantos tristes exemplos, é Renan Calheiros. Foi eleito pela segunda vez para comandar o Senado. Quando exerceu anteriormente o cargo foi obrigado a renunciar para garantir o mandato de senador — tudo em meio a uma série de graves denúncias de corrupção. Espertamente se afastou dos holofotes e esperou a marola baixar.
Como na popular marchinha, Renan voltou. Os movimentos de protesto, até o momento, pouco adiantaram. Os ouvidos dos senadores estão moucos. A maioria — incluindo muitos da “oposição” — simpatiza com os seus métodos. E querem, da mesma forma, se locupletar. Não estão lá para defender o interesse público. E ridicularizam as críticas.
Analiticamente, o mais interessante neste processo é deslocar o foco para o poder local dos Calheiros. É Murici, uma paupérrima cidade do sertão alagoano. Sem retroagir excessivamente, os Calheiros dominam a prefeitura há mais de uma década. O atual prefeito, Remi Calheiros, é seu irmão — importante: exerce o cargo pela quarta vez. O vice é o seu sobrinho, Olavo Calheiros Neto. Seu irmão Olavo é deputado estadual, e seu filho, Renan, é deputado federal (e já foi prefeito).
Não faltam acusações envolvendo os Calheiros. Ao deputado estadual Olavo foi atribuído o desaparecimento de 5 milhões de reais da Assembleia Legislativa, que seriam destinados a uma biblioteca e uma escola. A resposta do Mr M da política alagoana foi agredir um repórter quando perguntado sobre o sumiço do dinheiro. E teve alguma consequência? Teve algum processo? Perdeu o mandato? Devolveu o dinheiro que teria desviado? Não, não aconteceu nada.
E a cidade de Murici? Tem vários recordes. O mais triste é o de analfabetismo: mais de 40% da população entre os 26 mil habitantes. De acordo com dados do IBGE, o município está entre aqueles com o maior índice de incidência de pobreza: 74,5% da população. 41% dos muricienses recebem per capita mensalmente até ¼ do salário mínimo.
Saneamento básico? Melhor nem falar. Para completar o domínio e exploração da miséria é essencial contar com o programa Bolsa Família. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social, na cidade há 6.574 famílias cadastradas no programa perfazendo um total de 21.902 pessoas, que corresponde a 84,2% dos habitantes.
Quem controla o cadastro? A secretária municipal de Assistência Social? Quem é? Bingo! É Soraya Calheiros, esposa do prefeito e, portanto, cunhada de Renan.
O senador é produto desta miséria. Em 2007, quando da sua absolvição pelo plenário do Senado (40 votos a favor, 35 contra e 6 abstenções), seus partidários comemoraram a votação como uma vitória dos muricienses. Soltaram rojões e distribuíram bebidas aos moradores. E os mais fervorosos organizaram uma caravana a Juazeiro do Norte para agradecer a padre Cícero a graça alcançada...
Porém, o coronel necessita apresentar uma face moderna. Resolveu, por incrível que pareça, escrever livros. Foram quatro. Um deles tem como título “Do limão, uma limonada”. Pouco antes de ser eleito presidente do Senado, a Procuradoria-Geral da República o denunciou ao STF por três crimes: falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato. Haja limonada!

Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos, de São Paulo


NO BLOG DO CORONEL


Petismo mascara a história como os piores regimes totalitários do mundo.

A mesma iconografia utilizada pelos piores ditadores do mundo...
 ... reproduzida na capa da cartilha mentirosa do PT.

Cartilha comemorativa dos dez anos do PT no poder federal manipula números, datas e conceitos para forçar o contraste entre as políticas do partido e as dos "governos neoliberais" -o alvo óbvio, não citado pelo nome, é o ex-presidente tucano FHC. Em meio a exageros, omissões e dados de procedência duvidosa, o documento de 15 páginas procura, mais do que enaltecer os resultados obtidos desde 2003, sustentar a tese de que o país passou por uma inédita reviravolta econômica e social. 

Para isso, é preciso minimizar ou deixar de lado iniciativas anteriores que não se encaixam na descrição de um período de defesa do Estado mínimo e combate à distribuição de renda. Também não se menciona que a política econômica combatida nos anos de oposição foi mantida, praticamente intacta, nos seis primeiros anos de governo. Um exemplo do contorcionismo estatístico é a exaltação dos programas de "proteção e promoção social", que, segundo o texto, somam hoje 23% do Produto Interno Bruto -não se explica como o número foi calculado.

Nesse trecho, abandona-se a comparação com governos neoliberais (1990-2002) e cita-se apenas a cifra de 13,5% do PIB atribuída ao final da ditadura militar. Desapareceu, assim, a expansão do gasto social durante as administrações dos adversários. Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao Planalto) estimou o gasto social federal em 16% do PIB em 2011. Sob FHC, essa despesa subiu de 11% para 13% do produto. 

Um dos principais trunfos políticos petistas, a redução da pobreza também foi tratada na cartilha com números vagos, saltos temporais e retórica dramática. "Mesmo com o avanço do regime democrático pós-1985, o país permaneceu prisioneiro do estado crônico de semi-estagnação econômica, capaz de acorrentar inacreditavelmente 45 brasileiros a cada 100 na condição de pobreza absoluta." 

Nas estatísticas do Ipea, listadas entre as fontes do documento, a taxa de pobreza mais parecida com a mencionada são os 43% de 1993, no período hiperinflacionário. Depois do Plano Real, o percentual caiu e se manteve em torno de 34%; no governo Lula, a queda foi acelerada e a taxa foi a 21% em 2009. Esses números, porém, não aparecem no folheto. 

Em vez disso, o texto opta pelas previsões de que, até o final desta década, a miséria será erradicada e a desigualdade de renda atingirá "níveis civilizados". Enquanto a primeira se baseia em estatísticas controversas, a segunda é pouco realista porque o Brasil ainda está entre os 12 países mais desiguais do mundo.(Matéria da Folha de São Paulo)

Em campanha, Dilma cria o miserável eleitor invisível.

O crescimento  de 1% no PIB mostra o fracasso da política econômica do governo petista. Já a destinação de 0,5% do PIB para a Bolsa Família mostrao que sustenta o PT no poder. Um programa social que se transformou em verdadeira caça até mesmo a um miserável eleitor invisível. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.

O governo anunciou ontem uma ampliação do Bolsa Família que permitirá zerar o número de miseráveis cadastrados e dará à presidente Dilma Rousseff um novo slogan para sua campanha à reeleição no ano que vem. À frente de um cartaz com a frase "O fim da miséria é apenas um começo", Dilma anunciou a medida. Serão beneficiadas todas as 2,5 milhões de pessoas que, apesar de já serem atendidas pelo programa, ainda constam como extremamente pobres no Cadastro Único -banco de dados federal sobre famílias de baixa renda. 

A partir de março, essas pessoas receberão um complemento do Bolsa Família, no valor necessário para que sua renda mensal supere R$ 70, linha oficial da miséria no país, adotada em 2009. A mudança será feita por meio de uma medida provisória. Isso significa que, pelos critérios escolhidos pelo governo, a gestão Dilma terá tirado da extrema pobreza todas as 22 milhões de pessoas listadas no cadastro no início de 2011. 

"O Brasil vira uma página decisiva na nossa longa história de exclusão social", disse Dilma em discurso.Junto com a redução dos juros bancários, esse resultado deve ser uma marca central da campanha presidencial de Dilma, que ontem atacou os críticos dos programas sociais. "Então, isso nos diferencia desse 'disse me disse', da pequena política e dos modelos ultrapassados de análise. É por isso que as correntes do pensamento conservador -aquelas mesmas correntes que quase empurram o mundo para o abismo da crise financeira- insistem em não entender o Brasil e a originalidade do nosso modelo." 

O tom de confronto com os "conservadores" é similar ao que deverá ser adotado hoje pelo PT no evento em que comemorará os 10 anos à frente do governo federal, e do qual Dilma participará ao lado de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O critério adotado pelo governo para definir a miséria, porém, só leva em conta a renda declarada pelas pessoas cadastradas para participar dos programas sociais e ignora a inflação acumulada desde 2009, superior a 20%. 

Além disso, como a Folha mostrou no sábado, o governo estima que outros 2,5 milhões de pessoas miseráveis estão fora desses programas porque não foram localizadas e cadastradas até hoje. Dilma encarregou o Ministério do Desenvolvimento Social de mobilizar as prefeituras para encontrar e incluir essas pessoas nos seus programas até o fim do ano. Ontem, ela reconheceu o problema em seu discurso: "Agora que acabamos com a miséria visível, temos de ir atrás da miséria ainda invisível", afirmou.

A medida anunciada ontem é o fecho de um processo que teve cinco etapas anteriores. Iniciado em março de 2011, ele custará cerca de R$ 9,7 bilhões extras para o governo por ano. Com isso, o orçamento total do Bolsa Família, que absorveu todos esses gastos, saltará para quase R$ 24 bilhões neste ano (0,5% do PIB). Em 2010, último ano do governo de Lula, esse custo era de R$ 14,3 bilhões. Nos últimos dois anos, o governo reajustou o valor dos benefícios, ampliou as transferências de renda para novos grupos e criou o Brasil Carinhoso, que complementa a renda de pessoas miseráveis, mas apenas para aqueles com filhos de até 15 anos.


Assessor da Dilma que pegou o dossiê contra Yoani recebeu oito diárias para evento de três dias em Cuba.

O assessor da Dilma foi à embaixada de Cuba e pegou um dossiê mentiroso contra a blogueira Yoani Sanchez. O Palácio do Planalto confirmou o fato em nota oficial, mas informou que ele não usou a mentirada, apesar de que todos os ataques à cubana usam os mesmos chavões.

O assessor da Dilma aproveitou para tirar um visto, já que iria representar o Brasil no  II Taller Internacional "las redes sociales y los medios alternativos, nuevos escenarios de la comunicación política en el ámbito digital", evento realizado em Havana, Cuba, de 11 a 13/02/2013. Assim foi feito.

O evento ocorreu de segunda à quarta-feira. Ao que consta, o assessor da Dilma não estava em missão oficial, a não ser a participação neste evento de três dias.   No entanto, a informação oficial do Palácio do Planalto é que  este assessor da Dilma embolsou oito diárias de U$ 320, totalizando U$ 2.560,  para um evento de três dias. 

O povo brasileiro quer o dinheiro de volta. Aqui matéria do Contas Abertas.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


Silas Malafaia e a agressão à democracia – A Avaaz, o site internacional de petições, sob o comando, no Brasil, de Pedro Abramovay, está desmoralizado. Veja como e por quê. Ou: Como usar Renan Calheiros para ocultar algo… pior do que Renan: a ditadura do falso consenso!

Caros leitores, vai um texto longo. Mas prestem muita atenção porque ele trata de uma questão cada vez mais relevante no Brasil: a qualidade da nossa democracia, que está sendo assaltada pelos capitães do mato do politicamente correto.
Não, eu não sabia que Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e defenestrado por Dilma da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas porque defendeu a não prisão de “pequenos traficantes” (???), é agora “diretor de campanhas”, no Brasil, da Avaaz, uma entidade internacional de petições online. A campanha mais bem-sucedida do grupo é a que pede o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eu mesmo publiquei aqui muitos posts a respeito, com link para a petição. É evidente que a gente pode ser contra a permanência de Renan na presidência do Senado sem precisar se alinhar com Pedro Abramovay. E eu não me alinho com ele por uma penca de motivos. Gosto de clareza e rejeito gente que faz tráfico de ideias. Acho que este rapaz é partidário do totalitarismo ilustrado. E vou dizer, mais uma vez, por quê — há um motivo novo, estupefaciente! Entendo, agora com mais detalhes, por que a petição contra Renan penetrou tão facilmente nos grandes veículos. O moço tem “contatos na mídia” — mais do que muitos imaginam. Sabe ser “de confiança” para a esquerda e para setores do que já se chegou a chamar “direita”. É um bico doce! Bem, resta uma conclusão neste primeiro parágrafo: se Abramovay é um dos comandantes da Avaaz, isso quer dizer que parte da pressão para derrubar Renan Calheiros — ainda que isso possa ser justo — parte do próprio… PT! Não, isso não me fará apoiar Renan. Mas convém não ser ingênuo. Se Abramovay é filiado ou não ao partido, isso é irrelevante. O fato é que se trata de um seu fiel servidor. A entidade que ele dirige fez um troço escandaloso. Ele não tem como se desmoralizar; a Avaaz, sim! Antes que entre no caso, um pouco mais de memória.
Abramovay ainda estava na Secretaria Nacional de Justiça e de malas prontas para se transferir para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas quando concedeu uma entrevista ao Globo defendendo o fim da prisão para pequenos traficantes. Seus amigos tentaram negar que o tivesse feito. Fez. Dilma o demitiu — uma decisão correta; eu a apoiei então. Procurem nos arquivos e encontrarão. Esse moço é o inspirador de uma campanha que foi parar na televisão chamada “é preciso mudar”, que defende, na prática, a descriminação do consumo de drogas, ainda que tente edulcorar a proposta. Num tempo em que o país se vê às voltas com o flagelo do crack, os valentes acham que essa é um boca causa…
Não só isso. Abramovay também está entre aqueles que acham que o Brasil prende demais —  os números demonstram que prende é de menos. Quando um surto de violência tomou conta de São Paulo, ele preferiu voltar as suas baterias contra o governo estadual, não contra os bandidos. É que ele era um dos divulgadores da tese — e disse isso em entrevista ao jornal O Globo (de novo!) — de que a taxa de homicídios no estado estava entre as mais baixas do país porque quem continha os assassinatos era o PCC… Também deixava entrever a suspeita de que haveria uma espécie de pacto entre a Secretaria de Segurança e o crime organizado. Como setores da imprensa afinados ideologicamente com ele lhe dão trela, a cobertura jornalística viveu um momento notavelmente esquizofrênico: de um lado, o governo do estado era acusado de patrocinar uma guerra cega contra os bandidos; de outro, era acusado de ter feito um pacto com eles. Em qualquer dos casos, quem apanhava era a polícia. Abramovay fez parte — e, em certa medida, foi seu articulador intelectual (dou crédito a quem merece!) — da campanha que resultou na queda de Antônio Ferreira Pinto, então secretário da Segurança Pública. Vejam que não acuso este rapaz de cometer crime nenhum. É possível alimentar ideias moralmente dolosas, pelas quais não se pode nem se deve ser punido. Mas o debate? Ah, esse tem de ser feito.
Vai acima uma pequena síntese das causas deste valente e de sua inegável influência na imprensa. Nem poderia ser diferente. Apareceu como um geniozinho do direito pelas mãos de Márcio Thomaz Bastos, aquele que era ministro da Justiça quando explodiu o caso do mensalão e que depois se tornou o advogado da fatia mais abastada, sem trocadilho, dos mensaleiros. Havendo alguma inverdade nesta breve síntese sobre o doutor sênior, ouvirei com cuidado. Mais: Abramovay é tido como gênio sem que precise demonstrá-lo. É porque dizem que é… Cadê a obra?
Vamos ao caso de agoraTodos conhecem o pastor Silas Malafaia. Ele é formado em psicologia e tem o devido registro profissional. Muito bem! Malafaia tem algumas opiniões que, de modo absoluto e irrecorrível, não coincidem com as minhas. E, evidentemente, concordamos em muita coisa. Destaco a concordância: ambos somos defensores radicais da liberdade de expressão e críticos severos do tal PLC 122 (a suposta lei anti-homofobia), que, se aprovado, pode mandar alguém para a cadeia por motivos meramente subjetivos. Já escrevi a respeito e não vou me alongar. E destaco uma das radicais discordâncias: Malafaia acredita que homossexuais possam ser reorientados — como deixou claro em recente entrevista a Marília Gabriela, que bombou no YouTube. Eu não acredito. As pessoas são o que são — e acho que permanece um mistério a causa. Acho, sim, que cada indivíduo pode disciplinar a sua sexualidade e, então, fazer escolhas.  Assim, eu não aprovo, não endosso nem defendo o trabalho de psicólogos que se dedicam a reorientar a sexualidade de seus pacientes.
Proibir, no entanto, que psicólogos atuem na “reorientação” junto àqueles que, voluntariamente, queiram se submeter a ela é uma violência antidemocrática, que fere a Constituição. Já escrevi um longo texto a respeito. O Conselho Federal de Psicologia aprovou uma resolução no dia 22 de março de 1999. Há lá coisas corretas e de bom senso e alguns absurdos. Reproduzo em azul trecho daquele post, em que transcrevo o Artigo 3º:
(…)
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”
Ora, isso é só bom senso. Quem poderá defender que alguém, no gozo pleno de suas faculdades mentais, possa ser submetido a um tratamento contra a sua vontade? Convenham: isso nem é matéria para um conselho profissional. Mas me parece evidente que a resolução avança o sinal e joga no lixo o Artigo 5º da Constituição quando determina, por exemplo, o que segue:
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Qual é o principal problema desses óbices? Cria-se um “padrão” não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade. Esses dois trechos são tão estupidamente subjetivos que se torna possível enquadrar um profissional — e puni-lo — com base no simples achismo, na mera opinião de um eventual adversário. Abrem-se as portas para a caça às bruxas. Digam-me cá: um psicólogo que resolvesse, sei lá, recomendar a abstinência sexual a um compulsivo (homo ou hétero) como forma de livrá-lo da infelicidade — já que as compulsões, segundo sei, tornam infelizes as pessoas —, poderia ou não ser enquadrado nesse texto? Um adversário intelectual não poderia acusá-lo de estar propondo “a cura”? Podemos ir mais longe: não se conhecem — ou o Conselho Federal já descobriu e não contou pra ninguém? — as causas da homossexualidade. Se um profissional chega a uma determinada terapia que homossexuais, voluntariamente, queiram experimentar, será o conselho a impedir? Com base em que evidência científica? Há uma diferença entre “verdade” e “consenso da maioria influente”. Ademais, parece-me evidente que proibir um profissional de emitir uma opinião valorativa constitui uma óbvia infração constitucional. Questões ligadas a comportamento não são um teorema de Pitágoras. Quem é que tem o “a²= b²+c²” da homossexualidade? A resolução é obviamente autoritária e própria de um tempo em que se impõe a censura em nome do bem.
RetomoCaras e caros, estão percebendo o que distingue uma sociedade democrática de uma sociedade totalitária, que, nos tempos modernos, se impõe com as vestes da democracia? Eu discordo de Silas Malafaia; eu discordo daqueles que acreditam na reorientação de homossexuais, mas me parece absurdo que um conselho profissional queira se imiscuir, desse modo, na relação entre paciente e psicólogo. Não existe isso em nenhum lugar do mundo!!! “Ora, Reinaldo, a Organização Mundial de Saúde não considera a homossexualidade uma patologia…” E daí? Ter o nariz torto, grande demais, pequeno demais ou o queixo arrebitado não são patologias também. Mas as pessoas podem estar infelizes com isso. Há gente que sofre porque é bonita demais, rica demais, famosa demais, essas coisas que, à primeira vista, parecem desejáveis aos feios, aos pobres e aos anônimos… O mundo é complexo.
O que pretendem? Um Esquadrão do Psicologicamente Correto a invadir consultórios para saber se o profissional está fazendo o trabalho como deve? POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, PRETENDEM, SIM, FAZER ALGO PARECIDO. E agora, finalmente, depois dessa longa explanação, chego a Pedro Abramovay.
Silas Malafaia e a AvaazAlguém lançou na página da Avaaz uma petição propondo a cassação do registro profissional de Silas Malafaia. Razão? As suas opiniões sobre a homossexualidade e a defesa que faz do que chama trabalho de “reorientação”. O próprio Conselho Federal de Psicologia já o ameaçou com isso, o que é, reitero, uma barbaridade. Debates assim não teriam a mínima chance de prosperar em países de cultura democrática consolidada.
Muito bem! No dia 9 deste mês, Ricardo Rocha lançou no mesmo site uma petição contra a cassação do registro. Ora, não é assim que as coisas devem funcionar? No escopo da democracia, alguns fazem petição a favor de terminadas causas, outras, contra. Pois bem: anteontem, aconteceu o que certamente a patrulha não esperava: os signatários favoráveis à manutenção do registro profissional de Malafaia (eu teria assinado com gosto se tivesse sabido a tempo, mesmo discordando radicalmente dele nesse particular)superaram, em número, os que queriam cassá-lo: 65.786 contra 55.000. E então se deu o ato indigno.
Ricardo Rocha, o criador da petição favorável à manutenção do registro de Malafaia, recebeu a seguinte mensagem da Avaaz, DIRIGIDA E DESMORALIZADA, NO BRASIL, por Pedro Abramovay (leiam com atenção!):
*
Olá RICARDO 
Obrigado por criar uma petição no site da Petições da Comunidade da Avaaz. Como está dito nos nossos Termos de Uso, nós somos uma comunidade não lucrativa baseada em valores e 100% financiada por pequenas doações de nossos membros. Como resultado, nós somos requeridos por lei e pela nossa comunidade a apenas promover campanhas que visam a nossa missão. Para ter a certeza de que estamos fazendo isso, nós enviamos petições para nossa comunidade todos os dias para pesquisar e checar se elas são apoiadas pela comunidade ou não.
Infelizmente, a maioria dos membros da Avaaz não apoiaram sua petição e, seguindo nossos Termos de Serviço, tivemos que removê-la de nosso site. Nós sentimos muito por isso e esperamos que isso não impeça sua participação ou criação de outras campanhas.
O texto da sua petição está abaixo desta mensagem. Você pode considerar recomeçá-lo num site comercial que não possui restrições legais sobre qual tipo de campanha eles podem promover como Care2.com, petitionsonline.com ou change.org.
Nossas sinceras desculpas,
A equipe da Avaaz
VolteiAh, bom! Então tá!
Atenção, meus caros! A primeira petição não era “favorável aos gays”, mas a favor da cassação do registro profissional de Malafaia. A segunda petição não era “contra os gays”, mas contra a cassação daquele registro.
Quando a Avaaz diz que só faz campanhas que visam “à sua missão”, cabe perguntar: uma de suas missões é cassar registros profissionais de pessoas das quais a “comunidade do site” discorda? A entidade, cuja sede é nos EUA, tem uma página gigantesca em que expõe os termos de uso, as questões legais e coisa e tal. Ali está escrito que a direção pode, sim, consultando seus membros, retirar ou recusar petições — desde que elas ofendam, segundo entendi, os princípios gerais ali expostos.
Ora, se alguma transgressão existe aos fundamentos da Avaaz, ela está justamente na petição que demoniza Silas Malafaia. Trata-se de uma agressão dupla: à sua formação de psicólogo e à sua condição de pastor. Estamos diante de uma soma de intolerâncias. Estamos falando de pessoas que não conseguem conviver com a divergência.
Não sei como se comporta a Avaaz no resto do mundo. Vou tentar saber. O que é certo é que o Pedro Abramovay, o chefe de “campanhas” da entidade no Brasil, acaba de desmoralizá-la. Não duvidem: se os que querem cassar Malfaia tivessem ganhando de goleada, a outra petição não teria sido retirada. É que, no jogo de que Abramovay é “árbitro”, só um lado pode vencer.
ConcluindoO caso ilustra esta era do fascismo do consenso. Embora, como se demonstrou até o momento em que a petição foi retirada do ar, a maioria estivesse contra a cassação do registro de Silas Malafaia, ficou valendo a voz da minoria que quer puni-lo, numa agressão óbvia à Constituição. O consenso vira a voz da minoria!Assim, no Brasil, a Avaaz deixa de ser um site de petições que vocaliza a opinião da sociedade civil, como eles pretendem, para se transformar num grupo de pressão que tem uma agenda política.
Eu não esperava outra coisa de uma entidade comandada por Pedro Abramovay ou que o tem como “diretor de campanhas”.
“Ah, mas e a causa meritória contra Renan Calheiros?” Bem, trata-se apenas de um caso em que a virtude serve para ocultar os vícios.
Lamento! A Avaaz está desmoralizada. Enquanto Pedro Abramovay for seu “diretor de campanha”, este blog não mais reproduzirá as suas petições, ainda que sejam feitas contra o demônio… De algum modo, o rabudo estará se beneficiando. Este blog encontrará formas certamente mais sinceras — e democráticas — de se opor ao Coisa Ruim. De resto, não sou tolo e sei que o site pode muito bem sobreviver sem mim. Não vou coonestar totalitários em pele de cordeiro.
No Brasil, a Avaaz deixou de ser a voz da sociedade civil para ser a dona de uma agenda política, como é o petista, pouco importa se só de coração ou também de carteirinha, Pedro Abramovay. A democracia de um lado só é a forma mais virulenta de ditadura. E eu dou um pé simbólico no traseiro de ditadores desde os 14 anos. Na prática, Abramovay e a Avaaz, no Brasil, não são diferentes desses delinquentes políticos e intelectuais que saem por aí agredindo Yoani Sánchez. Há a uni-los a intolerância com a divergência.
Por Reinaldo Azevedo


Os bons fascistas – O petista Pedro Abramovay, chefão da Avaaz no Brasil, considera-se juiz de um tribunal de exceção e comandante de um pelotão de fuzilamento

Denunciei ontem aqui um absurdo e uma violênciaCorre no site Avaaz — uma organização internacional, comandada, no Brasil, pelo petista Pedro Abraovay — um abaixo-assinado em favor da cassação do registro profissional do pastor Silas Malafaia, que é formado em psicologia. Já é uma barbaridade que adversários intelectuais ou religiosos desse ou daquele resolvam recorrer a tal expediente numa matéria como essa, mas vá lá… Houve reação. Também se criou uma petição contra a cassação, que superou a outra em número. O que fez Abromovay? Simplesmente tirou do ar a petição favorável a Malafaia e manteve só aquela que o demoniza. Escrevi, então, o post. No texto, informei que o rapaz — um dos queridinhos de Márcio Thomaz Bastos e ex-secretário Nacional de Justiça do governo Lula — é muito bem relacionado naquilo que o PT chama “mídia”.
Eis que, na madrugada desta quarta-feira, às 4h da matina, dou de cara com um texto na Folha Online, que pode entrar na categoria das coisas espantosas, intitulado “Protesto virtual pode levar Silas Malafaia a perder registro de psicólogo”. Como? Eu me ajeitei aqui na cadeira. “Quer dizer, então, que um protesto virtual pode agora decidir um registro profissional? Segundo Anna Virginia Balloussier, que assina o texto, sim. Escreve ela, num estilo que parece orgulhoso de misturar alhos com bugalhos:
“O que o pastor Silas Malafaia tem em comum com Renan Calheiros, o “Veta, Dilma!” (contra o novo Código Florestal) e os índios Guarani Kaiowá?
O líder evangélico também virou tema de um abaixo-assinado na Avaaz.org, como as listadas acima. E, por conta dele, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.
A turma da internet se voltou contra Malafaia, líder evangélico há três décadas, após sua participação no programa “De Frente com Gabi” (SBT), da jornalista Marília Gabriela.”
Notem que a “turma da Internet” virou agora um ente — e parece ter um lado só. O mais impressionante é que a repórter informa aos leitores, lá pelo fim do texto, que a petição em favor de Malafaia também foi lançada, reuniu mais assinaturas, mas foi retirada do ar pelo chefão da Avaaz, Pedro Abramovay, que foi entrevistado. E é ele quem diz:
“Mais de 77% da nossa comunidade votou para remover esta petição, e estamos muito orgulhosos dessa decisão democrática para rejeitar este tipo de lobby para continuar práticas homofóbicas”.
Chefe do pelotão de fuzilamentoEis aí. Quando publiquei o texto de ontem à noite, alguns bananas tentaram reagir, acusando-me de estar pegando no pé do pobrezinho Abramovay. Nas poucas palavras acima, ele se revela. E ainda chama o que fez de “decisão democrática”, da qual se orgulha.
Para Abramovay, a democracia funciona assim: ele e sua turma se reúnem e decidem, por maioria, que reputação tem o direito de viver e que reputação tem de ser fuzilada. A Avaaz é, agora, um tribunal de exceção, dotado de um pelotão de fuzilamento. Vejam que graça esse rapaz: ele chama de “lobby” os que assinaram a petição em favor de Malfaia, mas não se refere nesses termos àqueles que assinaram a petição contra. Por quê? Ora, porque ele se tornou também juiz das petições.
Abramovay é só a manifestação aparentemente — e só aparentemente — mais civilizada daqueles vagabundos que impediram Yoani Sánchez de falar em Feira de Santana. Ele quer calar Malafaia. Por quê? Ora, porque não concorda com ele! Vão dizer que isso não é motivo suficiente…
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG UCHO.INFO


Comodismo do povo leva escândalo de hospital inaugurado com show de Ivete Sangalo à bazófia

Falta vergonha na cara – A capacidade de indignação e de reação do brasileiro está abaixo de zero. Esse comodismo foi condenado peloucho.info durante o Carnaval, pois é inconcebível que um bloco carnavalesco arraste mais de dois milhões de foliões, enquanto uma manifestação contra a corrupção, em São Paulo, não consegue reunir mais do que cem pessoas.

A letargia que domina a população é o cenário ideal para que os totalitaristas avancem com seus projetos de poder, mesmo que disfarçadamente. E o mais perigoso de todos é o que está sob o comando de Lula.
Prova maior dessa incapacidade de reagir tem como cardápio o Hospital de Sobral, no interior do Ceará, inaugurado recentemente pelo governador Cid Gomes (PSB) e com direito a show da cantora Ivete Sangalo, que embolsou R$ 650 mil para cantar durante mais de uma hora diante de uma unidade de saúde inacabada e que desde o primeiro dia funciona parcialmente.
Como afirmamos em matéria anterior, Cid Gomes deveria estar preso por conta desse descalabro, que a sociedade assimilou como se fosse um daqueles doces e lambuzados sonhos da padaria da esquina. Em um país cuja população tem sangue nas veias, a sede do Executivo cearense já estaria cercada e o prédio onde mora a cantora baiana também.
Como se fosse pouco, na segunda-feira (18) a marquise do novíssimo hospital simplesmente desabou, mostrando que a exploração da miséria através do socialismo boquirroto é cartilha do cotidiano brasileiro, sem que a população ao menos reaja.
Alguém há de afirmar que Ivete Sangalo não tem culpa, mas não precisa de massa cinzenta de excelente qualidade que há algo errado na inauguração de um hospital que contrata o show de uma cantora de axé por R$ 650 mil. Mesmo na sua cretinice política, Cid Gomes foi incapaz de prestigiar um artista cearense, tendo que “importar” Ivete da terra de São Salvador.
A cantora, que não enfrenta problema financeiro e nem mesmo tem dificuldade para realizar shows, até porque sua agenda está sempre lotada, deveria ter doado o cachê ao hospital, como forma de mostrar sua preocupação com os desvalidos, que se comprarem um dos seus CDs é capaz de morrer de fome.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Envolvimento direto no dossiê cubano contra Yoani Sánchez pode custar a cabeça de Gilberto Carvalho


Uma das figuras mais poderosas do governo Lula-Dilma, o ministro Gilberto Carvalho, cometeu uma das maiores burradas dos últimos tempos e está com a cabeça a prêmio para ser detonado da Secretária-geral da Presidência da República. Documentos internos demonstram que Carvalho foi o operador do jogo-imundo para tentar desmoralizar a blogueira cubana Yoani Sánchez em sua viagem ao Brasil. O chanceler Antônio Patriota também acabou envolvido na trama. Claro, quem está por trás de Carvalho é o chefão Luiz Inácio Lula da Silva – que agiu a pedido dos irmãos Fidel e Raul Castro - seus amigos e parceiros.

O que seria um simples e covarde ato radicalóide de jovens petralhas contra a jovem dissidente cubana agora se transforma em um incidente diplomático e tem tudo para evoluir para uma crise política interna. No Senado, já circulavam ontem documentos comprovando que o ato contra Yoani foi organizado por um assessor de confiança de Carvalho: Ricardo Poppi Martins, coordenador de novas mídias da Secretaria-Geral da Presidência. Entre senadores de oposição, comentava-se ontem de um telefonema (ilegalmente captado pela arapongagem de Brasília) entre Poppi e Carvalho acertando detalhes da operação anti-Yoani.

O caso foi destaque da revista Veja de fim de semana, na reportagem “O dossiê da Vergonha”. Nela foi revelado que Poppi participou, no dia 6 de fevereiro, de uma reunião na Embaixada de Cuba em Brasília, na qual o embaixador Carlos Zamora Rodriguez mobilizou jovens militantes do PT, PC do B e da CUT para a missão de “contrainformação” destinada a “desmascarar a mercenária financiada pelo governo dos Estados Unidos para trabalhar contra a revolução cubana, contra o povo e contra os trabalhadores”.

Poppi não apenas ganhou um CD do embaixador cubano com o dossiê de 235 páginas, com fotos supostamente comprometedoras de Yoani, tudo produzido pelo famigerado G2 (o serviço secreto cubano). O assessor de Gilberto Carvalho conseguiu até um favor especial do chanceler Antonio Patriota, para a obtenção, em tempo recorde, de um visto de viagem para Cuba – tudo financiável pelo providencial cartão de crédito da Presidência. Poppi viajou para aprender em Cuba técnicas de “ciberguerra” e “novas formas de comunicação de rede e batalhas políticas”.  O que já tinha sido divulgado pela Veja ficou ainda mais grave pelo comprovado uso da máquina pública brasileira para uma artimanha da ditadura cubana.

O escândalo do dossiê teve um outro capítulo providencialmente censurado pelo governo brasileiro. No sábado, vazou a informação de que a Polícia Federal deteve para averiguação, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, sete cubanos vindos da Venezuela, com destino a Recife, por onde Yoani chegaria ao Brasil. Carregando equipamentos de comunicação na bagagem, eles foram identificados como agentes do G2 cubano. Estavam escalados para monitorar a viagem da blogueira. O incidente foi oficialmente abafado na PF e na Agência Brasileira de Inteligência – como se nem tivesse ocorrido, bem aos moldes das ditaduras de décima terceira categoria.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) tem tudo para pedir a convocação de Carvalho e de Patriota para deporem na Comissão de Relações Exteriores do Congresso. Mesmo que a base amestrada consiga barrar a convocação deles, o estrago contra Carvalho já está feito. Como um assessor direto dele aparece como um dos operadores do jogo imundo contra Yoani, o “cardeal de Lula” (assim chamado por ser católico fervoroso) não tem mais condições éticas e morais de ser o super assessor e eminência parda da Presidenta Dilma-Lula Rousseff.

Mais uma vez, fica evidente o dedinho de Lula no vergonhoso esquema contra Yoani. Até porque, semana retrasada, o ex-Presidente brasileiro esteve em Cuba para conversinhas com seus amigos do Foro de São Paulo, Fidel e Raul Castro. Lula viajou a Cuba no jatinho da Odebrecht – certamente uma gentileza de Marcelo Odebrecht – cuja empreiteira tem grandes obras na ilha que é o paraíso das ilusões perdidas do comunismo.

Como Gilberto Carvalho sempre fez tudo que Lula lhe pediu, a ação contra Yoani foi apenas mais uma ação que lhe deu prazer de servir ao eterno e amado chefão. A diferença é que o favor de agora pode forçar a Presidenta Dilma a demiti-lo, mesmo contra a própria vontade...

Yoani no Congresso

O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) articularam a visita que Yoani Sánchez fará hoje à Câmara dos Deputados.

O objetivo é oferecer à cubana uma “reparação moral” pelas radicais manifestações contra ela no Brasil.

Os atos foram promovidos por militantes da União da Juventude Socialista (ligada ao PC do B), Associação Cultural José Marti, Partido Comunista Revolucionário, Partido Consulta Popular, Centro Cultural Manoel Lisboa e Coletivo de Mulheres Ana Montenegro – todos defensores do maravilhoso regime cubano.

Por isso, cabe perguntar novamente: por que essa turma não muda para Cuba para fazer política naquele paraíso?

Tem peixe na rede...

O Senador Eduardo Suplicy já sabe que está “tecnicamente expulso” do PT.

Dificilmente, a cúpula do partido lhe dará o direito a disputar a próxima eleição ao Senado por São Paulo.

Suplicy deve se transferir de mala e cuia para o nosso partido que será criado pela ex-petista e ex-verde Marina Silva, que hoje coordena uma tal de Rede.

Vaga para Lula

A petralhada torce para que Suplicy formalize sua saída o quanto antes.

Até porque existe um plano para que Luiz Inácio Lula da Silva seja candidato ao Senado por São Paulo, na vaga que seria do ex-marido da Marta, em 2014.

Lula anda espalhando o factóide de que pode disputar o governo de São Paulo, mas as condições de saúde dele só permitem, no máximo, uma disputa menos complicada pelo Senado.

O poderoso $talinácio se torna franco favorito por absoluta falta de um concorrente de peso.

13 do Aécio

A visita de Yoani Sánchez a Brasília pode ser um belo mote para o senador Aécio Neves.

O neto de Tancredo planeja hoje dar seu grito de guerra rumo à Presidência.

Na tribuna do Senado, apontará os 13 pecados do PT e se apresentará como solução oposicionista.

Fim de papo, mensaleiros



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