DA MÍDIA SEM MORDAÇA 12-02-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Sponholz

Sponholz

Especulações sobre quem sucederá Bento XVI estão apenas começando

Mais importante do que pesquisar os motivos da renúncia de Bento XVI, aliás, óbvios por conta da fragilidade de sua saúde, será especular sobre quem o sucederá. Um italiano, depois das surpresas vindas da Polônia e da Alemanha?  Alguém do Terceiro Mundo, majoritário no Colégio de Cardeais? Um argentino? Um caribenho, peruano ou chileno? Filipino ou africano? Senão apenas para o Espírito Santo, seria bom deixar a decisão para as naturais formações de grupos, partidos e tendências que sempre existirão na Igreja. Mas se a escolha recair num  brasileiro, por imperscrutáveis motivos? Leia o artigo completo de Carlos Chagas.

O primeiro negro

Não será desta vez que o Brasil emplacará um Papa, nem ele será latino-americano. A bolsa de apostas no Vaticano, segundo o jornal Il Messaggero, aponta o cardeal nigeriano Francis Arinze e outro negro, Peter Turkson, de Gana. O canadense Marc Ouellet está em terceiro.

Comentário do Blog do Estênio - O Apedeuta Lula vai já dizer que é uma exigência dele.

Não vai dar

Ele já estava sendo chamado de “Papa Luís 51”, na internet, mas  Lula jogou a tolha. Não poderá se candidatar a papa alegando ser casado.


Conversa com Deus

Multiplicam-se na internet as versões para a explicação do papa sobre sua renúncia. Uma delas: “E Deus disse: ‘Pede para sair, zero-dois!’

Teoria da conspiração

Até “intermediários” de Deus cansam: há quem aponte o escândalo dos papéis secretos surrupiados pelo mordomo como uma das razões para a surpreendente renúncia de Bento XVI, além da idade e do cansaço.



New York Times: ‘empregos públicos 
no Brasil são bastião do privilégio’

Lalo de Almeida/New York Times
FotoESCADARIA DA CÂMARA MUNCICIPAL DE SÃO PAULO ONDE UM MOTORISTA RECEBIA MAIS DE R$ 22 MIL POR MÊS, SEGUNDO O NEW YORK TIMES
Reportagem do jornal New York Times, nesta segunda-feira, resume no título uma grave constatação: “Brasil, onde um juiz ganhou R$ 720 mil em um mês, discute salários”. Segundo o jornal, os salários exuberantes de muitos funcionários públicos demonstram a disparidade de renda e também mostra que, ao contrário dos Estados Unidos e de países da Europa, o bom negócio no Brasil é virar um servidor público. “Há várias formas de ficar rico no Brasil, mas há uma surpreendente estratégia para o clima econômico atual: garantir um emprego público”, propõe a matéria. Além do caso do ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo Roberto Antonio Vallim Bellocchi, que chegou a receber R$ 723 mil em um só mês, o NYT menciona o caso do motorista da Câmara Municipal de São Paulo que recebe mais que o prefeito da capital paulista e também do funcionário de um tribunal de Brasília que levava R$ 37,5 mil por mês, bem acima do teto constitucional de pouco mais de R$ 28 mil. Em comparação, o maior salário de um juiz estadual de Nova York é de cerca de R$ 33 mil por mês. A publicação americana também afirma que em 2012, 1,5 mil funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado ganhavam mais que o permitido pelo teto, que é equivalente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Poderosos sindicatos para algumas classes de trabalhadores públicos, forte proteção legal para esses servidores, um inchaço do setor público que criou muitos cargos bem remunerados e benefícios que podem ser explorados por insiders, têm feito do setor público do Brasil um desejado bastião do privilégio”, analisa o NYT

OAB quer discutir 
o fim da vitaliciedade no Supremo Tribunal

A OAB vai discutir, ainda neste semestre, uma proposta de emenda constitucional com o objetivo modificar a estrutura do Supremo Tribunal Federal. A idéia é que os ministros do STF exerçam mandatos de dez anos, sem direito a recondução. Um dos principais formuladores dessa discussão, na OAB, é o conselheiro federal Wadih Damous, para quem o STF deveria ser substituído por um Tribunal Constitucional exclusivo.

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Terceira instância

Para Wadih Damous, o Supremo funciona, hoje, como uma espécie de terceira instância, mas deveria cuidar apenas de constitucionalidade.

Ministro com mandato

A OAB explica a ideia de mandato de dez anos no STF: sendo um tribunal de natureza política, perde sentido o instituto da vitaliciedade.
Bronca Geral

Petralha quer facilitar aprovação de 'médicos' cubanos
O Dep. Rogério Carvalho (PT-SE) sugeriu que o exame ministrado por professores universitários e médicos do Conselho Federal de Medicina, para "médicos" formados no exterior (entenda-se as porcarias formados na Bolívia, Cuba e outros lixos bolivarianos), seja feito por estudantes em final de curso. Ora, os médicos formados no Brasil já deixam a desejar por conta de cursos meia-bocas ministrados em faculdades de qualidade duvidosa. Agora, esse pateta quer que o lixo formado em Havana e La Paz seja admitido por aqui com maiores facilidades, como se a medicina fosse o curandeirismo praticado nessas províncias bolivarianas. Será que existe algo feito por petistas que tenha alguma qualidade? Não se conhece nada feito por essa escória que seja digno de elogio e aprovação. Tudo o que "eles" fazem ou propõem é lixo!

Lourinaldo T eles Bezerra 
Osasco - SP 


'Gênio'

Durante o desfile das escolas de samba no Rio, um apresentador de tevê disse, domingo, que “bateria é item obrigatório numa escola”.

Bons costumes

Regras impostas pela Advocacia-Geral da União proíbem saia com mais de 5cm acima dos joelhos, além de camiseta, chinelo, pijama, fantasia, e umbigo à mostra. E pensar que os amigos de d. Rosemary Noronha, a “Rose” do Lula, só usavam terno e gravata...

Recesso

O vice-presidente Michel Temer viajou para Miami com a família, no carnaval, mas teve de aceitar seguranças na comitiva, cujos custos a ONG Contas Abertas estima em R$ 11,2 mil. Retornará nesta quarta.

Insegurança

Continua feia a coisa no Rio de Janeiro. Algumas agências bancárias, além de fechadas durante o carnaval, sem acesso a caixas eletrônicos, cobriram as portas de vidro com madeira para evitar arrombamentos.

Desserviço

A condenação do jornalista que chamou de corrupto o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira é um “desserviço”, segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR): “Estamos facilitando a vida dos corruptos”.

NO BLOG DO NOBLAT

Papa cumpriu expectativas, mas deixa obra incompleta

O cardeal Ratzinger não queria ser papa. Quando foi escolhido, traçou metas importantes. Teve de renunciar ao trono de Pedro com o trabalho incompleto 

VEJA On Line

Em pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou - como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. É impossível fazer uma avaliação definitiva de seu papado nos dezessete dias que restam para que ele entregue o anel do pescador e se afaste de vez, numa cerimônia marcada para 28 de fevereiro.
Mesmo sem a perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada: o cardeal Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005, como novo chefe da Igreja Católica.
Como papa, o alemão foi, em linhas gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica, um protetor da liturgia da Igreja.

Foto:/AFP
Ratzinger não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão tinha alguns objetivos muito claros.
Ao renunciar, tem de sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas - e com a conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a serviço da Igreja.


Doze Estados elevam despesas com propaganda

Bruno Boghossian e Julia Dualib, Estadão
Pelo menos metade dos Estados pretende aumentar os gastos com publicidade em 2013. De acordo com levantamento feito com 23 dos 26 governos estaduais, além do Distrito Federal, 12 têm planos de incrementar a verba com propaganda institucional e de utilidade pública neste ano. Em média, o gasto dessas administrações com divulgação das gestões deve crescer 37,35%.
Nas propostas orçamentárias enviadas para as Assembleias Legislativas em dezembro do ano passado, os 24 governadores preveem destinar R$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 750 milhões nos 12 Estados onde haverá aumento real) para propaganda - são R$ 7,6 por habitante.





Partidos injetaram quase R$ 61 milhões a aliados durante eleições

Bruno Boghossian, Estadão
Os partidos brasileiros pagaram quase R$ 61 milhões para financiar campanhas de outras siglas nas eleições municipais de 2012. O dinheiro foi repassado por diretórios e comitês partidários para ajudar candidatos de legendas aliadas. Na maior parte dos casos, partidos que tinham candidatos a prefeito fizeram pagamentos para as campanhas a vereador das siglas que os apoiavam.
A reportagem analisou 1.625 repasses acima de R$ 100 mil feitos pelos partidos nas eleições do ano passado e identificou 211 transferências entre as legendas - os demais repasses foram parar em contas de candidatos da mesma sigla que fez o pagamento. As transferências interpartidárias somam R$ 60,9 milhões, o que representa 5,9% do total de R$ 1 bilhão que circulou nesse universo. Os repasses são legais e foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha.


China ultrapassa EUA e se torna a maior potência comercial global

O Globo
A China ultrapassou, pela primeira vez, os EUA e se tornou a maior potência comercial do mundo em 2012, pelo critério do fluxo comercial (soma de exportações e importações de bens), revelaram dados oficiais dos dois países.
As exportações e importações americanas no ano passado somaram US$ 3,82 trilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado na semana passada. Já a agência de administração de bens da China anunciou mês passado que o total de vendas e compras externas alcançaram US$ 3,87 trilhões.
A crescente influência da China no comércio mundial ameaça desmantelar blocos regionais comerciais, à proporção que o gigante asiático se torna o parceiro comercial mais importante para alguns países. De acordo com o economista britânico Jim O’Neill, do Goldman Sachs Group, até o fim da década a Alemanha pode exportar duas vezes mais para a China do que faz hoje para a França.




O discurso do Papa na íntegra


Queridos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório, não apenas para as três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado a minha consciência repetidas vezes, perante Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são apropriadas a um exercício adequado do ministério Petrino.
Estou bem consciente de que este ministério, devido à sua natureza essencialmente espiritual, deverá ser levado a cabo não apenas com palavras e atos, mas não menos com oração e sofrimento. Contudo, no mundo de hoje, sujeito a tantas mudanças rápidas e abalado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e proclamar o Evangelho, requer-se força tanto à mente como ao corpo, força essa que se degradou em mim, nos últimos meses, de tal forma que tive de reconhecer a minha incapacidade para exercer de forma adequada o ministério que me foi confiado.
Por esta razão, e bem consciente da gravidade deste ato, declaro com total liberdade que renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pelos Cardeais a 19 de abril de 2005, de modo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a Sé de Roma, a Cátedra de São Pedro, ficará vaga e terá de ser convocado um Conclave para eleger o novo Sumo Pontífice, por aqueles que têm essa competência.
Queridos Irmãos, agradeço-vos muito sinceramente todo o amor e o trabalho com que me apoiastes no meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, confiemos a Santa Igreja ao cuidado do Nosso Supremo Pastor, o Nosso Senhor Jesus Cristo, e imploremos à sua santa Mãe Maria, para que dê assistência aos Pais Cardeais com a sua dedicação maternal, na eleição do novo Supremo Pontífice. No que me diz respeito, também desejo servir devotamente a Santa Igreja de Deus, no futuro, através de uma vida dedicada à oração.
Do Vaticano, 10 de fevereiro de 2013
BENEDICTUS PP XVI


Ex-militar que matou Osama bin Laden está com problemas financeiros

O Globo
Suas ações foram exaltadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O que ele fez foi considerado a principal conquista do primeiro termo do presidente dos Estados Unidos. Mesmo tendo matado Osama bin Laden, o ex-atirador da Marinha, que se identificou apenas como “o atirador”, contou à revista Esquire, dos Estados Unidos, porém, que está com problemas financeiros. Não conta com pensão e nem plano de saúde.
O ex-operador das forças especiais americanas deu detalhes ao veículo sobre o ataque a Bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad em maio de 2011, assim como as dificuldades no seu retorno à vida civil após a missão.


BLOG DO CORONELEAKS

Retratos do Brasil: 65% dos municípios estão inadimplentes.

O governo federal anunciou uma enxurrada de recursos para prefeituras que poderão ficar parados em bancos oficiais. Ao inaugurar o diálogo com os novos prefeitos, em janeiro, o governo anunciou um pacote aos municípios de R$ 66,8 bilhões para todo tipo de investimento, mas já contabiliza ao menos dois graves problemas para fazer o dinheiro chegar na ponta: atraso de obras e falta de projetos de qualidade por parte das prefeituras.
 
Do outro lado, os prefeitos reclamam das rigorosas exigências técnicas que inviabilizam os projetos ou acabam colocando os municípios no Cadastro Único dos Convênios (Cauc), espécie de SPC das cidades. A estimativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) é que 3.588 municípios têm algum problema no Cauc. Ou seja, mais da metade das cidades estão, no momento, com restrições impostas pelo próprio governo e terão dificuldade de ter acesso a uma parcela da dinheirama anunciada pela presidente Dilma Rousseff.
A CNM afirma que as prefeituras não podem se beneficiar de muitos programas porque estão com problemas de inadimplência, não prestação de contas e desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, reconhece que os programas federais são bons, mas que os gestores ficam de mãos atadas:
— Os programas são bons, mas do que adianta? Os municípios não podem celebrar convênios. Tenho dito para os prefeitos: não entrem nos programas sem saber se podem cumprir ou não. O governo inventou 390 programas para os municípios. Mas depende de convênio. E como fazer isso, se 3.588 cidades estão no Cauc? Soa equivocado falar em bondades para os prefeitos. Soa bem aos ouvidos, mas na maioria dos casos a prefeitura não é a tomadora (dos recursos) — disse o presidente da entidade. 
Dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), gerenciado pelo Ministério do Planejamento, mostram essa dificuldade: em 2012, foram realizadas 10.826 transferências voluntárias para estados, municípios e entidades sem fins lucrativos, sendo 74% (ou 8.022 convênios) para as prefeituras. De um total de empenhos (compromisso de pagamento) de R$ 7,3 bilhões, R$ 3,42 bilhões foram para os municípios, porém com execução final de apenas R$ 880 milhões. 
Segundo integrantes do Ministério do Planejamento, a legislação realmente está mais rigorosa no que se refere às transferências voluntárias. Para evitar fraudes e desvio de recursos por meio de emendas parlamentares destinadas a entidades sem fins lucrativos, por exemplo, o governo apertou as regras no decreto 7.568 de setembro de 2011. 
Os prefeitos sustentam que faltam técnicos para medir todas as obras e viabilizar os pagamentos. O maior gargalo seria na Caixa Econômica Federal (CEF), que faz a liberação a partir das medições do estágio da obra. Segundo Ziulkoski, as prefeituras deixaram de receber R$ 16,5 bilhões em 2012. Dinheiro aprovado, empenhado, mas não pago efetivamente. Enquanto o Planalto afirma que as administrações municipais não apresentam projetos de qualidade, o presidente da CNM argumenta que a União não ajuda a resolver os problemas de gestão. 
— O governo enfiou goela abaixo dos prefeitos atribuições que eles não têm como suportar. No caso das creches, programa querido da presidente Dilma, o governo dá R$ 300 por mês, mas a criança custa quase R$ 800. É de chorar — afirma Ziulkoski, reproduzindo queixas diárias dos prefeitos, principalmente de pequenos e médios municípios. 
Os parlamentares, que dependem de emendas ao Orçamento para abastecer as cidades pelas quais foram eleitos, concordam com as reclamações da CNM.— A burocracia está muito grande e é preciso mudar isso, para aumentar o nível de financiamento do setor público. Senão, não sai do lugar — disse o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). 
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), afirma que o dinheiro anunciado pela presidente não é real: — Ela (Dilma) voltou com aquela enganação. Toda vez que os prefeitos vêm à Brasília, eles falam em dinheiro de novo. Mas nada daquilo foi executado. A burocracia impede. As certidões das prefeituras têm que estar em dia de 30 em 30 dias! (O Globo)

NO BLOG ALERTA TOTAL

Adeus à China?

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arlindo Montenegro

Em 1966, os jovens da Guarda Vermelha saquearam casas e destruíram obras de arte na perseguição aos inimigos do Estado. Milhares de pessoas foram mortas ou levadas às prisões, sendo submetidas ao frio, torturas e humilhações. Nem é preciso lembrar a fome, atribulando bilhões de chineses, principalmente aquela maioria residente nas comunas rurais.

O caráter e a selvageria  de Mao Tsé Tung, está descrito em “Mao – A História Desconhecida.” Um trabalho de fôlego, bem documentado, que revela face real do líder da revolução chinesa e a semelhança da onda de crueldade, desumanidade, assassinatos e desconstrução cultural, minimizados na  história oficial das revoluções.

Jiang Quing, última das madames Mao, descrita por seus contemporâneos como “um cão obediente que mordia a quem o promíscuo e degenerado Mao ordenasse,” era procedente do submundo de Xangai envolveu-se numa conspiração contra o marido tirano. Foi “deletada” junto com outros comparsas. A história oficial fixa personagens maquiados, transfigurados enquanto outros são apagados da foto. E sempre omite a referência aos financiadores internacionais.

Como aconteceu em outros ambientes arrasados por revoluções comunistas, o caráter nacionalista e a dignidade do povo chinês resistiram. O respeito às tradições culturais, está descrito em biografias como - “Vida e Morte em Xangai”, de Nien Cheng e “Adeus à China” de Li Cuxim, que aos sete anos foi enviado do campo, onde a família de muitos irmãos se alimentava exclusivamente de inhame seco, para a escola de balé mantida pela Madame Mao.

Nem a extrema pobreza conhecida no interior do Brasil, se pode comparar àquela descrita pelo bailarino, que passou para a escola chinesa tudo quanto aprendeu com uma bolsa oferecida pelo Huston Ballet. A propaganda contra o “capitalismo imperialista” desmoronou diante da liberdade ocidental, revelando ao jovem bailarino chinês os contornos da crueldade do Estado Comunista, de onde desertou para o ocidente, numa segunda viagem.

Existem historiadores que justificam tudo, face à gigantesca população da China. Justificam até a matança de milhões e submissão de outros tantos à fome e ao terror desencadeado pelos agentes do Estado, seguindo antecedentes da União Soviética de Lenin e Stalin e outros dirigentes de revoluções, que parecem modelar o tipo de condução que os governantes imprimem Estados no mundo atual, acossado pela ideologia dos socialistas fabianos.  

Mas é difícil imaginar as condições de uma “comuna” chinesa nos anos 2000, onde os banheiros eram buracos no chão e os dejetos recolhidos por um profissional para servir de esterco nas lavouras, quando aquele país expõe ao mundo uma vitrine capitalista, que já emprega aproximadamente 1/6 dos trabalhadores ativos em indústrias eletrônicas, de calçados e outros itens que trazem as grandes marcas de indústrias transplantadas do ocidente.

Nos anos 2000, calçados, vestuário, eletrônicos e quinquilharias “made in China” podem ser encontrados em cada loja elegante e em cada biboca do mundo. Mas os bilhões de chineses nos campos e nas fábricas continuam na situação degradante de escravos do Estado regido pelo Partido Comunista. Como no ocidente, os poderosos exibem o luxo extravagante, mantido pelo esforço obediente da maioria aterrorizada, mal educada, mal informada e conduzida em estado degradante, atemorizada pela violência.

Destas leituras é possível depreender o senso chinês de obediência à autoridade hierárquica na família e veneração dos antepassados como valores tradicionais intocados e preservados em silêncio diante da brutalidade do Estado. Valores mantidos enquanto os comuns lidam com realidades que reforçam a submissão, mas nem de perto ferem o caráter nacionalista e a soberania por excelência.

Em política, tanto quanto em questões de fé religiosa, contrários são contrários, portanto incompatíveis. No estado democrático de direito, o pressuposto é a consciência dos indivíduos, organizados em associações profissionais, culturais, esportivas, afins, esmerando-se em superar dificuldades de natureza diversa, agindo como equipe na construção do bem estar de todos.

No modelo de estado ditatorial coletivista as escolhas individuais são proibitivas. A coletividade é coagida a seguir o pensamento do partido ditador que determina o que cada pessoa deve pensar e fazer, enquanto os grandes contingentes mecanicistas, que passaram por lavagem cerebral, atuam como fanáticos à falta de opção, desinformados e sem acesso a termos comparativos.

Neste momento, entre nós, as pessoas arrancadas de suas raízes culturais, com a mente saturada pela propaganda coletivista, sentem estranheza diante da complexidade de mudanças de pensamento e comportamento, da exposição de privacidade e controle exercido pelo Estado. O medo à autoridade se sobrepõe à razão e à lógica. A responsabilidade, a ética, os limites e mesmo as leis se tornam estranhas e hostis. Os mecanismos aplicados contra chineses, russos e outros, sutilmente, afetam os brasileiros.

São tantas e de natureza tão variada as armadilhas impostas pela cultura globalitária – entretenimento, violência e insegurança, preços, impostos, promessas não cumpridas, desrespeito à Constituição, emaranhado de Leis casuais, drogas, corrupção, comprometimento dos ganhos futuros, abandono da saúde pública... – que os homens simples se sentem rendidos, aparvalhados. Resta a liberdade de espírito diante da desconstrução cultural conduzida pela “nova ordem”, como chamam agora a prática agressiva do “internacionalismo proletário” disfarçado de democracia.

Ref.: 

“Mao, a história desconhecida” – Jon Halliday e Jug Chang, Ed. Companhia das Letras, São Paulo, 2006;
“Vida e Morte em Xangai” – Nien Cheng, Ed. Record, Rio de Janeiro, 1986;
“Adeus à China” – Li Cuxim



Arlindo Montenegro é Apicultor.


NO BLOG UCHO.INFO

Escândalo de corrupção envolvendo militares pode alcançar família de ministro ligado a Dilma Rousseff

Tudo tem limites – O Brasil do PT é um país de antagonismos, principalmente quando o assunto é corrupção. A presidente Dilma Rousseff, em um momento de despertar da retidão na administração pública, exigiu a imediata punição dos oficiais militares acusados de envolvimento em um esquema de corrupção, que cobrava de fornecedores comissões de 5%. O Exército já apura as denúncias, mas a pressão palaciana é grande.

Diferentemente do que ora cobra do Exército, celeridade nas punições, Dilma limitou-se a demitir a namorada do ex-presidente Lula, Rosemary Noronha, que até a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, ocupava a chefia de gabinete do escritório paulistano da Presidência, de onde disparava ordens aos seus comparsas que atuavam na quadrilha dos pareceres. Dilma não pode ter duas posturas diante de casos de corrupção. Ou trata os transgressores com isonomia, ou deixa a transgressão acontecer livremente, como já conhecido nos escaninhos do PT. Permitir Rosemary Noronha saia impune apenas por causa do seu relacionamento mais íntimo com o ex-metalúrgico é avisa ao mundo que o Brasil vive sob a ditadura da corrupção.
Esse escândalo envolvendo oficiais militares já era conhecido, mas só veio à tona nesse momento para funcionar como cortina de fumaça para a incompetência de um governo que perdeu o controle da economia e levou a Petrobras ao derretimento de seu valor patrimonial. Como os palacianos precisavam de um factóide novo para que Dilma retorne do Carnaval sem a artilharia da imprensa, a caserna foi lançada aos leões. O que não significa que o crime não deve ser investigado e os culpados, punidos.
Em junho de 2012, a presidente Dilma Rousseff lançou mais um PAC, o dos Equipamentos, cujo objetivo é modernizar e reaparelhar o Estado, incluindo nessa operação, orçada em R$ 8,4 bilhões, vários ministérios, inclusive o da Defesa, que atenderia as Forças Armadas, sempre queixosas por causa do sucateamento do setor.
A investigação na qual Dilma cobra celeridade chegará até determinado ponto, pois não se pode flagrar nenhum petista envolvido nesse escândalo, pois a única coisa que o PT necessita atualmente é uma nova confusão, até porque Lula continua fugindo das explicações acerca dos escândalos que patrocinou ou participou, mesmo que indiretamente.
Se os comandantes militares – que nos últimos anos têm sido testados pelo Palácio do Planalto, agora ainda mais com Celso Amorim no Ministério da Defesa – forem a fundo nas investigações, chegaram a um ponto em que será fácil encurralar o PT e os donos do poder. Em uma das pontas desse escândalo de corrupção tem gente graúda e intimamente ligada ao Partido dos Trabalhadores. Qualquer pequena dose de ousadia no levantamento dos fatos alcançará com extrema velocidade a família de um ministro, o qual goza da confiança da presidente Dilma Rousseff. Tanto é assim, que um parente desse ministro tem dito, em círculos mais reservados, que um integrante do clã está ganhando muito dinheiro com o negócio ilegal.
Aguardemos para ver até quando o Palácio do Planalto usará o caso em questão para ofuscar a incompetência de um governo que se especializou em letargia econômica e corrupção desmedida.

Bento XVI deixará o Vaticano por causa do crime organizado que atua na Santa Sé

(Foto: Isabella Bonotto - AP)
Homem prevenido – Apesar dos escárnios que têm marcado o cotidiano do planeta, a semana começou bombástica com a notícia da renúncia do papa Bento XVI, que deixará o comando da Igreja Católica no próximo dia 28 fevereiro, segundo informações divulgadas pela imprensa internacional. Como destacou o competente jornalista Oscar Andrades em seu blog, o alemão Joseph Ratzinger não é o primeiro a deixar o papado. “O último Sumo Pontífice a renunciar foi Gregório XII, em 1415. Bento XVI é o quarto Papa a renunciar ao cargo”, escreveu Andrades. A renúncia de um papa está prevista no Código de Direito Canônico, que estabelece, neste caso, que basta que a renúncia seja de livre e espontânea vontade para ter validade, sem a necessidade da aceitação de terceiros.
Diversos foram os motivos alegados pelos representantes do Catolicismo, mas nenhum convenceu. Bento XVI teria alegado problemas de saúde e desacordo com algumas condutas sociais, como casamento entre pessoas do mesmo sexo e a necessidade de esses casais adotarem filhos, mas a realidade é outra. O assunto é tratado aos sussurros nos corredores da Santa Sé, como acontece há décadas.
Uma coisa é a religião católica, outra é o Vaticano, que é um Estado. E como tal tem suas mazelas, seus subterrâneos, suas podridões. O grande fantasma que assombra os frequentadores do Vaticano é o envolvimento com o submundo do crime. Por certo muitos católicos partirão contra este noticioso, mas não será novidade porque já tratamos do tema em diversas ocasiões e sofremos retaliações. Só não aceitamos deixar de revelar mais uma vez a verdade dos fatos, a qual o editor tem profundo conhecimento, pois acompanhou, na Itália, a chegada ao comando do Vaticano do arcebispo Albino Luciani, o papa João Paulo I, com o qual conversou longamente em Milão, antes de o religioso se tornar a máxima autoridade do Catolicismo.
Há longas décadas sob o controle da Opus Dei, facção ultradireitista do Catolicismo, o Vaticano foi alvo, no início dos anos 80, de um dos maiores e mais sórdidos escândalos de corrupção da história. O papa João Paulo I tentou, em vão, acabar com o fim da corrupção que grassava na Praça São Pedro e envolvia o Banco Ambrosiano, instituição financeira da qual o Banco do Vaticano tinha boa quantidade de ações. Luciani acabou morto 33 dias após ser escolhido papa. O serviço de comunicação do Vaticano informou que Luciano fora alvo de um infarto, mas a história da Medicina não tem qualquer registro sobre a aparência esverdeada de uma pessoa após ataque cardíaco.
Homem correto e de conduta ilibada, Luciani, que tentou acabar com a lavanderia financeira em que se transformara o Banco Ambrosiano, instituição financeira oficial da Santa Sé. Deu-se muito mal, pois lá atuava não apenas a banda podre do Catolicismo, como a máfia turca e a loja maçônica italiana P2, morreu envenenado por causa de cianureto adicionado ao regular e tradicional chá que tomava todas as tardes.
Por ocasião dos fatos, o editor do ucho.info investigou a sequência de crimes que tinha o Vaticano como pano de fundo. Além de chegar à verdade, disparou a ira dos envolvidos e enfrentou a truculência de muitos. O Colégio Romano, apêndice do Vaticano, seguia a mesma ordem dada à época para todas as comunidades católicas do planeta: silêncio obsequioso. Perseguido durante alguns anos após o episódio, o editor deixou a Itália da noite para o dia para não acabar como o cardeal Luciani, que tentou, sem sucesso, promover uma faxina na Praça São Pedro. Mesmo de volta ao Brasil, foi duramente perseguido durante muitos meses.
Luciani foi substituído no cargo pelo polonês Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo II, que desavisado tentou a mesma empreitada do antecessor. Liquidar as relações criminosas entre o Banco Ambrosiano, a P2 e a máfia turca. Inocente, João Paulo II foi alvejado, em plena Praça São Pedro, por tiros disparados pelo turco Mehmet Ali Agca. Na esteira do escândalo do Banco Ambrosiano, alguns dos envolvidos acabaram assassinados ou se suicidaram.
João Paulo II não apenas continuou no cargo até a morte, mas após recuperar-se dos ferimentos provocados pelo atentado visitou e perdoou o seu algoz, Ali Agca, que depois de anos de prisão voltou para a Turquia.
Joseph Ratzinger não é um ignaro. Ciente do que acontece diuturnamente nas coxias da Santa Sé, preferiu anunciar a sua saída, justificada por razões pouco convincentes, mas que se dará também à sombra do silêncio, pois meso com a idade avançada o ainda papa espera viver em paz e não acabar como Albino Luciani.
Ratzinger não chegou ao comando do Vaticano sem saber o que por lá acontecia. Por trás da Praça São Pedro – visitada e fotografada por milhões de turistas de todas as partes – funciona uma central de branqueamento de capitais e uma organização criminosa sem escrúpulos e com tentáculos em todos os cantos do planeta.
A luz vermelha no reduto de Bento XVI acendeu de vez quando, no começo de 2012, vazou o conteúdo da carta enviada pelo arcebispo Carlo Maria Viganò ao papa. Na missiva que tinha a Praça São Pedro como destino, Viganò, que foi secretário-geral do governorado do Vaticano, afirmou que na Santa Sé “trabalham as mesmas empresas, ao dobro (do custo) de outras de fora, devido ao fato de não existir transparência alguma na gestão dos contratos de construção e de engenharia”. A assessoria papal agiu de forma automática diante do episódio e afirmou, em comunicado, que as denúncias resultavam de “avaliações incorretas”.
Atual núncio da Santa Sé nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò destacou na carta: “Jamais teria pensado em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa”, que apesar de ser “inimaginável, era conhecida por toda a Cúria”. Além disso, o denunciante afirma que banqueiros que integram o chamado Comitê de Finanças e Gestão se preocupam muito mais com os próprios interesses do que com os do Vaticano, lembrando que em dezembro de 2009 “queimaram US$ 2,5 milhões” em uma operação financeira.
A situação tornou-se ainda mais embaraçosa com a prisão do mordomo do papa, o italiano Paolo Gabriele, acusado de desviar cartas e documentos sigilosos de Bento XVI e seus colaboradores que acabaram publicados em livro.
A prisão de Gabriele foi anunciada pelo porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, no mesmo dia em que o presidente do Instituto das Obras da Religião (IOR), o banco do Vaticano, foi forçado pelo conselho de supervisão a demitir-se. E na mesma semana em que um livro publicado na Itália divulgava cartas e documentos sigilosos enviados ao Papa, ao seu secretário e a responsáveis do Vaticano, com o objetivo de “expulsar os vendilhões do templo”.
Por maior que fosse a proximidade de Paolo Gabrieli com o papa – ele era o primeiro e o último a ver Ratzinger todos os dias – o vazamento de documentos do Vaticano não foi uma operação solitária. Foi um plano arquitetado por um punhado de clérigos intransigentes com o banditismo religioso, mas que enfrentou a dura e criminosa resistência da quadrilha que atua no Vaticano, que é muito maior e mais poderosa do que se imagina.
Ao chegar ao posto máximo da Igreja Católica, Bento XVI encontrou uma situação de devassidão e crimes que seu raciocínio cartesiano, típico dos alemães, jamais compreenderá. Instalado no cargo, Bento XVI começou a seguir a agenda de compromissos oficiais, ao mesmo tempo em que preparava uma nova tentativa de faxina. Ao perceber que sua incursão seria fracassada, como as tentadas por seus antecessores, Ratzinzger preferiu sair de cena. Foi prudente e tomou a decisão acertada.
O crime organizado continuará atuando nos bastidores do Vaticano, pois assim funciona desde Pio XII, mas isso não invalida os fundamentos cristãos e muito menos o que pregou Jesus de Nazaré. O problema está na existência tumoral dos operadores do Catolicismo.


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