DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 04-02-13

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Brasil passa
vexame ao adiar
evento da ONU

Após o desastre na organização da Rio+20, o governo brasileiro deu nova prova de incompetência ao adiar, na semana passada, a Conferência Científica da UNCCD, que aconteceria de segunda (4) a sexta, em Fortaleza (CE), para tratar do combate à desertificação e à seca. Avisados em cima da hora, os mais de dois mil participantes de 194 países pedem à ONU o ressarcimento das passagens compradas.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

Desorganização

O governo pediu à ONU em junho do ano passado para sediar a conferência de cientistas, e agora alega que não teve tempo.

Só propaganda

O ministro Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) e o governador Cid Gomes anunciaram em agosto de 2011 a realização do evento.

Faça o que digo...

O Ministério de Ciência e Tecnologia afirma reconhecer a “importância da conferência”, mas não sabe dizer para quando foi adiada.

... não o que faço

O Nordeste sofre a pior seca em 50 anos, e a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) sequer assinou documento pela realização do evento.

Muy amigo

Lula festejou em Cuba o ritmo “extraordinário” das obras no porto de Mariel, financiadas pelo Brasil. Já as obras da Copa e do PAC...

Visita íntima ajuda
o PCC, diz
juiz antidrogas

A prisão recente de uma quadrilha internacional de drogas, comandada pelo “Primeiro Comando da Capital” e “Comando Vermelho” com ramificação no Paraguai, reforça a tese do juiz federal e “xerife” antidrogas Odilon de Oliveira, de que a “visita íntima” facilita a manutenção dos “negócios” de milhões de reais do tráfico nos presídios federais, que abrigam “chefões” do PCC  e seus comandados.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

Íntimo e pessoal

Após por na cadeia mais de 200 traficantes, Odilon critica a lei de execuções penais: “é proibido vigiar o que acontece nas visitas”.

À vontade

Ao contrário dos EUA, o preso fala com os advogados, parentes e supostas mulheres, sem vidro ou telefone monitorando a conversa.

Rolou na rede

Com a gasolina custando mais de R$ 3,00 um “eu te busco” agora vale mais que um “eu te amo”.

Tiro no pé

Deputados e senadores estão cada vez mais resistentes às pretensões do Ministério Público Federal, como na emenda sobre prerrogativa de investigação. Acham que a "militância política" da Procuradoria Geral da República, tentando influir na eleição no Congresso, sairá pela culatra.

Presidência gasta R$ 80,9 mil com
equipamentos para limpar carros

A Presidência da República gastou R$ 37 mil em acessórios para lavar carros. A informação é da ONG Contas Abertas, que verificou a comora de três máquinas de lavagem de veículos leves e pesados, incluindo troca de escovas. Além deste valor, outros R$ 43,9 mil serão gastos com a manutenção corretiva e preventiva das máquinas. O que significa que, ao todo, a Presidência gastará R$ 80,9 mil para ficar com seus carros limpos.

Welcome

Obrigado pela PF a sair do país por trabalho irregular no aeroporto do Galeão, o sargento americano Cody Tallent deixou “herdeiros”: além das aéreas estrangeiras até a Receita Federal terceiriza seus serviços.

Incompetência

A estatal Infraero resolveu economizar nos contratos com empresas de limpeza, e lançar campanha sugerindo que as pessoas façam xixi em casa, antes de seguir para o aeroporto. Só falta pedir que levem papel.


NO BLOG DO NOBLAT

Para Renan Calheiros, por Ricardo Noblat

Conselhos que dou de graça ao recém-eleito presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Nada de voar em avião de carreira - a não ser para o exterior. E sob a condição de ser o último passageiro a embarcar na primeira classe, discretamente. Assim evitará o risco de ser ofendido pelos demais passageiros da econômica.
Pelo mesmo motivo, nada de frequentar shoppings. Em Maceió, talvez seja possível.
Cuidado redobrado quando estiver em Brasília. Aqui todo mundo conhece todo mundo. Nem mesmo disfarçado dá para bater perna à beira do Lago Paranoá.
Matricular-se em academias? Nem pensar. Lembre-se: Brasília sediou as maiores manifestações pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1992. E do ano passado para cá, passeatas e comícios contra a corrupção.


De uma vez por todas, jamais esqueça: sua eleição foi uma bofetada forte na cara dos brasileiros. Daquelas que estalam.
A maioria deles pode nem ter sentido - mas foi. E a minoria que sentiu não deve ser subestimada. Ela é conhecida pelo nome de opinião pública. Quando desperta, é um alvoroço. A imprensa está sempre atenta a seus humores e costuma refletir o que ela pensa.
Não fale tanto em "transparência" como fez no seu discurso de posse.
"Vou administrar com transparência". Ou então "vou criar a Secretaria da Transparência".
Parece deboche. Galhofa. Zombaria.
Quem o senhor pensa que é para falar em "transparência"? Depois de ter feito o que fez no passado recente, que idiota acreditará em uma promessa dessa natureza?
Em maio de 2007, a imprensa descobriu que o lobista de uma empreiteira pagava a pensão e o aluguel do apartamento onde morava a jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha sua fora do casamento. O senhor alegou que tinha gado o bastante para justificar suas despesas. Apresentou farta documentação para comprovar o que dizia. Jurou por todos os santos ser inocente.
Mesmo assim o Conselho de Ética do Senado recomendou a cassação do seu mandato. E no dia 12 de setembro, o senhor escapou por pouco de ser cassado.
Dos 81 senadores, 40 votaram a seu favor, é verdade, mas 35 votaram contra e seis se abstiveram. Se os seis, todos eles do PT, tivessem acompanhado os 35, o senhor perderia o mandato e os direitos políticos por dez anos.
Oriente seus parceiros para não insistirem com a tese de que sua inocência foi reconhecida duas vezes pelo Senado - em setembro e depois em dezembro daquele ano quando novamente o senhor foi julgado.
O segundo julgamento não passou de um embuste. Absolveram-no por larga margem de voto. Em troca, o senhor renunciou ao resto do mandato de presidente do Senado.
Por que uma pessoa duas vezes inocentada renuncia ao que tanto desejaria conservar? Para ser deixado em paz, possivelmente. Para enterrar de vez o assunto.
Não deu certo.
A Polícia Federal investigou a fundo o rei do gado de Alagoas. E o Procurador-Geral da República acabou lhe denunciando por desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
“Em síntese, apurou-se que Renan Calheiros não possuía recursos disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso (mãe da filha de Renan) no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, e que inseriu e fez inserir em documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua capacidade financeira”, disse Gurgel na denúncia.
Agradeça a Deus Todo Poderoso o fato de a denúncia ter caído no colo do afável ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que não terá pressa alguma em relatá-la.
Mas é recomendável proceder de forma a evitar a eclosão de novos escândalos - afinal, de 2001 para cá, eles derrubaram três presidentes do Senado, inclusive o senhor.
Um vexame!

'É temerário demonizar a prática de função pública', diz Camen Lúcia

Márcio Chaer e Rodrigo Haidar, Consultor Jurídico
Em nome do equilíbrio, seria melhor que não houvesse reeleição no Brasil. Ou ao menos que o candidato se afastasse do cargo para a disputa. O rigor das regras que amordaçam os veículos de comunicação em períodos eleitorais deve ser repensado. Afinal, como o eleitor pode escolher bem seus candidatos se não souber tudo a seu respeito?
Essas são algumas das considerações da presidente do Tribunal Superior Eleitoral e integrante do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia (foto abaixo). Em entrevista à revista Consultor Jurídico, concedida em seu gabinete na Presidência do TSE, a ministra mostrou a convicção de que há bons exemplos de políticos que ainda usam seus mandatos em favor do interesse público. E disse ter receio da demonização da política e da prática de função pública de maneira geral.



Conta de luz: economia pode chegar a 30% com fim do desperdício

Gabriela ValenteDanilo Fareillo e Cristiane Bonfanti, O Globo
O brasileiro anda meio desligado de alguns hábitos de consumo adotados após o racionamento de energia elétrica de 2001/2002, quando aprendeu a não desperdiçar e controlar rigorosamente a conta de luz. Mais de dez anos depois do apagão, o consumidor residencial desperdiça, em média, 15% do que consome de energia por mês, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
Se voltasse a poupar, poderia ampliar substancialmente a queda de 18% anunciada pela presidente Dilma Rousseff, que passa a valer este mês.

Oposição espanhola exige a renúncia de Rajoy

O Globo
A denúncia de caixa dois que abalou na semana passada a cúpula do governista Partido Popular (PP) provocou um tiroteio verbal entre a legenda e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), principal representante da oposição.
O líder do PSOE, Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu ontem a renúncia do presidente do governo, Mariano Rajoy. Um dos vice-secretários do PP, Esteban González Pons, por sua vez, acusou o PSOE de revanchismo e descartou qualquer possibilidade de o partido, detentor da maioria dos assentos do Parlamento, cobrar explicações de Rajoy.
Será difícil, no entanto, convencer a sociedade espanhola de que a corrupção não impera no governo de centro-direita. Uma pesquisa encomendada pelo jornal “El País” ao Instituto Metroscopia mostra que o PP perdeu, em apenas um mês, quase seis pontos percentuais nas intenções de voto para as próximas eleições gerais, previstas para daqui a cerca de três anos.

Ex-ministro iraniano encontrado com cheque milionário venezuelano

G1
O ex-ministro iraniano das Finanças, Tahmasb Mazaheri, foi encontrado na Alemanha em posse de um cheque do Banco da Venezuela no valor de 300 milhões de bolívares (US$ 70 milhões), noticiou neste domingo o jornal Bild am Sonntag.
Mazaheri, que também chefiou o Banco Central iraniano de 2007 a 2008, foi inspecionado pelos agentes de alfândega do aeroporto de Düsseldorf (oeste) em 21 de janeiro passado, procedente da Turquia, detalhou o periódico.

A vida sob quatro milhões de normas, por João Luiz Mauad

João Luiz Mauad, O Globo
As causas técnicas da tragédia de Santa Maria ainda são imprecisas e certamente serão objeto de vasta perícia. Uma conclusão, no entanto, parece inescapável. Negligência, imprudência e desrespeito à lei caminharam de mãos dadas naquela noite.
Como era de se esperar, tão logo surgiram as primeiras notícias começou o clamor por mais regulação e mais burocracia, como se o problema fosse falta de leis. Ao contrário, aqui elas abundam e talvez por isso sejam tão ineficazes.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), desde 5 de outubro de 1988 (data da promulgação da atual Constituição Federal), até 5 de outubro de 2012 (seu 24º aniversário), foram editadas 4.615.306 normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa, em média, 788 por dia útil.

Trata-se de um evidente exagero, alimentado por uma lógica perversa segundo a qual a eficiência de políticos e burocratas seria diretamente proporcional à quantidade de leis editadas, ainda que amplamente desrespeitadas.
Já notaram que o primeiro item do currículo de qualquer candidato à reeleição é justamente o número de projetos de lei propostos?
Diante dessa voracidade legiferante, resulta impossível a qualquer um conhecer o inteiro teor de uma determinada legislação. A existência de direitos e deveres pouco nítidos transforma os brasileiros em personagens kafkianos, reféns de processos burocráticos absurdos e totalmente vulneráveis à ação de agentes públicos mal intencionados, especialistas em criar dificuldades para vender facilidades.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Alves, investigado por enriquecimento ilícito, pode se eleger hoje presidente da Câmara; é o 2º na linha sucessória, depois de Temer; o 3º é Renan… O resto é silêncio

Corre na Justiça Federal de Brasília, em sigilo, uma investigação contra o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) por enriquecimento ilícito. Ele concorre hoje à Presidência da Câmara. É o favorito. Seus adversários são Rose de Freitas (ES), também uma peemedebista, e Júlio Delgado, do PSB de Minas. Pipocou um monte de denúncias contra Alves nos últimos tempos, o que ele atribui à manobra de adversários e coisa e tal. Mas sua maior antípoda, nessa área, é Mônica Infante de Azambuja, sua ex-mulher. Numa ação que pedia aumento da pensão alimentícia, ela o acusou, em 2002, de manter UR$ 15 milhões em contas no exterior, dinheiro que, se existente, ele jamais declarou. “Tudo ressentimento de ex…”, dirão alguns. Pode ser.  Os casos recentes, vejam no arquivo, evidenciam que o deputado não é, assim, um exemplo de ortodoxia.
Com o apoio do governo, é o franco favorito. Mas não é só. Ele conta também com a simpatia de uma boa parcela de parlamentares da oposição. Em tempos em que se fala em renovação, vejam que graça!, Alves é o mais antigo deputado da Câmara: está lá desde 1971. Como se de diz por aí, o diabo é diabo porque é velho, mas porque é sábio. É bem verdade que ele é bastante sabido nas artes em que se especializou o PMDB.
O Congresso brasileiro, assim, será mesmo papa-fina. Se eleito presidente da Câmara, Alves, investigado por enriquecimento ilícito, passa a ser o segundo homem na linha sucessória — só atrás do vice, Michel Temer. O terceiro é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pode se tornar réu no STF. Sim, eu me lembro: o relator é o ministro Ricardo Lewandowski, que já avisou, em outras palavras, que ele pode demorar a decidir.
Num país em que o Executivo é hipertrofiado por tradição e, não há como negar, por causa da Constituição de 1988, um Congresso com esse comando é o sonho de consumo de qualquer chefe do Executivo. Quanto a presidente é uma Dilma Rousseff, então, é o caso de soltar rojões.
Não é segredo para ninguém que uma das razões do prestígio popular de Dilma, que é inegável, é sua fama de durona com a corrupção — sim, ela apoia Alves. Num eventual embate entre o Executivo e o Legislativo, será a “incorruptível” de um lado contra tipos como Renan e Alves do outro. Adivinhem com quem ficará a opinião pública, ainda que o Congresso possa estar certo…
OposiçõesTambém nesse caso, insisto, as oposições, se unidas e atentas ao que se passa em parcelas importantes do Brasil, deveriam propor um nome alternativo, ainda que certa da derrota. “Ah, mas e os cargos na Mesa?” Bem, aí é preciso saber com quem os oposicionistas querem e precisam falar. Em tempo de Ficha Limpa (a lei é torta, mas a intenção é louvável) e de condenação de mensaleiros no STF, também essa eleição não poderia se dar no ambiente que o senador Pedro Taques (PDT-MT) classificou de silêncio cúmplice.
Insisto neste aspecto: as oposições teriam de perceber que não se vive um tempo qualquer e que Renan e Alves não são homens quaisquer.
Por Reinaldo Azevedo

MP pede explicações a estatal comandada por homem de Dilma. Motivo: contrato sem licitação com uma ONG…

Deixem-me ver… Deve ter acontecido em 1997  — 16 anos já!!! Numa reunião de pauta da revista República, uma editora sugeriu que fizéssemos uma reportagem sobre as entidades não governamentais, as tais ONGs. Já as havia em bom número, mas ainda não havia essa febre. Brinquei então: “Só se for em tom de denúncia…”. Por quê Incomodava-me já uma particularidade das ONGs no Brasil: a maioria ou era rabicho de um partido político ou trabalhava para governos. Na terra da jabuticaba e da pororoca, temos as organizações não governamentais que são… governamentais!!!
Eu tenho certas ortodoxias. Um delas é entender que ONG é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem de procurar se financiar junto a privados para fazer seu trabalho, independentemente do estado, do governo. Só não pode, por óbvio, desenvolver uma militância ou ação que se choquem com políticas públicas submetidas ao controle democrático. Se ONGs começam a trabalhar para governos e a receber por isso, ONGs não são. São empresas. “Mesmo quando dizem não ter fins lucrativos?” Sim. Isso é o de menos.
Pois bem… Não se fizeram nem uma reportagem nem outra. Mas ainda acho que eu estava certo. Por que isso agora? O economista Bernardo Figueiredo, informa o Estadão, escolhido por Dilma Rousseff para comandar a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), que é pública, contratou uma ONG, o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, para “desenvolver solução tecnológica para gestão de eventos de transporte e monitoramento de ferrovias, rodovias e hidrovias, envolvendo carga e passageiro”. A tal ONG, conta, não visa ao lucro. Parece que é mesmo só amor pela causa do “monitoramento”. O fato é que é o presidente da EPL a contratou sem licitação para um contrato de R$ 32,9 milhões — 13% do Orçamento da estatal para este ano.
O Ministério Público se interessou pelo caso e decidiu cobrar explicações de Figueiredo. A justificativa é a da notória especialização. Então tá bom! A, como é mesmo?, sexta ou sétima economia do mudo tem uma única empresa de logística para tratar desse assunto, e uma estatal, como se sabe, não pensa em nenhuma outra, de nenhum outro país, que possa se interessar pelo caso.
O Estadão informa que o tal centro é comandado pelo físico Dario Sassi Thomer, que mantém outros contratos com o governo federal. Há coisas que nunca saíram do papel. Um projeto apresentado em 2007, num contrato original de R$ 1 milhão, já recebeu quatro aditivos. Olhem aqui: tudo pode estar sendo feito segundo os rigores de uma casta honestidade. Mas não é assim que as coisas funcionam numa República. Acreditar que o Brasil estaria impedido de pensar soluções de transporte não fosse a ONG de Sassi Thomer é uma óbvia ofensa à inteligência.
Não sei que explicação tem a EPL. A que foi apresentada beira o ridículo.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO CORONELEAKS

1 a cada 4 brasileiros sobrevive da Bolsa Família

Lula, em evento sindicaleiro nos Estados Unidos, falando da Bolsa Família, com todo o orgulho. O primeiro tuíte é do Instituto Lula. O segundo é a resposta do Coronel.


Choro sobre o leite derramado

Mea culpa 1 Consumada a vitória de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado com evidente apoio de tucanos, Aécio Neves (PSDB-MG) avaliou que errou ao não discursar para marcar a posição do partido no dia da votação.

Mea culpa 2 Diante da debandada tucana, que fragiliza seu discurso de presidenciável, Aécio diz que os senadores que não seguiram a orientação de votar em Pedro Taques (PDT-MT) "não entenderam que o PSDB tem de se comportar de maneira diferente, mostrar que tem outro projeto para o país".

(Do Painel da Folha)

Observação: se o candidato presidencial dos tucanos tem dúvidas em discursar ou não discursar no Parlamento, quando o Brasil inteiro olha para ele. estamos bem arrumados de oposição neste país.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

BURRO DINÂMICO ASSOMBRA A VENEZUELA

Ernesto Villegas: burrice dinâmica.
Enquanto o caudilho Hugo Chávez vai sendo devorado pelo câncer no hospital-bunker de Fidel Castro, sob a Praça da Revolução em Havana, seus esbirros traçam planos para a hegemonia cultural da idiotice bolivariana. Tentam contrarrestar os meios de comunicação privados com o aumento de investimentos nos veículos de mídia controlados pelo regime tendo em vista anular a veiculação de "valores do capitalismo". Incomoda os chavistas a vasta audiência do programa de televisão Sábado Sensacional. Em troca, pretendem obrigar os venezuelanos a ver xaropadas ideológicas com as quais os chavistas desejam idiotizar as pessoas. Isto significa ideologizar todos os programas de forma a manter uma permanente lavagem cerebral coletiva.

Ernesto Villegas é a versão bolivariana do nazista Joseph Goebbels. Ficou conhecido agora por ser incumbido de mentir oficialmente sobre o estado de saúde de Chávez, o que tem feito com dedicado zelo, fato que ressalta a sua burrice dinâmica.

Ao que parece Villegas começou a se achar importante depois que foi encarregado de fornecer boletins atestando que seu chefete, sob ventilação mecânica, de vez em quando tira o tubo, conta piadas e dá gargalhadas. Quando o sujeito começa a repetir essas bobagens acaba se auto-convencendo que o diz é verdade.

A burrice dinâmica tem esse viés, ao contrário do burro que sabe que é burro, baixa as orelhas consciente e no máximo fica só escutando. Jamais se submete à humilhações. Mas o burro dinâmico, desprovido de vergonha, não se contém e extravasa toda a sua burrice publicamente. E quando confiam ao burro dinâmico um carguinho qualquer aí o desastre é total.

Tanto é que Villegas, segundo relata o jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald, já delineou um plano para atazanar os meios de comunicação privados que não se curvam ao besteirol do socialismo do século XXI. No lugar de programas e textos interessantes pretende editar "novelas socialistas", audiovisuais de Fidel Castro e, quem sabe, o filme "Lula, o Filho do Brasil".

Transcrevo a parte inicial da reportagem no original em espanhol. Daria para morrer de rir ao se saber o que pretendem os esbirros do chavismo. Ocorre que isso não é piada. Afinal, Chávez, quando estava vivo, fechou a maior e melhor emissora de televisão da Venezuela, a RCTV e detonou pelo menos quase uma centena de emissoras de rádio. Leiam a reportagem doEl Nuevo Herald. É de lascar:

EN ESPAÑOL - Bajo la mentalidad de asedio del gobierno bolivariano, la oposición venezolana y el gobierno de Estados Unidos son vistos como enemigos mortales a ser combatidos para que la Revolución Bolivariana pueda prosperar, pero también lo es el programa de televisión Sábado Sensacional, que con su enorme audiencia y promoción de valores capitalistas luce como un obstáculo para la consolidación de un Estado socialista.

Porque la lucha por el socialismo también es librada en el campo cultural en Venezuela, en momentos en que el aparato de propaganda del Estado afina estrategias para desmontar aquellos valores percibidos como hostiles para el asentamiento del fervor revolucionario, y para contrarrestar los esfuerzos de la prensa independiente por denunciar los malos pasos del gobierno.

Según un informe elaborado en octubre por el ministro de Comunicación e Información, Ernesto Villegas, el gobierno venezolano se apresta a fortalecer los múltiples medios de comunicación bajo control estatal para establecer un enorme aparato de difusión de propaganda, con el fin de “enfrentar con éxito la hegemonía cultural del capitalismo”.

“Se propone avanzar en la definición de una nueva política comunicacional adecuada a la nueva etapa de la Revolución Bolivariana, que incluya la constitución de un verdadero sistema de medios revolucionarios”, escribió el ministro en el informe dirigido al presidente Hugo Chávez, antes de que el mandatario emprendiera su último viaje a La Habana.

Lo que se pretende es “contribuir al fortalecimiento de la Revolución Bolivariana mediante una política comunicacional que amplíe su base social de apoyo político, contenga y revierta la tendencia de crecimiento del voto antichavista y logre neutralizar los efectos de la guerra mediática contra el pueblo venezolano, derrotando la hegemonía comunicacional del capitalismo y construyendo una contra-hegemonía que permita avanzar hacia el socialismo bolivariano en el siglo XXI”, sostuvo.

Según el documento, el sistema a ser construido debería estar en capacidad de enfrentar “el aparato transnacional de propaganda capitalista”, que bajo la lógica de la revolución, hace uso de todas sus herramientas, medios de comunicación, publicidad e industria del entretenimiento “para conspirar, minuto a minuto, por la alienación de los pueblos”.

GRAMSCI CUCARACHA

(...)

La lucha en el campo cultural es de enorme importancia para los conductores del Socialismo del Siglo XXI, quienes hacen uso de los grandes recursos del Estado para promover su modelo político.

Para Guillermo Lousteau Heguy, presidente Interamerican Institute for Democracy, es un concepto que ha sido adoptado por los movimientos de izquierda en América Latina, quienes siguiendo la tesis forjada por el filosofo marxista Antonio Gramsci, dejaron de lado la lucha armada para cambiarla por una revolución cultural.

“Gramsci es el primero que plantea que la lucha que se está dando en el mundo es un tema cultural, y que el que gane en el campo de la cultura, ese es el que va a terminar dominando”, comentó Lousteau.

Pero lo que ocurre en Venezuela es que está siendo emprendido desde un campo desigual en vista de que el chavismo hace uso ilegitimo de las riquezas del Estado para promover un solo proyecto político.

Esto es sin embargo fundamental para que este tipo de movimiento pueda sostenerse, ya sea en Venezuela, Ecuador o Argentina, comentó Lousteau.Hacer CLICK AQUI para leer toda la história


NO BLOG DO JOSIAS

De passagem pelos EUA, Lula discursoupara sindicalistas na capital, Washington. Falou sobre o futuro: “Eu falo todo dia para a minha mulher: Marisa, não espere que eu morra dentro de casa. Quando eu morrer um dia, vai ser num palanque, vai ser em algum lugar falando alguma coisa, brigando com alguém.”

Discorreu sobre o passado: “Eu nunca pensei em virar sindicalista, e virei presidente do sindicato; nunca pensei em ser político, e criei um partido; nunca pensei em ser candidato a vereador, a síndico do meu prédio, e virei presidente. A luta fez com que eu desse passo atrás de passo. Não há espaço na minha vida para desistir.”
Lula só não falou sobre o presente. Nesta segunda-feira, o procurador-geral da República Roberto Gurgel deve enviar ao Ministério Público Federal, em São Paulo, cópia do depoimento no qual Marcos Valério diz que verbas do mensalão custearam despesas pessoais de Lula. Sem mandato, o ex-soberano não dispõe de prerrogativa de foro. Se for alvejado por um pedido de investigação, a encrenca correrá na primeira instância, não no STF.



















Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA