DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-01-13

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


FNDE é generoso
na distribuição
de boquinhas

O organograma do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação, é um impressionante exemplo do cabide de empregos reservados à companheirada petista, no governo federal. São 74 coordenações para seis diretorias, cevadas a ambicionados cargos DAS, sigla de “Direção e Assessoramento Superior”, com remuneração que pode superar os R$ 20 mil mensais.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

Não vai dar certo

O inchaço em órgãos como o FNDE, cujo prédio tem 17 andares, em Brasília, mostra que o governo gasta como se não houvesse amanhã.

Som da malandragem

Com freqüência, fogos de artifício interrompem o expediente a pretexto de “reuniões” no pátio do FNDE. A rapaziada aproveita para dar no pé.

A conta é nossa

Em oito anos de governo, Lula inchou o efetivo de servidores em mais de 160.000 pessoas, suficientes para lotar dois Maracanãs.

Na estrada

A Petrobras vai ganhar R$1,48 milhão para fornecer combustível à frota da Presidência da República em 2013. Com “desconto” na licitação.

Problema do PT

O PMDB vibrou com a demissão do presidente do Banco do Nordeste, Ary Lanzarin, dos conselhos de empresas onde embolsava generosos jetons. Ele é indicado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT).

Banzai!

Se o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, 72, vier ao Brasil, verá a prática de sua teoria cruel de “apressar a morte” dos aposentados “para o governo poupar despesas”. Nunca mais abriria a boca.

Conta outra

Ex-presidente ocioso do PT, José Eduardo Dutra acusou de “lulodependência” no Twitter os jornalistas que “falam mal de Lula todo dia”. Tem cura: basta o ex-presidente recolher-se à aposentadoria.

Pensando bem...

...Lula implantou o parlamentarismo no Brasil: ele é o primeiro-ministro e Dilma, a rainha.

NO BLOG DO NOBLAT

Renan Calheiros é investigado em inquérito no Supremo

O Globo
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito na eleição para a presidência do Senado, poderá comandar a Casa na condição de denunciado em processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, promete dar continuidade nos próximos dias ao inquérito a que Renan (PMDB-AL) responde no Supremo por supostamente ter apresentado notas fiscais frias para justificar patrimônio na época do chamado “Renangate”, em 2007.
Gurgel tem duas opções: apresentar denúncia contra o parlamentar ou arquivar o caso. Se escolher a primeira hipótese, e o Supremo aceitar a denúncia, o inquérito será transformado em ação penal, e Renan, em réu. A manifestação do procurador está sendo aguardada desde fevereiro de 2012 e pode coincidir, agora, com a nova eleição do senador alagoano para a presidência do Senado, marcada para 1º de fevereiro.



Show de Ivete Sangalo provoca bate-boca entre Cid Gomes e procurador

Bruno Góes, O Globo
A cantora Ivete Sangalo foi convidada e aceitou realizar um show para a inauguração do Hospital Regional da Zona Norte, em Sobral, no Ceará. Apesar da animação da apresentação da última sexta-feira, o cachê de R$ 650 mil, que foi pago nesta quarta-feira com dinheiro público, provocou uma troca de farpas entre o governador do estado, Cid Gomes (foto abaixo), e o procurador de Contas do Ceará, Gleydson Alexandre.
O procurador, que é contra o valor do show, recorreu após pedido do Ministério Público sobre o caso ser arquivado no dia 16 de janeiro pelo Tribunal de Contas do Ceará. Ele listou seis shows da cantora em outras cidades que foram realizados por um valor menor, com variação entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Em Eunápolis, na Bahia, por exemplo, R$ 400 mil foi o preço para ter Ivete Sangalo como atração.

Foto: Agência Brasil


Movimento dos Sem Terra culpa governo por desmobilização

Evandro Éboli, O Globo
Organização que mais invadiu propriedades rurais até hoje, o Movimento dos Sem Terra (MST) diz que as invasões desaceleraram nos dez anos de governos do PT por causa da lentidão do governo federal na criação de novos assentamentos de reforma agrária.
Para Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, o processo está tão vagaroso que as famílias dos sem-terra perderam a disposição de obter imóveis rurais com esse tipo de ação.
— A lentidão do governo para criar assentamentos é tão grande que as famílias de trabalhadores rurais perderam a perspectiva de conquistar a terra com ocupações. Muitas buscaram outras formas de sobreviver, porque é difícil esperar quatro ou cinco anos para ser assentado — disse Conceição.



Pela 1ª vez, brasileiros pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos

Martha Beck e Paulo Justus, O Globo
A sociedade brasileira nunca pagou tanto imposto quanto em 2012. A arrecadação de tributos federais somou nada menos que R$ 1,029 trilhão, puxada pelo mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda. Isso significa que, a cada dia, foram recolhidos aos cofres públicos R$ 2,8 milhões e, a cada hora, R$ 117.495.
Essa foi a primeira vez que a arrecadação atingiu a casa do trilhão. O resultado recorde representou um crescimento real de 0,7% em relação a 2011 e só não foi maior porque a economia desacelerou fortemente e o governo fez desonerações de R$ 46,4 bilhões.

Venezuela denuncia plano para matar vice e chefe da Assembleia

O Globo
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira que um grupo não identificado se infiltrou no país para atentar contra a sua vida e a do chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, enquanto o presidente Hugo Chávez continua em Cuba se recuperando de uma cirurgia contra um câncer.
Maduro, ex-motorista de ônibus que foi designado por Chávez como seu eventual herdeiro político, garantiu que há elementos de peso para denunciar o plano e, embora não tenha mostrado provas concretas, disse que nas próximas horas ou dias medidas serão tomadas.

NO BLOG DO CORONELEAKS

Os 178 "camisas verdes" da Marina Silva decidem nome do partido. A "rede" não foi convidada. Partido lembra o PRN do Collor.

A "nova política" de Marina Silva concedeu aos 178 iluminados que compõem o politburo verdulengo do novo partido. Eles decidiram dar um nome bem colegial à legenda que Dona Sonhática está criando para chamar de seu, depois de tentar, sem sucesso, "grilar" o PV. O nome será SEMEAR, um acróstico para Sustentabilidade, Educação, Meio Ambiente, Ética e Renovação. Vejam que o correto seria SEMAER, mas tudo bem.

O que chama atenção é a facada nas costas da "democracia em rede", prometida pela candidata. Só os apaniguados tiveram direito a voto, mostrando a cara fundamentalista e ditatorial do novo partido. Outro fato é o discuso collorido de Marina Silva. Renovação! Isso cheira a Collor II, ao velho PRN. Aliás, até mesmo Heloísa Helena está vindo das Alagoas para o novo partido. Cuidado com o novo Partido da Renovação Nacional.  Abaixo, notícia de O Globo.

A votação para escolha do nome do novo partido que permitirá a ex-senadora Marina Silva concorrer à Presidência em 2014 terminou com o nome “Semear” (Sustentabilidade, Educação, Meio Ambiente, Ética e Renovação) como o mais votado pelos integrantes do movimento Nova Política.

O nome Semear foi escolhido por 57 dos 178 integrantes do grupo que votaram. Em seguida, ficaram Partido da Nova Política (PNP), com 42 votos, Movimento da Nova Política, com 29 votos, e Movimento Sustentabilidade e Cidadania (MSC), com 27. A votação foi feita pela página do grupo na internet durante quatro dias.

Apesar da votação, o nome ainda não está definido. A lista foi entregue para Marina Silva na noite de terça-feira, em São Paulo, e ainda será debatida pelo movimento antes da escolha, que deve caber à própria ex-senadora. O anúncio oficial é esperado para o dia 16 de fevereiro, data da próxima reunião do grupo em Brasília.

Marina está sem partido desde 2011, quando rompeu com o PV por divergências com o presidente da legenda, o deputado federal José Luiz Penna (SP). Foi pelo PV que concorreu à Presidência da República em 2010, terminando a eleição com quase 20 milhões de votos. Antes, Marina foi do PT, partido que ajudou a fundar e pelo qual foi ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Não adianta! Eles têm lá as suas dissensões, mas também têm a sua natureza, como nesses filmes B de vampiros. Uns não gostam dos outros, mas todos se alimentam da mesma coisa. Assim, Lula tenta surrupiar — e vai surrupiar — uma fatia do governo, Dilma fica brava, os dois trocam palavras ríspidas, mas são quem são, e isso os une. Foi o que me ocorreu ao ver a presidente na TV a anunciar a redução da tarifa de energia. Não estava lá a governante preocupada; não estava lá uma aspirante a estadista. Nada disso!
Quem falava era a candidata à reeleição em 2014. Até aí, vá lá. É a sina dos políticos nas democracias; disputar eleições é parte do jogo. O que incomodou foi outra coisa: por que o tom de desafio e, às vezes, de certo rancor? Porque, no petismo — seja o lulista ou o dilmista —, mais importante do que vencer, é a sensação de que o adversário perdeu. No dia em que poderia anunciar, como costumam fazer governantes, a vitória de todos (ainda que não seja verdade), Dilma preferiu chamar a atenção para a suposta derrota de alguns. Em democracias mais corriqueiras do que a nossa, esse tipo de abordagem costuma ter o devido troco da oposição — além de ser mal recebido pela imprensa. Em Banânia, nem uma coisa nem outra. Não faltará quem diga que ela foi enérgica e sagaz.
Dilma anunciou uma redução da tarifa para o consumo doméstico e das empresas um pouco superior àquilo que se esperava (ver post de ontem na home). E partiu para o confronto. Atacou os “alarmistas” — referia-se àqueles que chamaram a atenção do país para o risco de faltar energia; fez pouco caso dos que são “sempre do contra” e “estão ficando para trás” — qualquer um que, exercendo o sagrado direito de crítica garantido pelas democracias, ousa discordar do governo; e anunciou o seu triunfo: “Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram, e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram.”
Vamos colocar as coisas no seu devido lugar. Já chamei a atenção aqui para o fato e volto a fazê-lo: ninguém anunciou que haveria apagão no país depois de amanhã. O que os especialistas do setor fizeram — e cumpriram, assim, até um dever cívico — foi chamar a atenção para o baixo nível dos reservatórios e para o fato de que o Brasil é hoje excessivamente dependente das chuvas para garantir o fornecimento de energia. Mesmo com o crescimento mixuruca do país — 1% em 2012 (hoje um pouco mais, mas não muito) —, todas as térmicas tiveram de ser acionadas. A elevação do risco de crise fez com que as atenções de voltassem para o setor. E o Brasil se deparou com usinas velhas, linhas de transmissão capengas, falta de investimento e planejamento tortuoso.
Nada disso é mera invenção dos adversários de Dilma Rousseff. Tudo foi absolutamente comprovado. Esse discurso do desafio, do queixo levantado, do “cospe aqui se for macho” é pura manifestação de arrogância e, no limite, tolice. Também é falsa a afirmação de que se previu que o governo não baixaria as tarifas conforme o prometido. Dilma está imputando aos adversários o que estes não disseram para que possa proclamar a derrota destes. É discurso puramente eleitoral — e da pior categoria.
Não faltou também uma referência aos governos de São Paulo, Minas e Paraná — todos eles tucanos. Cesp, Cemig e Copel não aceitaram o pacote imposto pelo governo, que implicaria perdas monstruosas para essas empresas. Só na Cesp, o espeto poderia chegar a R$ 7 bilhões. Não por acaso, as ações das empresas do setor elétrico despencaram. A presidente deu um pé no traseiro dos fatos e mandou brasa: “Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão ainda assim sua conta de luz reduzida como todos os brasileiros (….) Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que estou dizendo”.
Bem, um discurso feito para provocar acaba mergulhando na mentira, ainda que a intenção fosse outra. Diga aí, presidente: quem era “contrário à redução da tarifa”? É escarnecer dos fatos e investir na ignorância alheia fazer uma afirmação como essa. A decisão de São Paulo, Minas e Paraná de impedir que suas empresas quebrasssem não significa ser “contra” a redução. Trata-se de uma mistificação grosseira, daquelas que não deveriam ser ditas nem mesmo em palanque porque mentirosas.  O propósito estava bem claro: “Estamos vendo como erraram os que diziam meses atrás que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia e que tentavam amedrontar o nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário”.
Indago de novo: onde é que estão essas previsões pessimistas todas? Por mais que eu procure, não as encontro. O petismo vive um estágio curioso: como não tem de enfrentar oposição e como só sabe jogar no ataque, fantasia as críticas que não recebe para poder manter elevada a moral da tropa, que precisa estar em guerra.
De resto, não custa observar: ainda que a energia elétrica seja um custo importante da economia, supor que a redução da tarifa será uma alavanca efetiva do crescimento econômico, especialmente da indústria, é, com a devida vênia, mera conversa mole de lobistas do setor. Energia cara pode, sim, ser um constrangimento e coisa e tal, mas não há um só estudo relevante — tentei encontrar nesta quarta-feira e fiz algumas consultas — indicando que a medida terá um impacto efetivo no crescimento. As dificuldades que o setor produtivo enfrenta hoje são de outra natureza. Também já se achou que a dinheirama do BNDES a juros subsidiados seria o toque de Midas da economia… O país cresceu 1% em 2012 com Luciano Coutinho tentando financiar até carrinho de pipoca…
Eis, leitor, uma daquelas conjunções ruins, mas que se mostram inexoráveis — as gerações futuras se perguntarão: “Como é que eles conseguiram fazer tanta besteira?” A que me refiro? O que se viu ontem na TV foi uma presidente orgulhosa dos seus insucessos, com um discurso duro e triunfante do alto daquele 1% de crescimento, a anunciar que todos os seus críticos são uns bananas, que eles não sabem de nada e que os feitos do governo estão aos olhos de todos.
Como não há, no cenário político, uma voz de peso que se levante e diga que a meia da rainha está desfiada (esse negócio de “nu” é para rei…), vive-se uma situação realmente singular: Dilma se jacta daquilo que não fez e desafia os adversários a provar o contrário. E os adversários… não provam. Entenderam?
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO JOSIAS


Sarney é o ser mais fabuloso que Sarneu já viu 
7

Na bica de deixar o comando do Senado, José Sarney falou ao portal de notícias da Casa. Prenhe de desprendimento, disse que jamais ambicionou a poltrona que ocupa pela quarta vez: “Nunca gostei de participar das mesas de direção. Mas, em 1994, me rendi aos apelos para assumir a Presidência do Senado.”
Fausto de humildade, crê ter arrancado o Senado do atraso: “Depois de assumir a Presidência, acho que entramos na era da modernidade do Senado. Parecia que o Senado ainda estava no século 19.”
Aos 82, Sarney considera-se uma espécie de guerrilheiro da modernidade: “Tudo isso mostra a revolução que ocorreu no Senado [...]. A modernização e a atualização têm sido a minha marca por onde tenho passado na administração publica.”
Ex-tudo –deputado estadual, deputado federal, govermador e presidente da República— o hoje senador Sarney chega ao “fim da vida” com uma ponta de “frustração”.
Empresário rico e político poderoso, melhorou sua própria existência. Porém, ainda não ajeitou a vida do planeta: “Quando a gente entra na política, é pelo desejo de melhorar a sorte de seu município, de seu Estado, de seu país, e até de melhorar a sorte da humanidade. […] E sempre fica uma frustração por ainda não ter conseguido todas essas coisas.”
Magnânimo, Sarney perdoa quem o acusa de vilanias. Faz isso a pedido do Padre Eterno: “A política é cruel […]. O embate político não tem limites. A primeira coisa que muitos fazem é tentar desqualificar o adversário. […] Eu sou cristão e Deus me deu essa graça. Deus já fez tanto por mim […]. E ele me pede uma coisa apenas: ‘…Perdoai os vossos inimigos’. Por que eu vou negar isso a Ele? Então eu perdoo e fico tranquilo, numa boa.”
Traidor dos ex-amigos da ditadura e amigo dos ex-detratores que arriscaram o pescoço pela democracia, Sarney vê “trabalho” onde muitos só enxergam oportunismo: “Depois de ser presidente, tive a felicidade de ver todas as classes sociais chegando à Presidência. A República começou com os barões do café, passou pelos militares, pelos bacharéis e tivemos um operário como presidente. Hoje, temos uma mulher na Presidência. Há país mais democrático que o Brasil? […] Isso foi fruto de um trabalho que passou pelas minhas mãos.”
Visionário, Sarney considera-se precursor de tudo. A prioridade social? Coisa dele: “Quando fui presidente [1985-1990], houve uma mudança de foco. A prioridade era apenas econômica e eu coloquei a causa social na pauta da política brasileira. Todos esses programas que hoje foram ampliados começaram naquele tempo.” A estabilidade econômica? Obra de Sarney: “Com o Plano Cruzado, tive a coragem de colocar minha cabeça a prêmio, com o congelamento de preços. Procuramos outro caminho que levou ao Plano Cruzado, ao Plano Verão, ao Plano Collor e até ao Plano Real.”
Calma, não se descabele. Você não meu mal. É isso mesmo. Sarney considera-se um pai insuspeitado do plano costurado sob Itamar Franco e implementado sob FHC: “O Plano Real, já naquele tempo, esteve em nossas mãos, mas não havia mais tempo para implementá-lo, pois estava deixando a Presidência da República. Essas conquistas me fazem muito orgulhoso de minha vida pública. Na minha vida, a orientação sempre foi procurar ajudar, construir, unir e buscar a paz.”
Como se vê, José Sarney é o político mais extraordinário que José Sarney conhece. O mandato dele termina em 2014. Não cogita disputar a reeleição. Deixa o palco porque quer. Evocando um amigo, disse que apenas duas coisas levam um político a abandonar a carreira: ou larga o povo ou o povo o larga. “Graças a Deus, nada disso aconteceu comigo”, rejubila-se esse Sarney que o Sarney nunca viu outro igual.


NO BLOG ALERTA TOTAL


Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net 
No começo de fevereiro, Luiz Inácio Lula da Silva será convidado a prestar os tão aguardados e devidos esclarecimentos sobre a atuação de sua melhor amiga e apadrinhada Rosemary Nóvoa Noronha na chefia do gabinete da Presidência da República em São Paulo. Claro que Lula vai alegar que nada sabia e nem tinha nada a ver com negócios escusos que levaram Rosemary a ser indiciada por formação de quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência e corrupção ativa na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Embora não tenha mais foro privilegiado e nem seja mais formalmente uma autoridade, mas apenas um cidadão com direitos e deveres como outro qualquer, Lula terá tratamento privilegiado na tomada de depoimento pelo Ministério Público Federal. Já começa pelo termo “convidado” – e não convocado ou intimado a depor. Alem disso, a conversa com Lula poderá acontecer em ambiente fora do Judiciário e, com certeza e de preferência, bem longe do conhecimento da imprensa. 

Lula deverá ser ouvido em casa, em São Bernardo do Campo, na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, ou em qualquer outro lugar que lhe seja conveniente. Todo mundo sabe que “tio” Lula tem tudo a dizer, mas que tranquilamente nada dirá que o comprometa ou crie ainda mais problemas para a “pequena” Rose. O estranho e indevido silêncio público de Lula sobre o Rosegate é um dos maiores erros estratégicos cometidos pelo ex-Presidente. Evidência de que o escândalo lhe causa, no mínimo, tensão. 

Rose está blindada e bem defendida por uma equipe de três advogados coordenados pelo ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. A (ex-) mulher de confiança de Lula – que estaria estressada e temendo assédios desde 23 de novembro – até conseguiu uma permissão especial para entrar e sair pela garagem do Fórum Federal Criminal, sem ser vista pela imprensa, sempre que for prestar depoimentos ou apenas se apresentar à juíza Adriana Zanetti, da 5.ª Vara Federal Criminal. A próxima visita discreta de Rose ao Tribunal seria no dia 4 de fevereiro.

Pelos altos figurões envolvidos e pela complexa dinâmica do sistema criminoso de compra e vendas de pareceres ou tráficos de influência cometidos por servidores em cargos de confiança federais, o processo da Operação Porto Seguro tem tudo para andar com a mesma lentidão do escândalo do Mensalão. Como, em princípio, não há potenciais réus com direito a foro privilegiado, o caso deve tartarugar na burocracia da Justiça Federal, a partir da primeira instância. Mas isto também deve beneficiar os acusados, que ganharão tempo entre um julgamentos na Vara Federal e os infindáveis recursos no STJ ou no STF, até o famoso “transitado em julgado” que pode levar algum culpado para a cadeia.

Uma eventual prisão da melhor amiga de Lula sequer foi cogitada. Desde a primeira hora da Operação Porto Seguro, ela foi claramente poupada. Apenas foi acordada por policiais federais e agentes da Agência Brasileira de Inteligência em 23 de novembro. Também sofreu o desgaste de exposição de sua imagem, da filha e do ex-marido com o escândalo. De resto, está blindada pelo mesmo esquema de poder que sempre protegeu o bem amado Lula da Silva.

Por isso, a não ser que existam poderosos interesses em prejudicar Lula da Silva, o Rosegate tem tudo para se transformar em um dos maores casos de impunidade – entre os muitos já antes vistos – na História da republiqueta sindicalista brasileira.



General censurado

Reclamação do General de Divisão na Reserva, Luiz Eduardo da Rocha Paiva, a amigos militares:

Não consigo mais ter meus textos aceitos e publicados na mídia, como acontecia até janeiro de 2011”.

Pois é, General: quem tenta falar a verdade ou levar temas sérios e relevantes para discussão pública não é bem tratado na República Sindicalista do Brasil...

Por isso, como de costume, o Alerta Total publica mais um texto do patriota Rocha Paiva: A Amazônia e a “Marcha da Insensatez” – III

Triste resumo

Comentário exato de um leitor anônimo sobre o artigo “O caminho aberto para anomia”, escrito pelo médico Ronaldo Fontes, publicado ontem aqui no Alerta Total:

É desalentador o quadro social a que chegamos. A mais grave é que a parte mais esclarecida do nosso povo assiste pasma o desmoronamento das instituições. Leis, escolas, casas legislativas, segurança, justiça, etc., tudo rolando ladeira abaixo. Assiste-se a formação de uma juventude degradada pelas drogas e crianças armadas chefiando quadrilhas. Os chamados homens públicos comportando-se cinicamente ante seus atos desvendados, embolsando fortunas inimagináveis, totalmente indiferentes às leis e garantidos na impunidade perante uma justiça capenga. Tudo ocorrendo sob o olhar indiferente de um governo incompetente e mentiroso.”

Os brasileiros esclarecidos conseguem perceber perfeitamente a nossa completa falência múltipla de órgãos institucionais, mas falta ainda uma ação integrada, focada em projeto de nação para o Brasil, para solucionar tantos problemas em evidência...

Aposentados protestando

Neste 24 de janeiro, considerado o dia da criação da Previdência Social, é celebrado o Dia Nacional dos Aposentados.

O SINTRAJUD, em conjunto com o SINSPREV (Sindicato dos Servidores da Saúde, Previdência e Assistência Social) e com o SINDSEF (Sindicato dos Servidores dos Órgãos do Poder Executivo), está organizando Ato em defesa dos direitos dos Aposentados e Pensionistas.

O ato será realizado a partir das 10h na Av. Paulista, partindo do MASP e indo até o TRF-3.

Dil-mané?

Se fosse vivo, e vivo era, o saudoso craque Mané Garrincha, repetiria para a Presidenta Dilma Rousseff seu histórico comentário feito ao técnico Neném Prancha que lhe ordenara uma sequência programada de dribles a um zagueiro:

A senhora combinou com os adversários?”.

Pois assim reagiria o Mané diante da notícia do Valor Econômico: “Dilma reage a especulações e afirma que seu mandato é de oito anos”.

Será que ela esqueceu que em 2014 precisa acontecer uma eleição, com a vitória dela, para haver a tal continuidade prevista, ou será que a Presidenta anda sofrendo da mortal síndrome de Chávez-Maduro na Venezuela, onde a Justiça decidiu que o mandato presidencial só acaba em 31 de fevereiro? 

Real ou teatrinho

Que existem rusgas entre a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presimente Lula da Silva todo mundo sabe.

O que não se tem certeza é se a bronca recíproca é mesmo para valer.

Ou se tudo não passa de mais uma encenação do teatrinho do João Minhoca, nos bastidores do poder, para um de descolar dos problemas dos outro, seja com a má gestão da economia ou com a Justiça...

Que alívio...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NO BLOG UCHO.INFO


Lula fica chateado com a invasão do seu instituto e Okamotto discorda do método dos sem-terra

Veneno caseiro – O tempo é o senhor da razão. E Lula há de perceber isso, pois o relógio na para. Informado pelo trem-pagador Paulo Okamotto sobre a invasão do instituto que leva o seu nome, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, Lula se limitou a dizer estar chateado, pois foi obrigado a mudar a agende, disse o presidente do órgão. “Relatei o movimento e ele ficou chateado porque o pessoal invadiu e ele teve de mudar a agenda, mas faz parte”, disse Okamotto.

De acordo com Paulo Okamotto, que é presidente do instituto, Lula iria ao escritório nesta quarta-feira (23), mas decidiu viajar para local ignorado. Okamotto aproveitou para dizer que o grupo tem o apoio do ex-metalúrgico, mas que ele [Okamotto] discorda do método dos invasores. “Eles têm a solidariedade do presidente Lula para resolver o problema do assentamento e de todos nós. O que eu não posso concordar é com os métodos que eles estão usando. Eu acho que é inadequado, não pediram sequer uma audiência. Nunca pediam apoio”, disse.
Homem de confiança do ex-presidente, Okamotto disse que tudo o que o instituto poderia para os invasores, além de oferecer “café e água” já foi providenciado. “Mais do que isso é dizer que o movimento deles está certo, mas que a forma não me parece muito correta”, completou.
O interessante nessa história, em que Lula e seus compadres sentem na pele a sandice de tudo o que eles próprios durante décadas pregaram a e apoiaram, é que esse tipo de vandalismo só á válido na propriedade alheia. Quando o alvo é alguma propriedade petista o caso é considerado absurdo.
Quando o MST invadiu e destruiu uma fazenda de Fernando Henrique Cardoso, no interior de Minas Gerais, com os integrantes acabando com tudo o que tinha na casa-sede, o PT não apenas apoiou a invasão, como riu da situação do então presidente, que mais tarde vendeu a propriedade.
A mesma postura, a de desfaçatez, teve o então presidente Lula por ocasião da invasão e destruição da Câmara dos Deputados, em junho de 2006, ação coordenada pelo petista Bruno Maranhão, que depois do episódio continuou integrando a cúpula do PT e sendo recebido no Palácio do Planalto.
Lula não deveria se chatear com a ação dos companheiros de badernas, pois não há notícia no mundo que um corrupto de quadro costado precise de um instituto para propagar suas ideias e modus operandi. Que os sem-terra fiquem onde estão, pois veneno caseiro ninguém gosta de provar.


















Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA