DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 23-01-13

NO ESTADO DE SÃO PAULO


Renan turbina Minha Casa em Alagoas e ‘empreiteira amiga’ fatura R$ 70 mi

Senador alagoano que deve comandar o Senado a partir de fevereiro utiliza sua influência na Caixa e entre os correligionários para transformar o Estado natal numa máquina de contratações do programa habitacional do governo federal


Alana Rizzo, de O Estado de S. Paulo
MACEIÓ (AL) - A combinação de influência na Caixa Econômica Federal (CEF) e o comando político de 80% dos municípios fez do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito para assumir o controle do Senado, o “midas” do Minha Casa, Minha Vida em Alagoas com pelo menos um resultado notável: a Construtora Uchôa, do irmão de Tito Uchôa, apontado como laranja do peemedebista, faturou mais de R$ 70 milhões no programa nos últimos dois anos.
Veja também:
Empresário versátil, Tito Uchôa é sócio do filho do senador, o deputado federal Renan Filho (PMDB), em uma gráfica e em duas rádios. Também é proprietário de uma agência de viagens, uma empresa de locação de carros e um supermercado. A mulher dele, Vânia Uchôa, era funcionária do gabinete do senador Renan Calheiros.
Uma engenharia financeira peculiar do programa Minha Casa, Minha Vida valoriza os atributos do candidato à Presidência do Senado e abre espaço para a ingerência política. As contratações - sem processo de licitação - são feitas diretamente pela Caixa, área de influência de Renan e do PMDB no Estado e com ramificações em Brasília, a partir de propostas apresentadas por prefeitos e empreiteiras ao banco.
Das 26 prefeituras de Alagoas incluídas no programa, apenas duas não são comandadas por aliados de Renan ou partidos coligados com o PMDB. O peemedebista garante ter nas mãos 80% dos 102 municípios alagoanos. “Elegemos diretamente 25 prefeitos em todas as regiões e em aliança com os partidos coligados ganhamos em mais de 80% dos municípios”, vangloriou-se Renan, em convenção do PMDB em dezembro passado.
O programa de moradias populares é uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff. O Minha Casa, Minha Vida é uma das armas do senador para aumentar seu capital político nas próximas eleições.
Alagoas está, proporcionalmente, entre os maiores contratantes do Minha Casa, superando outros Estados do Nordeste e até a meta do próprio governo, que era construir 13 mil unidades no Estado.
Hoje, mais de 26,8 mil unidades habitacionais já foram contratadas e o volume de recursos públicos investido ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. Para se ter ideia, Sergipe, administrado pelo petista Marcelo Déda, com perfil populacional e área semelhantes aos de Alagoas, registra R$ 200 milhões em contratos.
Terra natal. A Uchôa assinou seu primeiro contrato do Minha Casa, Minha Vida em dezembro de 2010 para a construção de 1.261 casas populares em Santana do Mundaú. O município, a 30 quilômetros de Murici, terra de Renan Calheiros, foi atingido pelas chuvas naquele ano e ficou parcialmente destruído.
A operação, no valor de R$ 51,7 milhões, utiliza recursos do Ministério das Cidades e é coordenada pela Caixa. No Orçamento de 2011, Renan apresentou emenda ao ministério no valor de R$ 4,2 milhões para obras de infraestrutura e habitação popular.
A Construtora Uchôa, no entanto, ainda não entregou as casas previstas no contrato. Segundo o prefeito da cidade, Marcelo Souza (PSC), a empreiteira atrasou a entrega das moradias. “Era para ficar pronto no ano passado. As pessoas continuam morando de aluguel ou na casa de algum parente porque elas perderam tudo na chuva. Essa obra é muito importante.”
Agora a empreiteira está negociando na Caixa e no Ministério das Cidades um aditivo de R$ 5 milhões para terminar as obras no conjunto habitacional. Este ano, a Uchôa conseguiu fechar seu segundo contrato. Cerca de R$ 20 milhões serão destinados à construção de 400 unidades habitacionais em Campo Alegre. O novo contrato coloca a Uchôa no rol de grandes beneficiárias do programa no Estado.
Contraste. Dados do Portal da Transparência do governo federal mostram que a empreiteira não tinha tradição em grandes obras públicas com recursos da União. Em 2011, a Uchôa recebeu R$ 217 mil do governo federal para a reforma em prédios militares. Em 2010, R$ 513 mil para o mesmo objetivo.
Proprietário da Uchôa, Jubson Uchôa Lopes não quis comentar a relação da família com Renan e nem com seus negócios. “Você quer saber do Minha Casa, Minha Vida, do meu irmão ou do Renan, que está disputando a presidência do Senado?” O empresário desligou o telefone e não retornou as ligações feitas pela reportagem.
Além do vínculo pessoal com Renan Calheiros, Tito, irmão do empreiteiro, integra a diretoria do PMDB de Alagoas, presidida pelo senador. Ele já foi apontado como responsável por fazer negócios ocultos para o senador, como a compra de imóveis e rádios no Estado.
Improbidade. Tito também foi acusado pelo Ministério Público Federal de improbidade administrativa e de favorecer a construtora do irmão com contratos públicos na época em que chefiou a Delegacia Regional do Trabalho (DRT).
Estado não conseguiu falar com Tito Uchôa. A reportagem deixou recados na sede do PMDB, mas ele não respondeu às ligações. O senador Renan Calheiros também não respondeu às ligações nem aos questionamentos enviados por e-mail para sua assessoria. Renan Filho, como o pai, preferiu silenciar.

NA FOLHA DE SÃO PAULO

Investigação sobre Renan está parada há quase dois anos


O inquérito aberto há cinco anos e meio para investigar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) --por supostamente ter apresentado notas fiscais frias-- está parado há quase dois anos na Procuradoria-Geral da República.ANDREZA MATAIS
MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA
ANDREIA SADI
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
Com isso, a Procuradoria nem apresentou denúncia nem arquivou o caso, surgido na esteira de suspeitas levantadas contra o senador em 2007. O inquérito corre em segredo de Justiça.
Por meio de sua assessoria, o procurador-geral, Roberto Gurgel, afirmou que o procedimento está em fase final e que "nos próximos dias" vai se manifestar.
Gurgel disse que a demora deve-se ao fato de o inquérito ter 43 volumes e de ele ter priorizado, no ano passado, o processo do mensalão.
O procurador já foi alvo de críticas por ter esperado três anos para pedir investigação sobre o ex-senador Demóstenes Torres (GO), cassado por suas ligações com o empresário Carlinhos Cachoeira.
Mantida a intenção do procurador de se pronunciar logo sobre o caso, a movimentação do inquérito pode ocorrer próxima à eleição de Renan à presidência do Senado, no início do mês que vem.
Se confirmar o favoritismo, Renan voltará para o cargo que teve de deixar em dezembro de 2007, num acordo para preservar seu mandato.
Naquele ano, o senador enfrentou suspeitas de que contas da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, eram pagas por um lobista da empresa Mendes Júnior.
Ele negou e, para provar que tinha renda para os pagamentos, apresentou notas referentes à venda de bois.
Um laudo do Polícia Federal, contudo, apontou que as notas fiscais não comprovavam a capacidade financeira do senador para arcar com a pensão --na época, de R$ 12 mil mensais à Mônica.
Dizia ainda que não havia comprovação das operações de venda de gado e apontou incongruência entre a quantidade de vacinas contra febre aftosa adquiridas e o número de bois declarados.
Contatado, Renan disse que não dará entrevista até sua indicação oficial pelo PMDB como candidato à presidência do Senado.
Cláudio Gontijo, suspeito de ter pago despesas de Mônica, disse que não comentaria o assunto. Ele ainda é funcionário da Mendes Júnior.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Sponholz

Sponholz


Octogenária ditadura cubana assessora desmonte da democracia no continente

FotoO VELHO DITADOR E UM DOS SEUS TIETES POPULISTAS QUE CHEGARAM AO PODER GRAÇAS À DEMOCRACIA
O diplomata peruano Ponce Vivanco é um crítico ferrenho das ações de desmonte da democracia que vêm sendo praticadas em nossa parte do mundo, conduzida por líderes populistas que em última instância alimentam desprezo pelas restrições impostas pelo sistema de pesos e contra-pesos democráticos. Na área internacional, esse populismo cevado por um esquerdismo mambembe vem estabelecendo uma malha de instituições para transformar a América do Sul "numa  región dócil para facilitar su manejo hegemónico bajo el signo de una izquierda asesorada por la octogenaria dictadura cubana, financiada generosamente por el chavismo".Leia o artigo do jornalista e diplomata Pedro Luiz Rodrigues.


Maia pede cargo
a Dilma para fugir
do baixo clero

A poucos dias de deixar a presidência da Câmara para voltar ao “baixo clero”, o deputado Marco Maia (PT-RS) pede aliados para persuadirem a presidenta Dilma a oferecer-lhe um ministério, a liderança do governo ou a presidência de uma estatal. Maia acha que tem “crédito” junto à presidenta Dilma, mas no Planalto é visto como um político menor, que importunava com ameaças, caso seus pedidos não fossem atendidos.

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Apenas um nanico

Espécie de “Severino Cavalcante do PT”, Marco Maia sempre passou a impressão de não ter a dimensão do cargo de presidente da Câmara.

ONG que ‘detonou’
ex-ministro será
investigada

O Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar denúncias de superfaturamento de pelo menos R$ 4 milhões da ONG Instituto Contato, de Florianópolis (SC), na gestão do ministro de Esportes Orlando Silva, apanhado comprando tapioca com cartão corporativo. O atual ministro Aldo Rebelo suspendeu os contratos com a ONG no projeto Segundo Tempo pelos supostos desvios entre 2009 e 2010.

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Novo emprego

Orlando Silva virou vereador em São Paulo, pelo PCdoB, graças à convocação do titular para o secretariado de Fernando Haddad.

Você decide

Dilma deu novo “jeitinho” econômico à la Mantega: primeiro anunciou na TV redução da conta de luz. Depois anunciará aumento da gasolina.

Ele merece

O tradicional baile do Siri na Lata, em Recife, homenageará Lula com um uniforme de presidiário, sexta (1º). Mensaleiros terão só camisa.

Sua Alteza

Nem Lady Diana, que morreu fugindo dos paparazzi em Paris, impediu o assédio de jornalistas. Mas “dame” Rosemary Noronha, ex-assessora de Lula, conseguiu na Justiça impedir que repórteres se aproximem.

Chama o Delfim

José Dirceu chamou o PT de “vencedor”, em seu blog, com estatísticas de crescimento econômico de 4,6% na era Lula, contra 2,3% com FHC. Esqueceu o 'pibinho' de Dilma, cuja reeleição ele contesta.

'Glub-glub'

A seis meses da Copa da Confederações e a menos de dois anos da Copa, o Rio alagou com a chuva nos mesmos locais, como ocorre há cem anos. Governo e prefeitura deveriam criar o vale-bote.

Evo viu a coca

O presidente maluquete da Bolívia, Evo Morales, terá nova empreitada, diz a imprensa local: legalizar a exportação de folha de coca, após a despenalização do produto na ONU, com o apoio do Brasil e Espanha.

Pensando bem...

...rindo, dando ordens e até “fazendo ginástica”, segundo seu vice, Hugo Chávez é o primeiro presidente passando secretamente bem.

MP/MG denuncia Anderson Adauto

Foto
EX-MINISTRO ANDERSON ADAUTO
O Ministério Público de Minas Gerais decidiu denunciar o ex-ministro Anderson Adauto (sem partido) por ter cometido crime de responsabilidade quando foi prefeito de Uberaba (MG). Pela denúncia da promotoria, o ex-ministro teria desviado aproximadamente R$ 1 milhão da prefeitura entre agosto de 2008 e setembro de 2009. Anderson Adauto foi absolvido por unanimidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão.

NO BLOG DO NOBLAT

Renan já negocia cargos com Collor, Blairo Maggi e Romero Jucá

Fernanda Krakovics e Cristiane Jungblut, O Globo
O provável futuro presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda nem oficializou sua candidatura à sucessão de José Sarney (PMDB-AP), mas já costurou acordos para a formação de um chapão: além dos cargos da Mesa Diretora da Casa, inclui ainda negociação de indicações para as comissões mais importantes.
Os cargos são ocupados proporcionalmente, com base no tamanho das bancadas. Nessa costura, já está certo, por exemplo, que o eterno ex-líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) será reabilitado com um cargo na Mesa.
E que o senador Fernando Collor (PTB-AL), seu conterrâneo, comandará a poderosa comissão de Infraestrutura, hoje com o PSDB. Já o senador Blairo Maggi (PR-MT), ganhador em 2005 do troféu “motosserra de ouro”, do Greenpeace, — mas depois redimido pelos ambientalistas — vai para a Comissão do Meio Ambiente.

Senadores Fernando Collor, Romero Jucá e Renan Calheiros

Lula: 60 dias de silêncio sobre o caso Rosemary

Veja
Há exatos dois meses Lula tem evitado contato direto com a imprensa. Nesse período, duas notícias mexeram com o humor e acuaram Lula. A primeira delas ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado, com a revelação de que Rosemary Noronha (foto abaixo), sua mulher de confiança, estava envolvida no esquema de fraudes e desvios desmontado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.
Em seguida, 20 dias depois, Lula teve seu nome mais uma vez arrastado para o noticiário: o jornal O Estado de S. Paulo revelou o teor do depoimento de Marcos Valério, o operador do mensalão, ao Ministério Público. Segundo o publicitário, o dinheiro do esquema criminoso foi usado para pagar despesas pessoais do ex-presidente.








NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Eu tenho muita pena duzamericânu. Nóis ainda ensina pra eles como se pega us peixe

Coitados dos EUA!
Coitado de Barack Obama!
Coitados daqueles que a esquerda xexelenta brasileira chama “estadunidenses”!
Um dia eles terão samba no pé!
Um dia eles terão ziriguidum, balacobaco, telecoteco!
Um dia eles terão PMDB!
Um dia eles terão algo parecido com Medida Provisória — de caráter permanente — em sua legislação!
Um dia eles terão Lula (estão quase lá…)!
Um dia eles terão um sujeito que não foi eleito por ninguém cuidando da articulação do governo no Congresso.
Um dia eles terão o terceiro povo “mais feliz” do mundo: os butaneses continuarão em primeiro lugar; os bananeses nos manteremos em segundo, e aí virão os estadunidenses…
Se Obama conseguir concluir a sua obra, os EUA ainda cumprirão o seu ideal, e teremos um continente americano quase todo unido pela estupidez. Talvez o Canadá se salve por causa da Polícia Montada… “Como assim, Reinaldo?” Sei lá… Um povo que tem Polícia Montada me parece determinado a manter suas singularidades… Por que isso tudo?
O PSDB e o DEM recorreram ao Supremo contra a Medida Provisória que libera recursos do Orçamento de 2013: nada menos de R$ 42 bilhões. Por quê? Em razão da barafunda criada pela tentativa de derrubar os vetos da presidente Dilma à lei dos royalties do petróleo, o Congresso encerrou 2012 sem votar a peça orçamentária. Seria a versão cabocla (o conteúdo é bastante diferente) do abismo fiscal dos EUA. E é nesse ponto que eu tenho pena duzamericânu e da sua falta de ginga. Uzamericânu é tudo troxa; nóis sabe como se pega us peixe.
Por lá, se o Congresso não autoriza a elevação do limite do endividamento e a liberação de recursos, fim de papo: acaba o dinheiro. Daí aquela correria e a negociação frenética. Os bobalhões ainda estão nessa de que Poderes têm prerrogativas que não podem ser usurpadas. São mesmo um império em decadência. Vejam a beleza da China, hoje tão admirada por esquerdistas e por ditos liberais pragmáticos: o Congresso se reúne duas vezes por ano para homologar as decisões do Comitê Central do Partido — na verdade, aquele é apenas uma divisão deste. Ao longo do ano, o Poder Legislativo é apenas cartorial.
Uzamericânu é tão idiota que não dispõem nem do estatuto da Medida Provisória, que é aquele mecanismo que permite ao Executivo, no Brasil, governar sozinho. Como é que um povo assim pode aspirar à grandeza? São práticas como a independência entre os Poderes que permitem a emergência de gente como os republicanos. Só porque esses caras foram eleitos pelo povo, acham que podem debater a agenda do país com Barack Obama.
O Brasil não tem essas frescuras, razão por que uzamericânu são quem são — um povo infeliz, sem ziriguidum, balacobaco e telecoteco — e nós somos quem somos. Além da manemolência e do samba no pé, só não somos mais felizes do que os butaneses… A gente também não costuma dar tiro em escola, essas coisas detestáveis. Por aqui, mata-se quase seis vezes mais, mas é tudo a céu aberto mesmo…
A imprensa vai demonizar a oposição também?Devo contar as horas para que setores da imprensa brasileira comecem a demonizar também as oposições brasileiras, que decidiram recorrer ao Supremo? Espero que Jabor não vá à TV dizer que o PSDB e o DEM só estão cobrando o respeito à Constituição porque Dilma é mulher — assim como, segundo ele, os republicanos só combatem Obama porque ele é “negão”… Afinal, caso consigam uma liminar — o que eu duvido —, o repasse de dinheiro teria de ser suspenso.
Ou não! Em Banânia, com a sua compulsão para a felicidade e para o jeitinho, a Justiça determina uma coisa, e o governo faz o contrário. Vejam o caso do Fundo de Participação dos Estados. O Supremo decidiu que, na sua forma atual, ele é inconstitucional e deu prazo ao Congresso de TRINTA E CINCO MESES para votar uma nova lei. Ninguém votou zorra nenhuma! Mesmo assim, o Executivo manteve os repasses.
Como diz uma música breganeja, “nóis é jeca, mais nóis é jóia”. Em Banânia, um chefe partidário, um líder de facção, anuncia que vai passar a comandar a articulação do governo no Congresso, e boa parte da imprensa noticia isso como quem dissesse: “Hoje é terça-feira, 22 de janeiro…”
Assim, eu tenho de ter muita pena dessezamericânu bunda-mole, que não percebem que o grande defeito da democracia está, como vou dizer?, em ser democrática. Obama, é bem verdade, está fazendo um esforço danado — e com apoio de setores importantes da imprensa americana — para apressar a marcha dos EUA rumo à descoberta da felicidade terceiro-mundista, esse mundo, como notou Pero de Magalhães Gândavo, sem fé, sem lei nem rei… Quer dizer, fé e lei andam em baixa… Mas estamos bem perto na monarquia, só que do tipo absolutista (que é como vale a penas ser monarca, é claro!).
Uzamericâno ainda vão descobrir que o preço da governabilidade é o desrespeito contínuo e contumaz à lei. Sem isso, não se fabrica esse atraso orgulhoso de si, convicto e, como é sabido, feliz. Uma dia a gente ainda toma o lugar do Butão. É uma questão de tempo.
Por Reinaldo Azevedo




NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

O palanqueiro que não desencarna do Planalto resolveu virar co-presidente

Quando Lula agarra um microfone, os plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a regência verbal se esconde no sótão de um casarão abandonado, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os dicionários se apavoram com a iminência de outra selvagem sessão de tortura. Já no primeiro parágrafo, os brasileiros que não tratam o idioma a socos e pontapés ficam pálidos de espanto ou vermelhos de vergonha. Menos os devotos da seita lulopetista.
“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”, jura há quase 10 anos Marilena Chauí, professora da USP que também jura ser filósofa. A descoberta assombrosa justifica o lugar reservado à companheira no “Encontro com  Intelectuais sul-americanos”, promovido nesta segunda-feira pelo Instituto Lula: Marilena está no palco, sentada à direita do Mestre. Com o rosto apoiado numa das mãos, parece à espera do momento em que a luminosidade do orador obrigará a plateia a proteger os olhos com óculos escuros.
Os presentes, esclarece a inscrição atrás da mesa, são Intelectuais (assim mesmo, com I maiúsculo). Estão reunidos não para um “encontro de” qualquer, mas para o  “Encontro com”. Com Lula, naturalmente. Na abertura da discurseira, o ex-presidente avisou que estava ali para ouvir. Só parou de falar quando a garganta implorou por descanso. Gastou alguns minutos louvando a integração dos Intelectuais da América do Sul. No resto do tempo, tratou do que efetivamente interessa a um palanqueiro em campanha há quase 40 anos.
Primeiro, Lula comunicou que está aprendendo a ser ex-presidente, e ensinou que “é necessário tomar cuidado para fazer política sem parecer que quer continuar no cargo de mandatário”. Em seguida, deixou claro que continuará fazendo exatamente o contrário do que acha certo. “Lula vai cuidar pessoalmente das articulações com a base de Dilma para tentar garantir apoio à reeleição da presidente”, contou o companheiro Paulo Vanucchi aos jornalistas proibidos de testemunhar a aula de incoerência. Segundo o diretor do Instituto Lula, o chefe “vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT, PMDB e PSB”. Ou seja: para assegurar a permanência de Dilma Rousseff no poder, Lula resolveu reduzir-lhe os poderes e nomear-se co-presidente.
O primeiro encontro entre a presidente eleita e o presidente que nunca desencarnou do Planalto deveria ocorrer em Brasília. Dilma sugeriu que conversassem em São Paulo nesta sexta-feira, quando visitará a cidade para participar das comemorações do aniversário. A aparente demonstração de subserviência camufla a esperteza geopolítica. Assombrado pelo caso Rose e pelo pau de macarrão de Marisa Letícia, tudo o que Lula quer é ficar longe de casa. A presidente vai mantê-lo  por aqui no feriadão que começa no dia 25.
Pena que a afilhada não se anime a bater de frente com o padrinho. Se lhe estendesse o tratamento que dispensa aos ministros, o local do encontro seria o escritório da Presidência da República em São Paulo. Assim que Lula  entrasse na sala que abrigava a chefe de gabinete, Dilma perguntaria se o visitante notou alguma mudança na paisagem. Ou se acha que está faltando alguém.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Blindagem oficiosa a Rose lhe dá até direito a entrar e sair do fórum pela garagem para despistar a imprensa

Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net 
Mesmo indiciada por formação de quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência e corrupção ativa, Rosemery Nóvoa Noronha continua com privilégios dignos de uma ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo que é a melhor amiga do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rose conseguiu permissão especial para entrar e sair pela garagem do Fórum Criminal, sem ser vista pela imprensa, sempre que for prestar depoimentos.

Embora o procedimento seja absolutamente dentro das normas, indica que Rose recebe tratamento especial como investigada na Operação Porto Seguro. A cada 15 dias, Rose tem a obrigação de se apresentar à juíza Adriana Zanetti, da 5.ª Vara Federal Criminal. Mas não se sabe se ela entregou à Justiça o Passaporte diplomático que sempre usou nas viagens que fez sozinha ou acompanhando o chefe Lula – que até agora sequer foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o comportamento da afilhada e sua relação pessoal ou de “trabalho” com ela.

Nos bastidores petistas e no governo, a orientação é anular ao máximo qualquer exposição de Rose – principalmente no noticiário. A mídia amestrada pelas grandes verbas oficiais já vem noticiando o mínimo ou nada do Rosegate. Além disso, nenhuma das suspeitas sobre ações de negócios e viagens ao exterior fora da agenda oficial de Rose deverão entrar no processo da Operação Porto Seguro. 

A interpretação do privilégio é bem clara. Como Rose ocupou uma posição na escala mais alta do poder, como melhor amiga e pessoa da mais elevada confiança do ex-Presidente da República, a pseudo-lógica da quase anomia vigente no Brasil lhe concede o suposto direito a uma blindagem. Nada custa lembrar que esta mesma proteção, em nome do interesse do Estado, da segurança nacional ou da conjuntura econômica, serviu, direitinho, para o nome de Lula ser mantido bem longe do escândalo do mensalão – embora, injustamente, toda culpa tenha sido imposta, pela teoria do domínio do fato, a José Dirceu – que era o ministro-chefe da Casa Civil colado em Lula.

A divina amiga do endeusado Lula já prestou depoimentos “bem longe dos olhares profanos da imprensa” nos dias 7 e 21 de janeiro. Apesar de todas as evidências contra ela, Rose sequer foi detida nas primeiras-horas da operação Porto Seguro. E nem será depois, pois o caso, quando virar processo, deve demorar os costumeiros quase dez anos para ser julgado. Da primeira instância até os infindáveis recursos ao Superior Tribunal de Justiça e, depois, ao Supremo Tribunal Federal, ao providencial transcorrer de uma década, os eventuais crimes praticados já terão compensado pela lentidão na aplicação da pena.

A defesa de Rosemary alegou que ela vive com trauma da exposição a que vem sendo submetida desde o estouro da Operação Porto Seguro, em 23 de novembro. Por isso Rose conseguiu o direito a entrada e saída pelas portas dos fundos do Judiciário. É como se a apadrinhada de Lula fosse um diamante raro que precisa ser protegido dos olhares da mídia e da sociedade, e não como alguém que terá de responder à Justiça como suposta líder de um megaesquema de compra de pareceres técnicos de órgãos federais. O tratamento especial dispensado a Rose fere qualquer princípio de igualdade, isonomia.

Para que o caso dela não aparecesse como um privilégio, o Judiciário até deu um jeitinho. A Coordenadoria do Fórum Criminal Federal de São Paulo editou a portaria 6/2013. A regra prevê que qualquer juiz poderá solicitar “o isolamento temporário e extremamente necessário dos acessos e/ou passagens pelos corredores e halls das entradas principais e dos elevadores, com apoio da Seção de Segurança do Fórum e até de reforço policial, a fim de garantir e preservar a integridade física das partes envolvidas nos autos dos processos”. 

O texto da portaria também recomenda aos jornalistas que tiverem interesse em fazer imagens na parte interior do fórum com câmera de vídeo, máquina fotográfica ou similares “devem requerer autorização prévia via petição aos respectivos juízos das varas”.

Protesto indevido

A petralhada usa um argumento estúpido nas redes sociais para tentar minimizar os efeitos negativos da antipremiação concedida a Lula, por voto popular virtual, no último domingo: o Troféu Algemas de Ouro 2012.

Os fanáticos seguidores do anti-homenageado chefão da Rosemary alegam que Altamir Tojal, que é ligado ao PSDB e ao Instituto Millenium, foi o responsável pelo movimento 31 de julho que deu a “honraria” a Lula e organiza passeatas contra o PT.

A grande pergunta a se fazer aos petralhas é: por acaso a presença ou não do Tojal no evento tira os méritos do dourado algemado virtual?

Comprador

Os grandes bancos brasileiros que se cuidem...

O presidente mundial do Santander, o espanhol Emílio Botín, aproveitou o beija-mão à Presidenta Dilma Rousseff para mandar o direto recado ao mercado de que o banco não pretende vender ativos no Brasil e sim fazer mais compras.

Foi um recado direto para o pessoal do Bradesco, diante dos boatos (sempre negados) de que o banco fundado pelo único Amador realmente profissional desejava assimilar o Santander no Brasil.

Mal comparando...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NO BLOG UCHO.INFO

Endividamento das famílias mostra a irresponsabilidade de Lula e a aposta errada do governo no consumo

Estouro da bolha – Quando, no final de 2008, Lula ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, que o petista resolveu batizar de “marolinha”, o ucho.info alertou para os diversos perigos decorrentes do apelo presidencial, mas os palacianos não deram muita importância. O objetivo era empurrar os brasileiros ao consumismo, não importando as consequências.

Como o desejo de consumo estava reprimido há anos e o crédito fácil e irresponsável permitiu reverter o quadro, mais da metade do País saiu às compras. Entre os alertas que fizemos, o do endividamento recorde das famílias e o da elevação da inadimplência mereceram destaque, sem contar os relacionados à falta de planejamento, algo corriqueiro no governo do PT.
Na verdade, o que os assessores de Lula fizeram, à época, foi desdenhar os críticos e afirmar que o ucho.info estava de marcação com o governo e torcia contra o Brasil. Fiscalizar o poder é a obrigação de qualquer jornalista sério que se recusa a aderir à teoria da “chapa branca”, engordando a conta bancária com milhões de reais arrancados dos cofres públicos e enganando a sociedade. Torcer contra o Brasil foi mais uma sandice disparada pela assessoria do presidente, pois nosso objetivo maior é que o País prospere verdadeiramente.
O estrago provocado por Lula e seus aduladores começa a aparecer, sem que o ex-metalúrgico se digne a qualquer explicação. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, 60,2% das famílias brasileiras iniciaram 2013 endividadas. De acordo com o órgão, as dívidas estão distribuídas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
Diante desse cenário, aliado ao fato que dois terços da população brasileira ganha menos dois salário mínimos, é no mínimo suicídio político a aposta do governo da presidente Dilma Rousseff no consumo interno, como tábua de salvação de uma economia em crise e que não reage estímulos oficiais. Imaginar que a redução da tarifa de energia elétrica levará ao crescimento do PIB é a razão maior para Dilma demitir o ainda ministro Guido Mantega, cuja incompetência é alvo corriqueiro de galhofas no mercado financeiro.

Ciente da inocuidade da medida, Dilma anunciará de novo a redução da tarifa de energia

Pirotecnia oficial – As nossas autoridades, que adoram uma grande obra ou um evento de proporções absurdas, pouco se preocupam com esses pequenos detalhes que não rendem votos. Querem, sim, erguer verdadeiras catapultas de eleitores, mesmo que seja à base da mentira. Quando morrer o primeiro brasileiro por falta de insulina e o governo for processado e condenado a indenizar a família, é possível que o Ministério da Saúde se mexa.

Definitivamente a redução da tarifa de energia elétrica é a única ferramenta que o governo da presidente Dilma Rousseff tem para estimular a economia. Não bastasse a milionária e desnecessária campanha publicitária que vem sendo veiculada em todo o País, a presidente fará um pronunciamento oficial para garantir aos brasileiros que a redução na conta de luz de usuários residenciais, comerciais e industriais será barateada em 20%.
O pronunciamento já foi gravado e será levado ao ar na noite de quarta-feira (23) em rede de rádio e televisão, não levando em conta que o custo atual da geração de energia é mais caro por conta do acionamento das usinas termoelétricas.
A redução que será mais uma vez anunciada por Dilma, que está de olho na reeleição, só será possível porque o governo compensará financeiramente as empresas geradoras que concordaram em antecipar a renovação dos respectivos contratos, a partir de agora com novas regras. O dinheiro a ser utilizado para compensar as geradoras de energia é público, ou seja, o governo dará ao consumidor com uma mão, mas ao mesmo tempo tirará com outra.
A decisão de reduzir a tarifa de energia surgiu no vácuo de campanha liderada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas essa medida isolada não resolve a crise econômica em que se encontra o País. Ademais, o aumento dos preços da gasolina e do diesel, que deve acontecer nos próximos dias, anula o efeito do barateamento da energia elétrica.
Bom seria ao consumidor se fossem devolvidos os R$ 7 bilhões cobrados a mais nas contas de luz para garantir, em caso de urgência, o acionamento das termelétricas, cujo processo é caro e altamente poluente.
Como ainda não mostrou a que veio e foi apresentada ao eleitorado como a garantia de continuidade das conquistas (sic) da era Lula, Dilma Rousseff de agora em diante tentará mostrar serviço, pois falta pouco mais de um ano para o início da campanha presidencial de 2014.

No reino de Dom Lula I, onde a saúde está a um passo da perfeição, postos de saúde não têm mais insulina

Face lenhosa – Disse certa vez o messiânico Lula, em meados de 20006, que a saúde pública estava a um passo da perfeição. A parcela pensante da sociedade logo percebeu que se tratava de mais um surto de mitomania do petista, que não contente sugeriu a Barack Obama que adotasse nos Estados Unidos o modelo do SUS, que em sua opinião é barato e eficiente.

A eficiência e a perfeição a que Lula se referiu ao falar do sistema público de saúde, que só alcançou a excelência depois de sua chegada ao Palácio do Planalto, onde passou a usar a fantasia de derradeiro salvador da humanidade, podem ser facilmente constata no posto de saúde mais próximo.
Como se sabe, o insulino-dependente não pode ficar um dia sem o remédio, sob pena de consequências graves, que podem chegar inclusive à morte. A rede de saúde pública já falta insulina, o que tem levado os usuários do medicamento ao desespero.
Os responsáveis pelos postos de atendimento alegam que a culpa é do Ministério da Saúde, que não importou o medicamento em tempo para suprir os estoques do sistema.
As nossas autoridades, que adoram uma grande obra ou um evento de proporções absurdas, pouco se preocupam com esses pequenos detalhes que não rendem votos. Querem, sim, erguer verdadeiras catapultas de eleitores, mesmo que seja à base da mentira. Quando morrer o primeiro brasileiro por falta de insulina e o governo for processado e condenado a indenizar a família, é possível que o Ministério da Saúde se mexa.






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