DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Mensaleiros tentam negociar regalias 
na prisão

Emissários do PT tentam negociar com o governo tucano de São Paulo condições especiais para mensaleiros no presídio do Tremembé. Segundo fonte da Secretaria de Justiça, ele pretendem não ser obrigados a raspar a cabeça, usar uniformes de presidiários, nem andar cabisbaixos quando circulam em ambientes comuns. “Só faltam pedir falaram frigobar, internet e TV a cabo nas celas”, ironiza.

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Nada de mordomia

As autoridades do governo paulista já avisaram que nos presídios não são tolerados privilégios para quaisquer “reeducandos”.

Tablet pode?

O ex-ministro José Dirceu tem a esperança de poder usar seu tablet iPad, no cárcere. E quer trabalhar no presídio para diminuir sua pena.

Não pode

Se o ex-ministro de Lula pudesse usar seu tablet no presídio, nada impediria a utilização também de telefones celulares.

Preenchendo o tempo

Assim como o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), José Dirceu quer aproveitar o tempo de prisão para estudar, concluir cursos superiores.

STF manda fechar agências dos Correios que não passaram por licitação

O ministro Joaquim Barbosa decidiu que as franquias dos Correios que não passaram por licitação deverão ser fechadas. A decisão foi anunciada ontem (28) pelo Supremo Tribunal Federal. Quase 900 das franquias, que realizam uma espécie de serviço terceirizado para os Correios, não passaram por licitação antes de serem contratadas. As agências funcionavam amparadas por um decreto, que permitia que permanecessem abertas até setembro deste ano, quando deveria ser substituídas. Barbosa afirma em sua decisão, que o repasse de dinheiro às agências contratadas de forma irregular configura "lesão ao erário".

Militares vão 
vigiar o ciberespaço
durante a Copa

Com porta-aviões capenga, base militar incendiada e rancho precário por falta de grana, os militares terão novo desafio em 2013: combater os ataques à internet na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. A “Política Cibernética de Defesa”, coordenada pelo ministro Celso Amorim, pretende envolver também a comunidade acadêmica e a “base industrial de defesa” – supondo-se que o País tem capacidade militar de reagir a um ataque por terra, mar, ar e infovia cibernética.

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‘Googlando’

A “Defesa Cibernética” inclui também a Abin (Agência Brasileira de Informação), dependente do poderoso agente Google para investigar.

Bêabá

Na sexta (28), um ataque de “hackers” tirou do ar por meia hora o site de consultas ao exame do Enem, do Ministério da Educação.

Sujo de ovo

O deputado Márcio Macêdo (PT-SE) exagerou na “babação”: “a história do Brasil não é a mesma depois de Lula”, garantiu ao portal do PT, destacando que (Lula) é vítima de “um ódio de classe das elites (...)

Na ribalta

Sem pai nem mãe, com a perda da liderança do PSDB, Álvaro Dias (PR) luta para assumir o posto desocupado de “líder da Minoria”, no Senado. Para não perder o permanente flerte com os holofotes.

Mãe Dinah

Dilma sofre do “mal de Mantega”, que por sua vez herdou de Lula a “garganta profunda” das previsões furadas. Após 64 apagões só dela, arriscou dizendo ser “ridículo” pensar em racionamento de luz.

Air Piauí

De Teresina a São Paulo, são enfadonhas horas de vôo. Mas Wilson Martins (PSB), governador do Piauí, resolveu a parada, segundo a oposição: convocou o jatinho de empresário com negócios no Estado.

Guerra paraibana

É feio o confronto do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), com a Assembleia Legislativa. Ele disse que não vai ficar de joelhos e os deputados estaduais já falam até em impeachment.

Desemprego zero

Dilma, que quer dobrar a renda per capita dos brasileiros, deve ficar atenta: a renda da companheirada já triplicou no governo do PT.

COLUNA PANORAMA POLÍTICO (O GLOBO)

Dada a largada
          A ex-ministra Mariana Silva convocou reunião para 25 de janeiro. Vai dar a largada para a criação de seu partido. As primeiras diretrizes em discussão: não serão aceitas doações de empresas, e parte das vagas será reservada a pessoas que possam se desfiliar e levar o cargo. O nome ainda está indefinido, mas discute-se algo que passe a ideia de sustentabilidade.

Dança das cadeiras
O Planalto começa a desenhar a reforma ministerial que seria mini e, aos poucos, vem crescendo. Há uma definição: reduzir a cota do senador José Sarney (PMDB-AP), que tem dois apadrinhados. Edison Lobão (Minas e Energia) e Gastão Vieira (Turismo), que deverá perder o cargo. Com isso, o Turismo pode passar para a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), cansada da relação estressante com a Câmara. O PMDB quer dois ministérios para compensar o Turismo e o apoio ao PT na eleição em Minas Gerais. Nomes cotados: senador Eduardo Braga (AM), deputados Gabriel Chalita (SP), Leonardo Quintão (MG) e Marinha Raupp (RO).

Os prefeitos eleitos estão curtindo suas últimas horas de plena felicidade. A partir do dia 2, o bicho vai pegar!

Beto Albuquerque
Deputado federal, PSB-RS

Ou ele, ou eu
O senador Blairo Maggi (PR-MT) está aproveitando a licença para pensar em formas de sair do PR e não perder o mandato. A brecha que estuda é a permanência do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado pelo STF por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, na secretaria-geral do partido. Acha que pode convencer o TSE.

Niemeyer em selo
Os Correios e o Ministério das Comunicações estão definindo obras do arquiteto Oscar Niemeyer para virarem selos. A ideia é lançar uma edição limitada em janeiro para homenagear o arquiteto, morto este mês.

De bike
O prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), chegará à sua posse andando de bicicleta. Diz que é gesto simbólico para mostrar que é possível encontrar soluções para o congestionamento nas grandes cidades.

Pé na estrada 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem dito a interlocutores tucanos que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) precisa começar a percorrer o país imediatamente. Como fica preso três dias em Brasília, acha que Aécio deve dedicar os outros quatro, integralmente, a um roteiro por todas as regiões, de Norte a Sul, organizado pela direção do partido.

Tentando evitar
A possível eleição do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) para a liderança do partido na Câmara está deixando o Planalto de cabelos em pé. Ele disputa, por enquanto, só contra Fernando Giacobo (PR-PR), que não empolga a bancada.

Para coibir desvios
Projeto do senador Lobão Filho (PMDB-MA) torna crime hediondo desvio de recursos nas áreas da saúde e da educação públicas. Justifica que prefeitos e gestores são presos, mas logo liberados, e nada de mais sério acontece.

Prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM) promete não nomear mil cargos comissionados. A economia, em quatro anos, chega a 600 milhões.


NO BLOG DO NOBLAT

Um pedido para 2013: parem com as promessas, por Elio Gaspari

Elio Gaspari, O Globo
A doutora Dilma poderia começar o ano inovando: basta proibir que seus ministros prometam o que não entregaram.
Por exemplo: se o PIB de 4% em 2012 não aconteceu, o doutor Mantega fica proibido de prometer qualquer coisa para 2013. Nesse caso, por mais que se suponha um “levantador de PIB”, deve-se reconhecer que o cumprimento da promessa não depende apenas dele ou da doutora.
Em outros casos, ou depende e o governo não conseguiu fazer, ou sabia desde o primeiro momento que estava apenas parlapateando.
Por exemplo: em 2011, o então ministro Fernando Haddad prometeu pela segunda vez a realização de duas provas do Enem em 2012. Com dois exames, a garotada fica livre da tensão de jogar um ano de vida numa manhã.
Em janeiro passado, ao renegar a promessa do ano anterior, a doutora Dilma disse que o governo tomaria jeito em 2013. Nada.
Ela e seus ministros sabem que, enquanto o MEC não tiver um banco de questões, as duas provas serão impossíveis. Ele não o tinha nem o tem. Basta não prometer.
Em janeiro, ao conceder benefícios fiscais à empresa Foxconn, o governo anunciou que ela produziria iPads e iPhones no Brasil “a preços competitivos internacionalmente”. Nada.
A empresa já fabrica iPads em Pindorama, e a Apple os vende a R$ 1.349. Na loja americana, custam US$ 399, ou R$ 800.
Nesse caso, os impostecas sabem que, enquanto não mexerem na tributação nacional, os preços das máquinas continuarão altos. (Até hoje não apareceram os US$ 12 bilhões de investimentos da Foxconn no Brasil, anunciados em 2011, durante a visita da doutora a Pequim.)
Em dois projetos, contudo, a doutora deve ser louvada por prometer e não entregar, porque, se tentar, será pior. Um é o da compra de caças para a Força Aérea. O outro é o trem-bala.

Transição vira guerra em três capitais: Ministério Público intervém

Prefeitos que não conseguiram manter grupo político no poder tomam decisões polêmicas antes de deixar o cargo, como a assinatura de longos contratos de concessão a empresas e até demissão em massa de funcionários comissionados
Fábio Fabrini e Alana Rizzo, Estadão.com
Medidas polêmicas tomadas por prefeitos em fim de mandato cujo grupo político foi derrotado nas eleições de outubro deflagraram crises em ao menos três capitais do País.
Em Salvador, Macapá e Maceió, os processos de transição, que no papel deveriam se restringir a acertos administrativos, se transformaram numa guerra em que até o Ministério Público foi chamado a intervir.
Na capital baiana, o prefeito João Henrique (PP), que não fez o sucessor, encaminhou à Câmara Municipal um pacote de projetos logo após a vitória de ACM Neto (DEM) com mudanças estruturais nas regras urbanísticas e ambientais.
Aprovados e sancionados este mês, eles alteraram o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo, ressuscitando, segundo o Ministério Público, dispositivos já rechaçados pela Justiça.
Segundo promotores, as leis reduzem áreas de proteção ambiental para beneficiar grandes construtoras. A medida mais polêmica é a que reconhece uma dívida municipal de R$ 36 milhões com os donos do Shopping Aeroclube, construído num terreno público da orla, por meio de concessão.
O centro comercial ficou fechado por vários anos, por conta de embargos judiciais. Vencida a questão nos tribunais, o empreendedor alegou que a paralisação gerou desequilíbrio econômico-financeiro e pediu compensação à prefeitura, que se diz obrigada, por contrato, a pagar a conta.

Aluna da PUC de SP morre depois de festa onde pode ter sido estuprada

Estudante de Direito da PUC de SP, de 21 anos de idade, caiu do 7º andar do prédio onde morava no Morumbi, bairro de classe alta da cidade, informa a Folha de S. Paulo, edição de hoje. A suspeita é de que se matou.
No final de novembro ela participou de festa no escritório de advocacia onde estagiava - um dos maiores do Brasil. Ali pode ter sido drogada e estuprada depois de ter tomado duas taças de champanhe.

Brasil terá US$ 25 bi em investimentos de montadoras

Setor vai ampliar em 60% sua capacidade, alçando o país ao posto de terceiro maior mercado do mundo
Lucianne Carneiro, O Globo
A indústria automobilística brasileira vai ampliar em 60% sua capacidade de produção até 2016, ganhando fôlego para fabricar nada menos do que 2 milhões de automóveis e comerciais leves a mais do que agora, o que fará a capacidade total do setor chegar a 5,3 milhões de unidades por ano.
O salto será possível com investimentos de US$ 25 bilhões, incluindo os já inaugurados em 2012, segundo levantamento feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC Brasil).
O montante é uma demonstração clara do que se espera para o mercado nacional, que já é hoje o quarto maior do mundo e deve disputar o terceiro lugar em 2016, na avaliação de executivos do setor entrevistados pela KPMG. 

A aposta no crescimento da demanda nos próximos anos ocorre depois de um 2012 que deve registrar a primeira queda anual na produção após nove altas seguidas. A projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é de redução de 1,5%.
 O número podia ser ainda pior, mas foi amenizado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor — que passou a vigorar em maio e foi novamente renovado.
Renda em alta, taxas de juros menores e uma relação ainda baixa entre o número de habitantes e o de veículos são algumas das razões que sustentam as boas perspectivas para o mercado. Ainda assim, já cresce o debate se há risco de excesso de capacidade na indústria nacional — hoje uma questão restrita aos países desenvolvidos.

De olho no petróleo alheio

Com licitações paradas no país, petrolíferas brasileiras passam a investir no exterior
Ramona Ordoñez e Bruno Rosa, O Globo
Enquanto a Petrobras reduz investimentos no exterior, vendendo ativos para reforçar seu caixa e concentrar recursos no pré-sal, outras petrolíferas privadas brasileiras fazem o caminho inverso, em busca de novas oportunidades de negócios na América Latina, na África e até na Ásia.
Fazem parte da lista a OGX, do bilionário Eike Batista, a Petra, a HRT e a PetroRecôncavo.
Segundo especialistas, para essas companhias, a ida ao exterior não é apenas uma política estratégica de expansão de negócios. Em muitos casos, é questão de sobrevivência, diante da falta de oferta de novas áreas no Brasil para exploração.
Desde 2008, com a descoberta do pré-sal e as mudanças que estão sendo implementadas na regulação do setor, não há novas licitações de blocos de petróleo no país.
 — Ir para o exterior é uma questão de sobrevivência para uma companhia de petróleo brasileira de porte médio, num momento em que não há leilões nem ofertas de novas áreas de campos maduros (antigos). Ou se vai para o exterior, apesar de preferirmos o Brasil, ou muitas empresas têm que mudar de atividade para sobreviver — explica Marcelo Magalhães, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP)

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

REPORTAGEM-BOMBA! NO RASTRO DO DINHEIRO DO MENSALÃO! NOVAS REVELAÇÕES! (republicação)


No começo da manhã de 13 de julho de 2005, uma quarta-feira que mudaria a história política do Brasil, uma equipe da Polícia Federal invadiu o prédio de número 380 na Avenida João Azeredo, em Belo Horizonte. Funcionava ali o arquivo do Banco Rural; começava naquele momento o dia mais difícil da carreira daqueles sete delegados e agentes. Pesava sobre eles a responsabilidade de encontrar e apreender os documentos que comprovariam o recém-descoberto esquema do mensalão. Com papéis, havia mensalão. Sem papéis, havia somente as palavras iracundas de Roberto Jefferson – o deputado do PTB que confessara como o governo do PT comprara os partidos da base aliada no Congresso.

Uma semana antes, enquanto a reputação de deputados e ministros estilhaçava-se a cada ária de Jefferson, delegados da PF haviam encontrado em Brasília a testemunha mais importante – e desconhecida – do caso: José Francisco de Almeida Rego, ex-tesoureiro da notória agência do Banco Rural na Capital Federal. Segundo Jefferson, era nessa agência que deputados e assessores buscavam o dinheiro do mensalão – algo que todos os envolvidos, àquela altura, negavam. Pressionado, Rego contou que a agência funcionava como uma espécie de sucursal financeira em Brasília do publicitário Marcos Valério, onde se distribuía dinheiro vivo à larga por ordens dele. Ordens que chegavam por fax ou e-mail, enviados da sede do Banco Rural em Belo Horizonte, onde se controlavam as contas de Valério. Como tudo era feito na camaradagem, e o dinheiro entregue não deixava vestígios, a prova do mensalão estava no arquivo central do Banco Rural. Lá, acreditava-se, constariam os pedidos de saque com os nomes dos beneficiários. Eram esses papéis que os policiais buscavam naquele dia.




“Só saímos daqui com esses documentos”, disseram os delegados assim que chegaram ao arquivo do Rural e entregaram a ordem judicial de busca e apreensão aos funcionários do banco. Prosseguiu-se entre eles o corre-corre que só o desespero provoca. Enquanto os delegados aguardavam a papelada, outras equipes da PF faziam batidas na agência do Rural em Brasília e na sede do banco, em Belo Horizonte (o arquivo do Rural fica noutro endereço). Os policiais tinham esperança de encontrar provas semelhantes nos dois locais. As más notícias, porém, viajavam rapidamente entre os rádios da PF. Câmbio: nada na agência do Rural em Brasília – apenas dez recibos de pagamento, mas sem nomes. Câmbio: nada na sede do Rural em Belo Horizonte. Os documentos, ao que tudo indicava, haviam sido destruídos. No arquivo do Rural, as horas transcorriam lentamente. Dez da manhã. Meio-dia. Duas da tarde. Quatro da tarde – e nada. Os sete policiais acossaram os funcionários e repetiram o ultimato: todo mundo só deixaria o prédio quando os papéis aparecessem. Súbito, apareceram. Clique AQUI para ler a REPORTAGEM COMPLETA
Nota do Blog do Estênio - Esta matéria foi publicada na Revista Época em 13-8-12.















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