DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 26-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


PT acha que
Joaquim ‘amarelou’,
e vai ao ataque

A cúpula do PT celebrou a decisão que manteve fora das grades os condenados do mensalão, mas avalia que o ministro Joaquim Barbosa “amarelou”, temendo “revoltar” seus militantes. Aos gritos de “com o PT ninguém pode”, dirigentes comemoraram com champanhe, em São Paulo, a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal. Agora, o PT pretende “botar o bloco na rua” em manifestações pró-mensaleiros.

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Contra a Justiça

José Dirceu pediu para Lula liderar um grande ato pró-condenados e contra a “Justiça conservadora”, em fevereiro. Lula ficou de pensar.

Pressão contra o STF

As manifestações de fevereiro coincidiriam com a publicação do acórdão do STF e do possível recolhimento dos sentenciados à prisão.

Preço elevado

José Dirceu sonha com o PT cobrando de Dilma uma retribuição por sua eleição: sua presença no ato pró-mensaleiros, em São Paulo.

Comício pela impunidade

A intenção da direção do PT é reunir ao menos 150 mil pessoas no ato público de fevereiro, em defesa da impunidade para os mensaleiros.

AGU: contrato 
de informática
está sob suspeita

Parecer de órgãos da Advocacia Geral da União (AGU) apontam irregularidades no contrato firmado, com “dispensa de licitação”, pelo ministro Luis Inácio Adams com a empresa de informática CTIS. A CTIS também havia sido contratada pelo INSS quando José Weber Holanda, braço direito de Adams, era o procurador-chefe da autarquia. Quando ele assumiu o posto de nº 2 da AGU, a CTIS reapareceu.

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SP: ex-ministros e presidente da CBF têm pensão vitalícia na Assembleia



Dois ex-ministros, um ex-governador, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma viúva de governador, a madrasta de um senador e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão entre os 266 ex-deputados ou dependentes que recebem pensão vitalícia relativa à extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. O governo do Estado de São Paulo gasta R$ 33 milhões com os 148 dependentes e 118 ex-deputados que recebem o benefício - são 125 na lista, mas sete cumprem mandato e atualmente não ganham. A lista dos beneficiários foi repassada ao jornal O Estado de S. Paulo pela Secretaria da Fazenda após pedido com base na Lei de Acesso à Informação. Os vencimentos variam de R$ 10.021 a R$ 18.725 no caso de ex-deputados, e de R$ 7.515 a R$ 18.725 no caso de dependentes. Os dois ex-ministros que recebem pensão da Assembleia são Wagner Rossi, que chefiou a Agricultura no governo Dilma Rousseff, e Almir Pazzianotto, responsável pelo Trabalho no governo José Sarney. O presidente da CBF, José Maria Marin, que ganha salário de R$ 160 mil na confederação e R$ 110 mil no Comitê Organizador da Copa, ganha R$ 16.033 de pensão por dois mandatos cumpridos na Casa. A madrasta do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), Roseli Fátima Gonzales, recebe R$ 7.515 todo mês por ter se casado com o pai do senador, também chamado Aloysio Nunes Ferreira, que foi deputado estadual durante dois mandatos na Assembleia. Candidato à Presidência da República pelo PSOL em 2010, Plínio de Arruda Sampaio também figura entre os pensionistas, embora nunca em seus 82 anos de vida tenha sido deputado estadual. Ele recebe R$ 10.021 mensais.

Há problemas

No Senado, Luiz Adams garantiu que não havia problemas no contrato com a CTIS. Mas ele já sabia que provavelmente será encerrado.

Nada de novo

José Cláudio de Noronha, ex-marido de Rose, continua “encostado” e pouco visível na assessoria da presidência da Infraero, em Guarulhos.

Tudo de novo

Não convidem Dilma e a prefeita de Fortaleza para a mesma enfermaria: Luizianne Lins (PT) e seus aliados não engoliram ter que “reinaugurar” o Hospital da Mulher, inaugurado por Lins há três meses.

Ódio faz mal

Até petistas censuraram a raiva da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que nem cumprimentou o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), na visita da presidenta Dilma para inaugurar o estádio Castelão.

Na contramão

O ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) faz questão de reforçar que “não há hipótese de o PMDB concordar com regulação que coloque tarja ou esparadrapo na imprensa”. É a meta do PT para 2013.

Mais do mesmo

A gestão privada no aeroporto de Brasília só pega no tranco. O desembarque internacional, muito demorado, tem sido agravado o desrespeito aos cidadãos com a falta de... carrinhos para bagagem.

Roda e avisa

Antes que o precioso líquido falte nas bombas, a Presidência da República se antecipou, reservando R$1,6 milhão para licitação de combustíveis da frota em 2013. Gasolina ainda a R$2,75, claro.

Pensando bem...

...o fim do mundo ainda não transitou em julgado.


NO BLOG DO NOBLAT

Sermão do Bom Ladrão, por Pe. Antonio Vieira

Pe. Antônio Vieira

(...) O que eu posso acrescentar pela experiência que tenho é que não só do Cabo da Boa Esperança para lá, mas também da parte de aquém, se usa igualmente a mesma conjugação.
Conjugam por todos os modos o verbo rapio, não falando em outros novos e esquisitos, que não conhecem Donato nem Despautério (a).
Tanto que lá chegam começam a furtar pelo modo indicativo, porque a primeira informação que pedem aos práticos, é que lhes apontem e mostrem os caminhos por onde podem abarcar tudo.
Furtam pelo modo imperativo, porque, como têm o misto e mero império, todo ele aplicam despoticamente às execuções da rapina.
Furtam pelo modo mandativo, porque aceitam quanto lhes mandam; e para que mandem todos, os que não mandam não são aceitos.
Furtam pelo modo optativo, porque desejam quanto lhes parece bem; e gabando as coisas desejadas aos donos delas por cortesia, sem vontade as fazem suas.
Furtam pelo modo conjuntivo, porque ajuntam o seu pouco cabedal com o daqueles que manejam muito; e basta só que ajuntem a sua graça, para serem, quando menos, meeiros na ganância.
Furtam pelo modo permissivo, porque permitem que outros furtem, e estes compram as permissões.
Furtam pelo modo infinito, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes, em que se vão continuando os furtos.
Estes mesmos modos conjugam por todas as pessoas; porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados e as terceiras quantas para isso têm indústria e consciência.
Furtam juntamente por todos os tempos, porque o presente (que é o seu tempo) colhem quanto dá de si o triênio; e para incluírem no presente o pretérito e o futuro, de pretérito desenterram crimes, de que vendem perdões e dívidas esquecidas, de que as pagam inteiramente; e do futuro empenham as rendas, e antecipam os contratos, com que tudo o caído e não caído lhes vem a cair nas mãos.
Finalmente nos mesmos tempos não lhes escapam os imperfeitos, perfeitos, plusquam perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais, se mais houvesse.
Em suma, o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar.
E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles, como se tiveram feito grandes serviços, tornam carregados e ricos: e elas ficam roubadas e consumidas...
Assim se tiram da Índia quinhentos mil cruzados, da Angola, duzentos, do Brasil, trezentos, e até do pobre Maranhão, mais do que vale todo ele.

Padre Antonio Vieirasacerdote jesuíta, professor de retórica, pregador, confessor, embaixador e escritor português. Trecho do Sermão do Bom Ladrão, escrito em 1655. Proferido na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), perante D. João IV e sua corte. O retrato que apresenta o autor é de Cândido Portinari.



Dilma na segunda metade do mandato, por Elio Gaspari

Elio Gaspari, O Globo
Na próxima semana a doutora Dilma entrará na segunda metade de seu mandato, e são poucas as pessoas dispostas a dar a volta no quarteirão para aporrinhá-la. Ela deve esse êxito a algumas qualidades pessoais e a dois patronos: Lula e Fernando Henrique Cardoso, com seus dezesseis anos de estabilidade democrática e econômica.
Um restabeleceu o valor da moeda, o outro batalhou para reduzir as desigualdades sociais. Sem FHC não haveria Lula e, graças aos dois, o país pode se dar ao luxo de ter uma governante que chega cedo ao trabalho, toca o barco e não se vê obrigada a dar a impressão de que precisa salvar o país.
Parece pouco, mas em quase meio século todos os presidentes foram obrigados a dar essa impressão. Uns pretendiam salvá-lo dos perigos da democracia, outros da ruína econômica.
As circunstâncias (percebidas por Lula) deram-lhe a oportunidade. Seu desempenho comprovou a eficácia da ideia, e Dilma vestiu o papel com a naturalidade com que veste seu medonho casaquinho de renda branca.
Afastou-se da rotina do Congresso, deixando-o deslizar para um papel perigosamente banal.
Mantendo-se longe das tensões provocadas pelo contencioso dos cleptocompanheiros ela foi um fator relevante no engrandecimento do Judiciário.
Colocou na surdina a diplomacia de atabaques que herdou. Meteu-se numa estudantada com o Paraguai, mas saiu dela exercitando o silêncio. Resta saber como justificará uma eventual quebra da ordem constitucional na muy amiga y compañera Venezuela.
Há algo de impessoal na doutora. Afora os destemperos que afligem seus ministros, não se deu ao folclore. Resta a imagem da gerentona, que é tudo o que um país precisa.



Rigor maior contra drogas: projeto de lei prevê penas mais duras

Carolina Benevides, O Globo
O Congresso deve votar em fevereiro um polêmico projeto de lei que aumenta a pena mínima para quem for pego com drogas, além de estabelecer internação compulsória para desintoxicação e o credenciamento de comunidades terapêuticas junto ao Ministério da Saúde.
Críticos enxergam nas mudanças o risco de punir desproporcionalmente usuários e pequenos traficantes que vendem para sustentar o próprio vício, mas o autor da proposta, deputado Osmar Terra (PMDB-RS), argumenta que endurecer a lei é o que a “sociedade brasileira, que vive o drama das drogas, deseja”.
O projeto, que tem grandes chances de ser aprovado em regime de urgência no plenário, já passou, por unanimidade, pela Comissão Especial do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas.

Brasil repete para 2014 os erros de mais de 60 anos atrás

Jamil Chade, Estadão
Obras atrasadas, sedes escolhidas por motivos políticos e incertezas até o último momento. Essa poderia ser a história da Copa de 2014. Mas, na realidade, são acontecimentos que marcaram a outra Copa do Mundo que ocorreu no Brasil, a de 1950, símbolo do esforço de um país para se projetar pela primeira vez internacionalmente.
Um levantamento realizado por quatro pesquisadores e jornalistas - Beatriz Ferrugia, Diego Salgado, Gustavo Zucchi e Murilo Ximenes - revela como o Mundial de 1950 foi preparado, suas intrigas políticas e desafios. O futebol era outro. O Brasil certamente também era outro e a própria Fifa não é a megapotência que hoje controla o maior esporte do planeta.
Há 60 anos, o Mundial contou com 13 seleções, após muitas delas desistiram ou esnobaram o Brasil. A Argentina, provavelmente a melhor seleção do mundo na década de 40, optou por não jogar. Segundo a pesquisa, a Copa custou ao País menos de R$ 500 milhões, transformando para valores atuais.




NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Luiz Fux pode esperar chumbo grosso em 2013; o recado é claro: ou se comporta, ou eles prometem derrubá-lo; resta-nos torcer para que a chantagem não tenha lastro

Eis-me aqui, leitores, a fazer algumas considerações, conforme disse que poderia acontecer. Depois retomo o meu descanso. O ministro Luiz Fux, do STF, continua na mira dos petistas. E eles não o deixarão tão cedo, a menos que este membro da corte máxima do país pague a fatura na qual figura, segundo os petistas, como devedor. O mensalão já é jogo jogado. Ainda que o tribunal venha a admitir os embargos infringentes, de divergência, é difícil supor que Fux dê um voto oposto àquele que proferiu durante o julgamento. Mas sabem como é: o governo tem muitas demandas no Supremo. A coisa está feia: para o tribunal, para Fux, para as instituições. E o ministro pode se preparar porque vem mais bomba por aí.
O mais recente ataque a Fux partiu de Gilberto Carvalho, ninguém menos: ele é, por excelência, o braço de Lula no governo Dilma, mas é também homem de confiança da presidente. Quando fala, ele o faz em nome da chefe, a menos que seja desautorizado. E ele não foi. O que fez Carvalho?
Afirmou num programa de TV que manteve um encontro com Fux antes de este ser nomeado para o Supremo e que o então candidato a ministro lhe havia assegurado que lera o processo do mensalão e não encontrara provas contra os réus. Mais uma vez, os petistas estão afirmando, por palavras nem tão oblíquas, que Fux lhes prometera uma coisa — “matar a bola no peito” — e não entregou o prometido.
É espantoso! Mais do que sugestão, o conjunto das declarações — de Carvalho, de Dirceu e do próprio Fux, em entrevista — nos autoriza, por indução, a concluir que um dos critérios para a indicação do agora ministro foi a sua opinião de então sobre o mensalão. Depois, tudo indica, ele mudou. Fux já confirmou ter estado com José Dirceu antes de ser indicado por Dilma. Reuniu-se também com João Paulo Cunha. O que um pretendente ao cargo máximo do Judiciário tem a conversar com dois réus daquele calibre? Ninguém sabe. E isso Fux também não conseguiu explicar na entrevista que concedeu.
Ao anunciar a suposta mudança de opinião de Fux, Carvalho está confessando o que eles lá, ao menos, tinham entendido como uma conspirata a favor dos mensaleiros. Pior: como foi Dilma que indicou o ministro, Carvalho e todos os que insistem nessa linha de argumentação comprometem a presidente com uma óbvia agressão ao Supremo e à independência entre os Poderes: Fux teria sido escolhido para cumprir uma missão — que não seria, por óbvio, fazer justiça.
Os antecedentes e o que se viuO leitor tem o direito de saber que petistas viviam falando pelos cantos, para repórteres, algo mais ou menos assim: “Fux tá no papo; é nosso!” Os mais boquirrotos davam o acordo como celebrado. A metáfora do “matar a bola no peito” já era muito conhecida. Os votos do ministro pegaram, sim, os petistas de surpresa e, em larga medida, os jornalistas. E petistas não o perdoam por isso. Se acham Joaquim Barbosa — o “negro que nós [Eles!!!] nomeamos”, como disse João Paulo — ingrato, eles têm Fux na cota de um traidor.
E não pensem que já esvaziaram todo o saco de maldades. Pelo cheiro da brilhantina, como se dizia antigamente, vem mais coisa contra o ministro em 2013. Os mais exaltados chegam a prometer que ele terá de deixar o tribunal porque acabaria ficando provado que não tem condições de exercer a função. Até onde pode ir o ódio punitivo? É o que veremos.
O QUE NÃO ESTÁ CLARO NO TRIBUNAL INFORMAL DO PETISMO É SE HÁ OU NÃO CONDIÇÕES DE FUX SER REABILITADO PELA COMPANHEIRADA — vale dizer: ainda não se decidiu se vão lhe apresentar uma fatura, exigindo, em troca, o bom comportamento ou se a condenação já pode ser considerada transitada em julgado — nessa hipótese, só restaria mesmo o paredão.
A tropa não brinca em serviço. Nesse momento — é Fux não deve ignorá-lo —, a sua carreira de juiz no Rio está sendo escarafunchada. Não é que os petistas não gostem de uma coisa ou de outra e tenham sido tomados por um surto de moralidade ou de moralismo. Não! Vigora a palavra de ordem de sempre: “Quem está conosco é gente boa; quem não está vai para a boca do sapo”.
Fux pode se preparar que vem chumbo grosso por aí. Ou, então, se anula como membro da nossa Corte Suprema e se torna mero esbirro de um projeto partidário — nesse caso, tem até modelo a ser seguido. A “máquina” está lhe dizendo algo assim: “Ou se entrega ou nós acabamos com a sua reputação”. A chantagem é asquerosa, e só nos resta torcer para que as ameaças sejam inúteis porque brandidas no vazio.
Nunca antes na história destepaiz um ministro de estado confessou que um candidato a ministro do Supremo lhe havia feito juízo de mérito sobre um processo em tramitação na Corte para a qual este pretendia ser nomeado.
Se você acharam 2012 animado, esperem só para ver 2013…

NO BLOG DO JOSIAS

Pessoas que você deve evitar no ano de 2013

Recomenda-se evitar no Ano Semi-novo de 2013:
…Pessoas que afirmam que corrupção é “apenas caixa dois”.
…Pessoas que dizem mais de duas vezes “eu não sabia”.
…Pessoas que prometem cortar “na própria carne”. Dos outros.
…Pessoas que abrem investigações com um “doa a quem doer.”
…Pessoas que prometem a luz no fim do túnel após ter afanado o túnel.
…Pessoas que reagem à vilania assumida com a neutralidade moral.
…Pessoas que são a favor de tudo e contra qualquer outra coisa.
…Pessoas que, munidas das informações, tiram suas próprias confusões.
…Pessoas que têm certas dúvidas, mas nenhuma delas certa.
…Pessoas que fazem previsões infalíveis sem considerar o imprevisível.
…Pessoas que piam depois de ter acreditado piamente.
…Pessoas que falam mal do Ego alheio enquanto vazam por cima.
…Pessoas que imaginam ser possível liderar seguindo a maioria.
…Pessoas extremamente opinativas sem opiniões próprias.
…Pessoas que, além de não fazer nada, fazem isso bem lentamente.
…Pessoas que não são mais aquelas e ainda não viraram outra.
…Pessoas que dizem que não é uma questão de dinheiro, mas de princípios.
…Pessoas de esquerda que largam tudo e vão viver com o Collor e o Maluf.
…Pessoas que dizem não mudar de ideologia, mas já mudaram de apartamento cinco vezes.
…Pessoas que se cercam de ratos e põem a culpa no queijo.
…Pessoas que fazem por pressão o que deixaram de fazer por precaução.
…Pessoas experts que sabem cada vez mais sobre cada vez menos.
…Pessoas que prometem o novo de mãos dadas com o Sarney.
…Pessoas que criticam o velho dizendo coisas definitivas sem definir as coisas.
…Pessoas…
- Ilustração via Miran Cartum.


Mantega já é visto como personagem de piada

Um grande exportador de São Paulo tocou o telefone para uma autoridade do governo para desejar-lhe ‘boas festas’. Em retribuição, ouviu votos de “um 2013 repleto de investimentos”. Levou o amigo na brincadeira. Disse ter lido que Guido Mantega prevê um PIB de 4% para o penúltimo ano do mandato de Dilma. E comparou o ministro da Fazenda a um instrutor de pára-quedismo de piada de português.
No início de cada ano, a dois mil metros de altura, Mantega passa as instruções. Avisa que o equipamento foi todo checado. Assegura que, puxando-se a primeira cordinha, o pára-quedas se abrirá. Diz que se isso não acontecer, o que é pouquíssimo provável, basta puxar a segunda cordinha. Se ainda assim o equipamento não abrir, o que é improbabilíssimo, deve-se puxar a terceira condinha. E lá embaixo haverá um jipe à espera do saltador.
Os joaquins que acreditam pulam do avião. Puxam a primeira cordinha. Nada. Puxam a segunda. Não funciona. Puxam a terceira. Necas. Em desespero, acionam o rádio e gritam por socorro. Preocupado, o instrutor exclama: ‘Ai, Jesus. Agora só falta o jipe não estar lá embaixo!’

ILIMAR FRANCO26.12.2012 8h00m
Paul MacCartney
          Os agentes do astro Paul MacCartney (ex-Beatles) fazem intenso lobby junto à Fifa e ao governo brasileiro. Vendem uma série de shows no Brasil na abertura da Copa do 2014 e na inauguração de estádios que vão sediar os jogos. Cada apresentação sairia pelo cachê de R$ 3 milhões. Estes shows são disputados por artistas nacionais que veem nele um trampolim para o mercado internacional. 

Menos propaganda e mais ação
O combate à corrupção, por causa da repercussão do julgamento do mensalão pelo STF, virou uma coqueluche entre os partidos políticos. Eles agora têm a oportunidade de transformar a retórica em realidade. Está tramitando na Câmara, proposta do deputado Luiz Couto (PT-PB) de criação de Varas específicas nos Estados para julgar os crimes de corrupção e de improbidade. O petista diz que o atual sistema, no qual se forma uma lista interminável de processos à espera de um veredito, favorece a prescrição e a impunidade. O tema pode sensibilizar, além dos partidos do governo e da oposição, os novos presidentes da Câmara e do Senado, que assumem em fevereiro.

O Congresso está conseguindo se comprometer mais ainda. O que torna o Congresso medíocre é uma CPI como a do (contraventor) Cachoeira” 

Sérgio Guerra 
Presidente do PSDB e deputado federal (PE)
Protagonismo
Pela primeira vez, desde que foi criado, em 1937, o Conselho Nacional de Saúde vai ser presidido por um representante dos usuários do sistema de saúde. Socorro Souza, dirigente da Contag, foi eleita para a função. Sua prioridade será pressionar o governo Dilma para fortalecer o SUS e ampliar os gastos e investimentos em saúde pública. 

De olho na experiência do Rio
Profissionais de marketing que atuam próximos ao governador Geraldo Alckmin (SP) avaliam que seu grande desafio eleitoral é a segurança. Eles dizem que o tucano pode adotar uma UPP, ao estilo do governo do Rio, com um verniz paulista. 

Todo poder aos Estados
Ele diz que não é candidato ao Planalto, mas o governador Eduardo Campos (PSB-PE), adotou a mesma tese do candidato do PSDB, o senador Aécio Neves (MG): a “desconcentração do poder e das receitas da União”, em favor dos Estados.

Fim da lua de mel?
Depois de 10 anos no governo, o movimento sindical dá sinais de impaciência com a gestão petista. As Centrais estão organizando uma grande manifestação pública, em Brasília, para março. Querem o fim do Fator Previdenciário e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Reclamam que a presidente Dilma dá “tratamento VIP aos representantes do capital”. 

Na sintonia
Por causa do projeto de extinção do 14º e 15º salários, pagos aos parlamentares a título de ajuda de custo, pendente de aprovação pela Câmara, a senadora Ana Amélia (PP-RS) pediu ao Senado para não depositá-los em sua conta.

No rastro do mensalão
Políticos experientes se divertem cada vez que um petista, como o ministro Gilberto Carvalho, se diz enganado pelo ministro Luiz Fux. Dizem que estes petistas assumem ser “ingênuos” e apresentam Fux como “independente”.

A ala do PSD que não quer aliança futura com o PSDB trabalha para que o vice Afif Domingos (SP) seja nomeado ministro do governo Dilma.


NO BLOG ALERTA TOTAL

Soltando a franga contra a Justiça?

Todo mundo sabe que a Justiça não funciona direito no Brasil. Os motivos são variados: excesso de regramentos, lentidão processual, muita burocracia, visão autoritária de muitos magistrados, rigor seletivo praticado por alguns membros do Ministério Público, enorme possibilidades de recursos que protelam a sentença final das ações, penas que não punem eficazmente e prisões medievais que, além de não recuperar ninguém, ainda servem para “aprimorar” os criminosos.

Legal é quando o sistema é criticado por um de seus operadores. O ex-ministro da Justiça de Luiz Inácio Lula da Silva e um dos mais famosos e caríssimos advogados criminalistas do Brasil resolveu soltar a franga contra o Judiciário. Márcio Thomaz Bastos escreveu um artigo no site Consultor Jurídico para reclamar da "degeneração autoritária de nossas práticas penais". Estrategista da defesa de muitos réus do mensalão (mesmo sem aparecer oficialmente), Bastos protestou que a "tendência repressiva passou dos limites em 2012".

Curioso é que o texto de Bastos fez referência a pensadores idolatrados pela esquerdinha mais radicalóide. O criminalista usa o italiano Antonio Gramsci (1891-1937) e o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) como fontes de inspiração para convocar advogados a responderem ao "espírito vigilante e punitivo exacerbado no ano que passou". Bastos foi incisivo ao se queixar do "sentimento de desprezo pelos direitos e garantias fundamentais" que age "à sombra da legítima expectativa republicana de responsabilização".

Sem citar o Supremo Tribunal Federal, Márcio Thomaz Bastos dirigiu sua crítica diretamente aos ministros que condenaram réus do mensalão com base na teoria do “domínio do fato” – uma tese de juristas alemães. Bastos aproveitou para alfinetar a turma do STF, com sua tese: "A disciplina da persecução penal não pode ser colonizada por uma lógica estranha, simplesmente para facilitar condenações".

Foi fazendo tamanho malabarismo verbal que Bastos rejeitou a "tendência a tornar relativo o valor da prova necessária à condenação criminal". O criminalista ainda alfinetou que, "quando juízes se deixam influenciar pela 'presunção de culpabilidade', são tentados a aceitar apenas 'indícios', no lugar de prova concreta". Bastos complementou: "Não é de hoje que o direito de defesa vem sendo arrastado pela vaga repressiva que embala a sociedade brasileira". E fechou o raciocínio com uma pérola digna do pensamento radicalóide petista: "Quanto mais excepcionais os meios, menos legítimos os fins alcançados pela persecução inspirada pelo ideal jacobino da 'salvação nacional'".

Os argumentos ficam muito bonitinhos no papel. O palavreado se transforma em adereços de Carmem Miranda para enfeitar uma pretensa tese que em nada contribuiu para o combate à impunidade no Brasil. Bastos é um dos aproveitadores de nossa insegurança do Direito. Ganha muito dinheiro defendendo quem tem muito dinheiro e investe no desrespeito à Lei e à Ordem. Como ex-ministro de um dos governos mais corruptos de nossa História, agiria com mais ética se fizesse como um avestruz – enfiando a cara em um buraco, de tanta vergonha.

Como o Judiciário está de férias, as pessoas sérias darão pouca bola a Thomaz Bastos.


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.











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