DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 25-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Já viu como é

O palhaço e deputado Tiririca (PR-SP), não planeja a reeleição em 2014: “A Câmara toma muito tempo, e estou com saudade dos palcos”.

Merece CPI

A estatal Infraero gastou R$ 219 mil na instalação de lonas de terceira no aeroporto de Palmas (TO).

Cade referenda
o cartel das 
empresas aéreas

Tem algo errado no mundo do Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Ministério da Justiça. Encarregada de combater cartéis, por ser prejudicial à livre concorrência, o Cade tem aprovado fusões de empresas aéreas. A Gol absorveu a Webjet e a Azul a Trip. E nós, consumidores, absorvemos os custos absurdos das passagens aéreas, reféns de um cartel paradoxalmente referendado pelo Cade.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

Nem aí

Como não precisa comprar passagens aéreas, a presidenta Dilma parece ignorar a imparável e crescente exploração das empresas áreas.

Mãos ao alto

Além de esfolar a clientela, cobrando tarifas siderais, as empresas aéreas exigem até R$ 1 mil por reagendamento de viagens marcadas.

‘Idelioduto’

O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) denuncia criação do ‘mensalão oficial’, com a utilização de verba pública das emendas parlamentares para comprar votos: “Agora não é mais Valerioduto, é Idelioduto”.

Qualquer semelhança...

“A presidenta sente especial aversão pelos diplomatas de carreira. Confia apenas num grupelho, os únicos que fazem sua vontade sem discutir, seja ela qual for.” A frase não é de brasileiro, mas de Joaquin Morales Solá, do jornalLa Nación, sobre a agentina Cristina Kirchner.

Nome é destino

No mundo da fantasia de Guido Mantega, só podia se chamar Walter Disney o superintendente de administração do seu ministério, no DF.

NO BLOG DO NOBLAT

No horizonte dos tucanos, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo
A cúpula do PSDB está na expectativa de ter a mesma sorte do PT: não pagar nas urnas pelo julgamento do mensalão. Acontece que o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, quer julgar o quanto antes o chamado mensalão mineiro, que tem como réu o deputado e ex-governador mineiro Eduardo Azeredo.
O processo está na fase final de instrução. Tudo indica que o relator do processo será o jurista que for indicado pela presidente Dilma para substituir o ex-presidente do STF, Ayres Brito. Os tucanos estão apreensivos com a possibilidade do julgamento, do que poderia se chamar “o pai do mensalão”, ocorrer em 2014, ano da sucessão.

País não tem controle dos recursos que recebe para o Haiti

Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, Estadão
Quase dois anos depois do terremoto que devastou o Haiti e deixou salto total de 316 mil mortos, a situação do país está longe de voltar ao ponto, já crítico, de antes da tragédia. A avaliação é do ex-comandante das Forças da ONU no Haiti, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que atuou no país entre 2007 e 2009.
O general disse ao Estado que, ao contrário do que se imagina, o maior problema não é a falta de recursos para melhorar as condições de vida da população, mas o descontrole sobre o envio e o recebimento dessa verba para o país, sem a contabilização pelo governo haitiano.
Segundo ele, “não há sincronismo entre os trabalhos das ONGs e do governo do Haiti” e “cada um faz o que quer e, com isso, se cria um poder paralelo, fora do controle do governo central”.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Um mês depois de revelado o escândalo, Lula continua fugindo de perguntas sobre o caso Rose. Logo saberá que é impossível escapar de quadrilheiras de estimação

O berreiro dos cardeais, os uivos dos apóstolos, a choradeira dos devotos, as lamentações das carpideiras ─ nada disso vai adiantar. Nenhuma espécie de chilique da seita lulopetista impedirá que o mestre seja obrigado a quebrar a mudez malandra. Desde 23 de novembro, quando a Operação Porto Seguro tornou nacionalmente conhecida uma certa Rosemary Noronha, Lula foge de comentários sobre a quadrilheira de estimação. O silêncio que começou há mais de um mês pode até estender-se por duas, três semanas. A trégua do Ano Novo ajuda. Mas o ex-presidente não escapará da hora da verdade.
A menos que todos os jornalistas resolvam perder definitivamente a voz, o homem que nunca sabe de nada será confrontado com perguntas e cobranças que exigirão álibis menos bisonhos e respostas mais criativas. Se repetir, por exemplo, que se sente “apunhalado pelas costas”, Lula se arriscará a ouvir de volta uma desmoralizante gargalhada nacional. Se confirmar que “não se surpreendeu” com o que houve, como balbuciou em Berlim, terá de ser menos ambíguo: não se surpreendeu com as gatunagens de Rose, com o atrevimento do bando, com a eficiência da Polícia Federal ou com o quê?
O colecionador de escândalos já deveria ter aprendido que nenhuma patifaria de grosso calibre deixa de existir ou fica menor só porque o protagonista da história finge ignorá-la. Atropelado pelas apurações da PF, passou as duas primeiras semanas enfurnado no Instituto Lula, de onde só saiu para uma festa no Rio e uma discurseira para catadores de papel em São Paulo. Sempre cercado por muros humanos, não concedeu aos repórteres um único segundo de sua preciosa atenção. Depois, viajou para longe do Brasil e passou uma semana driblando jornalistas com saídas pelos fundos e escapadas pela cozinha. Para quê? Para nada.
Se já era de bom tamanho quando partiu, a encrenca ficara um pouco maior quando voltou. Indiciada pela Polícia Federal, Rosemary Noronha foi em seguida denunciada pelo Ministério Público por formação de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica. Entre os comparsas incluídos na denúncia figuram os irmãos Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Rubens Vieira, ex-diretor da  Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e Marcelo Vieira, que vive de expedientes. Os três bebês de Rosemary são os líderes da máfia dos pareceres técnicos forjados.
Os lucros da organização criminosa aumentaram extraordinariamente depois do recrutamento da chefe de gabinete do escritório paulista da Presidência. Rose apresentava-se aos interlocutores conforme o grau de intimidade. Para os íntimos, era a mulher do Lula. Para o resto, a namorada do presidente. Nas reuniões com subordinados, declamava o primeiro verso do hino dos novos-ricos: “Aqui tudo é chique”. Parecia-lhe especialmente chique a decoração do escritório na esquina da Paulista com a Augusta. Numa das paredes, um imenso pôster mostra Lula (com a camisa do Corinthians) batendo um pênalti.
Enquanto esteve acampada na casa da filha Mirele,  também demitida da Anac, Rose pôde contabilizar os estragos causados pela brusca tempestade. De um dia para o outro, perdeu o emprego oficial, o posto de primeira-dama oficiosa, o escritório, o salário superior a R$ 10 mil, os amigos e o namorado. Acabou a vida mansa proporcionada pelos lucros da quadrilha. Acabaram as viagens internacionais ou mesmo domésticas: excluída das comitivas presidenciais desde a posse de Dilma Rousseff, agora não pode sequer sonhar com outro cruzeiro no mar de lhabela, ao som da dupla sertaneja Bruno e Marrone.
Sempre à beira de um ataque de nervos, Rose acha que os companheiros do PT não lhe estenderam a mão na hora da tormenta. É uma caixa-preta até aqui de  mágoa. Tão perigosa quanto Paulo Vieira, que anda sondando o Ministério Público sobre as vantagens da delação premiada. Nesta segunda-feira, a sindicância aberta pelo Planalto para apurar o envolvimento de funcionários públicos com a quadrilha foi prorrogada por dez dias.  Talvez dê em nada. Mas o processo judicial começou a andar. E o desfecho do julgamento do mensalão avisou que ninguém mais deve considerar-se condenado à perpétua impunidade.
Nos escândalos anteriores, havia entre Lula e os meliantes em ação um comando formado por companheiros ─ que funcionou como um oportuníssimo airbag na hora do estrondo. Desta vez nâo há intermediários entre o candidato a inimputável e a turma da delinquente que protege há quase 20 anos. As impressões digitais do ex-presidente estão por toda parte. Foi Lula quem instalou Rosemary Noronha no gabinete em São Paulo e pediu a Dilma que a mantivesse no cargo.
Foi Lula quem, a pedido de Rose, transformou os irmãos Vieira em diretores de agências reguladoras. Sem Lula, Rose não se teria juntado à comitiva presidencial em 23 viagens internacionais. Sem Lula, uma alpinista social de subúrbio jamais teria feito carreira como traficante de influência. Era Lula a fonte de poder da quadrilha, que não teria existido sem ele. Pouco importam os balidos do rebanho, a vassalagem dos governadores ou as genuflexões de Dilma Rousseff (que conhecia muito bem a representante da Presidência em São Paulo).
Rose é um caso de polícia criado por Lula. Todos são iguais perante a lei. Ele que trate de encontrar explicações ─ se é que existe alguma.

NA COLUNA PANORAMA POLÍTICO (GLOBO)

Objeto de desejo
          O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) está de olho no Ministério de Minas e Energia. Quer um aliado na pasta para o segundo tempo da luta pelos royalties do petróleo. Com o fim do mandato de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado, o ministro Edison Lobão fica sem seu maior aliado. Por hora, a disposição da presidente Dilma é a de manter o ministro no cargo.

No horizonte dos tucanos
A cúpula do PSDB está na expectativa de ter a mesma sorte do PT: não pagar nas urnas pelo julgamento do mensalão. Acontece que o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, quer julgar o quanto antes o chamado mensalão mineiro, que tem como réu o deputado e ex-governador mineiro Eduardo Azeredo. O processo está na fase final de instrução. Tudo indica que o relator do processo será o jurista que for indicado pela presidente Dilma para substituir o ex-presidente do STF, Ayres Brito. Os tucanos estão apreensivos com a possibilidade do julgamento, do que poderia se chamar “o pai do mensalão” ocorrer em 2014, ano da sucessão. 

É constitucional! É regimental, votar o Orçamento da União (para 2013) na Comissão Representativa do Congresso

Eduardo Braga 
Líder do Governo no Senado (PMDB-AM)
Inspiração
Nem só dos autos e do julagamento do mensalão vive o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. No domingo ele foi ao cinema, em Brasília. Ele assistiu ao filme “A Negociação”. Na tela, Richard Gere e Susan Sarandon. A história é de um magnata que protege sua imagem escondendo sua responsabilidade em um crime. 

O critério
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já teria decidido o critério para definir qual partido indicará o primeiro-secretário da Mesa. O PSDB e o PSD tem 51 deputados cada. A preferência seria pelos tucanos, o partido mais antigo.

Administrando a própria crise
Três marqueteiros, que se apresentam no mercado como “gestores de crise”, estão a procura de emprego. Apesar do êxito na CPI do Cachoeira, eles teriam levado um calote do cliente, o empresário Fernando Cavendish. 

Os estados à beira da falência
Os governadores de mais de uma dezena de estados estão com dificuldades de fechar as contas e devem iniciar o ano com a perspectiva de investimento zero em 2013. Alguns estados estão raspando o tacho para pagar o 13º salário. A choradeira é geral e todos acusam a política de isenções e redução de impostos do governo Dilma pelo que está ocorrendo em suas contas.

Afinando a viola
O presidente do PSD, prefeito Gilberto Kassab, e a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (PSD-TO) jantaram na quinta-feira (20). Depois dos atritos nas eleições, eles foram convencidos que o melhor é somar, ao invés de competir. 

Nos bastidores 
Especialistas em campanha eleitoral, que já fizeram várias campanhas presidenciais do PSDB, garantem que o ex-governador José Serra se movimentando para fazer o governador Geraldo Alckmin (SP) candidato ao Palácio do Planalto.

A presidente Dilma não quer ouvir falar de mudanças na Petrobrás. Maria das Graças Foster ainda não concluiu sua tarefa na presidência da estatal.



NO BLOG UCHO.INFO


Dilma Rousseff zomba dos brasileiros na mensagem de final de ano e abusa da mitomania

Sem conserto – Quem redigiu o discurso de final de ano da presidente Dilma Rousseff é no mínimo roteirista de novela. Fora isso, conseguiu que Dilma, em seu pronunciamento, apresentasse aos brasileiros o Brasil como sendo o país de Alice, aquele das maravilhas.

O palavrório presidencial não poderia fugir do que muitos brasileiros viram e ouviram, pois mesmo não sendo petista de origem, Dilma foi contaminada pela soberba dos companheiros de legenda, que como semideuses jamais erram.
Comecemos pela economia. Dilma afirmou que o ano de 2013 será ainda melhor. Ou a presidente estava de brincadeira ou deverá ganhar uma camisa de força de presente de Natal. Quem disse a ela que este ano foi bom? Com o crescimento econômico em 1%, a inflação oficial, que ela disse ter controlado, em 5,64%, a inadimplência em alta e a indústria brasileira sofrendo como nunca, isso é devaneio. Dilma deveria analisar melhor e com antecedência os textos que lhe dão para ler para não cair na vala do ridículo, pois pela do descrédito ela já passou faz tempo.
Sem qualquer rubor facial, Dilma tocou o discurso adiante e afirmou: “Ao olhar 2012 em retrospectiva, vemos que continuamos crescendo e aprofundamos nossas grandes conquistas. Os resultados deste ano falam por si”. Há dias, Lula disse que não será derrotado por qualquer “vagabundo”, o que é óbvio, pois lobo não engole lobo porque engasga com o pelo. Mas neste domingo, Dilma resolveu chamar todos os brasileiros de palhaços.
Não contente, Dilma reforçou a voz e disparou: “Quando conversei com vocês na celebração do 7 de Setembro, disse que nosso modelo de desenvolvimento precisava ser reforçado em um de seus eixos: a competitividade de nossa economia”. Desde 2005, o ucho.info alerta o governo para o perigoso processo de desindustrialização que vem devastando o setor fabril, mas ninguém deu importância ao fato. Sendo assim, falar em competitividade é no mínimo sandice.
Dilma Rousseff, que deixou o discurso para este domingo (23) sabendo que parte da população estaria emocionalmente fragilizada em função do Natal, disse que o governo está modernizando os aeroportos. Pois bem, quando o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com a situação caótica dos aeroportos brasileiros, Lula chamou-o de idiota. Em seguida, o messiânico Lula prometeu investimentos de R$ 5 bilhões de para ampliar e modernizar os aeroportos brasileiros.
Como nada do que foi prometido passou à seara da realidade, há meses o Palácio do Planalto decidiu entregar três aeroportos para a iniciativa privada, cujas melhorias só ficarão prontas depois da Copa de 2014. Dias atrás, anunciou a privatização de outros dois.
Declarou a presidente que o Brasil construirá 800 aeroportos regionais, assunto que já tratamos, como se o Palácio do Planalto fosse uma usina de varinhas de condão. Oito centenas de aeroportos regionais não se constroem da noite para o dia, a não ser que sejam de brinquedo (do tipo Lego) ou Dilma pretende ficar no poder mais cinco décadas no poder, no melhor estilo companheiro Fidel.
Construir aeroportos exige infraestrutura, algo de que o Brasil padece de maneira vergonhosa. Dilma também garantiu que o País construirá dez mil quilômetros de ferrovias, como se isso fosse um daqueles saudosos trenzinhos elétricos que no passado Papai Noel deixava debaixo da árvore de Natal. Dez mil quilômetros, para que o leitor tenha ideia, é pouco mais do que a distância entre São Paulo e Paris. Deixando de lado as águas do Oceano Atlântico, é muito chão. Fora isso, Dilma disse que duplicará 7,5 mil quilômetros de estradas. Para mensurar o absurdo, 7,5 mil quilômetros é a distância entre as capitais paulista e mexicana.
Quando foi apresentada ao eleitorado brasileiro, Lula disse que sua candidata era a garantia de continuidade. E Lula, messiânico como sempre, tinha razão, pois o ufanismo palaciano continua o mesmo de antes. Sendo assim, passemos às outras inverdades.
Dilma afirmou que o salário do trabalhador ganhou poder de compra, quando na verdade o consumismo se deu na esteira do crédito irresponsável. Até porque, dois terços dos cidadãos brasileiros recebem mensalmente menos do que dois salários mínimos. Essa fórmula mágica cantada por Dilma pode ser conferida no aumento real do salário mínimo para 2013, que será de R$ 1,15. A presidente disse também que está ampliando o crédito ao consumidor e reduzindo sobremaneira as taxas de juro. Sim, é verdade, os bancos reduziram os ganhos, empurrando para baixo o crescimento do PIB. O que mostra que tem fio trocado na economia verde-loura.
Dilma Rousseff, sempre ela, disse que a tarifa de energia elétrica será reduzida para que as indústrias nacionais possam produzir e a economia cresça, pois afinal a nossa “guia” já avisou que em 2013 quer um “pibão bem grandão”. Essa conversa fiada sobre a redução da tarifa de energia só convence quem não raciocina. Há dias, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema desmentiu a presidente e disse, de forma absolutamente clara, que para o Brasil escapar dos apagões, que têm o corrido com impressionante frequência, será preciso investir muito dinheiro no setor. Algo que o governo não faz para que a tarifa de energia não alcance o céu. Com a energia mais barata, o consumo de energia será maior em um país que corre diuturnamente riscos de apagões por falta de investimentos do governo. Sendo assim, para quem não comprou o presente de Natal do amigo secreto, aqui deixamos duas dicas: alguns pacotes de vela ou um lampião.
A presidente afirmou com todas as letras que o governo brasileiro não descumpre contrato. O que é uma inverdade. As negociações com algumas geradoras de energia fracassaram apenas porque o Palácio do Planalto insistiu na quebra de contrato. E esse tipo de comportamento tem assustado os investidores internacionais, que preferem dar outro rumo aos seus tostões. Fosse pouco, quem ousa investir no Brasil tem de desembarcar por aqui já sabendo que o governo é que decidirá qual será a taxa de retorno do dinheiro alheio. Ou seja, o governo é um bando de incompetentes que desconhece o mais raso significado da palavra “planejamento”, arruma quem queira investir no Brasil e ainda quer determinar quanto o dono do dinheiro deve ganhar.
A chefe do Executivo federal encheu os pulmões de ar para anunciar que 1 milhão de famílias foram beneficiadas com o programa “Minha Casa, Minha Vida”. Em 2009, quando o programa foi lançado com a conhecida pirotecnia palaciana, pois era preciso turbinar a candidata Dilma, o eufórico e mitômano Lula disse que em dois anos entregaria 2 milhões de casas. Mais de três anos depois, apenas metade da promessa foi cumprida. Dilma, a magnânima, esqueceu, porém, de dizer que prometeu construir 6 mil creches em quatro anos, mas até agora entregou apenas sete.
Como se fosse prima-irmã de Aladim, o gênio da lâmpada, Dilma disse que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo de todos os tempos, dentro e fora do gramado. Inaugurada recentemente, a nova Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que não receberá jogos da Copa, é a prova maior que o fiasco será grande. O novo está do tricolor gaúcho está fincado em área de Porto Alegre sem infraestrutura. A praça esportiva tem capacidade para 60 mil pessoas, mas a da estação do metrô mais próxima, cuja saída foi construída do lado errado, tem plataforma com capacidade para apenas 200 passageiros.
Dilma também abordou os investimentos no PAC, pois, segundo Lula, o programa é filho dela. Disse a presidente que até setembro passado foram investidos R$ 386 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento, do R$ 1 trilhão que será investido até 2014. Essa eficiência descomunal do PAC é voz corrente entre os brasileiros do Nordeste. Os que não falam sobre o assunto é porque morreram de sede, uma vez que as obras de transposição das águas do Rio São Francisco estão abandonadas, depois de fortunas investidas com alarde oficial. Hoje, muitas partes dos canais são ocupadas por cabras que pastam no mato que brota entre o concreto. O que faria a felicidade do genial e saudoso Zé Rodrix, que em dado trecho de “Casa no Campo” cantou “Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim”…
Lula, quando deixou o Palácio do Planalto, surrupiou alguns itens pertencentes ao patrimônio da União, como um crucifixo que estava no gabinete presidencial desde a era Itamar Franco, que até agora ninguém sabe do paradeiro. Contudo, Lula deixou na escrivaninha oficial inúmeros comprimidos de mitomania, versão extra-forte, pois o que Dilma Rousseff mentiu na noite deste domingo (23), antevéspera de Natal, foi uma colossal afronta aos brasileiros que têm a massa cinzenta em perfeito funcionamento.
Estivesse vivo, o espetacular Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, cobraria de Dilma direitos autorais por uso indevido de uma invenção sua, o “Febeapá”, Festival de Besteiras que Assola o País. Ou seja, Dilma, além de presidente da República, nas horas vagas se dedica ao stand up, transmitido em rede nacional com o nosso dinheiro.

Imprensa chapa branca embarca nas mentiras palacianas e anuncia que aumento do mínimo será de 9%

Piada de péssimo gosto – Nada pode existir de pior na face da Terra do que imprensa amestrada, que abandona a consciência e distorce dos fatos apenas para ficar próxima do dinheiro da publicidade oficial. Contudo, a maldade se potencializa com a decisão do governo de ludibriar o povo de todas as formas.

No início da tarde desta segunda-feira (24), o governo anunciou que o salário mínimo será reajustado, em 2013, para R$ 678, contra os atuais R$ 622. A imprensa genuflexa logo informou que o aumento será de 9%, sem explicar as entranhas dessa majoração, que da forma como foi noticiado é um grande embuste.
Por decisão da própria Dilma Rousseff, o salário mínimo será reajustado, até 2015, por decreto presidencial. Para tal, considera-se o PIB de dois anos anteriores à vigência do salário e a variação do INPC do ano anterior. Ou seja, para o próximo salário mínimo foram levados em conta o PIB de 2011 e o INPC de 2012. Traduzindo em números, o salário deveria ser de R$ 673,81, mas em um ato de generosidade extrema a presidente decidiu presentear os trabalhadores brasileiros com incríveis R$ 4,19.
Deixando de lado o PIB de 2011, o valor reajustado do salário atual, considerado apenas a variação do INPC, é de R$ 657,02, o que significa que para R$ 678 a diferença é 3,19%, não 9% como foi noticiado largamente pelos obedientes veículos de comunicação. Ainda desconsiderando o PIB do ano passado, o aumento do salário será de R$ 20,98. Esse festejado aumento é tão mentiroso, que dará apenas para o trabalhador comprar um pãozinho por dia, já que cada unidade do sagrado alimento não sai por menos R$ 0,60.
Para que os leitores avaliem a extensão das mentiras contidas no discurso de fim de ano de Dilma Rousseff, o salário mínimo ideal projetado para outubro passado pelo Dieese deveria ser de R$ 2.617,33, o que corresponde a 3,86 vezes o valor que será pago a partir de janeiro de 2013.
Como sabe qualquer brasileiro, do mais humilde ao mais privilegiado financeiramente, a inflação real está muito acima do índice oficial anunciado pelo governo, que como sempre travesti a tragédia com a fantasia do virtuosismo.
Os integrantes do Partido dos Trabalhadores deveriam se envergonhar diante do incansável turbilhão de mentiras que escorre pela rampa do Palácio do Planalto, adotando o silêncio como regra intransponível e contentando-se com o fato de a legenda ter entrado para a história apenas e tão somente por causa dos escândalos de corrupção.
O mais interessante, se é que assim podemos afirmar, é que Lula, que arruinou o País, continua sendo recebido ao redor do planeta como o Messias da modernidade, não sem antes Dilma conquistar índices absurdos de aprovação.
O Partido dos Trabalhadores, uma congregação de incompetentes, deveria se envergonhar diante do incansável turbilhão de mentiras que escorre pela rampa do Palácio do Planalto, adotando o silêncio como regra intransponível e contentando-se com o fato de a legenda ter entrado para a história apenas e tão somente por causa dos escândalos de corrupção, pois nem a economia esses herdeiros de Aladim conseguem fazer rodar.

Mercado financeiro desmonta discurso de Dilma Rousseff, a versão de saia de Odorico Paraguaçu

Garantia zero – Analistas do mercado financeiro nacional, consultados pelo Banco Central, derrubaram o ufanista e mentiroso discurso de final de ano da presidente Dilma Rousseff, que foi ao ar em cadeia nacional na noite de domingo (23). De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), véspera de Natal, a projeção da inflação para 2012 subiu de 5,64% para 5,69%, o que desmente a afirmação da presidente de que seu governo controlou a inflação.

Em relação ao próximo ano, que está prestes a chegar, a previsão de inflação, que era de 5,42%, saltou para 5,47%. Para piorar o cenário, a previsão de crescimento do PIB saiu de 3,3% e foi para 3,4%. Contudo, as projeções em relação ao avanço da produção industrial no ano vindouro caíram de 3,5% para 3,3%. No tocante ao crescimento do PIB em 2012, a estimativa ficou no mísero e ridículo 1%.
Sobre o setor externo, os analistas também não apontaram uma situação tão sombria. O Boletim Focus destaca a redução do saldo da balança comercial em 2012, de US$ 19,5 bilhões para US$ 19,25 bilhões. Em 2013, redução de US$ 15,6 bilhões para US$ 15,52 bilhões. Os investimentos internacionais deverão ser mantidos em US$ 60 bilhões neste final de ano e em 2013, mas o déficit em conta-corrente será de US$ 54 bilhões em 2012 e de US$ 64 bilhões em 2013.
Mesmo sabendo desses números, até porque recebe informações antecipadamente em função do cargo, a presidente Dilma Rousseff ousou dizer aos brasileiros que o próximo ano será ainda melhor e pediu a confiança dos empresários do País, cada vez mais massacrados pela invasão chinesa.
Que no Palácio do Planalto mentir é algo que faz parte do cotidiano todos sabem, mas o que Dilma Rousseff fez na noite de domingo foi ler um discurso novelístico de fazer inveja ao saudoso Odorico Paraguaçu. Só faltou Dilma dizer “mormentemente” para se parecer com o prefeito de Sucupira, que se tivesse ouvido o discurso da presidente teria vociferado “Vamos botar de lado os entretantos e partir para os finalmente”.












Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA