DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 09-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Rose foi a única poupada em reforma

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COMISSIONADA, ROSEMARY OCUPAVA CARGO DE CHEFIA DESDE 2009

Uma das personagens centrais do esquema de corrupção desbaratado pela Operação Porto Seguro, Rosemary Noronha foi a única funcionária não concursada da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de poder entre Lula e Dilma Rousseff, revela levantamento feito peloEstadãoPróxima de Lula, Rose, como era conhecida, sobreviveu incólume à mudança de governo na chefia de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo até ser indiciada pela Polícia Federal. A ex-funcionária ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 – reservado a secretários, chefes e diretores de departamento. Até recentemente, havia 19 servidores não concursados ocupando cargos desse tipo na Presidência – 13 foram levados para lá após a posse de Dilma e cinco estavam em funções subalternas no governo anterior. Rose, a exceção, era a 19.ª comissionada.

Quem é ouvido

O único ministro que pede desculpas, mas vez em quando diz que madame está errada é Edison Lobão (Minas e Energia). E Dilma acata.

Waterloo

Piada no Twitter com o insuperável Lula e o escândalo Rosemary: “Ele está preparado para a guerra porque já tem dois canhões.”

Parecer de Weber salvou acusada
de improbidade

A ex-chefe da Secretaria do Patrimônio da União na Bahia Ana Lúcia Vilas Boas, atual secretária estadual do Meio-Ambiente, contou com a ajuda de Luis Inácio Adams (Advocacia Geral da União) e do braço direito José Weber Holanda para voltar ao cargo. Sua demissão, após denúncia de improbidade, acabou revogada em razão de parecer de Holanda, avalizado por Adams – que, claro, dirá que foi enganado.



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Parecer salvador

O parecer de José Weber Holanda, que sumiu na AGU, alterou o juízo do Ministério do Planejamento, contrário a Ana Lúcia Villas Boas.

Cachoeira é levado para prisão em Goiás

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ANDRESSA SAIU DA PF SEM VER CACHOEIRA

15h, atualizado às 19h41 O contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso novamente na sexta-feira (7), em Goiânia, foi transferido no fim da tarde deste sábado da carceragem da Polícia Federal para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Por volta das 17h, um carro da Polícia Federal, escoltado por outros dois, levaram o contraventor para o Núcleo de Custódia, uma unidade de segurança máxima do complexo prisional com capacidade para cerca de 80 detentos. Andressa Mendonça, mulher do contraventor, esteve na manhã deste sábado no prédio da PF em Goiás, por volta das 12h. Ela deixou uma sacola com um dos agentes, mas não conseguiu visitar o marido. O advogado do bicheiro, Nabor Bulhões, informou que pedirá a revogação da prisão do cliente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região na próxima semana. Para ele, a prisão de Cachoeira é "desnecessária" e atenta contra decisão do TRF, que confirmou concessão do "habeas corpus".

Área de atuação

Intercepções da Polícia Federal, na operação Porto Seguro, mostraram que a Bahia era um dos principais locais de atuação da quadrilha.

Muy amigo

Na audiência no Senado, Luiz Adams disse que “vagabundos” citados pelo consultor-geral Arnaldo Godoy era Weber, o amigo e braço direito.

Pergunta na PF

“Evaporada” desde a Operação Porto Seguro, a superassessora “Rose” Noronha entrou no programa de proteção à testemunha?


NO BLOG DO NOBLAT


Chapéu alheio, por Mary Zaidan

O tempo dirá do acerto ou não da revista inglesa The Economist ao sugerir que Dilma Rousseff mude sua equipe econômica se quiser encarar um novo mandato. Mas tudo leva a crer que a despropositada reação da presidente ao artigo seja mais do que uma corriqueira irritação.

O que a perturbou foi o tema: a quebra de confiança dos agentes econômicos, algo que seu governo, na ânsia de tapar buracos, alimenta de forma cada vez mais veloz e despudorada.
A cena foi patética. No Itamaraty, antes de um almoço com chefes de estado do Mercosul, Dilma saiu atirando na revista inglesa. Disse que não aceitaria o conselho para demitir o ministro da Fazenda Guido Mantega, e que não se deixaria influenciar por uma revista que não fosse brasileira.
Se as revistas verde-amarelo podem comemorar a declaração, mais ainda pode fazer a The Economist, que teria acertado o alvo com precisão.
Dilma perdeu a chance de ficar calada. Mas uma coisa é verdade: ela deveria prestar mais atenção à imprensa nacional.


Faria bem levar a sério, por exemplo, os alertas quase diários do jornalista Rolf Kuntz, de O Estado de S. Paulo, ou a explicação cartesiana do jornalista Carlos Alberto Sardenberg, de O Globo, para a relação azeda entre o governo e o setor privado: “Há uma perversa combinação de hostilidade ideológica, negócios de compadres e corrupção. Nesse ambiente, só investe quem consegue um jeito de transferir o risco para o governo, obter financiamento e/ou subsídio e/ou acertar com funcionários na base da propina”.
Em bom português, os ingleses beliscaram o problema. Chegaram perto. Há mais do que quebra de confiança. Há um total descrédito. Regras que mudam durante o jogo, seletividade por setores e por empresários amigos, benefícios para uns e outros, corrupção à solta. E um galope rápido rumo à Argentina, à América Latina esquerdóide e populista.
A equação é complexa. Como atrair parceiros privados para investimentos bilionários na área portuária, como apelou Dilma na última quinta-feira, no mesmo momento em que o governo dá rasteiras em empresas de energia?
O conto marqueteiro de que as energéticas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná não aceitaram mexer nos seus contratos por birra dos governadores do PSDB, impedindo que Dilma reduza a conta de luz em 20%, serve para eleição, mas espanta investidores que têm de manter seus negócios, distribuir dividendos, ter lucro.
Motivo de sobra para Dilma se aborrecer com o artigo dos ingleses. Ela sabe que a confiança dos investidores se quebrou. E que eles não mais serão os alheios a lhe fornecer o chapéu para as cortesias.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan.

Brasil e corrupção, por Merval Pereira

Merval Pereira, O Globo
Agora mesmo em Berlim, perguntado se havia se surpreendido com as revelações da operação Porto Seguro, o ex-presidente, sempre tão falante, saiu-se com uma resposta lacônica: “Não, não fui surpreendido”, que tanto pode significar que considera normal esse tipo de ação da Polícia Federal, como que sabia o que estava acontecendo na representação da Presidência em São Paulo, que ele frequentava com assiduidade.
Pelo noticiário internacional, vê-se que o combate à corrupção tem sido um dos pontos de destaque a favor do país nos últimos dias, e já não há quem, interessado pelas coisas do Brasil, não esteja devidamente informado sobre o que realmente aconteceu por aqui no primeiro governo Lula, e ainda acontece, mais uma vez dentro do círculo mais íntimo da Presidência da República.
Muito embora só reste aos petistas a tentativa de desqualificar a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, o fato é que, mesmo sem qualificação, ela foi instalada em um cargo estratégico na hierarquia de poder, a ponto de ter acesso a ministros e altos dirigentes para nomeações diversas de parentes, amigos e agregados.
A corrupção também é vista como um dos entraves ao desenvolvimento brasileiro, e fator de insegurança jurídica para os investidores, pois há muitos momentos em que não se sabe se o que vale nas negociações é a letra da lei ou os arranjos pessoais com figuras pouco conhecidas do público, mas bastante conhecidas dos que sabem os caminhos mais curtos para atingir os objetivos.
Relações
As relações do PT com a imprensa são conflituosas na retórica partidária, mas não encontram eco na realidade do governo Dilma Rousseff, o que é uma das suas boas facetas.
Leia a íntegra em Brasil e corrupção


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

A confissão em quatro palavras

Em Berlim, um jornalista quis saber se a Operação Porto Seguro surpreendera o ex-presidente Lula. O autor da pergunta já se preparava para anotar a repetição da lengalenga sobre a facada nas costas quando foi surpreendido pela resposta:   “Não, não fiquei surpreso”. Grávido de irritação, Lula encerrou a conversa e foi cuidar dos problemas do mundo. Não tinha tempo a perder com um caso Rose.
Nem precisou: já dissera o suficiente. Quem não fica surpreso com um traiçoeiro ataque pela retaguarda não pode surpreender-se com nada. Não se espantou com o que fizeram a antiga parceira e os quadrilheiros que apadrinhou por conhecer  intimamente a vigarista indiciada por corrupção, tráfico de influência, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Com uma frase de quatro palavras, o colecionador de tapas na cara do Brasil decente confessou que sabia de tudo. Sempre soube. Ou é cúmplice ou é comparsa.


NO BLOG ALERTA TOTAL

Gurgel vai “convidar” Lula a esclarecer que laços mantém com Rose, indiciada por formação de quadrilha


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pedirá explicações de Luiz Inácio Lula da Silva sobre suas reais relações com Rosemary Nóvoa de Noronha. Gurgel não quer saber de informações íntimas entre ambos – que só valem para revistinhas de fofocas. Objetivamente, interessa ter certeza se Lula tinha alguma influência nas ações fora da lei praticadas pela Rosemary – uma velha amiga e assessora de confiança. Rose foi a única apadrinhada por Lula que Dilma Rousseff manteve quando assumiu. Logo, é fortíssima a relação entre o Godfather e a "Doutora Rose".

O Procurador-Geral só quer ter convicção se a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo praticava sozinha os crimes corrupção ativa, tráfico de influência e formação de quadrilha, ou se Rose tinha “amigos” acima lhe dando ordens de comando dos negócios que a Polícia Federal mapeou no inquérito da Operação Porto Seguro. Até agora, "Tio" Lula não foi objeto direto de investigação. Mas o Rosegate lhe abriu o portão do inferno para ter a vida pessoal e política devassada.

A tendência é que o Procurador-Geral, pelo menos em um primeiro momento, não exponha o ex-Presidente da República aos leões. O pedido para Lula prestar esclarecimentos pode até preservá-lo com o “direito” a conceder um depoimento reservado à Polícia Federal e à Justiça, assim que o inquérito for para a vara federal competente ou até para o Supremo Tribunal Federal, se houver caso de “foro privilegiado” aos principais envolvidos.

Gênios jurídicos que trabalham para o PT já estudam até a hipótese de Lula, em segredo, procurar a PF e declarar tudo que sabe: Nada. O fato de se apresentar espontaneamente apenas para se dizer “traído” (na confiança) por uma ex-assessora seria uma tática para fugir, ao menos por enquanto, da vergonha pública de ser chamado a depor oficialmente pelo Procurador-Geral. Independentemente de qualquer coisa, Luiz Inácio Lula da Silva tem a obrigação moral de vir a público esclarecer sua ligação com Rose. Frases curtas e grossas para a imprensa não resolvem o problema – que se agrava.

A operação abafa está em andamento. Semana passada, advogados de Rose procuraram a Polícia Federal para reclamar que a intimidade da cliente deles estava sendo indevidamente devassada. A tática é clara: impedir que eventuais elementos investigatórios sejam usados como provas de alguma forte ligação entre ela e Lula. O objetivo é impedir que a Justiça leve em conta o conteúdo de 122 ligações captadas entre Rose e Lula pelo sistema “Guardião” da Polícia Federal. Outras ligações “pessoais” de Rose para José Dirceu ou demais dirigentes petistas também se tornariam anuláveis como provas para um futuro julgamento.

O indiciamento de Rose também por formação de quadrilha pegou os lixeiros do PT de calça curta. Até então, inclusive na mídia amestrada, a tática era apresentar Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (Ana), como o “chefe da quadrilha”. Agora, com Rose no mesmo barco, tem tudo para ser afundada esta tese furada sobre o real comando das operações criminosas. E se for provada a tese – defendida pela oposição – de que Rose agiria em nome de Lula ou de Dirceu, o Rosegate ganha uma dimensão idêntica ao da Ação Penal 470 – que condenou os mensaleiros.

O discurso defensivo dos petistas indica claramente um desespero de causa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a repetir (santa redundância) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é objeto de investigação pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. No discurso oficial, pode realmente não ser. Na realidade objetiva, se a PF não investigar, seus servidores incorrem em omissão e prática de rigor seletivo (só investigando quem convém). Pelo menos uma das cinco forças de poder dentro da PF tem absolutamente tudo sobre o Rosegate. Se as informações serão usadas é problema para a Justiça.



Tão ou mais grave que o Rosegate é o fato da Executiva Nacional do PT insistir em afrontar o Judiciário. O comando da legenda, por orientação evidente de José Dirceu, repete sem parar que não concorda com o resultado da Ação Penal 470, insistindo que ocorreu um julgamento mais político do que técnico no Supremo Tribunal Federal. Mês passado, o PT já tinha divulgado um manifesto pregando que "o julgamento do STF não foi isento de acordo com os autos e à luz das provas”. Na visão petista, “parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo”.

O caldo pode entornar porque o Presidente do STF, Joaquim Barbosa, tem tudo para condenar, institucionalmente, o PT. Caso a Executiva Nacional do PT cometa o criminoso golpe contra a soberania do Brasil, passando por cima do Supremo Tribunal Federal e recorrerendo aos Tribunais internacionais para conseguir um perdão para os membros de sua cúpula condenados no Mensalão, os nazicomunopetralhas romperão com a ordem institucional brasileira, desmoralizando e tornando inútil a instância maior do nosso Poder Judiciário.

Alerta Total insiste. O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, terá a obrigação moral e constitucional de defender a soberania do Brasil e do próprio Judiciário. No STF e no Conselho Nacional de Justiça, reservadamente, já se estuda como os advogados dos mensaleiros e os dirigentes do PT poderiam ser enquadrados, legalmente, por desrespeitar uma decisão soberana da Corte Suprema, recorrendo a foros internacionais criados pela Nova Ordem Mundial para atacar, de forma sistemática e permanente, a soberania do Brasil.

O golpe nazicomunopetralha já foi identificado. O Governo do Crime Organizado investe na radicalização e na impunidade para continuar reinando a república. Por isso, na hora em que o titanic fica longe de um “porto seguro”, surgem várias perguntas no horizonte: Haverá um contragolpe eficiente? Militares, militantes, meliantes e midiotas podem se enfrentar novamente?

Indagação mais importante - Quem vai se aproveitar melhor do vácuo institucional que se desenha, principalmente com ingredientes de crise econômica em estágio de agravamento: 

Os controladores globalitários que mandam aqui há séculos? Os novos marionetes socialistas fabianos que a Oligarquia Financeira Transnacional escalará para nos governar do mesmo jeito de sempre - com as grandes empreiteiras tocando os principais negócios capimunistas? Ou, surpreendentemente, na maior zebra da história, sairão vencedores o Brasil e a massa que aqui habita sem entender nada do que realmente acontece?

Sem respostas imediatas, a conclusão preliminar é: O Brasil parece uma Profecia Maia autorealizada... 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.










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