DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 11-11-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Planalto gasta com jornais fictícios

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A Presidência da República gastou R$ 135,6 mil para fazer publicidade oficial em cinco jornais de São Paulo que não existem. Segundo reportagem da Folha de SP deste domingo (11), as publicações fictícias são vinculadas à Laujar Empresa Jornalística S/C Ltda, com sede registrada em um imóvel fechado e vazio, em São Bernardo do Campo (SP). A empresa aparece em 11º lugar em um ranking de 1.132 empresas que, desde o início do governo Dilma Rousseff, receberam recursos públicos da Presidência para veicular propaganda do governo em diários impressos. Foi constatado que os cinco nomes de jornais da empresa que teriam sido beneficiados pela Presidência inexistem em bancas do ABC Paulista, onde supostamente são editados. Os supostos veículos  também não são cadastrados em nenhum sindicato de nenhuma categoria do universo editorial e são completamente desconhecidos de jornalistas e jornaleiros da região, muito menos aparecem em cadastros municipais de jornais aptos a fazer publicidade de prefeituras, de acordo com a reportagem. Os exemplares enviados à Presidência como provas de que os jornais existem apresentam sinais de serem forjados. A Laujar mandou as supostas edições do dia 15 de março do ano passado do "Jornal do ABC Paulista", "O Dia de Guarulhos", "Gazeta de Osasco", "Diário de Cubatão" e "O Paulistano". Todas elas teriam os mesmos textos e a única diferença seria o nome da publicação. No ato de apresentação, a Laujar declarou que seus jornais tinham uma tiragem total de 250 mil exemplares, vendidos por R$ 2,50 cada. Segundo a Folha, se a informação fosse verdadeira, as supostas publicações da empresa teriam, juntas, uma circulação parecida com a do jornal "O Globo", a quinta maior do país. Em maio, o governo afirmou que a empresa foi excluída do cadastro, não pela existência, mas sim por não especificarem os municípios de circulação. Já o dono da Laujar, Wilson Nascimento, disse que os jornais existem. "Você encontra nas principais bancas da região.

Empresa dirigida pelo marido de Erenice será vendida por uma fortuna

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ERENICE GUERRA

A Nextel pretende pagar cerca de R$ 370 milhões pela Unicel, operadora de celular ligada ao marido de Erenice Guerra, que deixou a Secretaria-Executiva da Casa Civil em 2009 sob a acusação de favorecer empresas (inclusive a própria Unicel). O problema é que a empresa, conhecida comercialmente como Aeiou, está para ser cassada pela Anatel, por causa de uma dívida de cerca de R$ 500 milhões. Se isso ocorrer, a frequência que ela operava terá que ir a novo leilão. Ao governo, no entanto, interessa que a empresa seja vendida para a Nextel, porque ele pretende, por meio da nova companhia, forçar Vivo, TIM, Claro e Oi --as quatro maiores-- a baixar seus preços. A ideia é repetir a estratégia adotada em março pela presidenta Dilma Rousseff para baixar os juros. Com a resistência dos bancos privados, o governo usou o Banco do Brasil e a Caixa para dar início aos cortes. Quando começaram a tomar clientes, a concorrência decidiu acompanhá-los.  Segundo a Folha de SP.  a maior parte dos R$ 370 milhões pagos irá para os credores, incluindo a Anatel e o governo, a quem a empresa deve R$ 270 milhões. Ainda não se sabe quanto ficará com os controladores, se ficar. Entre os executivos do setor e os funcionários da Anatel, o marido de Erenice é tido como o real proprietário da Unicel.


Alô, alô

O Ministério da Justiça se orgulha de “nunca” ter apreendido celular nos presídios federais de segurança máxima. Desconfia da eficácia dos bloqueadores e “tecnologia e recursos humanos” barram os celulares.

A grande marcha

O governo Dilma poderia mudar os nomes com ranço stalinista e maoista dos planos, que todos sabem como começam e nunca quando terminam. Já basta o “acaciano” slogan “País rico é país sem pobreza”.

É com ele?

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) acusou Alagoas e Maranhão dos “piores dados do analfabetismo, vergonha que revela as elites que as governaram”. Ainda bem que o aliado Sarney é senador do Amapá.


NO BLOG DO NOBLAT


O bode de plantão, por Mary Zaidan

Não falha nunca. Ao final de cada eleição, a reforma eleitoral volta à baila como essencial, inadiável. Passam-se alguns meses e ninguém mais fala disso. No máximo se faz uma maquiagem aqui, outra acolá, nas regras para o pleito seguinte, e pronto.

Em 2010, mal as urnas deram a vitória a Dilma Rousseff, Lula anunciou que se dedicaria de corpo e alma para provar que o mensalão era uma farsa e aprovar a reforma política, a mãe de todas. Só se dedicou à primeira empreitada. E sem sucesso. De reforma política nada mais falou.
Desta vez, coube a José Dirceu reavivar o tema. Réu condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, o ex-ministro saiu na defesa do financiamento público das campanhas e da inclusão da regulamentação da mídia na pauta do PT de 2013.
Assim como Lula, é pouco provável que Dirceu esteja interessado na reforma política. Quer mesmo a regulamentação da mídia, nome pomposo para controle e, consequentemente, limitações à imprensa que tanto incomoda o PT, a si e aos seus. Sem meias palavras, censura.
Aliás, chega a ser cômico um partido que considera caixa 2 crime menor, a ponto de admiti-lo diante da Corte Suprema, propor financiamento público de campanhas. E ainda fazê-lo em nome da moralização do pleito, sob o argumento de que as doações privadas são portas para a corrupção.
Em suma, candidamente, o PT culpa o sistema e não o ladrão. É como dizer: só roubei o carro do vizinho porque ele deixou a garagem aberta.
Mas partido algum tem interesse real na reforma política. Todos fingem dar importância a ela, mas tergiversam na hora do vamos ver. Na Câmara dos Deputados e no Senado, há anos o assunto passa de urgência urgentíssima para gaveta engavetadíssima.
O Parlamento deixa crescer vácuos nas regras eleitorais, obriga a Justiça a tampá-los emergencialmente em cada pleito, e depois reclama que a Justiça está ocupando os espaços legislativos.
Enquanto isso, questões como voto facultativo - já praticado e não legalizado, como se viu na ausência de 30% dos eleitores nas eleições municipais -, sistema eleitoral, voto distrital puro ou misto, regulamentação das lacunas da Ficha Limpa e outras tantas ficam no limbo. E a quem isso apoquenta? A ninguém.
Conclui-se, então, que a reforma política tem relevância menor do que a ela se atribui. Tornou-se um bom encosto para enfeitar discursos. Um bode de plantão para se tirar da sala.
Foi o que Lula fez. É o que Dirceu repete agora.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan.


HUMOR

A Charge do Chico Caruso



Ficha-suja, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, afirma que mais de 2,5 mil prefeitos vão encerrar os seus mandatos em dezembro entrando na lista de fichas-sujas porque não conseguirão pagar todas as contas que estão pendentes. Esse número representa quase 50% do total de prefeituras do país.

Garzón: erra quem aceita ‘doses de corrupção’ numa democracia

Ex-juiz espanhol defendeu possibilidade de réus condenados no mensalão recorrerem à OEA
Vinicius Sassine, O Globo

Todo comportamento de corrupção deve ser punido com contundência, ao mesmo tempo em que determinados mecanismos de transparência e limpeza nunca devem ser quebrados. É o que afirmou no sábado o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón sobre o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
As declarações foram dadas após o ex-magistrado ter participado da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, encerrada ontem em Brasília.
Baltasar Garzón é um jurista internacional famoso pelas investigações de casos de corrupção, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional e contra os direitos humanos. Ganhou projeção quando, em outubro de 1998, decretou a prisão do ex-ditador do Chile, Augusto Pinochet, em razão das mortes e tortura contra cidadãos espanhóis.

 Garzón admite possibilidade de condenado apelar à OEA - Foto: André Coelho

Garzón está impedido de exercer o cargo de juiz por decisão da Suprema Corte da Espanha, em razão de escutas supostamente ilegais numa investigação. Hoje, advoga em causas de direitos humanos e defende o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres. 


Valério achava que nunca seria condenado, diz ex-secretária

Testemunha do mensalão, Fernanda Karina Somaggio, que trabalhava para o publicitário, diz viver no anonimato para ‘não sofrer preconceito’
Bruno Lupion, O Estado de S.Paulo

Ex-secretária do operador do mensalão e uma das testemunhas-chave do escândalo, Fernanda Karina Somaggio não descarta que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza “esteja blefando” ao ter prestado novo depoimento à Procuradoria-Geral da República e pedir benefícios que o livrem da prisão.
“Ele sabe jogar”, disse, em entrevista exclusiva ao Estado, sobre o ex-chefe. “Ele achava que nunca seria condenado, como era a praxe antigamente.”

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

A ex-secretária de Valério prefere hoje ser chamada de Fernanda, e não de Karina, como ficou conhecida há sete anos. É assim que seus novos amigos a chamam. Os vizinhos sequer sabem que ela foi personagem de um dos maiores escândalos políticos do País, hoje em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela quer assim. Tanto que, em vez de encontrar a reportagem em casa - uma chácara na Grande São Paulo (ela não divulga a cidade) -, preferiu dar a entrevista na capital.


Programa de proteção a testemunhas não serve para Valério

Condenando a mais de 40 anos de prisão, operador do mensalão não se enquadra no perfil
Jailton de Carvalho, O Globo

O Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas, vinculado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, está de portas fechadas para Marcos Valério, mesmo que ele decida colaborar com investigações de casos conexos ao processo do mensalão. Dirigentes do programa informam que a lei 9.807 impede a entrada de pessoas condenadas no sistema de proteção.

 Alexandre Guzanshe/O Tempo

Valério já foi condenado a 40 anos e seis meses de prisão no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Nas últimas semanas, surgiram rumores de que ele estaria disposto a colaborar mais com as investigações sobre ex-dirigentes do PT e até mesmo se submeter às regras do programa de proteção a testemunha.
O advogado Marcelo Leonardo nega que Valério tenha interesse no programa. Disse que o cliente não cogita essa possibilidade. Mas nada diz sobre a suposta iniciativa do cliente de fazer novas denúncias contra ex-dirigentes do PT e contra o ex-presidente Lula.
A Secretaria de Direitos Humanos informou que casos de réus condenados, como o de Valério, estão vedados pela lei 9.807, que originou o programa.


ONG ligada ao PC do B desviou recursos, revela empresário

Subcontratado por entidade ligada ao PC do B, João Batista Machado afirma que dinheiro que serviria para pagar alimentação de crianças foi parar nas mãos de políticos
Estadão.com

O dono de uma empresa subcontratada para fornecer alimentos a crianças atendidas por um programa de esportes do governo federal diz que cerca de 90% dos R$ 4,65 milhões que recebeu dos cofres públicos entre 2009 e 2010 foram desviados para políticos de Brasília, Santa Catarina e Rio.
"Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos", afirma o dono da JJ Logística Empresarial Ltda., João Batista Vieira Machado (foto abaixo), em entrevista exclusiva ao Estado.


Machado diz que foi usado em um esquema montado para fraudar o Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que atende crianças em atividades físicas em horário extraescolar.


Toque de recolher altera rotina da periferia de São Paulo

Na zona norte, moradores dizem que ordem para baixar portas vem do crime e da PM
Pablo Pereira, O Estado de S.Paulo

O telefone do açougue tocou logo após as 17h30 de quarta-feira e a funcionária ouviu uma voz que mandava fechar o comércio naquele momento. Se não obedecesse, alguém ia descer bala na loja. Avisado da ligação, o gerente imediatamente começou a baixar as portas. "Não vou esperar para ver", afirmou ele, assustado, cercado por auxiliares nervosos, que foram dispensados do expediente da loja de carnes três horas mais cedo.




Quando as milhas acumuladas desaparecem

Luiza Xavier, O Globo

O sonho de ser um cliente VIP das companhias aéreas fazendo parte dos programas de fidelidade se transforma em pesadelo quando se percebe que usufruir das principais vantagens oferecidas — passagens, descontos e áreas reservadas em aeroportos — nem sempre é fácil.
Pontos e milhas acumulados durante longo tempo podem simplesmente desaparecer em consequência de fraudes ou decisões administrativas das empresas.

Cliente que teve prejuízos, Renata Busch - Foto: Mônica Imbuzeiro / O Globo

De janeiro a outubro deste ano, o banco de dados da seção Defesa do Consumidor recebeu 205 queixas relacionadas ao sumiço de milhas ou à dificuldade para trocar pontos por bilhetes. Débora Costa, por exemplo, contou que seus problemas começaram depois de o Itaú comprar o Unibanco.


Ex-ministra francesa quer que milionário reconheça filha

O Globo

Rachida Dati construiu sua carreira remando contra a corrente. Então não causou espanto ao ter um filho e se recusar a dizer quem era o pai enquanto ocupava o cargo de ministra da Justiça da França. Agora, o que era para ser um exercício de discrição se transformou num complicado escândalo envolvendo poder, sexo e ambição.
Rachida, de 46 anos, diz apenas ter “uma vida privada complicada.” Ela era a queridinha de Paris e das capitais estrangeiras quando serviu como ministra da Justiça de Sarkozy, de 2007 a 2009.

 Rachida Dati, ex-ministra francesa- Foto:/AP

Com ascendência argelina e marroquina e origem humilde como uma de 11 filhos criados em um conjunto habitacional, ela era o símbolo da diversidade numa nova França. O estilo glamouroso - uma queda por roupas da Dior, salto-agulha e joias caras - a transformou logo na garota de “capas de revista” do governo.
Na semana passada, Rachida levou um dos homens mais ricos da França à Justiça, num processo para provar que ele é o pai de sua filha de 3 anos. Um tribunal em Versalhes decidirá em 4 de dezembro se obriga Dominique Desseigne, um multimilionário dono de hotéis de luxo e cassinos, a realizar o teste de paternidade.
Desseigne, de 68 anos, amigo de Sarkozy, é viúvo, tem dois filhos, e planeja se negar a prover a amostra de DNA.



Eleição acentua fratura entre os dois Estados Unidos


O Globo


Vitórias de causas progressistas contrastam com endosso a conservadores e ódio irracional contra Obama
Joel Achenbach, Washington Post
Foi uma eleição paradoxal. Um cada vez mais conservador Partido Republicano manteve a maioria dos assentos na Câmara, enquanto os democratas conquistaram a Casa Branca e o Senado, Wisconsin elegeu uma senadora homossexual, Maine e Maryland aprovaram o casamento gay, Washington e Colorado legalizaram a maconha.
O povo falou, mas as mensagens da eleição não são fáceis de decifrar na cacofonia da cultura política americana. As divisões políticas estão se aprofundando ano a ano - os americanos têm um governo dividido porque são um país dividido.

Preparativos para a 2ª posse em frente ao Capitólio - Foto:/AFP

Ao contrário do que Barack Obama afirmou quando ganhou proeminência em 2004, e ecoou no discurso da vitória, parecem existir sim uma América vermelha (republicana) e outra azul (democrata), cada uma delas enxergando a realidade de uma maneira sensivelmente diferente. Sete em cada dez democratas dizem que a economia está melhorando, enquanto seis em cada dez republicanos afirmam o contrário.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Joaquim Barbosa candidato à Presidência??? Eis uma forma de tentar desacreditar o ministro

O petismo sabe fazer duas coisas com destreza inigualável: manchar reputações e lavá-las. Por óbvio, mancha as que estão limpas, limpa as que estão sujas. Essa inversão moral sintetiza um jeito de fazer política. Os petistas, Lula e José Dirceu em especial, estão furiosos com Joaquim Barbosa. Não! As suas restrições não têm nenhuma relação com o temperamento eventualmente difícil do ministro, com a sua tolerância às vezes muito estreita com o contraditório, com seu estilo meio irado. Eu mesmo já chamei a atenção para certos aspectos de sua conduta que me parecem um pouco além da prudência. Não é isso que fere a sensibilidade dos companheiros.
Eles estão bravos com Joaquim Barbosa porque achavam e acham que ele é um devedor do petismo. Afinal, se foi o Apedeuta quem o indicou, como ousa agora o ministro — um negro!!! — se voltar contra os petistas? O detalhe nada irrelevante é que Barbosa não se voltou contra petista nenhum! Ele apenas se apegou à lei. Isso não é novidade. A nova onda contra Joaquim Barbosa, agora, é declará-lo um presidenciável; alguém que teria se deixado picar pela mosca azul e que está de olho na cadeira de Dilma Rousseff.
Trata-se de uma sandice, de uma bobagem, de uma especulação despropositada. Ainda que o ministro, por conta do mensalão, seja aplaudido em locais púbicos — enquanto um ou outro colegas seu são vaiados —, não há o menor indício, evidência ou sinal de que ambicione uma carreira política. Não que não pudesse. Está no pleno gozo de seus direitos políticos e pode, se quiser, renunciar à sua cadeira no Supremo e disputar um cargo político. Mas será que ele o fará?
Com quem anda falando Joaquim Barbosa? Quais são os seus interlocutores políticos? Que relação ele mantém com os partidos políticos? Como transita nos corredores do poder? Que partido lhe daria a vaga de candidato? O PT? Não! Já está ocupada. O PMDB? Não! Já está com Dilma Rousseff? O PSB? Se tiver candidato próprio (coisa de que duvido), será Eduardo Campos. O PSDB? A vaga está prometida para Aécio Neves.  Quer dizer que Joaquim Barbosa, contra todo o establishment político, sem tempo na televisão — porque não teria — e sem articuladores no Congresso, poderia se lançar candidato à Presidência?
Trata-se, é evidente, de uma campanha de queimação de Barbosa. Que coisa espantosa! Essa gente não brinca mesmo em serviço. José Dirceu e seus amigos são insaciáveis. Lutaram para que não houvesse julgamento; quando ficou claro que haveria, lutaram para que se desse depois da eleição; quando ficou claro que ocorreria antes, lutaram para transformar o STF num tribunal de exceção. Agora que o Zé está condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa, lutam para desmoralizar Joaquim Barbosa — na reta final, na hora da dosimetria. A inferência é óbvia: como o ministro alimentaria eventuais ambições políticas, seus votos, então, teriam de ser vistos à luz dessa possibilidade.
Políticos costumam ficar satisfeitos quando seus respectivos nomes integram lista de presidenciáveis. Barbosa, que não é político, tem todo o direito de se zangar. Espalhar essa possibilidade, a esta altura do julgamento, é uma forma de desacreditá-lo, de sugerir que ele não tem isenção para julgar ninguém. A inferência é que se comporta como um juiz de exceção, de olho na própria carreira.
“Você garante, Reinaldo, que Barbosa não pensa nisso?” Eu??? Eu não garanto nada sobre ninguém! Não sou nem íntimo nem confessor de Joaquim Barbosa. O que posso assegurar é que, até agora, ele se comportou dentro dos limites legais na relatoria da, como é mesmo? “Ação Penal 470”. Tratá-lo como presidenciável é só mais uma forma de tentar desmoralizar o seu trabalho. Ainda que venha ou viesse a ser candidato um dia, pergunto: isso mudaria a natureza dos crimes cometidos pelos mensaleiros?
Barbosa será, sim, presidente, mas do STF.  O resto é especulação de quem está com a corda no pescoço.


Com a dita “reforma política”, PT quer regras para se eternizar no poder!

O ex-deputado — cassado por corrupção — José Dirceu,  condenado também por corrupção e formação de quadrilha pelo STF, já havia anunciado as prioridades do PT: lutar contra a “farsa do mensalão” (sic), regulamentar a “mídia” e promover uma reforma política para instituir o financiamento público de campanha… Huuummm… Na VEJA.com, Gabriel Castro mostra que o partido já se esforça para dar dimensão prática a esse terceiro item. Muito bem.
Ao longo do ano passado, tratei do assunto em vários posts, demonstrando que a reforma política que os petistas têm na cabeça e pretendem impor ao país beneficia especialmente… os petistas! Alguma novidade? Acho que não. No dia 17 de setembro de 2011, escrevi um texto que tratava de alguns detalhes do que quer o PT — além, claro!, de enfiar uma vez mais a mão no seu bolso. Vale a pena ler. É o que eles têm na cabeça.
*
A primeira versão do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), tornada pública, concilia financiamento público de campanha com financiamento privado. Era mesmo um troço estranho. Até os petistas disseram lá entre si: “Se a gente defende o financiamento público porque considera que o outro predispõe à corrupção (NR — isso é papo furado), como é que a gente vai insistir na sua manutenção, conciliando com o público?” Há certas contradições que nem eles conseguem explicar.
Pois bem: os petistas insistirão agora no financiamento exclusivamente público. É só um truque. Apostam que os demais partidos da base aliada, em especial o PMDB, proponham o misto. O fundamental para os petistas é que haja dinheiro público. Por quê? Por causa do critério de distribuição de recursos. Tem de haver algum, certo? Não dá para dividir igualmente o dinheiro entre partidos que existem e partidos virtuais, que são uma realidade só no papel. Ora, colocada a questão maligna (enfiar mais dinheiro público na eleição), então vem a resposta maligna: ora, a grana seria distribuída segundo o tamanho da bancada federal hoje. Quem sairia ganhando? PT e PMDB. Quem se ferra? A oposição.
Por isso chamei de chavismo light. Os petistas aproveitam um momento em que são maioria para propor um sistema de financiamento de campanha que privilegia justamente essa maioria. Alguém dirá: “É justo!” Uma ova! Essa maioria é circunstancial. Imaginem se alguém do PSDB ou do então PFL propusesse algo parecido até o ano de 2002… Os tontons-maCUTs sairiam às ruas. Mas eu já expliquei num longo texto qual é a moral das esquerdas e de seus descendentes. O que antes o PT acharia ruim acha agora bom. Não há uma sombra de princípio nisso tudo. É só oportunismo.
O texto de Fontana também propunha uma estrovenga chamada “voto proporcional misto”, com o eleitor podendo votar no candidato e no partido (ainda que de origens distintas). Metade da Câmara seria definida pelos nominais, e a outra metade sairia da lista fechada, segundo peso de cada partido. Uma verdadeira charada grega. O PT desistiu do voto em lista e agora quer a simples manutenção do voto proporcional, como é hoje. Ficará para alguns aliados a defesa do proporcional misto.
Os petistas também vão defender o mandato de quatro anos para senador. É só firula. Sabem que isso não tem a menor condição de passar no Senado. É puro diversionismo, que busca tirar o foco da questão principal: o partido busca uma “reforma política” tendente a eternizar a vantagem que ele tem hoje. Coisa de vigaristas políticos, morais e intelectuais.
Falácia
“Se continuar essa lógica [financiamento privado de campanha], quem é que vai poder concorrer a um cargo legislativo? Ou pessoas muito ricas ou pessoas que tenham facilidade muito grande de encontrar financiadores privados. E isso quebra o critério de igualdade na democracia”. A fala é de Fontana.
É uma das maiores falácias jamais ditas sobre o assunto. Não há um só argumento lógico que explique por que, mesmo com financiamento público, não haveria financiamento privado, por baixo dos panos. É questão de lógica elementar, que talvez Fontana — pelo jeitão — realmente não esteja fisicamente equipado para entender. Atenção: se, com o financiamento privado permitido, já há caixa dois e dinheiro oculto, o que vocês acham que aconteceria quando ele fosse proibido? Será que eu teria de desenhar?
Há mais: o PT tem hoje a maior bancada da Câmara. Estaria o deputado Fontana confessando que só se chegou a tanto porque ela é composta “de pessoas ricas” e de pessoas “com facilidade muito grande para encontrar financiadores privados”, o que inclui, naturalmente, o Fontana? Esse sujeito é ruim “demais da conta”, como a gente diz lá em Dois Córregos…
Voto distrital
A única — ÚNICA!!!—- maneira de baratear a eleição e, de fato, diminuir o peso do dinheiro (e, pois, as chances de corrupção) é o voto distrital. Por quê? Cada partido escolheria UM ÚNICO candidato em cada distrito. O país tem 513 deputados e, creio, terá em 2014 uns 127 milhões de eleitores. Grosso modo, cada distrito teria pouco mais de 247 mil eleitores. Em vez de ter de disputar eleição no estado inteiro, o candidato se concentraria naquela que é a sua área. A campanha ficaria mais barata, necessariamente — corrupção a menos. Não só isso: ele faria uma espécie de campanha majoritária; teria de convencer os eleitores e de ter efetiva representação numa determinada área. Cai a chance de um mero porta-voz de uma corporação ou de um lobby sair vencedor.
Uma reforma política, se honesta, aproxima os representantes dos representados. Bem, meus caros, não estou insistindo no voto distrital à-toa. Acima, vocês vêem o que nos prepara o Babalorixá de Banânia. O sociólogo Cabeção, vocês se lembram, tentou negar que o PT estivesse conspirando contra os eleitores. Eis aí. Voto Distrital neles!

Kassab já nomeou um secretário de Haddad, e Maluf vai nomear outro. É o “homem novo” em ação; é o “novo jeito” de fazer política…

Como é mesmo? Fernando Haddad, o prefeito eleito de São Paulo, foi saudado pela imprensa companheira, especialmente a que se diz isenta, como “o novo”, a “novidade”, a “renovação” — e outras tolices do paradigma. Uma secretaria, a do Meio Ambiente, já está prometida para kassabista Roberto Trípoli, líder do atual prefeito na Câmara (leiam post a respeito). É o novo…
Os petistas confirmam também o óbvio: Paulo Maluf, chefão do PP paulista, também vai poder indicar um secretário. Desde 1969, o homem só ficou longe da Prefeitura nas gestões Erundina, Marta, Serra e Kassab. Agora está de volta. É o novo… E mais novidades vêm por aí. Leiam texto de Gustavo Uribe, de O Globo.
O polêmico apoio do deputado federal Paulo Maluf ao PT em São Paulo deverá render ao PP um posto no primeiro escalão da administração municipal. O partido, que integra a base aliada do governo federal, vinha nas últimas semanas costurando indicações para empresas estatais nas áreas de Habitação e Transportes. Nesta sexta-feira, contudo, a sigla fez chegar à equipe do prefeito eleito, Fernando Haddad, que agora deseja uma das duas secretarias.
A mudança do discurso ocorreu após café da manhã, na quinta-feira, entre o prefeito eleito e o secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro. Haddad tem sinalizado que pode ceder ao pedido do partido, contanto que o indicado tenha um perfil técnico. A negociação pela participação do PP na administração municipal tem sido conduzida pelo ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades). O coordenador da equipe de transição, Antonio Donato, confirmou nesta sexta-feira que o partido de Maluf terá espaço no primeiro escalão do governo de São Paulo. “Os quatro partidos (PMDB, PSB, PCdoB e PP) farão parte do primeiro escalão”, afirmou.
Haddad recebeu nesta sexta-feira o presidente municipal do PMDB, Gabriel Chalita, para tratar do espaço da sigla no governo. O partido aliado tem pleiteado as pastas de Saúde e Planejamento, mas não deve ser contemplado com nenhuma delas. Na próxima semana, o prefeito eleito vai se reunir com a bancada municipal do PMDB e anunciar os primeiros nomes da futura administração, todos do seu “núcleo pessoal”.


BLOG DO ALUIZIO AMORIM

HOMEM-BOMBA DO MENSALÃO VOLTA A ASSOMBRAR O PT: PROMOTOR ACREDITA QUE VALÉRIO PODE AJUDAR A ESCLARECER CASO CELSO DANIEL.

Mais de uma década após o brutal assassinato do prefeito petistaCelso Daniel em um episódio nebuloso, que até hoje assombra o PT, investigações relacionadas ao caso podem receber um "empurrão" graças ao empresário Marcos Valério, o operador do mensalão que foi condenado a 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa é a opinião do promotor Roberto Wider, responsável pela promotoria criminal de Santo André, para quem um novo depoimento de Valério pode ajudar a ligar "pontas soltas", reforçar provas e responder perguntas em diversas investigações que foram conduzidas pelo Ministério Público na esteira da morte de Celso Daniel.

Edição de VEJA da semana passada mostra que Valério revelou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que Ronan Maria Pinto, um empresário ligado ao antigo prefeito, estava chantageando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para não envolver seu nome e o do ex-presidente Lula na morte de Celso Daniel. O teor exato da ameaça permanece uma incógnita. 

Empresário com diversos negócios na região do ABC paulista, Ronan é apontado pelo Ministério Público como um dos participantes do esquema de corrupção instalado em Santo André durante a administração de Celso Daniel. Já Carvalho ocupou, à época da administração de Celso Daniel, as secretarias de Comunicação e de Governo da prefeitura. De acordo com a reportagem, Valério disse que a cúpula petista pediu sua ajuda no episódio para ajudar a liquidar a fatura, mas ele não quis se envolver. O operador, no entanto, afirma que a chantagem foi paga. Agora, a promotoria quer entender melhor essa história. 

“Não tenho preconceito em ouvir o Valério. Ele pode ter sido condenado a 40 anos de prisão, pode estar desesperado, mas só vamos saber se o que ele disse ou pode dizer vale alguma coisa se formos ouvi-lo. Se chegarmos a Minas Gerais e ele não quiser falar, paciência. Pelo menos tentamos”, disse ao site de VEJA. 

Wider propôs as duas ações relacionadas ao caso que correm na Justiça. Uma delas é na esfera criminal, contra o bando que sequestrou e executou o prefeito e, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, apontado como mandante - e até hoje nunca julgado. A outra é uma ação de improbidade administrativa que corre paralelamente, proposta após as investigações do assassinato revelarem que um esquema de desvio de verbas havia sido instalado na administração de Celso Daniel. 

A promotoria afirma que Valério pode ajudar a reforçar esses processos e até mesmo sustentar a abertura de novas ações. Os resultados de um eventual depoimento de Valério no caso Celso Daniel só podem ser especulados, mas, segundo a promotoria, podem implicar ainda mais o PT e Gilberto Carvalho. Leia MAIS







MÉDICO VOLTA A ALERTAR QUE HUGO CHÁVEZ NÃO ESTARIA BEM DE SAÚDE. CAUDILHO SÓ APARECE RARAMENTE NA TELEVISÃO.

O médico venezuelano José Rafael Marquina chama a atenção em sua conta do Twitter sobre a persistente ausência do caudilho Hugo Chávez e revela que o tiranete já teria cancelado sua viagem à Espanha para participar da Cúpula Iberoamericana.

O médico José Rafael Marquina
Nem a campanha eleitoral para os governos estaduais que acontece na Venezuela trouxe Chávez à cena pública. Tudo continua sendo tratado nos bastidores. A rigor ninguém sabe ao certo onde se encontra o caudilho, que só aparece em raras ocasiões através da rede estatal de televisão.

- Me perdoem - diz Marquina - mas um homem de 58 anos de idade que aparece raramente apenas pela televisão não pode estar saudável.

O médico José Rafael Marquina vive e trabalha nos Estados Unidos, clinicando na cidade de Naples, no Sul da Flórida, a região americana onde existe a maior comunidade hispânica. Isto o coloca em proximidade com fontes venezuelanas e cubanas. Tanto é que esse médico acabou sendo a única fonte da área da saúde que aborda questões relacionadas com o câncer de Chávez e ninguém mais.

Suas últimas revelações sobre o estado de saúde do caudilho indicaram que vem sendo submetido a um novo ciclo quimioterápico, o que até agora não foi desmentido por fontes oficiais. O que leva a supor que o câncer de Chávez recrudesceu, obrigando ao paciente a uma estratégica retirada de cena, haja vista para os efeitos devastadores da quimioterapia sobre o organismo humano. Por isso Chávez continua praticamente sumido.

Tal fato continua alimentando rumores na Venezuela, já que o governo chavista persiste em guardar como segredo de Estado a doença do presidente. Apenas Chávez fala sobre isso sem dar maiores detalhes a respeito de seu verdadeiro estado de saúde.


BRASIL NO RUMO DA VENEZUELA. PT DÁ MAIS UM PASSO PARA O CONTROLE TOTAL DO JUDICIÁRIO!

Veja este comentário de um minuto do jornalista Augusto Nunes. Trata da escolha do sucessor do Ministro Ayres Brito, que em poucos dias pega o boné em decorrência da idade, 70 anos, que a lei brasileira determina como limite para o exercício de qualquer cargo público. Na verdade mais uma idiotice que afasta muitos profissionais ativos de suas funções. O comentário de Augusto Nunes é desses que ninguém vê em grandes redes de televisão que se dedicam, como se dedica a maioria esmagadora da grande imprensa, em bajular o poder de plantão, mesmo que os poderosos do momento se dediquem full-time a enterrar a democracia e a liberdade. 

Augusto Nunes tem razão. O Brasil caminha na mesma direção da Venezuela, onde o tiranete Hugo Chávez controla não só a Assembléia Nacional (fechou o senado implantando um sistema unicameral) mas também totalmente o Supremo Tribunal de Justiça e todos os demais órgãos do Poder Judiciário. 

Como a oposição no Brasil não existe mais desde o retorno do país à democracia, haja vista que a turma do PSDB é também comunista. Ou não é? A diferença apenas é que o PSDB não faz parte do Foro de São Paulo, como fazem o recentemente festejado PSB e o rançoso PDT, cujo ídolo é o velho caudilho Leonel Brizola, um dos maiores empulhadores e mentirosos da política brasileira. Aliás, como toda a bandalha esquerdista é mentirosa, além de cínica. Aproveito a recomendar que o PSDB alie-se logo ao PT. 

Tão logo a aliança esteja formalizada, comecem a implantar um sistema comunal, como Chávez está fazendo na Venezuela. Ah!, não esqueçam de convidar o Kassab para para a inauguração da primeira comuna, que deverá ser instalada em São Paulo. 

Consolidada essa aliança, podem ser suspensas as eleições para sempre, não é mesmo? Eleição é uma coisa chata que consome muito dinheiro e as pessoas detestam votar. Só não vale imitar a Venezuela num aspecto: fazer de conta que existe democracia. Aqui no Brasil essa população alegre, descontraída que adora o carnaval e demais esculhambações, estará completamente de acordo com o enterro da democracia. 

O negócio é carnavalizar tudo. Bem de acordo com o padrão moral e ético dos 99.9% dos brasileiros.




NO BLOG DO CORONELEAKS

Os golpistas mensaleiros perderam.

"Luiz Inácio Lula da Silva está calado. O que é bom, muito bom. Não mais repetiu que o mensalão foi uma farsa. Também, pudera, após mais de três meses de julgamento público, transmitido pela televisão, com ampla cobertura da imprensa, mais de 50 mil páginas do processo armazenadas em 225 volumes e a condenação de 25 réus, continuar negando a existência da "sofisticada organização criminosa", de acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, seria o caso de examinar o ex-presidente. Mesmo com a condenação dos seus companheiros - um deles, o seu braço direito no governo, José Dirceu, o "capitão do time", como dizia -, aparenta certa tranquilidade.

Como disse o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula é "um sujeito safo". É esperto, sagaz. Conseguiu manter o mandato, em 2005, quando em qualquer país politicamente sério um processo de impeachment deveria ter sido aberto. Foi uma manobra de mestre. Mas nada supera ter passado ao largo da Ação Penal 470, feito digno de um Pedro Malasartes do século 21..."

Leia aqui a íntegra do artigo de MARCO ANTONIO VILLA - HISTORIADOR; É PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR), para  O Estado de S.Paulo




NO BLOG ALERTA TOTAL

Bons Filhos do Brasil

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Bastidores cinematográficos fofocam que o épico “Lula, o Filho do Brasil” ostenta um prejuízo de R$ 4 milhões. Não pode ser verdade. Até porque foi a produção mais cara do cinema brasileiro (R$ 16 milhões). O bilionário Eike Batista foi até o maior patrocinador do filme, doando US$ 1 milhão. Prejuízo? Como? Onde foi parar tanto dinheiro? Ao menos o filme se gaba de não ter usado verba pública ou qualquer recurso de Leis de incentivo...

Do ponto de vista da estética cinematográfica, o filme é impecável. Linda fotografia de Gustavo Habda. Direção ultra-competente de Fábio Barreto – que vive em semiconsciência desde o acidente de carro sofrido em 2009 – e de Marcelo Santiago. Atuação brilhante de Glória Pires (Lindu, mãe de Lula) e da gloriosa Cléo (filha dela e de Fábio Júnior – que não foi o malvado pai de Lula na história...). Rui Ricardo Dias foi tão ou mais ator que o original personagem tema da obra.

Se o filme de Lula não anda bem – não o do cinema, mas o da vida real -, a culpa só pode ser do Mensalão. Ou dos efeitos colaterais do tratamento contra o câncer na laringe. Amigos confidenciam que Lula anda nervoso além da conta. Revelam até que, na tensão, chega a fumar – o que foi proibido pelos médicos. E, para acalmar, faz pior. Volta a beber – para desespero dos que lhe tratam. Deus queira que isto seja apenas fofoca...

Porque o Grande Empreiteiro do Universo parece ser muito generoso com Lula e seus familiares. Na Justiça, a família Silva é pródiga em milagres – ao menos até agora. Vide a recente salvação judicial do filho prodígio Fábio Luis da Silva. Depois de sete anos de embromação, o Ministério Público mandou arquivar o processo que investigava o suposto tráfico de influência que teria gerado um generoso aporte de capital de R$ 5 milhões na Gamecorp. A grana para a empresa de joguinhos eletrônicos e sistemas telefônicos veio da antiga Telemar, a empresa de telefonia que depois se fundiu com a Brasil Telecom para criar a Oi, tendo o BNDES como sócio.

O biólogo “Lulinha” – que só é chamado por tal apelido pela imprensa que o companheiro José Dirceu quer ver multada e reprimida pelo AI-13 petralha - é um sortudo. Com 7% de participação na lucrativa Oi, o filho de Lula vai lançar, em 2013, sua TV por assinatura em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Fofoca-se que a “TV Lulinha” (não será chamada assim) receberá um aporte de R$ 52 bilhões de reais. A emissora terá a Gamecorp como um de seus associados. Rede Globo, tremei! O joguinho vai ficar pesado daqui pra frente... Como diria o caboclo Dondinho, parafraseando o imortal Alberto Roberto de Chico Anísio: “Te cuida, Latorraca”... Aliás, melhoras para o grande Ney... 

Indo de alho a bugalho, se Deus é brasileiro, como a ironia profana ousa proclamar, Ele é muito bom pra uns e terrível para outros. A transnacional Serasa Experian acaba de revelar um estudo assustador. O consumidor brasileiro é vítima da tentativa de fraude a cada 15 segundos. Entre janeiro e setembro deste ano, ocorreram 1.565.028 tentativas de fraudes.

Conclusão: tem muito brasileiro que não é só Filho do Brasil, mas sim grande filho da... Deixa pra lá... 

Voltando de bugalho para alho, o juiz Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara Federal, está na bica de decidir se Lula e seu ex-ministro da Previdência, Amir Lando, terão de ressarcir os cofres públicos pelos R$ R$ 9.526.070,64 gastos com as cartinhas enviadas aos aposentados e pensionistas do INSS, convidando-os a fazer crédito consignado com o banco BMG – citado no processo do Mensalão.

E, para que não tenhamos mais o registro de mais um indicador de fraude – mesmo que culposo, por engano de grafia ou digitação -, seria bom que a informática do TRF-1 corrija o santo nome do ilustre réu no processo que pode doer no bolso do tríplice aposentado Lula. Onde se lê, em caixa alta, “LUIS INACIO LULA DA SILVA”, com “S” de Sapo-Boi Barbudo”, deveria estar escrito “LUIZ INACIO LULA DA SILVA”, com “Z” de Zorra Total...

Quem digitou o nome do cara errado é um Filho do Brasil – País que peca pela Educação deficiente. E quem ajudou os velhinhos a se endividarem é mais Filho do Brasil ainda... 

A História mal contada da pátria que nos pariu costuma ser cruel... O filme está queimando... O juízo final está próximo... Mas, por aqui, existe sempre a chance de impunidade...

PS – Recado oportuno do médico Humberto de Luna Freire Filho, de São Paulo:

“Senhora Maria do Rosário Nunes, Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Defesa de Bandidos, na condição de cidadão brasileiro estou disponibilizando de meu próprio bolso, sem posteriormente pedir ressarcimento aos cofres públicos, uma passagem Brasília-São Paulo- Brasília, - posso documentar a proposta em cartório - para que a senhora compareça ao nosso Estado e pessoalmente diga apenas duas palavras - "Meus pêsames", a uma só família que escolherei para representar os 90 policiais mortos pelos seus pupilos. Fique tranquila que a mesma corporação, apesar das baixa sofridas, ainda conta com um efetivo suficiente para garantir sua integridade física. A moral já sabemos que deixa a desejar”.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.



















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