DA MÍDIA SEM MORDAÇA 02-11-12

BLOG DO EGÍDIO SERPA



Água em Fortaleza: hora de economizar


Aumenta o consumo de água na Grande Fortaleza.
A tal ponto que o Governo do Ceará já adota medidas para ampliar a capacidade dos sifões do grande canal (o Eixão das Águas) que liga o rio Jaguaribe aos açudes Pacoti, Riachão e Gavião que abastecem a capital do Estado.
O problema está, porém, na natureza.
A seca deste ano já reduziu a pouco mais de 30% o volume de água das represas do Ceará – e esse quadro estará pior em dezembro.
Se a seca persistir em 2013, até a realização dos jogos da Copa das Confederações, em junho, nas cidades do Nordeste, Fortaleza inclusive, estará comprometida.
Sugestão: economizar água desde agora.
Acendeu a luz amarela de advertência.

Do Ceará para o Rio Grande do Norte


Está no site da Agência Nacional de Energia Eólica (Aneel):
No Ceará, estão em operação parques eólicos que geram hoje 544 MW, mas há em instalação outros parques que gerarão o equivalente a 282 MW.
No Rio Grande do Norte, os atuais parques em operação geram 307 MW, mas os que se encontram em construção gerarão mais 1.054 MW.
Os investidores estão preferindo desviar do Ceará para o vizinho potiguar seus projetos de geração eólica por causa da maior rapidez com que os projetos são analisados e aprovados para efeito de licenciamento ambiental.

BLOG DO ROBERTO MOREIRA

Nordestinos derrotam PT nas urnas e expressam repúdio à falta de atenção do Executivo Federal


A Carta de Formulação e Mobilização Política desta quinta-feira (1°) aponta fatores que provocaram a derrota acachapante do PT nestas eleições no Nordeste. “A região mostrou que não aceita tutela de quem quer que se arvore líder de sua população. Mas exprimiu, igualmente, repúdio a um governo que não vem dando a merecida atenção aos nordestinos”, destaca trecho do documento editado pelo Instituto Teotônio Vilela.

Professor Mourão rebate deputado Artur Bruno


Caro Roberto Moreira,
Lamentavelmente o deputado Artur Bruno está emitindo uma opinião duplamente frágil:
1. Durante o dia da votação, domingo passado, ele não esteve – em nenhum momento – acompanhando os candidatos (Elmano/Mourão), como fizeram os outros deputados federais do PT (Guimarães, José Aírton e Eudes Xavier), para constatar in loco o que presenciamos e denunciamos. Uma pena que não tenha elementos objetivos para fazer uma avaliação com mais conhecimento de causa. Poderia rogar-se dos correligionários e amigos para obter informações mais objetivas;
2. Doutra parte, basta que um voto tenha sido comprado e não necessariamente 74 mil, como ele tenta argüir, para que se possa dizer que o pleito teve vícios. Crime eleitoral não é julgado pela quantidade de dolo cometido… mas, pelo ato praticado e evidenciado. Ainda, mesmo na aritmética o deputado mostra equívoco: Cada voto que um lado perde, indo para o outro lado, vale por dois.
Entre reconhecer o vencedor – o que sempre deve ser feito – a nossa coligação está correta em defender a plena lisura do pleito.
Afinal, por que esse medo da Justiça?
Cordialmente,
Antonio Mourão Cavalcante

Unimed Fortaleza não pode aplicar reajuste abusivo para clientes ao completarem 60 anos


A Unimed Fortaleza não pode fazer reajustes abusivos nas mensalidades dos planos de saúde de clientes que completam 60 anos. A decisão, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), manteve sentença proferida na Primeira Instância.
Conforme os autos, a cliente aderiu ao plano de saúde da empresa com direito à cobertura do tipo Multiplan. Ela afirmou que, ao completar 60 anos, em 18 de março de 2010, a mensalidade sofreu aumento de 64%.
Por conta disso, a consumidora ajuizou ação requerendo que a Justiça declarasse nulo o aumento. Alegou que a majoração é abusiva e fere o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do Consumidor.

PT afirma que o fortalezense verá provas reais de ações irregulares por parte da candidatura de Roberto Cláudio


Raimundo Ângelo, presidente do PT Fortaleza, confirma que até a próxima quinta-feira (8) apresentará aos cidadãos e cidadãs e à imprensa as provas de uso do poder econômico, compra de votos, intimidação a eleitores e boca de urna, como agrupamento de pessoas com camisas padronizadas seções eleitorais, dentre outras irregularidades no último dia 28 por parte da coligação do candidato Roberto Cláudio.
Para Raimundo, a democracia faz parte da pauta de lutas históricas dos petistas e é por ela que o partido precisa reagir ao que Fortaleza presenciou no dia do pleito. O desrespeito ao eleitor, não somente aos eleitores do Elmano, mas também aos que votaram no adversário e não concordam com práticas atrasadas e irregulares, é que move o PT e a coligação Pra Cuidar das Pessoas a pedir que a justiça revise as provas que serão apresentadas na próxima semana.
Por acreditar que eleições democráticas não acontecem a partir de crimes eleitorais é que o PT não reconhece Roberto Cláudio como prefeito eleito. Em todas as outras disputas democráticas em que o PT não obteve vitória, o reconhecimento é instantâneo. Do contrário é dever de um partido denunciar e se colocar do lado da sociedade.

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

MJ já não
monitora torcidas
organizadas em SP

Travando guerra particular com os tucanos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em razão dos ataques a policiais militares, os petistas do Ministério da Justiça não parecem interessados nas ações marginais que atormentam os paulistas. O MJ extinguiu o grupo de trabalho que fora designado para monitorar as torcidas organizadas, que se transformaram em abrigo para delinqüentes e gente dessa laia.

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Te vira, malandro

A extinção do grupo de monitoramento de torcidas organizadas foi só mais um lance da operação “te vira, tucano”, no Ministério da Justiça.

É a eleição, cidadão

O bate-boca do secretário de Segurança paulista com o ministro da Justiça faz parte da briga PSDB x PT pelo governo paulista, em 2014.

Ele mentiu

O secretário de segurança de São Paulo foi pego na mentira, quando jurou não haver recebido oferecimento de ajuda do governo federal.

Ele também

Enquanto o Ministério da Justiça e o governo de São Paulo trocam farpas, 88 famílias choram seus mortos, todos policiais militares.

Ex-deputado
nega negócio com
navios italianos

O ex-deputado Mauro Campos, presidente do estaleiro Rio Nave, negou ontem que tenham prosperado as negociações de parceria com a estatal italiana Finmeccania para participar da licitação do governo brasileiro que pretendia comprar fragatas ou navios patrulha. Ele de fato foi procurado com esse objetivo, mas declinou da parceria porque seu estaleiro não teria condições de produzir embarcações militares.

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Delação

Investigado pelo Ministério Público italiano, o ex-diretor da estatal Finmeccania Giuseppe Bono implicou brasileiros nas irregularidades.

Debandada

Petistas de São Paulo atraídos pelos cargos na prefeitura de BH, de Márcio Lacerda, e no governo de Agnelo Queiroz, no DF, arrumam as malas para a caça de cargos na prefeitura de Fernando Haddad.

Exagerou

O deputado Francisco Praciano (PT-AM) explica a derrota, de lavada, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) na disputa contra Artur Neto (PSDB) à prefeitura de Manaus: “Ela ficou governista demais”.

Café ‘pequeno’

O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) apresentará texto paralelo ao relatório da CPI do Cachoeira indiciando o esquema da Delta: “O Cachoeira é café pequeno”, diz o ex-delegado federal.

Sangue nos olhos

Apesar dos fortes efeitos da quimioterapia contra câncer no estômago, o governador Marcelo Deda tem procurado empresários e políticos para pedir a aprovação dos R$ 727 milhões do Proinvest para Sergipe.

Fagulha no olho

Foto
Coronel Toniquinho Pereira era chefe político em Itapetininga (SP), quando se viu obrigado a receber o governador – seu adversário – na estação ferroviária de Iperó. Cheio de má vontade, assim que o trem chegou à estação, Toniquinho foi logo reclamando do chefe da estação:
- Entrou uma fagulha no meu olho...
- O trem é elétrico, coronel. Não solta fagulha.
- Então foi um quilowatt.


BLOG DO NOBLAT

Lula no seu labirinto, por Merval Pereira

Merval Pereira, O Globo
O julgamento do mensalão, que se encaminha para seu fim com a definição das penas dos condenados após o STF ter decidido que houve, sim, desvio de verba pública para compra de apoios políticos, clareou o cenário para a discussão sobre se o ex-presidente Lula sabia ou não do que ocorria “entre quatro paredes” no Palácio do Planalto, o aspecto mais delicado politicamente desse processo.
Desde que estourou o escândalo do mensalão, em 2005, muitas vezes surgiu a insinuação de que o então presidente Lula sabia de toda a trama, como quando se atribuiu ao próprio José Dirceu a afirmação, jamais desmentida, de que não fazia nada sem que Lula não autorizasse.
Nos últimos dias, entrevistas, declarações diretas ou atribuídas a participantes do esquema revelam novos detalhes, todos convergindo no sentido de afirmar que o ex-presidente foi parte ativa do esquema do mensalão.
O publicitário Marcos Valério, em depoimento ao Ministério Público, acusou Lula de ser o responsável pelo esquema do mensalão e acrescentou no rol dos envolvidos não julgados neste processo do STF o ex-ministro Antonio Palocci.
Valério pede os benefícios da delação premiada, diz-se ameaçado de morte e está pedindo sua inclusão no serviço de proteção às testemunhas.
Ex-mulher de Dirceu, Clara Becker disse à repórter do “Estadão” Débora Bergamasco que tanto ele quanto José Genoino “estão pagando pelo Lula”. E lançou a pergunta que está no ar há sete anos: “Ou você acha que o Lula não sabia das coisas, se é que houve alguma coisa errada? Eles assumiram os compromissos e estão se sacrificando.”
Difícil crer que a mulher que viveu com Carlos Henrique, a persona vivida por Dirceu no interior do Paraná, sua amiga até hoje, mãe do deputado federal Zeca Dirceu, declare isso sem conhecimento de causa e, sobretudo, sem a autorização do próprio.

Ficha pode ter caído tarde, diz ministro sobre Valério

Ricardo Brito, Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou nesta quinta-feira, 1, à Agência Estado que o depoimento prestado em setembro pelo empresário e publicitário Marcos Valério ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não surtirá qualquer efeito para o processo do mensalão, em julgamento desde agosto pelo STF.

Juiz bloqueia bens de 22 pessoas e três empresas ligadas a Cachoeira

O Globo
O juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal de Goiânia, atendeu ao pedido do Ministério Público e determinou o bloqueio de sete automóveis, uma aeronave e mais de uma centena de imóveis que estão em nome de pessoas e empresas ligadas ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O valor dos bens bloqueados supera os R$ 81 milhões.

Governo vai pagar R$ 20 bilhões de indenização às companhias elétricas

Danilo Fariello, O Globo
O governo federal vai pagar mais de R$ 20 bilhões à vista em indenizações para geradoras e transmissoras de energia que aceitem renovar seus contratos até 2042 pelas regras que resultarão em redução das tarifas, em média, em 20% no país, a partir de fevereiro.
O valor deverá ser coberto pelo saldo da Reserva Geral de Reversão (RGR), que é similar, sem necessidade, portanto, de aportes extraordinários por parte do Tesouro Nacional. As empresas, porém, pleiteavam compensações maiores. A Eletrobras, detentora de boa parte das concessões a vencer, queria receber quantia próxima a R$ 30 bilhões, mas vai ficar com pouco mais de R$ 14 bilhões. 

Suíça aceita revelar contas de Menem, acusado de corrupção

Jamil Chade, Estadão
A Justiça suíça autoriza a abertura das contas ex-presidente Carlos Menem (foto abaixo) para a Justiça da Argentina, aceitando as acusações que pesam contra ele por ter acumulado uma fortuna graças a propinas pagas por multinacionais para ganhar contratos e licitações de obras no país. Os advogados de Menem ainda poderão apelar da decisão ao Supremo Tribunal Federal da Suíça.
As informações foram relevadas pelo jornalista Juan Gasparini, e confirmadas pela Justiça. Para os juizeis de Genebra, as provas entregues por Buenos Aires os convenceram de que Menem participou ativamente de acordos de suborno que chegavam a US$ 25 milhões e recebeu propinas da empresa empresa francesa Thales em um contrato de obras públicas em 1997. Na licitação, a empresa concorreu sozinha. Menem permaneceu como presidente de 1989 a 1999.


BLOG DO CORONELEAKS

Celso Daniel e Marcos Valério assombram o PT.

Daqui a pouco, nas bancas...







Com medo, Lula manda segurar nota de apoio aos mensaleiros. Não quer provocar STF e imprensa.

A cúpula do PT está propensa a arquivar o plano de divulgar um manifesto em defesa dos réus do mensalão, mesmo depois de os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fixarem as penas do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-tesoureiro Delúbio Soares.Pragmáticos, dirigentes do PT dizem agora que "a vida continua" e querem transferir o desagravo para a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Além do pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os petistas segurassem o manifesto, não há consenso na Executiva Nacional do PT - reunida ontem, em São Paulo - sobre a conveniência de empunhar essa bandeira. "Não temos de trazer uma pauta negativa para nós", afirmou o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR). "Mesmo com todos os ataques que sofremos na campanha eleitoral, somos vencedores." Para o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o partido não pode enfrentar mais desgaste. "A solidariedade vai ocorrer, independentemente de uma nota ou um manifesto", insistiu Tatto. "O PT tem que se preocupar agora em defender o governo Dilma, aprofundar as reformas, reforçar as alianças e montar o palanque para 2014."

Além de Dirceu, Genoino e Delúbio, condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, foi julgado culpado pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Escrita pelo presidente do PT, Rui Falcão, a primeira versão do manifesto atacava a "politização" do julgamento do mensalão. Sustentava, ainda, que "teses" construídas pelo STF abandonaram a cultura do direito penal como garantidor das liberdades individuais. O texto também apontava pressão da mídia para influenciar no julgamento.

O Estado apurou que Falcão mostrou a versão preliminar a Dirceu, a Genoino e aos líderes das correntes do PT. O plano era divulgar o texto ontem, mas Lula entrou em campo para adiar a empreitada. Na prática, porém, a tendência é arquivar essa estratégia. (Estadão)

Pânico do PT com a delação premiada de Marcos Valério é confissão de culpa.

Se o PT não tem nada a temer, se não cometeu nenhum crime a mais do que as dezenas já comprovadas, por que esta preocupação oficial e institucional com uma possível e desejável delação premiada de Marcos Valério? O que mais o PT pode ter feito no Mensalão que o faz reagir de forma tão assustada e tão esbaforida em relação a um novo depoimento do seu braço financeiro no Mensalão? Existirão mais assinaturas? Mais esquemas subterrâneos que ainda não vieram à tona? A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.

A cúpula do PT procurou ontem desqualificar o novo depoimento que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por sua atuação como operador do mensalão, teria prestado à Procuradoria-Geral da República sobre o esquema. Saindo em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo principal de um novo pedido de investigação de partidos de oposição, os petistas disseram que Valério está tentando se livrar da pena imposta pelo STF e por isso não merece credibilidade. 

Ontem, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que Valério prestou novo depoimento ao Ministério Público em setembro. Os detalhes são mantidos em sigilo, mas, segundo o jornal, o empresário citou Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse duvidar que Valério tenha algo a acrescentar ao que já foi dito no julgamento do mensalão e ironizou o novo depoimento: "Se eu fosse condenado a 40 anos de prisão também estaria me mexendo". 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi na mesma linha. "Não temos nada a temer", afirmou, num intervalo da reunião que a Executiva Nacional do partido fez ontem. "Tudo o que ele poderia ter falado falou no processo." Apontado como o operador do mensalão, Valério foi condenado pelo STF por corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Suas penas somam mais de 40 anos de prisão, mas ainda poderão ser revistas pelo STF. 

Segundo "O Estado de S. Paulo", o empresário mencionou no depoimento outras remessas de recursos do mensalão ao exterior além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido. De acordo com a reportagem, Valério também disse no depoimento que foi ameaçado de morte e mencionou o assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002. 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não se pronunciará sobre o assunto. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse não ter "nada a declarar". Valério enviou em setembro um fax ao Supremo dizendo-se disposto a depor novamente e pedindo proteção das autoridades, alegando que corre risco de vida.

Ministros do STF disseram à Folha que Valério quer entrar no programa federal de proteção a testemunhas para garantir tratamento especial na cadeia ou ser enviado a um lugar não identificado, evitando assim a prisão. Ontem, o DEM e o PSDB recuaram da decisão de pedir ao Ministério Público Federal a abertura de inquérito para apurar se Lula participou do esquema do mensalão após serem informados do novo depoimento de Marcos Valério. O PPS afirma que vai entrar com o pedido, mesmo sem o apoio do DEM e PSDB. "Isso é problema deles, nós vamos protocolar a ação na terça-feira", disse o presidente do PPS, Roberto Freire (SP). 

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), considerou "lamentável" a tentativa de vincular Lula ao mensalão: "Depois do julgamento, depois de todas as análises feitas, de todas as investigações feitas, eu diria que não cabe mais nenhum tipo de ilação sobre esse tema". O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que Valério "é uma pessoa desqualificada". O PT decidiu adiar a publicação de um manifesto com críticas aos ministros do STF para depois que forem definidas as penas dos 25 condenados. O julgamento será retomado na quarta-feira.

PT na encruzilhada.

Editorial da Folha de São Paulo, publicado hoje.

Têm sido muito desencontradas as reações das lideranças petistas ao que já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do mensalão. Condenados os principais personagens do esquema, depois de exaustivo debate entre os magistrados -muitos dos quais nomeados pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva-, convivem dentro do PT duas formas distintas de lidar com a notícia. 

De um lado, investindo talvez na imagem de um "novo PT", alguns nomes do partido se resignam aos acontecimentos. A ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, destacou-se entre os que defendem tal atitude.
"Podemos gostar ou não de como as coisas se dão", declarou, "mas nós temos de respeitar resultados e instituições." 

Em direção oposta, surge com particular estridência a voz de Rui Falcão, presidente nacional do PT. Defendeu que José Genoino, mesmo condenado pelo STF, tome posse como deputado na Câmara. Acusa a imprensa de influenciar indevidamente as decisões do Supremo. Já reivindicou a abertura de uma CPI para investigar "os autores da farsa do mensalão". 

Continuaria nesse teor, não tivesse o momento eleitoral recomendado maior prudência, durante a campanha, e algum alívio, agora, quando o resultado das urnas relativiza o impacto do julgamento sobre o desempenho eleitoral do partido. A vitória de Fernando Haddad em São Paulo soma-se a alguns episódios eleitorais não destituídos de ironia. No Paraná de Gleisi Hoffmann, o ex-tucano Gustavo Fruet, presença notável na CPI que tratou do mensalão, elege-se prefeito de Curitiba pela legenda do PDT -com apoio do Planalto. 

Os interesses da acomodação tendem a predominar sobre o espírito que parecia orientar o prometido manifesto do PT contra o julgamento. Sua divulgação, anunciada para ontem, sofreu adiamento. É verdade que a direção partidária, mais do que se recusar a qualquer autocrítica, sempre insistiu em prestigiar os envolvidos no escândalo, em atitudes que vão desde o respeito reverencial a José Dirceu até o fraternal carinho com Delúbio Soares, a quem se escolheu, como se sabe, para arcar com uma pesada cota de sacrifício. 

Só se quiser prolongar ainda mais o desgaste, todavia, a direção petista decidirá apostar em medidas extremas, como denunciar o STF como "tribunal de exceção" em organismos internacionais. Entre contentar setores mais inconformados da militância e seguir a linha prudente que tem sido a tônica do atual governo, o PT terá de fazer a sua opção. 

Nesse partido, o cinismo, o ridículo, a cegueira sectária convivem, como é notório, com a visão pragmática das coisas -mais fácil de ser mantida, naturalmente, quando há novas prefeituras, novas alianças e novos nomes para continuar as políticas de sempre.


BLOG DO JOSIAS


PT para PSB dos irmãos Ciro e Cid Gomes: ‘Agora vão ver o que é realmente oposição’ 
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Há quatro meses, PT e PSB eram aliados no Ceará. Na campanha municipal, afastaram-se. Abertas as urnas de domingo passado, tornaram-se inimigos irreconciliáveis na capital, Fortaleza.
Derrotado na disputa pela prefeitura, o PT reuniu nesta quinta sua bancada de vereadores. Coube ao presidente do diretório petista de Fortaleza, Raimundo Ângelo (foto), resumir o que ficou decidido.
Ele anunciou que o PT fará na Câmara Municipal oposição ao prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB), cria política dos irmãos Cid e Ciro Gomes. Soou como se declarasse guerra: “Vai ser oposição pra valer”, disse. “Agora eles vão ver o que é realmente oposição”, enfatizou.
Roberto Cláudio prevaleceu no segundo turno sobre Elmano de Freitas, lançado pela prefeita Luizianne Lins e apoiado por Lula na propaganda e em comício. O dirigente municipal do PT esclareceu que a pinimba do partido é com o projeto de poder dos Gomes no Estado.
“Como o Roberto Cláudio faz parte desse projeto, nós somos contra”, declarou Raimundo Ângelo. Curiosamente, o PT mantém no gabinete de Cid Gomes, governador do Ceará, três secretários de Estado.
Raimundo Ângelo esclareceu que não pode falar pelo diretório estadual do PT. Porém, afirmou que, pelo que ouve dos deputados do partido, a tendência é de que o petismo caminhe para a oposição também na Assembléia Legislativa.
No plano federal, Cid e Ciro Gomes, ex-ministro de Lula, declaram-se aliados de Dilma Rousseff. Chegam mesmo a posicionar-se contra a hipótese de Eduardo Campos, governador pernambucano e presidente do PSB, tornar-se candidato à Presidência na sucessão de 2014.

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA REVELA O QUE MARCOS VALÉRIO, O OPERADOR DO MENSALÃO, QUER CONTAR À JUSTIÇA!

A reportagem-bomba da revista Veja que está sendo desovada nas bancas nesta sexta-feira, ironicamente "dia de finados", quando as pessoas fazem romaria aos cemitérios, traz novas revelações do empresário Marcos Valério, o operador do mensalão.

A capa diz tudo e revela, ainda, um suposto esquema para calar um empresário em relação ao nebuloso caso do prefeito do PT, Celso Daniel, morto em circunstâncias que até hoje geram controvérsias.

Trata-se, portanto, de uma edição imperdível da única revista que sozinha pauta toda a grande imprensa brasileira e que, a rigor, é a única publicação que continua fazendo jornalismo. O resto, bem, o resto os leitores sabem como é.

MARCOS VALÉRIO, O HOMEM-BOMBA DO MENSALÃO, TEM ESQUEMA DE SEGURANÇA E SÓ USA CARRO BLINDADO!

Marcos Valério Fernandes de Souza vive com medo, teme se tornar "arquivo morto", dizem as poucas pessoas ainda próximas ao empresário condenado a 40 anos de prisão no julgamento do mensalão – ainda pode haver revisão da pena. Desde que entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de delação premiada – quando o réu oferece mais informações em troca de benefícios –, o "homem-bomba" que promete levar à Justiça novas revelações sobre o escândalo, capazes, inclusive, de atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, raramente deixa o flat para onde se mudou sozinho há pouco mais de um mês. Quando o faz, usa um carro blindado. Também passou a ser acompanhado por um segurança, assim como a sua mulher, Renilda Santiago. 

A informação de que teria se separado dela por desentendimento entre o casal foi um blefe. Valério deixou a casa para preservar a família, afastando-se da mulher e dos dois filhos, confirmam alguns amigos com quem ele ainda mantém contato. Segundo um deles, o empresário procurou um psiquiatra e vive à base de antidepressivos.

Embora com menos frequência, ele ainda vai ao escritório, em um prédio comercial no centro de Belo Horizonte. Para seu Toyota Hilux SW4 modelo 2012 na garagem e de lá não sai. Luciano, um funcionário faz-tudo, vai buscar o almoço do chefe nas proximidades.

A última vez que Valério foi visto em público nas redondezas foi há cerca de um mês, em um tradicional restaurante de comida mineira que costumava frequentar, o Dona Lucinha. Estava com o filho. Ao sair do local, ouviu de um homem do outro lado da calçada: "Ladrão, filho da p...". Cabisbaixo, apressou o passo com o menino e não mais voltou. Leia MAIS

TRIBUNA DA INTERNET

Ou prova ou deve ser cassado

Carlos Chagas
Tanto quanto os efeitos do ciclone na região de Nova York; acima e além dos resultados das eleições de domingo; mais do que a violência que assola São Paulo, Brasília não poderia ficar atrás na disputa pelas manchetes da semana. Terça-feira, o senador Mário Couto, do PSDB do Pará, declarou da tribuna ter vontade de cuspir na cara de seus colegas senadores corruptos, aqueles que enriqueceram roubando a nação e o povo.
Exortou o Supremo Tribunal Federal a examinar o patrimônio de cada senador. Abominou a prática de serem engavetados processos contra seus colegas ladrões, porque muitos tem jatinhos particulares, casas luxuosas e até 50 mil bois no pasto, sem condições de comprovar seu patrimônio, livres e andando pelo Congresso, apresentando projetos.
De quando em quando o Senado revela figuras singulares, aí está o exemplo do ex-senador Mão Santa, mas dessa vez foram ultrapassados todos os limites. Ou Mário Couto será responsável pela devassa de um dos maiores escândalos da História da República, não deixando pedra sobre pedra no Congresso, ou deverá ser recolhido ao manicômio mais próximo da Praça dos Três Poderes.
O que não dá é para omitir e esquecer a denúncia generalizada, que sem novas explicações atingiu o Senado inteiro. O representante do Pará não fulanizou suas acusações, apesar de não ser difícil identificar os colegas que possuem jatinhos ou 50 mil cabeças de boi. Não que seja crime ser fazendeiro bem sucedido ou dispor de recursos para ter aviões particulares, mas, do jeito que o senador enfatizou, essas riquezas foram adquiridas através da corrupção.
Como poderá o presidente do Senado, José Sarney, deixar de abrir sindicância e convocar o senador para explicar-se? Melhor dizendo, para dizer a quem e a quantos se referiu, em seu discurso? Mário Couto não poderá sair do gabinete do presidente senão como herói ou como doido. Que tenha provas de suas acusações ou que seu mandato seja cassado por insanidade.
Fica impossível o Senado deixar em branco um pronunciamento desses, sob pena de estar protegendo senadores que tem esquadrilhas privadas e monumentais rebanhos sem poder comprovar suas origens. Ou que cabe a seus dirigentes defender a honra da instituição através da punição a seu detrator.
As senadoras Lídice da Mata, do PSB da Bahia, e Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, reagiram na hora, exigindo do senador que particularizasse sua denúncia, mas ele já havia deixado o plenário. Estranha, mesmo, foi a defesa de Mário Couto feita pelo senador Álvaro Dias, para quem as acusações foram genéricas, sem necessidade de maiores explicações.
Em suma, a próxima semana promete ser explosiva, tendo em vista a importância da defesa da instituição parlamentar ou, no reverso da medalha, a identificação dos acusados. Deixar que o barro escoa do ventilador, positivamente, não dá.

Querem melar

Sebastião Nery
RIO – O general Otávio Costa era comandante da 6ª Região Militar da Bahia. Estava em Sergipe, no fim de semana, visitando a cidade histórica de Laranjeiras, terra dos dois históricos jornalistas Paulo e Joel Silveira. Sábado, recebeu um telefonema urgente de Brasília. Era o general Medeiros; chefe do SNI, que acabava de assumir seu posto no Planalto:
- General, segunda-feira o professor Abdias do Nascimento, líder negro, que está chegando dos Estados Unidos, vai fazer uma palestra no Centro Cultural Brasil-Alemanha, em Salvador, e lançar o Movimento de Libertação da Raça Negra. A ordem é melar.
 Abdias do Nascimento
O general Otávio Costa sabia que o Centro Cultural Brasil-Alemanha ficava em um local pequeno, apertado, movimentado. Tentar melar seria exatamente promover. Ligou para Salvador, mandou um sargento negro, do Serviço Secreto, com a ordem de telefonar urgente, se necessário.
Segunda, 10 da manhã, Abdias abria sua conferência no Centro Cultural Brasil-Alemanha apinhado de escritores, professores, estudantes, intelectuais. Todos brancos. Lá no fundo, de pé, um negro.Abdias chamou : – Quero começar prestando uma homenagem a meus irmãos de cor. Convido meu irmão negro, que está lá no fundo, a presidir esta solenidade.
O sargento presidiu até o fim, com inteira competência. Sem melar.
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1,2 TRILHÃO
A aristocracia brasileira do dinheiro ocupa o 4º lugar no mundo com depósitos em paraísos fiscais. Os supermilionários nativos têm US$ 520 bilhões (R$ 1,2 trilhão) aplicados em contas secretas. À sua frente estão os chineses com US$ 1,18 trilhão, os russos com US$ 798 bilhões e os sul-coreanos com US$ 779 bilhões. Esses números, publicados pelo jornal inglês “The Observer”, estão em estudo da “Tax Justice Network” (Rede pela Justiça Fiscal). A fonte são documentos do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e do Banco de Compensações Internacionais, o Banco Central mundial. O professor Helio Duque, meu mentor econômico, me ensina mais :
1 – O economista norte americano James Henry, um dos coordenadores do estudo, afirma: “O setor offshore é desenhado e operado não por obscuros bancos sem nome em ilhas suntuosas, mas pelos maiores bancos privados do mundo, escritórios de direito e de contabilidade sediados em capitais como Londres, Nova York e Genebra!”.
2. – “Os 50 maiores bancos do mundo são os alimentadores dos paraísos fiscais, com destaque para o Goldman Sachs e os suíços União dos Bancos Suiços e o Credit Suisse. A elite financeira mundial é constituída por 100 mil milionários detentores de trilhões de dólares aplicados além das fronteiras nacionais. Grande parte desse dinheiro é fruto da corrupção”.
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36 COM 151
3. – O pesquisador Daniel Aarão Reis, professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense, disse no Globo que o Brasil tem 36 pessoas neste grupo seleto. Juntos, controlam US$ 151 bilhões. Nada mal para uma nação emergente. Quando se fala em taxar essas colossais fortunas ou acabar com as jurisdições secretas, os novos aristocratas ameaçam sair do pais, melar. Os governos encolhem-se. Na base da pirâmide as pessoas comuns ralam e pagam a conta. Até quando? Em 2011, a arrecadação federal brasileira foi de R$ 993 bilhões. Já o dinheiro expatriado, de brasileiros, nos paraísos fiscais sonegadores, representa R$ 1,2 trilhão.Imagine o efeito para o desenvolvimento nacional se parte desses recursos pudesse ser repatriada..
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MANTEGA
Há alguns anos, o governo analisou a hipótese da aprovação de uma anistia fiscal repatriadora desses capitais, um tema polêmico e provocador de debates que enveredam pela ética e envolvem recursos financeiros de procedência, em alguns casos, ilícita, frutos da corrupção e desvio de recursos públicos. As resistências transformaram-se em intransponíveis barreiras. A primeira chantagem é tirar empresas do pais Ameaçam melar. Uma parte dos milionários recursos aplicados nos paraísos fiscais tem declaração do Imposto de Renda. Para repatriação o tributo seria de 27,5%. O Ministério da Fazenda imaginou anistia que cobraria uma “taxa pedágio” variável, de 4% a 6% do IR.
Com a ascensão do italiano Guido Mantega ao Ministério da Fazenda, o tema foi jogado às calendas gregas.
sebastiaonery@ig.com.br







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