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No tempo em que Dilma dava apoio a um movimento de supostos professores que queimavam livros em praça pública. Peça desculpas ao menos por seu passado recente, soberana!

É, meus amigos… Nada como um dia depois do outro, não é? Clichê? É, sim, mas pode pesar sobre os ombros como uma cruz. Outro clichê? Então vamos aos fatos. Eu sei que políticos não costumam dar a menor bola para a coerência. Não sou político. Quando se trata de petista, então, o que se tem é justamente o avesso: a sua única coerência está na constância com que jogam no lixo a palavra empenhada.
Em março de 2010, Dilma Rousseff era candidata à Presidência da República. Em São Paulo, a chefona da Apeoesp era — e ainda é — a notória “professora Bebel”. Ela declarou a existência de uma greve de professores que nunca chegou a existir de fato. Mas mobilizava gente o bastante para fazer confusão na praça. A sindicalista dizia em alto e bom carro de som: o objetivo era, para usar a sua expressão, “quebrar a espinha do governo Serra”. Segundo proclamava, ele não poderia ser eleito presidente da República de jeito nenhum! A campanha eleitoral era tão ostensiva que ela e a Apeoesp foram multadas pela Justiça.
Os radicais de Bebel chegaram a queimar livros em praça pública. E o que fez a então candidata Dilma Rousseff? Recebeu a presidente da Apeoesp de braços abertos. Juntas, participaram de um ato ilegal em favor da candidatura petista no Sindicato do Metalúrgicos do ABC. Isto mesmo: a Aopeoesp promovia o baguncismo contra a gestão tucana, e a candidata petista à Presidência dava seu luxuoso apoio e ainda criticava o governo por, segundo dizia, “usar a polícia contra os professores”.
Reproduzo um post publicado aqui no dia 28 de março de 2010. A memória, meus queridos, é uma coisa importante. É uma das evidências de que estamos vivos.
professores-queimam-livrosNão, queridos leitores! Eu não me conformo com a foto acima. Até porque a prática não é inédita. Não há civilização possível quando professores queimam livros — nem os ruins merecem ser queimados porque também são testemunhos de uma história. Queimar livros é coisa dos nazi-fascistas; queimar livros é coisa dos comunistas chineses da Revolução Cultural; queimar livros é investimento na barbárie.
Um dia antes desse espetáculo, Bebel Fahrenheit estava reunida com Dilma Rousseff num comício ilegal promovido por sindicalistas do ABC. Era chamada de “querida” pela candidata. Dois dias antes, Aloizio Mercadante, o ex-chefe do mala-preta dos aloprados e virtual candidato do PT ao governo de São Paulo, dava todo o seu apoio à greve da Apeoesp — que “greve dos professores” não é. Logo, Dilma e Mercadante são co-responsáveis pela queima dos livros.
É a primeira vez? Não é. Vejam esta imagem. É da queima de 2008. Quando Bebel vê um livro, deve pensar logo em fogueira.

livros-queimadosAluguem agora mesmo Fahrenheit 451, filme François Truffaut, e você entenderão por que apelidei a cabo eleitoral confessa de Dilma de “Bebel Fahrenheit”. O título do filme é uma referência ao ponto de combustão do papel. Na sociedade totalitária que a fita retrata, livros eram proibidos porque deixavam as pessoas infelizes. Quando descobertos, eram queimados pelos bombeiros — sim, pelos bombeiros: os totalitários sempre invertem a lógica; sempre tentam fazer com que o mal se transforme num bem; para os totalitários, Bebel Fahrenheit defende a educação…

Esses livros que estão sendo incinerados são guias dos professores, parte da correta e saudável unificação dos currículos implementada pela Secretaria de Educação. Vagabundos comuno-fascistóides queimadores de livros acreditam que a existência do currículo e do material didático lhes retira a “liberdade”. Vemos muito bem o que entendem por liberdade!
Espalhem essas imagens Brasil e mundo afora. Todos devem saber o que um sindicato, um partido e dois candidatos consideram aceitável na educação.

Por Reinaldo Azevedo

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